terça-feira, 31 de julho de 2018

PAPA FRANCISCO ENCONTRA COROINHAS DE 18 PAÍSES E RESPONDE PERGUNTAS





"A fé é essencial, me faz viver. Eu diria que a fé é como o ar que respiramos. Não pensamos, a cada respiro, em quanto necessário seja o ar, mas quando falta ou não está limpo, reparamos o quanto é importante! "
Cidade do Vaticano
Realiza-se em Roma a 12ª Peregrinação Internacional dos Ministrantes que teve início no dia 30 de julho e se conclui no dia 3 de agosto, organizada pela Coetus Internationalis Ministrantium (CIM).
São mais de 80 mil jovens e adolescentes provenientes de países europeus como Itália, França, Bélgica, Croácia, Luxemburgo, Áustria, Portugal, Romênia, Suíça, Sérvia, Eslováquia, República Tcheca, Ucrânia, Hungria, Polônia, mas também dos Estados Unidos, Antigua e Barbuda. "Busca a paz e vai ao seu encalço"(Salmo 33,15b) é o lema escolhido para o evento que teve seu ponto alto com o encontro com o Papa Francisco na Praça São Pedro, no final da tarde desta terça-feira, 31 de julho.
Queridos ministrantes, disse o Papa no início do encontro, "é com muita alegria que vejo vocês tão numerosos aqui na Praça São Pedro, enfeitada com as cores das suas bandeiras. Vocês me entregaram os sinais distintivos da sua peregrinação: obrigado de coração! Sou peregrino como vocês, que vieram de muitos países do mundo. Estamos unidos na fé em Jesus Cristo, estamos em caminho com Ele que é nossa paz". O Papa agradeceu ainda ao presidente da Coetus Internationalis Ministrantium (CIM), Dom Nemet, pela saudação que lhe dirigiu em nome de todos os presentes. em seguida um momento de colóquio em forma de perguntas. Foram cinco perguntas em cinco línguas diferentes.
[Primeira pergunta em língua francesa]
Santo Padre, como coroinhas e também como crentes, damos a paz um ao outro, dando-nos o sinal de paz durante a Santa Missa. Como podemos contribuir a fazer sair essa paz também fora dos muros de nossas igrejas e sermos construtores de paz nas nossas famílias, nos nossos países e no mundo?
Resposta 1
Obrigado! Você falou muito bem: a paz e a Santa Missa vão juntas. Antes do sinal da paz, pedimos ao Senhor que dê paz e unidade à comunidade da Igreja. A paz é Seu dom que nos transforma, para que nós, como membros do Seu corpo, possamos sentir os mesmos sentimentos de Jesus, possamos pensar como Ele pensa, amar como Ele ama. E ao término da Missa somos enviados com a palavra: “Ide em paz”. O compromisso concreto em prol da paz é a prova de que somos de verdade discípulos de Jesus. A busca da paz começa pelas pequenas coisas. Por exemplo, em casa, depois de uma briga entre irmãos eu me fecho em mim mesmo, se fazendo de ofendido, ou me esforço para dar um passo em direção do outro? Estou pronto a me perguntar em cada situação: “O que Jesus faria no meu lugar?”. Se fizermos isso e procurarmos pôr em prática com firmeza, levaremos a paz de Cristo na vida de cada dia e seremos construtores e instrumentos de paz.
[Segunda pergunta em língua portuguesa]
Santo Padre, somos acólitos. Servimos o Senhor junto do altar e contemplamo-Lo na Eucaristia. Como poderemos viver a contemplação espiritual a exemplo de Maria e o serviço prático a exemplo de Marta, procurando reconhecer concretamente, na nossa vida, aquilo que Jesus quer de nós?
Resposta 2
Como coroinhas, na verdade, vocês fazem a experiência de Marta e Maria. É bom se, além de seus turnos de serviço litúrgico, vocês sabem por um lado comprometer-se na vida paroquial e por outro lado ficar em silêncio na presença do Senhor. E assim, neste entrelaçamento de ação e contemplação, também se reconhece o desígnio de Deus para nós: pode-se ver quais são os talentos e os interesses que Deus coloca no nosso coração e como desenvolvê-los; mas sobretudo, nós nos colocamos humildemente diante de Deus, assim como nós somos, com nossas qualidades e nossos limites, pedindo-Lhe como melhor servir Ele e nosso próximo. E não tenham medo de pedir um bom conselho sempre que vocês se perguntarem como poder servir Deus e as pessoas que precisam de ajuda no mundo. Lembrem-se de que, quanto mais vocês se doarem aos outros, tanto mais vão receber em plenitude vocês mesmos e vão ficar felizes!
[Terceira pergunta em língua inglesa]
[Santo Padre, sendo coroinhas, entristece-nos ver poucos coetâneos que participam da Santa Missa e da vida paroquial. A Igreja, em alguns países, está perdendo rapidamente, por diferentes razões, muitos jovens. Como podemos nós e nossas comunidades alcançar essas pessoas e trazê-las de volta a Cristo e à família da Igreja?
Resposta 3
