sexta-feira, 30 de setembro de 2022

ORGANIZAÇÃO DO 18º CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL ANUNCIA HOSPEDAGEM SOLIDÁRIA PARA LEIGOS E RELIGIOSOS

 


A menos de 45 dias do 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN), o clima da grande festa entorno do “Pão da Vida” tomou conta da 57ª Assembleia Pastoral Regional. O encontro realizado pela CNBB NE2 acolheu parte da comissão executiva do CEN, no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca (PB), nesta quarta-feira (28).

O grupo coordenado pelo monsenhor Albérico Bezerra, secretário geral do 18º CEN, se reuniu inicialmente com os coordenadores diocesanos de pastoral. De acordo com o sacerdote, esse foi um momento de avaliação para saber como estão os preparativos para o congresso, nas 21 dioceses dos regionais. O evento acontecerá de 11 a 15 de novembro, na Arquidiocese de Olinda e Recife (PE), nas 21 dioceses do Regional.

“Foi uma reunião muito boa, pois nós percebemos o quanto eles estão desempenhando bem o papel como animadores do Congresso Eucarístico Nacional. Pedimos a eles que agora preparem as caravanas e vejam como distribuir os fiéis de acordo com a programação do congresso”, afirmou monsenhor Albérico.

Em um segundo momento, desta vez no auditório com todos os participantes da 57ª Assembleia Pastoral Regional, a comissão executiva reforçou a importância de realizar a inscrição. Embora, a maior parte das atividades do 18º CEN sejam gratuitas, o cadastro de participantes vai ajudar os organizadores a melhor acolher cada um e cada uma.

“Religiosos e religiosas, leigos e leigas também poderão pedir hospedagem solidária e serem recebidos por uma família. Para isso, depois de inscrito é preciso acessar o site do 18º CEN e clicar no ícone do WhatsApp (que fica no canto direito inferior da página principal) para falar com a comissão. É importante que na mensagem sejam informados nome completo, telefone, paróquia e diocese de origem e se é religioso ou leigo”, afirmou a secretária da comissão executiva do congresso, irmã Paula Souza.

Os dados serão confirmados posteriormente e os participantes do 18º CEN serão contatados pela família responsável pela hospedagem solidária. As inscrições para essa público estarão abertas até a véspera do congresso.

Também estiveram presentes na 57ª Assembleia Pastoral Regional representando a comissão executiva do congresso, o monsenhor Luciano Brito, o padre Moisés Ferreira de Lima e o diácono Sérgio Douets.

Inscrições

Os interessados em participar do 18º CEN poderão realizar um cadastro gratuito que deverá ser feito pelo endereço eletrônico: cen2020.com.br/inscricoes. Ao acessar a página, o participante precisa antes escolher entre as abas “Público em Geral” ou “Bispos, Padres e Diáconos” e preencher o formulário com dados pessoais, tais como nome completo, e-mail e a qual diocese ou arquidiocese pertence.

No caso do clero, além de participar das atividades abertas do CEN, os inscritos poderão concelebrar nas missas de abertura e encerramento, desde que também apresentem o documento de identificação emitido pela CNBB ou diocese.

Confira aqui a Programação.

Simpósio Teológico

O CEN reúne milhares de pessoas para professar e dar testemunho público da fé no mistério eucarístico. O encontro também é uma oportunidade para aprofundar a Teologia da Eucaristia. Nessa perspectiva, dentro da programação do congresso está prevista a realização do Simpósio Teológico, de 12 a 14 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A programação contará com conferências e oficinas que serão desenvolvidas a partir do Texto-base.

O subsídio é uma das ferramentas de preparação para o CEN, que nesta edição tem como tema “Pão em todas as mesas” e lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2,46). Para participar do Simpósio Teológico, os interessados devem preencher o formulário eletrônico específico neste link. Para essa atividade, é cobrada uma taxa de R$108, que pode ser paga com cartões de crédito e débito ou boleto bancário. Os inscritos terão direito a certificado.


Fonte: https://www.cnbb.org.br/organizacao-do-18o-congresso-eucaristico-nacional-anuncia-hospedagem-solidaria-para-leigos-e-religiosos/




PAPA: O ESPORTE É GERADOR DE COMUNIDADE, NÃO DE BUINESS E DE LUCRO


Francisco participou da conclusão dos trabalhos da Cúpula Internacional do Esporte no final da tarde desta sexta-feira (30), no Vaticano. Em discurso, enalteceu que o esporte precisa ser uma casa aberta e acolhedora para todos, gerando comunidade, e não correndo o risco de cair na lógica da 'máquina do business, do lucro, de uma espetacularidade consumista". O esporte "é um bem educativo e social e deve permanecer assim".

