segunda-feira, 31 de agosto de 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE REVOGA PORTARIA QUE ABRIA BRECHAS PARA A PRÁTICA DO ABORTO

 


Imagem referencial / Crédito: Unsplash

 

BRASILIA, 31 ago. 20 / 01:48 pm (ACI).- O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial de sexta-feira, 28 de agosto, uma portaria que dispõe sobre o aborto no Sistema Único de Saúde (SUS), em casos não puníveis, e revoga trechos de uma anterior, de 2005, que abria brechas para esta prática no Brasil.

“Essa portaria é uma importante iniciativa pró-vida que acaba desfazendo aquilo que foi feito pelos governos do PT com aquelas normas técnicas”, as quais “favoreceram a extensão da prática do aborto na rede hospitalar pelo SUS, com dinheiro público, aproveitando-se dos casos de estupro para poder criar aquelas situações de comoção” e, assim, “alargar as condições para que a legislação flexibilizasse” as restrições ao aborto, explicou o coordenador do Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery.

Vale ressaltar que a prática do aborto é ilegal no Brasil, sendo despenalizada apenas nos casos de gravidez decorrente de estupro, risco comprovado de vida para a mãe e, mais recentemente, no caso de bebês diagnosticados com anencefalia.

Com Portaria nº 2.282, que dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS, “o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello acatou a sugestão da Associação Guadalupe que, em 13 de fevereiro de 2020, havia feito o pedido à Defensoria Pública da União para a revogação da Norma Técnica 1508/2005”, explicou o especialista.

Esta Portaria determina a obrigatoriedade de “notificação à autoridade policial” em casos de estupro e que a gestante deve ser informada sobre a “possibilidade de visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia”.

Em seu artigo 1º, estabelece que “é obrigatória a notificação à autoridade policial pelo médico, demais profissionais de saúde ou responsáveis pelo estabelecimento de saúde que acolheram a paciente dos casos em que houver indícios ou confirmação” deste crime.

Nesse sentido, determina que sejam preservadas “possíveis evidências materiais do crime de estupro a serem entregues imediatamente à autoridade policial, tais como fragmentos de embrião ou feto com vistas à realização de confrontos genéticos que poderão levar à identificação do respectivo autor do crime”.

Em seguida, a portaria estabelece quatro fases que compõem o “Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei”, as quais “deverão ser registradas no formato de termos, arquivados anexos ao prontuário médico, garantida a confidencialidade desses termos”.

Nessas fases, a equipe médica deverá informar a mulher “acerca da possibilidade de visualização do feto ou embrião por meio de ultrassonografia”, bem como sobre os “os desconfortos e riscos possíveis à sua saúde”.

Além disso, estabelece o Termo de Responsabilidade, que deverá ser assinado pela gestante ou responsável legal ou, se for incapaz, também de seu representante legal, com a advertência sobre previsão dos crimes de falsidade ideológica e de aborto, se a mulher não tiver sido vítima de estupro.

Para Prof. Nery, com essas medidas, esta nova portaria “reforça a penalização ao estuprador”. Além disso, ao permitir que “as mães possam ver o bebê na ultrassom” e fornecer a elas “informações sobre o risco do aborto”, permite que as mulheres possam “decidir se querem fazer ou não o aborto. E, é evidente que, elas tendo essas informações, elas acabam não abortando”, completou.

Histórico

Segundo Prof. Hermes, que é especialista em Bioética, a Portaria 2.282 é “uma importante iniciativa pró-vida do governo federal”, uma vez que “põe certo freio na extensão da prática do aborto na rede pública hospitalar, com dinheiro público”.

Essas medidas, explicou, buscam “ajustar as normas técnicas diante da legislação atual, além de garantir segurança jurídica aos profissionais de saúde”, isso tendo em vista “como as brechas abertas pela Portaria 1508/2005 permitiram a extensão da prática do aborto na rede hospitalar, com dinheiro público, prática esta intensificada desde 5 novembro de 1998 (em âmbito nacional), com a promulgação da Norma Técnica ‘Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes’, editada pelo então Ministro da Saúde José Serra”.

Prof. Hermes recordou que, “a prática do aborto em órgão público teve início em 1989, no Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro, em São Paulo, com a Portaria 692/89, na gestão da prefeita Luiz Erundina (PT/SP)”. Depois, expandiu-se por outras regiões.

O especialista citou uma explicação dada pelo sacerdote pró-vida, Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, ao analisar a norma técnica, segundo o qual, de acordo com esta norma, a mulher não precisava “provar que sofreu violência sexual para requerer o aborto”, pois os documentos comprobatórios eram apenas “recomendados”, precisando a vítima apresentar apenas o Boletim de Ocorrência Policial, o que permitiu que fossem abertas “portas para a falsificação de estupros e o aborto em série”.