Hoje vocês, como jovens, podem ser apóstolos que sabem atrair os outros a Jesus.  Isso vai acontecer se vocês estiverem cheios de entusiasmo por Ele, se vocês já encontraram e conheceram Ele pessoalmente e foram, vocês por primeiros,  “conquistados” por Ele. Por isso eu lhes digo: procurem conhecer e amar cada vez mais o Senhor Jesus, encontrando-O na oração, na Missa, na leitura do Evangelho, no rosto dos pequenos e dos pobres. E procurem ser amigos, com gratuidade, de quem está ao seu redor, para que um raio da luz de Jesus possa chegar até ele através do coração de vocês apaixonado por Ele. Não são necessárias muitas palavras, são mais importantes os fatos, a proximidade, o serviço. Os jovens – como todos, na realidade  – precisam de amigos que deem o bom exemplo, que façam sem pretender, sem esperar algo em troca. E deste modo vocês também fazem sentir como é bonita a comunidade dos crentes, pois o Senhor habita entre eles, como é bom fazer parte da família da Igreja.
[Quarta pergunta em língua alemã]
[Santo Padre, muitas pessoas dizem que não precisam de Deus, da religião e da Igreja em suas vidas. Por que alguém deveria decidir precisamente pela fé católica? Qual é a coisa mais importante? E por que a fé é tão importante para o senhor?]
Resposta 4
A fé é essencial, me faz viver. Eu diria que a fé é como o ar que respiramos. Não pensamos, a cada respiro, em quanto necessário seja o ar, mas quando falta ou não está limpo, reparamos o quanto é importante! A fé nos ajuda a entender o sentido da vida: existe alguém que nos ama infinitamente, e este alguém é Deus. Podemos reconhecer Deus como nosso criador e salvador; amar Deus e acolher a nossa vida como um dom Seu. Deus quer entrar em um relacionamento vital conosco; quer criar relações e nós somos chamados a fazer a mesma coisa. Não podemos acreditar em Deus e pensar que somos filhos únicos! Todos somos filhos de Deus. Somos chamados a formar a família de Deus, ou seja a Igreja, a comunidade de irmãos e irmãs em Cristo – somos « familiares de Deus» como diz São Paulo (Ef 2,19). E nesta família da Igreja o Senhor alimenta seus filhos com Sua Palavra e Seus Sacramentos.
[Quinta pergunta em língua húngara]
[Santo Padre, nosso serviço de coroinhas é bonito, gostamos muito. Queremos servir ao Senhor e ao próximo. Mas fazer o bem nem sempre é fácil, ainda não somos santos. Como podemos traduzir nosso serviço, na vida cotidiana, em obras concretas de caridade e em um caminho de santidade?]
Resposta 5
Sim, é preciso esforço para fazer sempre o bem e nos tornarmos santos… Vejo que vocês coroinhas  estão comprometidos neste caminho. O Senhor Jesus nos deu um programa simples para caminharmos rumo à santidade: o mandamento do amor de Deus e do próximo. Procuremos estar bem enraizados na amizade com Deus, agradecidos pelo seu amor e desejosos de servi-Lo em tudo, e assim não podemos fazer outra coisa senão compartilhar o dom do Seu amor com os outros. E para concretizarmos o mandamento do amor, Jesus nos indicou as obras de misericórdia. Elas são um caminho desafiador, mas ao alcance de todos. É suficiente que cada um de nós comece a se perguntar: “O que eu posso fazer hoje para ir ao encontro das necessidades do meu próximo?”. E não importa se seja amigo ou desconhecido, co-nacional ou estrangeiro. Acreditem, assim fazendo vocês podem se tornar verdadeiramente santos, homens e mulheres que transformam o mundo vivendo o amor de Cristo.
Obrigado por este colóquio, disse o Papa!
O encontro prosseguiu com um momento litúrgico - uma breve liturgia da Palavra, na qual o Santo Padre em sua homilia dirigiu as seguintes palavras aos presentes:
Façam tudo para a glória de Deus”: com estas palavras São Paulo nos exorta à leitura que ouvimos. Servir a glória de Deus em todas as coisas que fazemos é o critério decisivo para o nosso agir, a máxima síntese do que significa viver a amizade com Jesus. É a indicação que nos orienta quando não temos certeza do que seja certo fazer, ajuda-nos a reconhecer a voz de Deus dentro de nós, que nos fala à consciência para que possamos discernir a sua vontade. A glória de Deus é a agulha da bússola da nossa consciência.
São Paulo fala-nos também de um outro critério: esforçar-se por agradar em tudo a todos, a fim de que sejam salvos.
Somos todos filhos de Deus, temos os mesmos desejos, sonhos e ideais. Algumas vezes alguns ficam desiludidos, e somos nós que devemos reacender a luz, transmitir um pouco de bom humor. Fazendo assim, é mais fácil conviver e testemunhar na vida de todos os dias o amor de Deus e a glória da fé. Depende da nossa coerência que nossos irmãos reconheçam Jesus Cristo, como único salvador e a esperança do mundo.
Talvez vocês se perguntem: “Como eu posso fazer? Não é um dever difícil demais?” É verdade, é uma missão grande, mas possível. São Paulo nos encoraja mais uma vez: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo”. Sim, podemos viver esta missão imitando Jesus como fez o apóstolo Paulo e todos os santos. Olhemos para os santos, que são o Evangelho vivido, porque souberam traduzir a mensagem de Cristo na própria vida.
O santo de hoje, Inácio de Loyola, quando era um jovem soldado pensava na sua própria glória, depois, em um bom momento da sua vida foi atraído pela glória de Deus, e descobriu que ali encontra-se o sentido da vida. Sejamos imitadores dos santos, façamos tudo pela glória de Deus e pela salvação dos irmãos, concluiu o Papa Franicsco.
Fonte: Vatican News