Vaticano recebe grandes nomes do esporte para assinar Declaração do Esporte para Todos

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco entrou em campo no final da tarde desta sexta-feira (30). Entre as quatro linhas da Sala Paulo VI, o jogo foi vivido com "espírito amador", como o Pontífice gosta sempre de salientar, entre atletas, dirigentes e autoridades esportivas de 40 países que formavam um grande time para encerrar as atividades de dois dias da Cúpula Internacional do Esporte realizada no Vaticano. 

"Vocês são movidos por uma nobre motivação: a de se comprometer com a promoção de um esporte que seja para todos, que seja 'coeso', 'acessível' e 'adaptável para todas as pessoas'. Um grande compromisso, sem dúvida, um desafio que ninguém é capaz de realizar sozinho. Mas vocês sabes muito bem que para atingir objetivos altos, árduos e difíceis - altius, citius, fortius - é preciso jogar em equipe, é preciso se unir, communiter."

O esporte resgata a dignidade

Em discurso, o Papa lembrou que "a Igreja está próxima ao esporte porque acredita no jogo e na atividade esportiva como um lugar de encontro entre as pessoas, de formação de valores e de fraternidade", "um gerador de comunidade" e "um símbolo de unidade", integração, coesão e mensagem de concórdia e paz:

"Hoje temos grande necessidade de uma pedagogia de paz, de fomentar uma cultura de paz, a partir das relações interpessoais diárias até chegar àquelas entre os povos e as nações. Se o mundo do esporte transmite unidade e coesão, pode se tornar um aliado formidável na construção da paz."

Francisco, então, volta a solicitar a participação dos atletas de alto rendimento que são pontos de referência aos mais jovens para ajudar a combater a cultura do descarte, através da responsabilidade educativa e social. Afinal, acrescenta o Pontífice, a prática do esporte orientada para a educação pode ajudar a "resgatar a dignidade" ou seguir um caminho totalmente contrário:

"Fora dessa lógica, corre-se o risco de cair na 'máquina' do business, do lucro, de uma espetacularidade consumista, que produz 'personagens' cuja imagem pode ser explorada. Mas isso não é mais esporte. O esporte é um bem educativo e social e deve permanecer assim! É por isso que temos a responsabilidade de garantir que o esporte seja acessível a todos."

A casa do esporte

Mas não basta que seja acessível, recorda o Papa, deve oferecer  acolhimento e ser promovido sob medida às pessoas para que consigam desenvolver os próprios talentos a partir da própria condição, também de fragilidade e deficiência. "Uma aventura que vocês, atletas, conhecem bem, porque nenhum de vocês é super-homem ou super mulher: vocês têm seus limites e tentam fazer o melhor que podem", disse o Papa, que conclui o discurso dizendo:

“Encorajo vocês a lutar para que o esporte seja uma casa para todos, aberta e acolhedora. Nesta casa, nunca perca um ambiente familiar: que se possa encontrar, mesmo no mundo do esporte, irmãos e irmãs, amigos e amigas.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-09/papa-francisco-discurso-cupula-internacional-esporte-para-todos.html



 

O PAPA CONTRA O DESPERDICIO: JOGAR COMIDA FORA É JOGAR PESSOAS FORA!


Na mensagem do Papa ao Diretor Geral da FAO, Sr. Qu Dongyu por ocasião do Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos, o Papa fez um caloroso apelo: “É hora de responder de forma eficaz e honesta ao grito de dor no coração dos famintos que pedem justiça”

Jane Nogara - Vatican News


O Papa Francisco enviou nesta quinta-feira (29) uma mensagem ao Diretor-Geral da FAO, Sr. Qu Dongyu por ocasião do Dia Internacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos 2022.

À mercê da cultura descartável

O Papa agradeceu o destaque dado à gravidade de um problema “que não podemos nos dar ao luxo de ignorar neste momento difícil em que vivemos”, esclarecendo que quando os alimentos não são utilizados adequadamente […], estamos à mercê da "cultura descartável", que é uma manifestação de desinteresse pelo que é de valor fundamental ou de apego àquilo que não é importante".