Entretanto, assinalou Prof. Hermes, “a agenda do aborto avançou com mais força nos governos lulopetistas, com a edição de novas Normas Técnicas (nas gestões dos Ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe), dentre elas, esta que foi revogada agora”.

O especialista em Bioética explicou que “o ato administrativo que oficializou a prática do aborto na rede pública hospitalar do País foi a Portaria 1145 (Humberto Costa), de 8 de julho de 2005, de vigência curta, até a edição da Portaria 1508, de seu sucessor Saraiva Felipe, chamada ‘a portaria do aborto’”.

“Foi esta a portaria revogada agora pelo Ministro Eduardo Pazuello”, pontuou.

 

Fonte: ACI Digital

 

DOM STEINER: O BRASIL QUE O NOVO NÚNCIO IRÁ ENCONTRAR



O novo Núncio encontrará um Brasil que vive uma situação complicada e uma Igreja que se esforça para viver o Evangelho e estar ao lado dos pobres.

Padre Modino - REPAM

A Santa Sé comunicou no último dia 29 de agosto a nomeação de Dom Giambattista Diaquattro como novo Núncio no Brasil. Mais uma vez, será um italiano quem vai ocupar a representação diplomática do Vaticano em Brasília, algo que se tornou tradição em pouco mais de dois séculos. O único Núncio no Brasil não nascido na Itália foi Dom Umberto Mozzoni, entre 1969 e 1973, argentino de ascendência italiana.

O novo Núncio já foi embaixador do Papa no Panamá, na Bolívia e atualmente era o representante pontifício na Índia e no Nepal. O bispo do Vicariato de Pando, na Bolívia, Dom Eugênio Coter, nomeado bispo no tempo em que o novo Núncio estava naquele país, define o diplomata italiano como “alguém muito tranquilo e respeitoso da autonomia da Conferência Episcopal”. Ao mesmo tempo, Dom Coter não vê o novo Núncio no Brasil como alguém dado a “provocar enfrentamentos com o governo, sem muita inclinação a intervir em conflitos”.

Ao ser questionado sobre o que novo Núncio no Brasil encontrará, Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, grande conhecedor da realidade eclesial, social e política do Brasil, após oito anos como Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, afirma que “o Núncio Apostólico nomeado para a Nunciatura no Brasil será bem acolhido. A Igreja no Brasil sempre acolheu bem os núncios enviados pelos Papas”.

Segundo Dom Leonardo, o novo Núncio “encontrará uma Igreja que procura ser fiel ao Evangelho e ao magistério da Igreja. Uma Igreja com um laicato dedicado e ativo, uma Vida Religiosa que busca viver o carisma dos fundadores, fundadoras e presente nas igrejas particulares, um número crescente de novas comunidades, um presbiterado que cresce em número e no espírito missionário”, algo que o novo arcebispo de Manaus tem descoberto na Igreja particular de Manaus, onde é grande o número de missionários chegados de diferentes pontos do Brasil e de outros países.

O ex-secretário da CNBB, também afirma que na Igreja do Brasil há “uma presença de fiéis que não gostam de seguir os ensinamentos de papa Francisco”. Na grande maioria dos que fazem parte da Igreja católica no Brasil, o novo Núncio “encontrará uma Igreja que se esforça para viver o Evangelho e estar ao lado dos pobres e sofridos”. Ao mesmo tempo, Dom Leonardo Steiner afirma que Dom Giambattista Diaquattro, “na Igreja no Brasil encontrará diferentes interpretações teológicas e compreensões eclesiológicas. Como santa e pecadora, uma Igreja viva e dinâmica”.

Uma das missões mais importantes dos núncios é a escolha das ternas entre as que o Papa nomeia os futuros bispos. Nesse sentido, o Brasil, com mais de 250 circunscrições eclesiásticas, é uma Conferência Episcopal onde as mudanças no episcopado são constantes. Entre os bispos, Dom Leonardo afirma que o novo Núncio “encontrará um episcopado em comunhão e que vive a colegialidade. Nessa convivência fraterna encontrará diferentes modos de ver as questões políticas e sociais, as impostações teológicas e eclesiais”, mas o arcebispo insiste em que “verá nas diferenças, comunhão!”

Brasil está vivendo uma situação política e social complicada, algo que tem se agravado com a pandemia da COVID-19.

Em um país onde a região amazônica representa mais da metade do território nacional, e os bispos da Amazônia tem se posicionado fortemente nos últimos meses, o novo Núncio encontrará, segundo Dom Leonardo, “o momento propício para ajudar a tornar realidade os quatro sonhos de Papa Francisco, expressos na Querida Amazônia”.