EVANGELHO DO DIA


Mateus 13,36-43

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,36-43

Naquele tempo: 36Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: 'Explica-nos a parábola do joio!' 37Jesus respondeu: Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.' Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


31 DE JULHO DE 2018

3ª. FEIRA DA XVII SEMANA DO

TEMPO COMUM


Cor: Branco
1ª Leitura - Jr 14,17-22

Leitura do Livro do Profeta Jeremias 14,17-22
17Derramem lágrimas meus olhos, noite e dia, sem parar, porque um grande desastre feriu a cidade, a jovem filha de meu povo, um golpe terrível e violento. 18Se eu sair ao campo, vejo cadáveres abatidos à espada; se entrar na cidade, deparo com gente consumida de fome; até os profetas e sacerdotes andam à toa pelo país.' 19Acaso terás rejeitado Judá inteiramente, ou te desgostaste deveras de Sião? Por que, então, nos feriste tanto, que não há meio para
curarmos? Esperávamos a paz, e não veio a felicidade; contávamos com o tempo de cura, e não nos restou senão consternação. 20Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade, os pecados de nossos pais, porque todos pecamos contra ti. 21Mas, por teu nome, não nos faças sofrer a vergonha suprema de levarmos a desonra ao trono de tua glória; lembra-te, não quebres a tua aliança conosco. 22Acaso existem entre os ídolos dos povos os que podem fazer chover? Acaso podem os céus mandar-nos as águas? Não és tu o Senhor, nosso Deus, que estamos esperando? Tu realizas todas essas coisas. Palavra do Senhor.

Reflexão – “tempo de vida nova” O profeta Jeremias descreve o quadro de miséria, violência e sofrimento que circunda o povo de Judá e clama a Deus por clemência cobrando o cumprimento da aliança que Moisés fizera com Ele. Se prestarmos atenção à paisagem pintada por Jeremias é idêntica à que nós hoje presenciamos. Se, sairmos, hoje também ao “campo” ou à “cidade”, nós veremos “cadáveres abatidos à espada”, nos “deparamos com gente consumida de fome” e, até na Igreja, nós também escutamos falar que “profetas e sacerdotes andam à toa”. É o caos que também se instala no nosso mundo, nos dias atuais. Até o povo que diz ser de Deus e ter uma religião, “espera a paz e a felicidade não vêm”, “conta com o tempo de cura” e nada acontece. E, como naquele tempo, hoje também nós só temos um caminho: reconhecer a nossa impiedade e os nossos pecados, pedir clemência ao Juiz e interceder pela reconstrução da humanidade. Entretanto, há uma grande diferença entre nós e o povo do tempo de Jeremias. Aquele povo vivia a Antiga Aliança que fora feita com Moisés no deserto, hoje, nós vivemos a Nova Aliança, materializada na Cruz e firmada pelo Sangue de Jesus. Por isso, diante do quadro negro que presenciamos no mundo, hoje, nós podemos fazer a nossa parte quando reconhecemos as nossas transgressões e, arrependidos, nos apossamos da vida nova no Espírito Santo, que Jesus Cristo veio nos dar. Sabemos que a Aliança firmada por Jesus é eterna e tem poder para nos fazer recomeçar a viver em qualquer momento em que nos dispusermos. Uma alma que se eleva, eleva o mundo, porém, uma alma que se abate diante do pecado faz com que o mundo enfraqueça e vá se tornando cruel. Somos os construtores do reino de Deus enquanto aqui estamos e, como Jeremias, nós também podemos clamar ao Senhor que venha em nosso auxílio, pois assim como somente Ele pode fazer chover, também só Ele pode realizar em nós todas as coisas pelas quais nós esperamos. – Qual é a sua reação diante das desgraças que acontecem no mundo? – O que você tem feito para tentar mudar essa situação? – Você já se apossou da vida nova que Jesus Cristo lhe dá por meio do Espírito Santo? – A sua conduta está erguendo o mundo ou está ajudando a que ele se enfraqueça?

Salmo - Sl 78, 8. 9. 11.13 (R. 9bc)

R. Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!
8Não lembreis as nossas culpas do passado, + mas venha logo sobre nós vossa bondade, * pois estamos humilhados em extremo.R. 9Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! + Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! *
Por vosso nome, perdoai nossos pecados!R. 11Até vós chegue o gemido dos cativos: + libertai com vosso braço poderoso * os que foram condenados a morrer! 13Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, + celebraremos vosso nome para sempre, * de geração em geração vos louvaremos.R.

