síntese
Sacerdote
da Ordem Maronita Libanesa, que, em busca de uma vida de solidão austera e uma
perfeição superior, retirou-se do mosteiro de Annaya no Líbano para uma ermida,
onde serviu a Deus dia e noite em suprema sobriedade de vida com jejuns e
orações, chegando, em 24 de dezembro, para descansar no Senhor. Sua fama está
ligada aos numerosos milagres atribuídos a ele após sua morte.
Suas
origens
Youssef
Antoun Makhlouf nasceu na aldeia de Beqaa Kafra, Líbano, em 1828,
provavelmente em 8 de maio, em uma família de camponeses. Ele morava com seus
quatro irmãos em uma aldeia. Sua infância terminou cedo: seu pai morreu quando
ele tinha apenas três anos, e sua mãe se casou novamente com um homem piedoso
que se tornou padre, segundo o costume da Igreja oriental. Para Youssef, era
sempre uma alegria ouvi-lo, como era falar dos dois tios eremitas do Vale dos
Santos. Para ele, esses homens eram super-heróis e queria seguir o exemplo
deles, mas não pôde. Teve que ajudar a família como pastor aos 10 anos. Porém,
passava todo o tempo livre rezando em uma caverna, um destino de peregrinações,
hoje chamada “a gruta do Santo”.
Vocação
Em
uma noite, ele ouviu a voz do Senhor a chamá-lo, particularmente, insistente:
“Mayfouq”. Era 1851, e ele tinha 23 anos. Em poucos meses, tornou-se monge da
Ordem Maronita Libanesa e mudou seu nome para Charbel, que, em siríaco,
significa “a história de Deus”. Ele foi transferido algumas vezes, estudou
teologia com assiduidade e cuidou dos pobres e doentes, em obediência às
missões que lhe foram gradualmente confiadas, incluindo o trabalho no campo.
Mas é a oração e a contemplação que ele prefere.
Um
novo passo
Em
1875, Frei Charbel sentiu-se pronto para viver de acordo com a Regra dos
eremitas da Ordem Maronita, que previa os monges divididos em pequenas
comunidades de até três. Para ele, é como um segundo nascimento: pode
trabalhar, rezar, observar, penitenciar-se, jejuar e silenciar-se. Os
testemunhos referem-se a um monge zeloso, muitas vezes encontrado rezando de
braços abertos, numa cela muito pobre, da qual sai apenas para celebrar a Missa
ou quando lhe é expressamente ordenado.
Sua
partida e seus milagres
Foi
no Natal, precisamente durante a Missa, que Charbel sentiu-se mal no momento da
elevação. Depois de uma agonia de oito dias em que os outros monges o ouviam
rezar, e na qual ele continua a observar a Regra – recusando, por exemplo,
alimentos mais nutritivos -, ele morreu em 1898. Mas a morte, como sabemos, não
é o fim. Depois de alguns meses, maravilhas começaram a acontecer. Muitos monges
juram ver o túmulo de Frei Charbel iluminado por luzes não naturais durante a
noite. Um dia, ele [túmulo] foi aberto e seu corpo encontrado intacto, com a
temperatura corporal de um ser vivo. E isso acontecera mais duas vezes, quando
foi aberto novamente, porque o corpo exalava uma mistura de sangue e
água.
O
Taumaturgo
Durante
o último reconhecimento, em 1950, seu rosto foi impresso em um pano, e muitas
curas instantâneas ocorreram entre os presentes. Espalha-se a fama de santidade
deste pequeno monge silencioso, que começa a ser invocado e, por sua
intercessão, multiplicam-se as curas milagrosas. A Igreja já não tem dúvidas: é
Paulo VI quem o beatifica e depois o canoniza. Assim o recorda: “Ele pode
fazer-nos compreender, num mundo fascinado pelo conforto e pela riqueza, o
grande valor da pobreza, da penitência, da ascese, para libertar a alma na sua
ascensão a Deus”. Após a beatificação, o corpo de Frei Charbel já não escorria.
A
minha oração
“São
Charbel, padroeiro dos orientais, amante da pobreza e da oração, intercedei por
nossas necessidades físicas e espirituais. Alcançai do Senhor a nossa conversão
e salvação. Amém!”
São
Charbel, rogai por nós!
Fonte:
Canção Nova Notícias
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