Ao mesmo tempo, falando de uma questão de particular importância na agenda do Papa Francisco e que deveria estar presente entre as preocupações do emissário vaticano no Brasil, como é o tema da ecologia integral, Dom Leonardo Steiner, afirma que chegado no Brasil, o novo Núncio, “entenderá porque a Conferência Episcopal Brasileira insiste tanto na questão do meio ambiente e na defesa dos povos originários e nas políticas públicas”. Junto com isso, o arcebispo afirma que Dom Giambattista Diaquattro “entenderá porque os brasileiros amam e rezam pelo Papa”, insistindo em que “ele se sentirá bem-vindo!”

Fonte: Vatican News

EM SETEMBRO, PAPA PEDE ORAÇÃO E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE: NÃO AO SAQUE, SIM À PARTILHA

 


Francisco, no vídeo de intenção de oração para o mês de setembro, faz um apelo ao cuidado da Criação “hoje, não amanhã, hoje” e “com responsabilidade”. Enquanto pede oração para que os recursos do planeta “não sejam saqueados, mas partilhados de forma justa e respeitosa”, denuncia o enriquecimento de países e empresas com a exploração de dons naturais, gerando uma “dívida ecológica”: quem pagará essa dívida?

Andressa Collet - Vatican News

“Estamos espremendo os bens do planeta. Espremendo-os, como se fosse uma laranja. Países e empresas do Norte enriqueceram explorando dons naturais do Sul, gerando uma ‘dívida ecológica’. Quem pagará essa dívida? Além disso, a ‘dívida ecológica’ é ampliada quando multinacionais fazem fora de seus países o que elas não têm permissão para fazer nos seus. É ultrajante. Hoje, não amanhã, hoje, temos que cuidar da Criação com responsabilidade. Rezemos para que os recursos do planeta não sejam saqueados, mas partilhados de forma justa e respeitosa. Não ao saque, sim à partilha.”

No vídeo de intenção de oração para o mês de setembro, enquanto pede rezar pelos recursos do planeta, o Papa Francisco denuncia o enriquecimento de países e empresas com a exploração do meio ambiente, expressando, assim, a sua preocupação com a geração de uma “dívida ecológica”. O convite para cuidar da Criação “hoje, não amanhã, hoje” e “com responsabilidade” acontece nesta segunda-feira (31), véspera do Dia Mundial de Oração pela Criação; no âmbito do #TempoDaCriação, celebrado de 1º de setembro a 4 de outubro; e no 5º aniversário da Laudato si'.

A campanha pelo cuidado da Criação, além do novo Vídeo do Papa, com a intenção de oração de Francisco confiada a toda Igreja por meio da Rede Mundial de Oração do Papa (que inclui o Movimento Eucarístico Jovem - MEJ), também reúne o trabalho de várias ONGs, buscando a transformação social e procurando melhorar a vida dos mais desfavorecidos.

O alerta para a dívida ecológica

A mensagem do Papa Francisco sobre o cuidado da Criação é contundente quando afirma que “estamos espremendo os bens do planeta. Espremendo-os, como se fosse uma laranja”. É por isso que o Pontífice encoraja todas as pessoas a tomarem consciência da grave "dívida ecológica", resultado da exploração dos recursos naturais e da atividade de algumas multinacionais que "fazem fora de seus países o que não é permitido nos seus."

Um exemplo para a desproporção dos recursos, segundo relatórios internacionais, é que quase um bilhão de pessoas vão dormir com fome todas as noites. Isso acontece não porque não haja comida suficiente para todos, mas por causa da profunda injustiça na maneira como a comida é produzida e distribuída. Entre as causas estão: o aumento do poder empresarial na produção de alimentos, a crise climática e o acesso injusto aos recursos naturais, o que afeta a capacidade das pessoas de cultivar e comprar alimentos.

A exploração de recursos naturais não-renováveis, incluindo o petróleo, o gás, minerais e madeira, tem sido frequentemente identificada como um dos fatores desencadeadores, impulsionadores ou sustentadores de conflitos violentos em diferentes partes do mundo.

A promoção da ecologia integral

O Pe. Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, declarou que, “nestes tempos de pandemia, estamos mais conscientes, como o Santo Padre já disse várias vezes, da importância de nossa Casa Comum, o que nos recorda a necessidade de cuidar dos bens do planeta”. O padre lembrou que, em maio deste ano, Francisco divulgou uma mensagem em vídeo para a Semana Laudato Si’ com o convite de "responder à crise ecológica, ao grito da terra e ao grito dos pobres".

O diretor, então, encorajou à oração, junto com o Papa, e finalizou:

“Hoje, mais do que nunca, temos que ouvir esse clamor e promover concretamente, com um estilo de vida pessoal e comunitário sóbrio e solidário, uma ecologia integral. Vamos rezar por isso porque é um caminho de conversão.”