Reflexão - O Senhor esquece o nosso passado de pecado quando nos reconhecemos necessitados da Sua misericórdia. Porém, só nos sentimos verdadeiramente assim, quando também somos humilhados ao extremo. Muitas vezes, só quando estamos encarcerados, presos e acorrentados pelas nossas próprias escolhas é que nós levantamos a Deus o nosso gemido de cativos. O Senhor escuta o nosso brado sincero e logo nós podemos sentir o Seu amor e a Sua bondade que nos libertam.



Evangelho - Mt 13,36-43

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,36-43
Naquele tempo: 36Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: 'Explica-nos a parábola do joio!' 37Jesus respondeu: Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.' Palavra da Salvação.

Reflexão – “o joio ou o trigo?”
Neste Evangelho Jesus nos dá perfeito entendimento da parábola do joio e do trigo. Deste modo Ele explica que o campo onde um homem plantou a boa semente é o mundo, o Homem, é Ele, a boa semente são os que pertencem ao reino, o joio são os que pertencem ao maligno e o inimigo é o diabo, a colheita é o fim dos tempos e os ceifadores são os anjos. Podemos entender então, que quando Jesus nos fala de um mundo material que produz frutos bons ou maus, Ele também abrange uma dimensão espiritual, pessoal e nos leva a meditar que também esta realidade acontece dentro de nós. Assim sendo, podemos fazer uma avaliação da nossa situação neste mundo, para que percebamos em que contexto estamos inseridos, e assim, ajuizarmos se, somos trigo ou somos joio. Cada um de nós é um ser com corpo, alma, portanto, pensamos, refletimos, maquinamos e agimos contribuindo ou não para que aconteça, desde já, o reino de Deus aqui no mundo e, depois, no fim dos tempos conquistarmos o reino definitivo no céu. O homem material é um ser fadado à morte, no entanto, o nosso homem espiritual tem um desígnio de eternidade. Todavia podemos aquilatar que se o nosso homem material for semente do mal que é o joio e se praticarmos o mal e fizermos com que os outros pequem,
com certeza, o nosso homem espiritual estará também fadado à morte eterna, e seremos “jogados na fornalha de fogo”. Do contrário, se o nosso homem material estiver em unidade com o nosso ser espiritual, somos o trigo que brilha como o sol no reino de Deus. As obras da carne nós já sabemos, são ódio, divisões, ciúmes, contendas, paixões desenfreadas, maus escrúpulos, roubos, assassinatos, adultério, fornicação, impurezas, mentira, corrupção e outras mais. No entanto, o espírito que age sob a luz do Espírito Santo produz frutos de santidade e justiça, como, amor, perdão, mansidão, acolhimento, bondade, solidariedade, generosidade, compreensão, pureza, piedade e outras ações que produzem o bem. – PARE UM POUCO E REFLITA: Se os ceifadores chegassem hoje para fazer a colheita p

SANTO DO DIA - SANTO INÁCIO DE LOYOLA

Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.
Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer”.
Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” exercícios espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus.
A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias







segunda-feira, 30 de julho de 2018

TRÁFICO DE SERES HUMANOS, CRIME VERGONHOSO DIZ PAPA FRANCISCO



"É responsabilidade de todos denunciar as injustiças e combater firmemente esse crime vergonhoso”, disse o Papa Francisco no Angelus deste domingo ao referir-se ao o Dia Mundial contra o Tráfico de Seres Humanos que recorre nesta segunda-feira, 30 de julho.
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
Um “crime vergonhoso” que deve ser combatido e denunciado por todos. Assim o Papa Francisco referiu-se no Angelus deste domingo ao tráfico de seres humanos:
“Amanhã recorre o Dia Mundial contra o Tráfico de Seres Humanos, promovido pelas Nações Unidas. Esta chaga escraviza muitos homens, mulheres e crianças para fins de exploração no trabalho e sexual, do comércio de órgãos, da mendicância e da delinquência forçada. Mesmo aqui, em Roma. As rotas de migração também costumam ser usadas por traficantes e exploradores para recrutar novas vítimas de tráfico. É responsabilidade de todos denunciar as injustiças e combater firmemente esse crime vergonhoso”.
O tráfico de seres humanos fatura cerca de 150 bilhões de dólares em todo o mundo. “O lucro da escravidão deve parar agora! Esses corpos não estão à venda”, diz uma campanha promovida pelo Dicastério para o serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