Chegar aos necessitados

“Saber que multidões de seres humanos não têm acesso a alimentação adequada ou aos meios para obtê-la, e ver alimentos estragados ou jogados no lixo pela falta dos recursos necessários para serem levados até seus destinatários é verdadeiramente vergonhoso e preocupante”, acrescentou o Papa.

“O grito dos famintos, privados de um modo ou de outro de seu pão diário, deve ressoar nos centros onde são tomadas as decisões. E não pode ser silenciado ou sufocado por outros interesses.”

Insistindo neste ponto Francisco recordou que o Relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI 2022) revelou que o número de pessoas famintas em nosso planeta aumentou significativamente no ano passado, devido às múltiplas crises que a humanidade enfrenta. Afirmando em seguida:

“Já disse isso no passado, e não me cansarei de insistir, jogar comida fora é jogar pessoas fora!”

Paradoxo da abundância

Toda a comunidade internacional deve se mobilizar – escreveu o Papa – “para pôr um fim ao lamentável ‘paradoxo da abundância’, que meu predecessor São João Paulo II denunciou trinta anos atrás”. “No mundo existe alimentos necessários para que ninguém vá dormir com fome. São produzidos alimentos mais do que suficientes para 8 bilhões de pessoas. A questão – adverte o Papa - sem dúvida, é de justiça social, ou seja, como é regulada a gestão dos recursos e a distribuição da riqueza”.

“A especulação alimentar deve ser detida! Devemos parar de tratar os alimentos, que é um bem fundamental para todos, como moeda de troca para poucos”

Desperdício e o meio ambiente

"Além disso, o desperdício ou a perda de alimentos contribui significativamente para o aumento das emissões de gases de efeito estufa e, portanto, para a mudança climática e suas consequências nocivas. Os jovens, acima de tudo, nos pedem para pensar neles, para olharmos longe e ampliar o coração, dando o melhor de nós mesmos para cuidar da casa comum que veio das mãos de Deus e que devemos salvaguardar, respondendo com boas ações ao mal que lhe causamos".

"É hora de agir com urgência e para o bem comum. É urgente tanto para os Estados como para as grandes empresas multinacionais, para as associações, como para os indivíduos - para todos, sem excluir ninguém - responder de forma eficaz e honesta ao grito de dor no coração dos famintos que pedem justiça".


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-09/papa-francisco-mensagem-fao-dia-desperdicio-alimentos.html

O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja López Pedrozo

EVANGELHO DO DIA

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 10,13-16


Naquele tempo, disse Jesus: 13Ai de ti, Corazim! Aí de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas.
14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum!
Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza;
mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.
Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

30 DE SETEMBRO DE 2022

 

6ª. FEIRA DA XVI SEMANA

 

DO TEMPO COMUM

 

Cor Verde

1ª. Leitura – Jó 38,1.12-21;40,3-5

 

Leitura do Livro de Jó 38,1.12-21;40,3-5

1O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse:
12Alguma vez na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar, 13para que ela apanhe a terra pelos quatro cantos,
e sejam dela sacudidos os malfeitores? 14A terra torna argila compacta, e tudo se apresenta em trajes de gala, 15mas recusa-se a luz aos malfeitores e quebra-se o braço rebelde. 16Chegaste perto das nascentes do Mar, ou pousaste no fundo do Oceano?
17Foram-te franqueadas as portas da Morte, ou viste os portais das Sombras? 18Examinaste a extensão da Terra? Conta-me, se sabes tudo isso! 19Qual é o caminho para a morada da luz,
e onde fica o lugar das trevas? 20Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer o acesso à sua morada? 21Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e grande é o número dos teus anos! 40,3Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 4'Fui precipitado. Que te posso responder? Porei minha mão sobre a boca. 5Falei uma vez, não replicarei; uma segunda vez, mas não falarei mais'.

Palavra do Senhor.

 