 

Fonte: Vatican News

TEXTO-BASE DO MÊS DA BÍBLIA ESTÁ DISPONÍVEL TAMBÉM EM FORMATO DIGITAL

Texto-base do Mês da Bíblia está disponível também em formato digital

O mês de setembro tornou-se referência para o estudo e a contemplação da Palavra de Deus, tornando-se em todo o Brasil, desde 1971, o Mês da Bíblia. Desde o Concílio Vaticano II, convocado em dezembro de 1961, pelo papa João XXIII, a Bíblia ocupou espaço privilegiado na família, nos círculos bíblicos, na catequese, nos grupos de reflexão, nas comunidades eclesiais.

“Já são quase 50 anos que temos essa tradição de dedicar um mês para o estudo mais aprofundado da Palavra de Deus, então é extremamente importante que as comunidades se deixem reunir e experimentar a Palavra de Deus. A Bíblia é para nós a Palavra de Deus revelada, a forma que Ele dialoga continuamente conosco na história”, afirma irmã Izabel Patuzzo, assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.

Este ano, 2020, a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia, em sintonia com a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fundamentando-se no livro do Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11). É um livro rico em reflexões morais e éticas, com leis para regular as relações com Deus e com o próximo. Destaca-se no Deuteronômio a preocupação de promover a justiça, a solidariedade com os pobres, o órfão, a viúva e o estrangeiro. São leis humanitárias encontradas também no Código da Aliança (Ex 20-23).

E o Texto-Base para o Mês da Bíblia deste ano, segundo o arcebispo de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo, quer oferecer ao leitor atual a experiência de fé daqueles que primeiramente acederam ao que Deus queria revelar de si mesmo. “Seus autores querem aproximar os leitores de hoje dos protagonistas de ontem. É como se os de outrora e os de agora se reunissem para conversar sobre aquele Deus que se revelou, que se deixou conhecer”, afirma o presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Elaborado por um grupo de professores especializados, o texto-base do Mês da Bíblia foi publicado recentemente pela Editora da CNBB, a Edições CNBB. É um instrumento para que as comunidades possam estudar e interpretar o livro e possam atualizar a Palavra de Deus para o contexto vivido. “Gostaria de convidar, motivar as lideranças para que estudem o texto-base, tenham contato com o texto para que em setembro possa-se realizar melhor os encontros bíblicos”, exorta padre Jânison de Sá, assessor da Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB.

O texto-base, além de apresentar o contexto e os objetivos do livro, traz informações sobre as características itinerárias e vocabulário, além de sua importância teológica. “É um livro extramente importante porque ele se apresenta como uma orientação para a comunidade israelita e também para nós. Teve uma grande influência no Antigo Testamento. Foi reelaborado, atualizado por várias vezes por ser extremamente importante”, explica irmã Izabel Patuzzo, assessora da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.

Encontros Bíblicos

Além do texto-base, há o subsídio para os encontros bíblicos. Neste ano, foram preparados cinco encontros na metodologia da Leitura Orante, que garante uma pedagogia interativa e mistagógica. Ao final, há ainda sugestões de cantos que podem ser utilizados nos diversos momentos. “Que cada família possa adquirir o seu livreto dos encontros para fazê-los em casa, pois são muito importantes para que as famílias possam continuar-se alimentando da palavra de Deus e neste ano conhecendo melhor o livro do Deuteronômio, que é um livro importante do Antigo Testamento”, afirma padre Jânison.

 

Os subsídios estão a venda no site da Edições CNBB. Também disponíveis em formato digital. Acesse-os (aqui).

Baixe (aqui) o cartal oficial do Mês da Bíblia.

Fonte: CNBB

SETEMBRO: MÊS DA BÍBLIA 2020 VAI FAVORECER O ESTUDO SOBRE O LIVRO DE DEUTERONÔMIO


Setembro: Mês da Bíblia 2020 vai favorecer o estudo sobre o livro de Deuteronômio

Tem início amanhã, 1º de setembro, o Mês da Bíblia 2020. Este ano, a Igreja no Brasil vai aprofundar o livro de Deuteronômio e o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11) para animar a realização de atividades em torno da bíblia nos próximos dias. Em uma live realizada pela Edições CNBB dia 27 de agosto, em preparação ao Mês da Bíblia, o bispo de Luziânia (GO), dom Waldemar Passini e membro da Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), retomou a história e a origem do mês no Brasil e apresentou as orientações da Comissão Bíblico Catequética da CNBB para este ano levando-se em conta o contexto do novo Coronavírus.

Orientações pastorais no contexto da pandemia

Dom Waldemar Passini, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB

O bispo de Luziânia, que também é mestre em ciências bíblicas, disse que a Igreja no Brasil e a Comissão Bíblico-Catequética da CNBB estão num tempo de adaptação. “Estamos acompanhando os dramas e as tragédias das pessoas e de seus familiares e também de coisas que afetam a vida de nossas comunidades, cidades, país e mundo”, disse.