Crianças, um terço das vítimas

Um relatório divulgado no sábado, 28, pelo UNICEF e pelo Grupo de Coordenação Interagências contra o Tráfico de Seres Humanos (ICAT), denuncia que cerca de 28% das vítimas do tráfico em nível mundial são crianças.
Em regiões como a África Subsaariana e a América Central e Caribe, as crianças constituem um percentual ainda maior das vítimas de tráfico identificadas, respectivamente 64% e 62%.
Mas o número pode ser bem maior, visto que raramente as crianças são identificadas como vítimas do tráfico, além da falta de informações, entre outros fatores.
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Assim, as crianças refugiadas, migrantes e deslocadas são categorias particularmente vulneráveis ao tráfico. Escapando das guerras ou violências, ou em busca de melhores oportunidades de formação ou sustento, um número exíguo de crianças encontra o caminho para deslocar-se regularmente e em segurança com suas famílias. Isso faz com que aumente a probabilidade de que estas crianças e seus familiares usem rotas irregulares e mais perigosas.
“O tráfico é uma ameaça extremamente concreta para milhões de crianças no mundo, especialmente para aquelas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades sem uma proteção adequada", disse a diretora-geral do UNICEF, Henrietta Fore. "Essas crianças necessitam urgentemente que os governos intensifiquem e adotem medidas para mantê-las seguras".
O UNICEF e o ICAT continuam a pedir a implementação de políticas governamentais e soluções que transcendam as fronteiras, para manter estas crianças seguras, como aumentar os caminhos seguros e legais para os deslocamentos, fortalecimento dos sistemas de proteção social e que permitam prevenir, identificar, orientar e responder aos casos de tráfico, violência, abusos e exploração contra crianças.

Fonte: Vatican News

EVANGELHO DO DIA


Mateus 13,31-35
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. — Glória a vós, Senhor.Naquele tempo, 31Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”. 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O Reino dos Céus é como fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. 34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: ‘Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo’.— Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


30 DE JULHO DE 2018


2ª. FEIRA DA XVII SEMANA DO

TEMPO COMUM



Cor: Verde

1ª Leitura - Jr 13,1-11

Leitura do Livro do Profeta Jeremias 13,1-11

1Isto disse-me o Senhor: 'Vai comprar um cinto de linho e põe-no em torno da cintura, mas não o deixes molhar na água'. 2Comprei o cinto, conforme a ordem do Senhor, e coloquei-o à cintura. 3E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim pela segunda vez, dizendo: 4'Toma o cinto que compraste e tens à cintura, levanta-te e vai ao Eufrates, esconde-o lá na fenda de uma pedra.' 5Fui e o escondi perto do Eufrates, conforme mandara o Senhor. 6Ora, ao cabo de muitos dias, disse-me o Senhor: 'Levanta-te, vai ao Eufrates, e retira de lá o cinto que te mandei esconder'. 7Fui ao Eufrates, cavei e retirei o cinto do lugar, onde o tinha escondido; mas eis que o cinto tinha apodrecido tanto que não servia mais para nada. 8E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim, dizendo: 9'Isto diz o Senhor: Assim farei apodrecer a grande soberba de Judá e de Jerusalém; 10este povo perverso, que se recusa a ouvir minhas palavras, convive com a maldade no coração, e vai atrás de deuses estrangeiros, prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles, será como este cinto que não serve mais para nada. 11Pois assim como o cinto
se une à cintura do homem, assim quis eu que toda a casa de Israel e toda a casa de Judá se unissem a mim, diz o Senhor, para ser meu povo, honra do meu nome, louvor e glória. Mas não ouviram.' Palavra do Senhor.


Reflexão – “o cinto sem serventia”

“Pois assim como o cinto se une à cintura do homem, assim quis eu que toda a casa de Israel e Judá se unissem a mim, diz o Senhor. É esta a mensagem do profeta Jeremias: Unidos a Deus teremos sucesso, sozinhos, apodreceremos. Quando nos afastamos de Deus, nos enterramos nas nossas próprias convicções, na areia dos nossos conceitos e não acolhemos ao Senhor como o Único que tem poder para realizar em nós a obra de restauração da qual precisamos, somos como um cinto enterrado na areia na beira de um rio: apodrecemos e não temos serventia para nada. O Senhor nos quer colados a Ele, da mesma forma que o cinto se cola à nossa cintura. Permanecendo juntos ao Senhor nós receberemos a honra do Seu Nome e participaremos da Sua glória. Porém, a maioria dos homens e mulheres do mundo prefere se afundar na areia do seu próprio pensar e não consegue se safar da sua própria humanidade que tem a soberba da vida e, por isso, quer ela própria, comandar a sua existência. O resultado, se faz notar ao longo do caminho, quando os homens voluntariosos já não têm mais força nem poder para ter o controle de tudo e se submetem à ação do tempo e do mundo vegetando sem ter encontrado a felicidade para a qual foram criados. Somos inteligentes à medida em que conseguimos nos manter fiéis a Deus e aos seus ensinamentos, de coração aberto, para receber a Sua instrução que nos conduz ao nosso desígnio final: justiça e santidade.
– Você entende agora a diferença entre estar perto ou longe de Deus?
 – Você se sente como um cinto apodrecido ou como um cinto colado à cintura de Deus?

 Salmo - Dt 32,18-19. 20. 21 (R. Cf. 18)

R. Esqueceram o Deus que os gerou.

18Desprezastes o Rochedo que te gerou, esquecestes o Deus que te criou. 19E o Senhor viu e se irritou, aborrecido com seus filhos e filhas.R. 20E disse: Esconderei deles meu rosto,* e verei qual será seu fim. Pois são uma geração perversa, filhos sem lealdade.R. 21Eles me provocaram com coisas, que não são deus,* irritaram-me com seus ídolos. Também os provocarei com quem não é povo* e os irritarei com gente insensata.R.