Reflexão – argumentar com Deus pode se tornar um combate estéril

No seu sofrimento e aflição humana Jó tentava argumentar com Deus questionando a situação de penúria que estava enfrentando. E o Senhor, com paciência, “no meio da tempestade”, isto é, na hora do maior martírio de Jó, respondeu aos seus lamentos e deu explicações que fizeram-no reconhecer a sua precipitação em falar e a sua ignorância em querer arguir a Deus. Mesmo que tenhamos liberdade para fazê-lo, argumentar com Deus pode se tornar um combate estéril, pois nunca poderemos abranger os Seus desígnios, mas somente confiar nos Seus propósitos. Só Ele sabe tudo, porque fez tudo e tem ciência exata de como todas as coisas funcionam. Hoje, nós também, muitas vezes vulgarmente acusamos a Deus das desgraças que nos acontecem e com a maior facilidade e displicência ousamos ensiná-Lo a governar o mundo e conduzir os acontecimentos. Todos nós almejamos que o melhor sempre aconteça e não percebemos que a nossa participação é decisiva e oportuna para que o bem vença o mal. Queríamos ser como robôs nas mãos do Senhor para que nada dependesse das nossas ações. No entanto, o Senhor faz a sua parte e deixa ao nosso encargo o que a nós compete realizar. – Você também costuma culpar a Deus pelas coisas que não esperava que ocorressem? – Você costuma questionar as “desgraças” da sua vida? – Você tem consciência daquilo que compete a si e do que compete a Deus?                                                                                                                                                

 

Salmo138,1-3. 7-8. 9-10. 13-14ab (R. 24b)

 

R. Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

1Senhor, vós me sondais e conheceis, *
2sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos,
3percebeis quando me deito e quando eu ando, *
os meus caminhos vos são todos conhecidos.R.

7Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? *
E para onde fugirei de vossa face?
8Se eu subir até os céus, ali estais;*
se eu descer até o abismo, estais presente.R.

9Se a aurora me emprestar as suas asas, *
para eu voar e habitar no fim dos mares;
10mesmo lá vai me guiar a vossa mão *
e segurar-me com firmeza a vossa destra.R.

13Fostes vós que me formastes as entranhas, *
e no seio de minha mãe vós me tecestes.
14Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor,
porque de modo admirável me formastes! *
Que prodígio e maravilha as vossas obras!R.

 

Reflexão - Este salmo é um verdadeiro hino que o homem canta ao Deus que o conhece por inteiro e sabe das suas razões e motivações. Ninguém pode fugir do olhar amoroso do Senhor, nenhuma das nossas ações lhe passa despercebida. Neste hino, o homem se rende e se entrega ao seu Criador que o criou do modo mais maravilhoso e que se compraz com o produto da Sua obra. 

 

Evangelho - Luc 10,13-16

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 10,13-16


Naquele tempo, disse Jesus: 13Ai de ti, Corazim! Aí de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas.
14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum!
Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza;
mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.
Palavra da Salvação.

 

Reflexão – Jesus abre os nossos olhos para que distingamos as Suas obras no meio de nós

Por meio deste Evangelho somos chamados (as), hoje a repensar as nossas ações e a nos comprometer com uma mudança nas nossas atitudes. Jesus recriminava as pessoas das cidades onde     milagres eram realizados, e nem por isso, tomavam consciência para mudar de atitude e dar testemunho de fé. Assim sendo, elas não se convertiam, não progrediam espiritualmente e davam contratestemunho diante das outras cidades. O mundo precisa de testemunhas fiéis a Jesus, para ser restaurado e nós, como verdadeiros cristãos, podemos estar jogando fora o tempo precioso em que estamos vivendo.  Devemos ter em mente que a fé remove montanhas e o testemunho da nossa fé poderá transformar o coração e a vida do povo de Deus. A cada dia Jesus nos concede novas oportunidades para escutar a Sua voz por meio da Sua Palavra, assim como também, dos acontecimentos da nossa vida e continua na Sua missão de nos exortar e advertir. Jesus abre os nossos olhos para que distingamos as Suas obras no meio de nós, às quais muitas vezes nem percebemos porque não exercitamos a nossa fé. Corazim, Betsaida, Cafarnaum, significam cada um de nós que somos testemunhas dos prodígios do Senhor na nossa vida, mas continuamos os mesmos. Por causa da dureza do nosso coração, não conseguimos ser verdadeiros instrumentos a favor de Deus diante daqueles que nos escutam apenas falar. Propomo-nos a edificar o reino de Deus aqui na terra, falamos em Seu Nome, mas não agimos conforme pregamos.  Olhamos e não vimos, ouvimos e não escutamos. Assim fazendo, rejeitamos o Senhor que veio do céu para nos dar vida nova. Se, falamos, mas não agimos, estamos contribuindo para que Jesus seja rejeitado, em vista das nossas más ações diante dos homens. 

- Você tem percebido as coisas boas da sua vida? Você tem motivos para louvar a Deus? Quais?

 – A sua pregação tem sido eficaz diante dos homens?

 – Você fala e vive o que fala?