Dom Waldemar disse que a Igreja, por ser encarnada nas diferentes realidades, não pode ficar alheia ao avanço do novo Coronavírus. Contudo, o bispo de Luziânia disse que isto não significa que ela deve permanecer parada e se ausentar da reflexão, da oração e dos encontros. Ele reforçou, por outro lado, que são necessárias adaptações. “Esse ano, diante desta realidade, imagino que o lugar da oração e reflexão da família já conquistou espaço. Para o Mês da Bíblia a prioridade deve ser à Palavra de Deus”, disse.

A sugestão da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB é que a oração, a reflexão e os estudos sejam feitos em família sobre o Livro do Deuteronômio, tendo o cuidado de adaptar a reflexão às diferentes idades. O material também, como sugestão da Comissão da CNBB, poderá ser estudado em grupos de convivência que tenham uma espiritualidade bíblica (amigos, colegas de trabalho, círculos bíblicos, entre outros). Uma outra sugestão é fazer encontros à distância pelas plataformas que permitem reuniões online. Encontros, como este, sugeriu dom Waldemar, podem ser organizados pelas comunidades e paróquias.

Como método, dom Waldemar deu duas orientações: a) se ater à leitura contínua do texto proposto, o que ajuda a entender o contexto no qual está inserida a história e a oração com o mesmo. Uma opção, aponta, é fazer a leitura orante com os textos bíblicos sugeridos. Momentos importantes, reforçou dom Waldemar, são as celebrações da Palavra e as homilias, onde os ministros leigos e ordenados poderão aprofundar a Palavra de Deus.

História do Mês da Bíblia

Dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO), falou sobre origem da celebração do Mês da Bíblia, um evento que é específico da Igreja no Brasil. Segundo ele, a semana tem origem com o Domingo da Bíblia, cujo início no Brasil se deu a partir da 1ª Semana Bíblica Nacional, em 1947. “A partir desta data começou-se a celebrar o Domingo da Bíblia, sempre no último domingo do mês de setembro. Neste o mês, dia 30, comemora-se também o dia de São Jerônimo, um grande conhecedor da Bíblia, exegeta e tradutor da Bíblia para o latim, a vulgata”, disse.

Depois do “Domingo da Bíblia”, dom Waldemar lembrou que passou-se a celebrar o Mês da Bíblia a partir de uma iniciativa pioneira da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) que se expandiu para o regional Leste 2. Em 1976, a celebração do Mês da Bíblia foi assumida pela CNBB e em todo Brasil. “Inicialmente fazia-se uma reflexão por temas, depois passou-se à aprofundar os livros da sagrada escritura”, disse.

Deuteronômio: o livro de estudo em 2020

O livro que será aprofundado este ano é o Deuteronômio. Segundo o bispo, trata-se de um livro de grande importância, citado várias vezes no Novo Testamento. “Nós precisamos, como sempre para o Antigo Testamento, termos a referência da leitura cristã. Lemos o Antigo Testamento como Palavra de Deus para nós, mas temos na mente e no coração o Evangelho de Jesus Cristo e a teologia do Novo Testamento para nós como um todo. Assim vamos ao livro de Deuteronômio e vamos encontrá-lo tal como ele se apresenta”, disse.

O bispo de Luziânia disse que trata-se de um texto de grande importância teológica porque coloca em seu centro a Lei de Deus. Lei como núcleo primeiro dado a Moisés e que depois de muito tempo continua falando a seu povo, estimulando o culto a Deus, mais tarde reconhecido como único e promove relações de fraternidade entre irmãos e entre o povo de Israel.

“O texto nos é dado como último livro do Pentateuco pelo próprio Moisés. Aí nós encontramos a primeira referência clássica da revelação, sendo Moisés o grande mediador desta revelação entre Deus e o povo que ele escolheu. Mas temos também no livro a resposta que o povo eleito deve dar ao seu Deus: ‘a vivência dos mandamentos como resposta à escolha e aliança estabelecida por Deus com seu povo’”, explicou.

No núcleo do livro, entre os capítulos 12 ao 16, encontra-se o “Código Deuteronômio”, um conjunto de preceitos que vai do culto à relações sociais e familiares e a como lidar com a guerra e com o conflito nas cidades que Israel vai conquistando. “O livro chama a atenção sobre como usar a lei não apenas para ocupar a terra mas também para permanecer nela e torná-la fecunda. É um texto forte que perpassa períodos distintos da história mas sempre com a mesma teologia: a resposta fiel ao Deus que elegeu Israel, Judá o seu povo“, apontou.