Reflexão - O Salmo é uma constatação de tudo que acontece com aquele que se esquece de Deus: terá a Sua indiferença e é chamado de filho sem fidelidade. Assim sendo, o rosto de Deus se esconde dele, por isso sofrerá a consequência do seu afastamento da fonte do amor.


Evangelho - Mt 13,31-35

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13,31-35

Naquele tempo: 31Jesus contou-lhes outra parábola: 'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. 32Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos.' 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: 'O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado.' 34Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, 35para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo'. Palavra da Salvação.


Reflexão – “aspectos do reino dos céus”

Neste Evangelho Jesus nos revela um aspecto do reino dos céus: Ele cresce dentro de nós devagarzinho, de mansinho de acordo com o acolhimento à semente da palavra e dos ensinamentos de Deus, quando estamos ligado (a) a Ele na oração e na meditação da Sua Palavra. A Palavra de Deus vai gerando em nós uma nova mentalidade e já conseguimos decifrar os Seus mistérios. O Reino dos céus age em nós como uma semente em terreno escondido que aos poucos se revela ao mundo gerando uma árvore que abriga pássaros cansados e famintos. Assim, um dia nós percebemos que estamos acolhendo mais às pessoas, que compreendemos melhor os seus motivos e que já não é tão difícil suportar aquele ou aquela que é tão diferente de nós. Isto é o reino de Deus acontecendo no nosso coração e se manifestando por meio das nossas atitudes coerentes com o amor e a fraternidade que o seguimento de Jesus nos propõe.

 – Você sente o olhar de Deus sobre si? 
– Você já está dando sombra aos pássaros que se aproximam?
 - Quais as coisas escondidas que Deus revelou hoje a você nesta meditação?
 – Você conhece alguém que é como árvore que dá sombra?
 – Você já procurou se aproximar dele (a) para pedir ajuda?
 – Você se basta a si mesmo (a) ou precisa da ajuda de alguém?



Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

SANTO DO DIA - SÃO PEDRO CRISÓLOGO


O santo deste dia nasceu em Ímola, na Itália, no ano de 380 e aproveitou sua vida, gastando-se totalmente pelo Evangelho, a ponto de ser reconhecido pela Igreja como Doutor da Igreja (isto se deu em 1729, pelo Papa Bento XIII).
São Pedro Crisólogo tinha este nome por ter se destacado principalmente pelo dom da pregação – Crisólogo significa ‘O homem da palavra de ouro’ (este cognome lhe foi dado a partir do séc IX).
Diante da morte do bispo de Ravena, o escolhido para substituí-lo foi Pedro, que neste tempo vivia num convento, aonde queria oferecer-se como vítima no silêncio; mas os planos do Senhor fizeram dele bispo.
Pastor prudente e zeloso da Igreja usou do dom da pregação como instrumento do Espírito para a conversão de pagãos, hereges e cristãos indiferentes na vivência da própria fé.
São Pedro Crisólogo, com o seu testemunho de santidade, conhecimento das ciências teológicas e dom de comunicação venceu a heresia do Monofisismo, a qual afirmava Jesus ter apenas uma só natureza, e não a misteriosa união da natureza divina e humana como o próprio nos revelou.
Um homem que tinha o pecado no coração, porém, Pedro lutou com as armas da oração, jejum e mortificações para assim desfrutar e transmitir pela Palavra o tesouro da graça, isto até entrar na Glória Celeste em 450.
São Pedro Crisólogo, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

domingo, 29 de julho de 2018

PAPA FRANCISCO: NUNCA COLOCAR FORA A COMIDA QUE SOBRA, REUTILIZAR OU DOAR A QUEM PRECISA



A passagem do Evangelho da multiplicação dos pães e dos peixes proposta pela liturgia deste domingo, inspirou a reflexão do Papa Francisco, que alertou para o desperdício e o colocar comida fora quando tantos passam fome.
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
“O ícone do jovem corajoso que dá o pouco que tem para saciar a fome de uma grande multidão” e a frase que é “um questionamento, um exame de consciência: o que se faz em casa com a comida que sobra?”.
Antes de rezar o Angelus com os milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco já havia alertado que “diante do grito de fome - todos os tipos de "fome" - de tantos irmãos e irmãs em todas as partes do mundo, não podemos permanecer como espectadores distantes e tranquilos”. E falando de improviso, chamou a atenção para o desperdício e para o destino da comida que sobra em nossas refeições.
LEI

A inspirar sua reflexão, a passagem do Evangelho da multiplicação dos pães e dos peixes, que alimentaria à saciedade a multidão que seguia Jesus nas proximidades do lago de Tiberíades. E dela, o Papa destaca a atitude corajosa do rapaz que, vendo a multidão faminta, “coloca à disposição tudo o que tem: cinco pães e dois peixes:
Bravo rapaz! Ele, também ele, via a multidão; também via os cinco pães. Disse: "Mas eu tenho isto, se serve está à disposição". Este rapaz nos faz pensar um pouco em nós... Aquela coragem: os jovens são assim, têm coragem. Devemos ajudá-los a levar em frente esta coragem”.
Seguindo a reflexão, Francisco aponta mais uma vez para a coragem e a sensibilidade do rapaz, que a exemplo de Jesus, viu a grande multidão e entendeu a compaixão, dizendo: "Ah, pobre gente.... Eu tenho isto". A compaixão o levou a oferecer o que tinha.”
Jesus atento às necessidades básicas das pessoas