 – Você tem sido instrumento de atração ou de rejeição das pessoas para Jesus?

 – Você tem certeza de que vai para o céu?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

 

 

 

 

 

 

SANTO DO DIA - SÃO JERÔNIMO

 

 

Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. O nome Jerônimo quer dizer “nome sagrado”. Nasceu em Dalmácia, em 342. Ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.

Com posse da herança dos pais, foi realizar a sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente os escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379 d.C., São Jerônimo acompanhou o Bispo Paulino a um concílio regional em Roma. Nesse tempo, foi apresentado ao Papa Dâmaso como um exegeta e profundo conhecedor das línguas bíblicas. Por causa da clareza de suas ideias e grande conhecimento, o Pontífice o escolheu para ser seu secretário e, em 382 d.C., confiou-lhe a incumbência de revisar uma antiga tradução dos quatro Evangelhos em latim. Ele concluiu esse trabalho antes da morte do Papa Dâmaso (11 de dezembro de 384), e acrescentou também uma versão dos Salmos, traduzida do texto grego, que ficou conhecida como Septuaginta.

Expulso de Roma, em 385, São Jerônimo se deslocou para Belém, na Terra Santa, onde teve contato com a versão hebraica do Antigo Testamento, especialmente com um livro que apresentava lado a lado, de forma comparativa, os diferentes textos do Antigo Testamento nas línguas disponíveis naquele tempo.

O santo e doutor da Igreja interessou-se pelo texto em hebraico e iniciou uma nova revisão, de cunho pessoal, em sua tradução dos Salmos, por meio da qual comparava o texto hebraico e grego, para depois escrevê-lo em latim. Essa versão dos Salmos ficou conhecida como Galicana porque foi usada amplamente na Igreja da França (Galia em latim).

Com o sucesso dessa tradução, ele começou a traduzir todo o Antigo Testamento, mas, a partir desse momento, não utilizava mais a versão grega, e sim a hebraica. Esse enorme trabalho prolongou-se por 15 anos, do ano 390 a 405, incluindo uma nova tradução dos Salmos feita somente do texto hebraico. Essa tradução do Antigo Testamento foi chamada por São Jerônimo de iuxta hebraeos (que significa “próximo aos hebreus” em português), a qual somada aos textos do Novo Testamento, traduzidos para o latim, chamou-se Vulgata, isto é, em língua vulgar ou comum.

Ela [Vulgata] era a única versão oficial da Bíblia usada na Igreja até o ano 1530, quando, devido ao povo não mais falar latim, iniciou-se o processo de tradução para as línguas modernas.

Durante a tradução, Jerônimo deparou-se com passagens difíceis de serem compreendidas, por isso, logo após a conclusão desse trabalho, dedicou-se a escrever prefácios e comentários para os livros da Sagrada Escritura, além de responder às polêmicas teológicas existentes em seu tempo, devido ao uso de textos mal traduzidos ou interpretações equivocadas.

No ano 419, esse grande santo da Igreja morreu e não chegou a ver a Vulgata ser publicada. Esse fato só aconteceu quando foram reunidos todos os textos e escritos que ele havia traduzido. É importante lembrar que a Vulgata não foi imposta à Igreja, esse processo foi acontecendo à medida que se reconhecia que o texto traduzido por Jerônimo era mais exato e claro do que outras traduções livres disponíveis na época.

Progressivamente, a Vulgata foi recebendo pequenas correções, por isso, hoje, esse nome pode designar diversas versões oficiais em latim. Aquela que chamamos, hoje, de Vulgata foi publicada em 1592, pelo Papa Clemente VIII. Por isso, também é conhecida como Vulgata Clementina.

A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia”, no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.

São Jerônimo, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

CONFIRA GRANDES MOMENTOS DA CONVENÇÃO SHLOM 40 ANOS SHALOM


Na pregação deste último dia de evento, Moysés Azevedo destacou momentos marcantes vividos nesses dias de peregrinação

comshalom

No último dia da Convenção Shalom 40 Anos, o fundador da Comunidade, Moysés Azevedo, destacou os principais momentos que marcaram estes dias de peregrinação a Roma. De acordo com Moysés, Deus “está inaugurando uma nova missão em nossa Comunidade”. Para ele, o discurso do Papa Francisco na audiência particular com a Comunidade é ” uma bússola, um livro que dá a direção para os próximos anos”. Confira abaixo alguns pontos destacados pelo fundador. 