 Fonte: CNBB

HOSPITAL RELIGIOSO NO RIO RECEBE RESPIRADORES DOADOS PELO PAPA PARA O TRATAMENTO DA COVID-19


Hospital religioso no Rio recebe respiradores doados pelo Papa para o tratamento da Covid-19

Neste domingo, dia 31 de agosto, o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta presidiu uma missa em ação de graças pelos equipamentos de saúde enviados pelo Papa Francisco para o tratamento de pacientes com coronavírus ao Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Tijuca, zona norte do Rio.

Os quatro ventiladores e um ecógrafo, uma espécie de ultrassom portátil, que ficarão à disposição para o tratamento e terapia intensiva de pacientes e contaminados pela Covid-19,  foram entregues pelos emissários do Papa Francisco, doutores Paolo Tachine e Antonio Guizzetti, representantes da “Hope Onlus“ durante a celebração da capela do hospital que contou ainda com a presença do diretor do hospital, frei Paulo Batista.

Gustavo de Oliveira/ArqRio

“Aqui no Rio de Janeiro, tivemos esta oportunidade de receber os equipamentos, fruto da solidariedade e preocupação do Santo Padre com todas as vítimas e contaminados desta pandemia que mudou a realidade do mundo. Agradecemos ao Papa Francisco pela deferência”, disse dom Orani.

Em 2013, o Hospital São Francisco na Providência de Deus recebeu a visita do Santo Padre, durante a Jornada Mundial da Juventude. Segundo a arquidiocese, essa doação de equipamentos vai ajudar e muito o Brasil – um dos países mais afetados pela pandemia.

Ao todo, 24 aparelhos foram enviados ao Brasil através Esmolaria Apostólica do Vaticano para 6 hospitais religiosos espalhados sobre o território brasileiro. A Esmolaria Apostólica é o departamento da Santa Sé que tem a função de exercer a caridade do Papa para com os pobres.

A próxima cidade a receber os equipamentos é Aracaju (SE). Outros quatro hospitais religiosos já receberam a doação são eles: hospital São Lucas da PUC-RS, em Porto Alegre (RS); hospital São Camilo, em Crato (CE); Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (GO); Hospital dom Orione, em Araguaína (TO).

Com informações de Paulo Ubaldino e fotos de Gustavo de Oliveira/Arquidiocese do Rio de Janeiro

HOJE É CELEBRADA A VIRGEM DAS LÁGRIMAS, QUE CHORA E INTERCEDE PELO MUNDO



Por Walter Sánchez Silva

 

Virgem das Lágrimas / Foto: Wikipedia (CC BY-SA 3.0)

 

REDAÇÃO CENTRAL, 31 ago. 20 / 06:00 am (ACI).- Hoje é celebrada a Virgem das Lágrimas, uma devoção que surgiu em Siracusa (Itália), onde uma imagem do Imaculado Coração de Maria derramou lágrimas de "dor" e "esperança" pelo mundo, como destacou São João Paulo II.

O fato ocorreu em 1953, na casa do humilde do casal Angelo Lannuso e Antonina Lucia Giusti, que tinham a imagem mariana, de gesso, que ficava pendurada na parede sobre a cama do casal e que derramou lágrimas durante quatro dias, entre 29 de agosto e 1º de setembro.

A imagem foi um presente de casamento e, quando chorou, a primeira pessoa que viu foi Antonina, que estava grávida do seu primeiro filho.

 


O casal vidente do milagre das lágrimas. Foto: Santuário della Madonna delle lacrime

Segundo assinala Famiglia Cristiana, as autoridades eclesiásticas foram muito cautelosas com o que aconteceu. O pároco Giuseppe Bruno chegou à casa do casal acompanhado por vários especialistas, entre os quais o Dr. Michele Cassola, abertamente ateu.

No local, os especialistas, que mais tarde participariam da comissão investigativa, também testemunharam as lágrimas da Virgem. Depois disso, a imagem não derramou mais lágrimas.

O líquido recolhido foi submetido a diversas análises que foram comparadas com lágrimas de um adulto e uma criança de dois anos e sete meses.

Cassola, que liderava a comissão, não tinha explicação científica para o que os estudos revelaram: efetivamente, o líquido derramado pela imagem mariana era correspondente às lágrimas humanas. O relatório foi divulgado em 9 de setembro de 1953.

Três meses depois, em 12 de dezembro de 1953, dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora de Guadalupe, os bispos da região de Sicília declararam por unanimidade que a imagem da Mãe de Deus chorou.

Em 17 de outubro de 1954, o Papa Pio XII se referiu a este evento prodigioso e, em uma mensgem de rádio ao congresso regional mariano de Sicília, disse: "Os homens compreenderão a linguagem misteriosas destas lágrimas? Oh, as lágrimas de Maria? No Gólgota foram lágrimas de dor por Jesus e tristeza pelo pecado do mundo. Ainda chora pelas novas chagas no Corpo Místico de Jesus?".