A narrativa de João mostra Jesus atento às necessidades primárias das pessoas: “as pessoas têm fome e Jesus envolve seus discípulos, para que essa fome seja saciada. Este é o fato concreto”:
“Para as multidões, Jesus não se limitou a dar isto - ofereceu a sua Palavra, a sua consolação, a sua salvação e finalmente a sua vida - mas certamente fez também isso:  cuidou da comida para o corpo. E nós, seus discípulos, não podemos fazer de conta não saber nada. Somente ouvindo as demandas mais simples das pessoas e colocando-se ao lado de suas situações existenciais concretas, se poderá ser escutados quando se fala de valores mais elevados”.
“O amor de Deus pela humanidade faminta de pão, de liberdade, de justiça, de paz e, acima de tudo da sua graça divina, nunca falha”, reiterou o Santo Padre, recordando que Jesus continua também hoje a satisfazer a fome, a tornar-se uma presença viva e consoladora”, através de nós.
O Evangelho nos convida a sermos disponíveis e atuantes, como aquele rapaz que se dá conta de ter cinco pães e diz: 'Mas, eu dou isto, depois tu verás’".
“ Diante do grito de fome - todos os tipos de "fome" - de tantos irmãos e irmãs em todas as partes do mundo não podemos permanecer como espectadores distantes e tranquilos. ”
A ação de proximidade e de caridade para com os pobres, os fracos, os últimos, os indefesos, é a melhor forma de comprovar a qualidade de nossa fé, tanto a nível pessoal como a nível comunitário, pois  “o anúncio de Cristo, pão da vida eterna, requer um generoso compromisso de solidariedade” para com eles.
O destino da comida que sobra

Outra passagem da narrativa de João destacada por Francisco, foi a frase de Jesus aos discípulos, após a multidão ter sido saciada: "Recolham os pedaços que sobraram, para que nada seja perdido". O Papa propôs esta mesma frase aos presentes na Praça São Pedro, chamando a atenção para o desperdício de comida, quando tantos passam fome:
Penso nas pessoas que têm fome e em quanta comida que sobra que botamos fora... Cada um de nós pense: a comida que sobra no almoço, na janta, para onde vai? Na minha casa, o que se faz com a comida que sobra? Se joga fora? Não. Se você tem este costume, dou a você um conselho: fale com seus avós, que viveram no pós-guerra, e pergunte a eles o que faziam com a comida que sobrava. Nunca jogar fora a comida que sobra. Se reutiliza ou se dá a quem possa comê-la, a quem tem necessidade. Nunca colocar fora a comida que sobra. Este é um conselho e também um exame de consciência: o que se faz em casa com a comida que sobra?”.
“Rezemos a Virgem Maria - disse ao concluir - para que no mundo prevaleçam os programas dedicados ao desenvolvimento, à alimentação, à solidariedade e não àqueles do ódio, dos armamentos e da guerra”.
Após rezar o Angelus, o Papa Francisco saudou os grupos presentes na Praça São Pedro, em particular, os fiéis brasileiros vindos do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Viseu, Quixadá e Fortaleza.
Fonte: Vatican News

COMISSÃO PARA VIDA E A FAMÍLIA DA CNBB MOBILIZA CRISTÃOS NA LUTA CONTRA A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO



Comissão para Vida e a Família da CNBB mobiliza cristãos na luta contra a legalização do aborto
Mais uma vez, a legalização do aborto volta à pauta nacional em uma audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) para os dias 3 e 6 de agosto. Na ocasião, será debatido a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, discutida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.
Diante dessa realidade, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirma em nota a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”. Afirmação emitida pela presidência da CNBB na Nota Oficial “Pela vida, contra o aborto”, publicada em 11 de abril de 2017.
A ação sustenta que dois dispositivos do Código Penal que instituem a criminalização da interrupção voluntária da gravidez afrontam a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a inviolabilidade da vida, a liberdade, a igualdade, a proibição de tortura ou o tratamento desumano e degradante, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos.
A Audiência Pública será realizada neste Supremo Tribunal Federal, Anexo II-B, sala da Primeira Turma, nos dias 03.08.2018 (sexta-feira) e 06.08.2018 (segunda-feira), das 8h40 às 12h50 e das 14h30 às 18h50. A CNBB apresentará sua posição, nesta audiência, no dia 6 de agosto, às 9h10, pelo dom Ricardo Hoerpers, bispo da diocese de Rio Grande (RS) e pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da diocese de Osasco (SP).
Leia a nota na íntegra:
Brasília – DF, 25 de Julho de 2018
ABORTO E DEMOCRACIA
  1. Um perigo iminente
Nos últimos anos, apresentaram-se diversas iniciativas que visavam à legalização do aborto no ordenamento jurídico brasileiro.
Em todas essas ocasiões, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fiel à sua missão evangelizadora, reiterou a “sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, condenando, “assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil” (CNBB, Nota Pela vida, contra o aborto, 11 de abril de 2017).
Unindo sua voz à sensibilidade do povo brasileiro, maciçamente contrário a qualquer forma de legalização do aborto, a Igreja sempre assegurou que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas”, lembrando que “urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil” (Ibidem).
As propostas de legalização do aborto sempre foram debatidas democraticamente no parlamento brasileiro e, após ampla discussão social, sempre foram firmemente rechaçadas pela população e por seus representantes.
A desaprovação ao aborto, no Brasil, não parou de crescer nos últimos anos, mas, não obstante, assistimos atualmente uma tentativa de legalização do aborto que burla todas as regras da democracia: quer-se mudar a lei mediante o poder judiciário.
  1. A ADPF 442
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 442, solicita ao Supremo Tribunal Federal – STF a supressão dos artigos 124 a 126 do Código Penal, que tipificam o crime de aborto, alegando a sua inconstitucionalidade. O argumento, em si, é absurdo, pois se trata de uma lei federal de 1940, cuja constitucionalidade jamais foi questionada.
O STF convocou uma audiência pública para a discussão do tema, a realizar-se nos dias 3 e 6 de agosto de 2018. A maior parte dos expositores representa grupos ligados à defesa da legalização do aborto.
A rigor, o STF não poderia dar andamento à ADPF, pois não existe nenhuma controvérsia em seu entendimento. Em outras palavras, em si, a ADPF 442 transcende o problema concreto do aborto e ameaça os alicerces da democracia brasileira, que reserva a cada um dos poderes da República uma competência muito bem delineada, cujo equilíbrio é uma garantia contra qualquer espécie de deterioração que degenerasse em algum tipo de ditadura de um poder sobre os outros.
O momento exige atenção de todas as pessoas que defendem a vida humana. O poder legislativo precisa posicionar-se inequivocamente, solicitando de modo firme a garantia de suas prerrogativas constitucionais. Todos os debates legislativos precisam ser realizados no parlamento, lugar da consolidação de direitos e espaço em que o próprio povo, através dos seus representantes, outorga leis a si mesmo, assegurando a sua liberdade enquanto nação soberana. Ao poder judiciário cabe fazer-se cumprir as leis, ao poder legislativo, emaná-las.
  1. O aborto da democracia.
“Escolhe, pois, a vida”. O eloquente preceito que recebemos da Escritura, “escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19), agora, reveste-se de importância decisiva: precisamos garantir o direito à vida nascente e, fazendo-o, defender a vida de nossa democracia brasileira, contra todo e qualquer abuso de poder que, ao fim e ao cabo, constituir-se-ia numa espécie de “aborto” da democracia. As democracias modernas foram concebidas como formas de oposição aos absolutismos de qualquer gênero: pertence à sua natureza que nenhum poder seja absoluto e irregulável. Por isso, é imensamente desejável que, diante destas ameaças hodiernas, encontremos modos de conter qualquer tipo de exacerbação do poder. Em sua evangélica opção preferencial pelos pobres, a Igreja vem em socorro dos mais desprotegidos de todos os desprotegidos: os nascituros que, indefesos, correm o risco do desamparo da lei e da consequente anistia para todos os promotores desta que São João Paulo II chamava de cultura da morte.
  1. Sugestões práticas.
O que fazer? Diante da gravidade da situação, pedimos a todas as nossas comunidades uma mobilização em favor da vida, que se poderia dar em três gestos concretos:
  1. Uma vigília de oração, organizada pela Pastoral Familiar local, tendo como intenção a defesa da vida dos nascituros, podendo utilizar como material de apoio os encontros do subsídio Hora da Vida 2018, sobretudo a Celebração da Vida, vide página 41. Ao final da vigília, os participantes poderiam elaborar uma breve ata e endereçá-la à Presidência do Congresso Nacional, solicitando aos legisladores que façam valer suas prerrogativas constitucionais: presidencia@camara.leg.br, com cópia para a Comissão Episcopal para a Vida e a Família: vidafamilia@cnbb.org.br.
  2. Nas Missas do último domingo de julho, os padres poderiam comentar brevemente a situação, esclarecendo o povo fiel acerca do assunto e reservando uma das preces da Oração da Assembleia para rezar pelos nascituros. A coordenação da Pastoral Familiar poderia encarregar-se de compor o texto da oração e também de dirigir umas palavras ao povo.
  3. Incentivamos, por fim, aos fiéis leigos, que procurem seus deputados para esclarecê-los sobre este problema. Cabe, de fato, ao Congresso Nacional colocar limites a toda e qualquer espécie de ativismo judiciário.
Invocamos sobre todo o nosso país a proteção de Nossa Senhora Aparecida, em cuja festa se comemora juntamente o dia das crianças, para que ela abençoe a todos, especialmente as mães e os nascituros.

Dom João Bosco B. Sousa, OFM
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família Bispo Diocesano de Osasco – SP

Fonte: CNBB