Amigo de Deus (primazia da oração e da graça)

“O que nos leva para a frente é a experiência fundamental com a pessoa de Jesus Cristo que cada um de nós um dia fez, foi tocado pela graça, foi visitado por Deus. E isso mudou minha história, mudou a minha vida. E o Papa nos recordou isso, nossa vocação não nasceu em um projeto, mas foi uma ação de Deus, uma graça. Nossa Vocação existe, só subsiste na graça de Deus. Nunca se esqueça disso: a primazia da graça, a primazia de Deus e a primazia da oração”.

Fruto concreto da experiência com Deus e da oração, o nosso aniversário ganhou um presente especial: um ícone escrito para a Convenção Shalom, inspirado na Revista Escuta 2021 que trazia a imagem da procissão do Esposo Eucarístico. Essa é uma das imagens que marcaram os peregrinos durante os dias do evento.

 

Amigos dos pobres: abandono, ter misericórdia e se compadecer com a dor do outro

“Em uma amizade, nós damos e recebemos. Quantos são necessitados da graça de Deus! Precisamos amá-los e nos tornar um com eles, porque Cristo fez isso conosco. A Comunidade Católica Shalom e os pobres, dando seus dons, intercambiando seus dons, podem juntos caminhar para o Reino. Que nos deixemos alcançar pelas graças de Deus, ser aquilo que Deus quer que sejamos. Madre Teresa de Calcutá, lembrada no discurso do Papa, reconhecia Cristo no rosto dos abandonados nas ruas. Ela saciava a sede. O Papa nos provoca, que possamos ser provocados pelo Espírito a ser amigo dos pobres”.

No 2º dia de programação oficial, vários testemunhos emocionaram a todos que acompanhavam a Convenção, em Roma ou pela transmissão oficial. Entre eles, o de uma jovem polonesa, que partilhou sobre a experiência de partir em missão e servir aos refugiados ucranianos. A jovem declarou que fez naquele momento uma experiência concreta com o Evangelho de Cristo. Veja o depoimento na íntegra:

Amigo dos jovens: Primazia. alegria, vigor, o hoje e o futuro da Igreja

“Amizade com os jovens: os jovens são a coroa e a alegria da Comunidade. Foi com uma dívida de amor aos jovens que me impulsionou a ofertar minha vida. Tudo passa, e quanto mais cedo a eternidade entra na vida de alguém e no coração de um jovem, mais pleno e mais feliz, de forma eterna, viveremos. Um jovem um dia constitui família, é um sacerdote, celibatário, é um profissional, é uma sabedoria de Deus, um caminho de Deus, todos devemos ter esse amor tão particular, esse desejo ardente de ver o brilho nos jovens. O Papa falou para os jovens que o primeiro protagonismo é a santidade. Deus quer um mundo mais santo e isso não acontecerá sem jovens que acolham a santidade. O mundo precisa do perfume da santidade, isso muda a história e muda o mundo. Jovens santos!”

Durante a mesa-redonda sobre o Encontro de Gerações, o fundador da Comunidade Shalom falou sobre a experiência da evangelização dos jovens. Respondendo à pergunta: “Por quê os jovens continuam sendo a primazia do nosso carisma mesmo depois de 40 anos”, Moysés chamou a atenção para a necessidade de darmos Deus aos jovens que procuram a felicidade. Confira:

Sejamos santos, vamos em missão inflamados!

“Estamos aqui para sermos enviados em missão. Tendo recebido a efusão do Espírito Santo que foi essa Convenção, poder sair em missão, sair com o nosso coração transformado, voltado para a santidade. Temos nossa esponsalidade com Deus, com os jovens e os pobres, mas também com toda a humanidade. Amo tanto o outro que a dor dele se torna a minha. Deus me ama e eu posso amar, consolar, cuidar dos que precisam. O Papa nos lembrou isso: ‘ a vossa Comunidade caracteriza-se pela coragem criativa, pelo acolhimento e um grande impulso missionário. Bendigo ao Senhor por isso, mantenham vivos a coragem criativa, o acolhimento e o impulso missionário. Por favor, não se torne um museu, vocês não são pessoas de museus, mas pessoas que caminham com coragem criativa, acolhimento e impulso missionário”.

Serviço

Convenção Shalom 40 anos 
Data: de 23 a 28 de setembro
Local: Roma
Tema: Shalom: Amigos de Deus, Amigos dos jovens e Amigos dos pobres
Mais informações: http://comshalom.org/40anos

 


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