"Ou chora por tantos filhos nos quais o erro e a culpa extinguiram a vida da graça e ofendem gravemente a divina majestade? Ou são lágrimas de espera pela demora da volta dos outros filhos, que um dia foram fiéis e que agora são arrastados por falsas miragens entre as hostes dos inimigos de Deus? ".

O grande número de fiéis que iam venerar a imagem milagrosa fez com que construíssem um santuário em 1968, que depois foi renovado em 1994. A consagração foi realizada naquele ano por São João Paulo II, em 6 de novembro.

Durante a sua visita pastoral a Catania e a Siracusa, o Papa peregrino disse que as lágrimas da Virgem "testemunham a presença da Mãe Igreja no mundo".

"São lágrimas de dor por aqueles que rechaçam o amor de Deus, pelas famílias separadas ou que têm dificuldades, pela juventude ameaçada pela civilização de consumo e muitas vezes desorientada, pela violência que ainda provoca tanto derramamento de sangue, e por todas as incompreensões e pelos ódios que abrem abismos profundos entre os homens e os povos", acrescentou.

Em 5 de maio, 2016, o Papa Francisco presidiu a vigília de oração "para enxugar as lágrimas", por ocasião do Jubileu da Misericórdia, quando o relicário da Virgem das Lágrimas foi levado ao Vaticano.

Naquela ocasião, o Santo Padre ressaltou que “junto de cada cruz, está sempre a Mãe de Jesus. Com o seu manto, Ela enxuga as nossas lágrimas. Com a sua mão, faz-nos levantar e acompanha-nos pelo caminho da esperança”.

Dois anos depois, em 25 de maio de 2018, Francisco presidiu novamente uma liturgia na presença do relicário com as lágrimas da Virgem.

Na capela da Casa Santa Marta, onde reside, o Santo Padre afirmou: “Trouxeram de Siracusa a relíquia das lágrimas de Nossa Senhora. Hoje estão aqui, e rezemos a Nossa Senhora para que nos dê e também à humanidade necessitada o dom das lágrimas, que nós possamos chorar: pelos nossos pecados e por tantas calamidades que provocam sofrimento ao povo de Deus e aos filhos de Deus”.

O Santuário Mariano de Siracusa recebe cerca de um milhão de pessoas que peregrinam até o local todos os anos.

 

Fonte: ACI Digital

 

O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja Lopez

O PAPA PEDE RESPEITO DA LEGALIDADE INTERNACIONAL NO MEDITERRÂNEO ORIENTAL



O Papa Francisco faz um apelo ao diálogo construtivo e ao respeito pela legalidade internacional para resolver a crise no Mediterrâneo entre a Grécia e a Turquia

Jane Nogara - Vatican News

Depois do Angelus deste domingo (30/08) o Papa Francisco não deixou de falar sobre uma das mais iminentes crise que está ocorrendo no Mediterrâneo Oriental. O Papa refere-se às graves tensões em uma estreita faixa marítima entre a Grécia e a Turquia. O motivo seria a posse de grandes recursos energéticos presentes na área.

Eis as palavras do Papa:

“Acompanho com preocupação as tensões na área do Mediterrâneo Oriental, que é minada por vários surtos de instabilidade. Por favor, apelo ao diálogo construtivo e ao respeito pela legalidade internacional para resolver os conflitos que ameaçam a paz dos povos daquela região”

 

Fonte: Vatican News

EVANGELHO DO DIA

 


Lucas 4, 16-30

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,16-30

Naquele tempo: 16Veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado,
e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor.' 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: 'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.' 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: 'Não é este o filho de José?' 23Jesus, porém, disse: 'Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.' 24E acrescentou: 'Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias,
quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu,
havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.' 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Palavra da Salvação.

 

 

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

31 DE AGOSTO DE 2020

 

SEGUNDA-FEIRA DA XXII SEMANA

 

DO TEMPO COMUM 

Cor verde

 

 

 

1ª. Leitura – I Cor 2, 1-5

 

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 2,1-5

1Irmãos, quando fui à vossa cidade anunciar-vos o mistério de Deus, não recorri a uma linguagem elevada ou ao prestígio da sabedoria humana. 2Pois, entre vós, não julguei saber coisa alguma, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. 
3Aliás, eu estive junto de vós, com fraqueza e receio, e muito tremor. 4Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito, 5para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – “a fé se baseia no poder de Deus”

Pregando aos coríntios, São Paulo mais uma vez nos ensina que ter fé não é confiar na nossa própria capacidade, nem nos nossos talentos humanos ou mesmo na nossa intelectualidade e cultura. Tem fé, aquele (a) que se dispõe a ser orientado (a) pelo Espírito Santo de Deus que é quem tem poder para fazer em nós muito mais do que queremos e ansiamos. Não precisamos recorrer a uma linguagem elevada nem tampouco ao prestígio da nossa sabedoria humana para que possamos tocar o coração das pessoas quando falamos de Deus. Quanto mais fracos e impotentes nós nos sentirmos mais poderemos nos apoderar da força e do poder do alto que não supõe nenhuma sabedoria humana. Pela força do Espírito Santo é que nós adquirimos a competência para pregar a Palavra de Deus e dar testemunho de que Ela é vida na nossa vida. A Palavra de Deus é o próprio Jesus que nos apresenta o plano do Pai para a nossa felicidade. Ela é, portanto, o Manual de Instrução que o Espírito Santo nos apresenta. Procuremos, pois, crescer na fé entregando-nos à ação poderosa do Espírito de Deus, o qual operará maravilhas na nossa vida e na vida do mundo, por nosso intermédio. – Você se impressiona com as pessoas muito instruídas e falantes das coisas do mundo? – Você acha que elas são mais poderosas do que você que medita com a palavra de Deus todos os dias? – Qual a mensagem que elas lhe transmitem?                              

 

Salmo - 118,97. 98. 99. 100. 101. 102 (R. 97a)

 

R. Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!

97Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei! *
Permaneço o dia inteiro a meditá-la.R.
98Vossa lei me faz mais sábio que os rivais, *
porque ela me acompanha eternamente.R.

99Fiquei mais sábio do que todos os meus mestres, *
porque medito sem cessar vossa Aliança.R.

100Sou mais prudente que os próprios anciãos, *
porque cumpro, ó Senhor, vossos preceitos.R.

101De todo mau caminho afasto os passos, *
para que eu siga fielmente as vossas ordens.R.

102De vossos julgamentos não me afasto, *
porque vós mesmo me ensinastes vossas leis.R.

 

Reflexão - O salmista nos faz entender que o seguimento da Lei de Deus é o princípio da nossa sabedoria. Por meio da meditação da sua Palavra nós nos tornamos mais sábios que os “nossos rivais” e  os “nossos mestres”. Assim também o cumprimento da lei de Deus nos torna mais prudentes que os próprios anciãos e, além do mais, nos mantém firmes no bom caminho. Por isso, nos tornamos agradáveis a Deus e aos Seus julgamentos.

 

Evangelho – Lc 4, 16-30

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,16-30

Naquele tempo: 16Veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado,
e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18'O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor.' 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: 'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.' 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: 'Não é este o filho de José?' 23Jesus, porém, disse: 'Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.' 24E acrescentou: 'Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias,
quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu,
havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.' 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Palavra da Salvação.

 

Reflexão – “a missão de Jesus é a nossa missão”

Jesus assumiu as palavras do profeta Isaias (Is 61, 1-2) quando anunciou a todas as nações a missão do Messias, O Ungido do Senhor, falando na Sinagoga da cidade de Nazaré. Assim, Jesus nos descreve o Seu ministério aqui na terra o qual se constitui também, hoje,   a nossa missão, pelo poder do Espírito Santo: anunciar a boa nova, proclamar a libertação dos cativos, recuperar a vista aos cegos, livrar os oprimidos e proclamar o perdão do Senhor! Todos nós que somos batizados em Cristo, temos também esta vocação.  Por meio da palavra que anunciamos, pela oração que fazemos ou pelo testemunho que apresentamos, todos estes prodígios podem acontecer com aqueles (as) a quem divulgamos o Evangelho. Naquele tempo o povo de Nazaré não acreditou em Jesus porque Ele era de casa, de uma família conhecida de todos, no entanto, mesmo assim, Ele não desistiu da Sua Missão de anunciar o Reino no meio em que vivia.  Por isso, é que Ele nos recorda as figuras de Elias que fez prodígios na vida de uma viúva que cuja origem não pertencia ao povo de Israel e Naamã, o  sírio, que procurou Eliseu longe da sua terra para ser curado da lepra. Nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus.  Para nós também é uma tarefa árdua anunciar Jesus na nossa casa ou evangelizar as pessoas no ambiente onde todos nos conhecem.  Às vezes, não fazemos sucesso onde desejaríamos que isso acontecesse, por isso, o Espírito Santo, que nos conduz, nos arrasta para ajudar a alguém que está longe de nós e a que nem conhecemos, a fim de que, por nosso meio, possa obter cura e libertação. 

- A quem você se sente chamado (a) a evangelizar? 

-Para você o que é evangelizar? 

– O que você tem feito para atrair os seus para uma vida melhor? 

– Você tem visto algum progresso na sua família por causa do seu testemunho de vida?   Você continua insistindo?  

– Você sente o poder do Espírito Santo quando fala no nome de Jesus Cristo?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho