domingo, 30 de abril de 2023

PAPA FRANCISCO DESPEDE-SE DA HUNGRIA

 

"Uma viagem ao centro da Europa onde continuam soprando os ventos gelados da guerra, enquanto os deslocamentos de tantas pessoas colocam na ordem do dia questões humanitárias urgentes", havia dito o Papa no Regina Coeli do último domingo, ao pedir orações por sua peregrinação à Hungria, concluída neste domingo.

Vatican News

No final da tarde deste domingo o Papa despediu-se da Hungria. Da Universidade Católica Péter Pázmány, onde encontrou o mundo acadêmico e universitário, o Pontifície deslocou-se ao Aeroporto Internacional de Budapeste, distante 20 km, onde foi acolhido na pista pela presidente Katalin Novák, pelo vice-primeiro ministro e por crianças que agitavam bandeiras do Vaticano e da Hungria. O Santo Padre  recebeu uma rosa branca, agradecimentos por sua vista e generosidade e saudou o séquito local e a delegação húngara, sendo o último a embarcar. Não houve discursos. O voo A320 da ITA Airways decolou às 18h08.

Atento à situação atual, o Papa visitou o país como "construtor de pontes entre os povos", com um olhar voltado a um futuro de paz e fraternidade, a paz que foi um tema recorrente em seus pronunciamentos (6 no total, incluindo a homilia da Missa desta manhã). A Hungria faz fronteira com a Ucrânia e acolhe milhares de refugiados da guerra. 

Em sua alocução antes de rezar o Regina Coeli na manhã deste domingo, pediu à Virgem Santa para "infundir nos corações dos homens e dos líderes das nações o desejo de construir a paz, de dar às jovens gerações um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de túmulos; um mundo de irmãos, não de muros.

"Tomar a vida em suas próprias mãos para ajudar o mundo a viver em paz" foi por sua vez seu convite aos cerca de 12.000 jovens reunidos no Palácio dos Esportes de Budapeste. “O zelo pela missão é anestesiado pelo nosso viver na segurança e na comodidade, enquanto a poucos quilômetros daqui a guerra e o sofrimento estão na ordem do dia”, sublinhou o Pontífice que, entre os testemunhos dos jovens, ouviu também o deTodor Levcsenko, de 17 anos, da Eparquia de Munkachevo, na Ucrânia. 

E foi na história húngara, seus personagens ilustres, seus santos e em suas raízes cristãs que o Pontífice buscou inspiração em seus pronunciamentos para encorajar o presente a ter esperança em um futuro de paz e fraternidade entre os povos.

Cumprida sua missão nesta que foi a 41ª Viagem Apostólica de seu Pontificado, Francisco deverá chegar ao aeroporto Ciampino, em Roma, pouco antes das 20 horas, horário local. Durante o trajeto, terá lugar o já tradicional encontro com os jornalistas.


Fonte:  https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-04/papa-francisco-hungria-despedida-aeroporto-budapeste.html


   




 

FRANCISCO NA HUNGRIA: COMO JESUS, SEJAMOS PORTAS ABERTAS

 

Neste quarto domingo da Páscoa, o Papa Francisco presidiu a celebração eucarística na Praça Kossuth Lajos, com a presença de milhares de fiéis húngaros

Irmã Grazielle Rigotti, ascj - Vatican News

"É isto o que faz um bom pastor: dá a vida pelas suas ovelhas." Com estas palavras inspiradas pelo evangelho de São João, neste quarto domingo do tempo pascal que o Papa iniciou sua homilia durante a Santa Missa presidida na Hungria para uma multidão de fiéis. 

A imagem do bom Pastor guiou a reflexão do Santo Padre que ressaltou duas ações que Jesus, segundo o evangelho, realiza por suas ovelhas: chama-as e depois fá-las sair.

"Irmãos e irmãs, estando aqui esta manhã, sintamos a alegria de ser povo santo de Deus: todos nascemos da sua chamada; foi Ele que nos convocou e, por isso, somos o seu povo, o seu rebanho, a sua Igreja. Reuniu-nos aqui para que, embora sendo diversos entre nós e pertencendo a comunidades diferentes, a grandeza do seu amor nos reúna a todos num único abraço." Deste modo, em primeiro lugar o Senhor chama as suas ovelhas, disse Francisco, convidando o povo a recordar o sentido da catolicidade e a fazer memória agradecida, do amor de Jesus por nós. 

“Todos nascemos da Sua chamada”

A segunda ação então seria, segundo o Pontífice, o movimento de saída. E o ilustra com a imagem da porta: "Este movimento – entrar e sair –, podemos captá-lo a partir doutra imagem que Jesus utiliza: a da porta. Diz Ele: «Eu sou a porta. Se alguém entrar por Mim, estará salvo; há de entrar e sair e achará pastagem» (Jo 10, 9). Ouçamos com atenção isto: há de entrar e sair. Por um lado, Jesus é a porta que se abriu de par em par a fim de nos fazer entrar na comunhão do Pai e experimentar a sua misericórdia; mas, como todos sabem, uma porta aberta serve não só para entrar, mas também para sair do lugar onde nos encontramos".

“Jesus é a porta que nos faz sair para o mundo”

Assim, ao final de sua homilia, o Santo Padre mais uma vez destacou que o movimento de viver "em saída" significa tornar-se como Jesus, uma porta aberta. E exortou: 

"Por favor, abramos as portas! Procuremos ser também nós – com as palavras, os gestos, as atividades quotidianas como Jesus: uma porta aberta, uma porta que nunca se fecha na cara de ninguém, uma porta que a todos permite entrar para experimentar a beleza do amor e do perdão do Senhor.". 


Fonte:  https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-04/papa-francisco-hungria-missa-homilia.html

EVANGELHO DO DIA

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 10,1-10

Naquele tempo, disse Jesus: 1'Em verdade, em verdade vos digo,
quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora.
4
E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.
5
Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.' 6Jesus contou-lhes esta parábola,
mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: 'Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Palavra da Salvação.

 

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

30 DE ABRIL DE 2023

 

4º DOMINGO DA PÁSCOA

 

Cor: Branco

1ª. Leitura – At 2,14a.36-41

 

Leitura dos Atos dos Apóstolos 2,14a.36-41

No dia de Pentecostes, 14aPedro, de pé, no meio dos Onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão. 36Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes.' 37Quando ouviram isso,
eles ficaram com o coração aflito, e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: 'Irmãos, o que devemos fazer?' 38Pedro respondeu: 'Convertei-vos e cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo para o perdão dos vossos pecados.
E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe,
todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si.' 40Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho, e os exortava, dizendo: 'Salvai-vos dessa gente corrompida!'
41
Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo.
Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas se uniram a eles.
Palavra do Senhor.

 

Reflexão – O Espírito de Deus que é quem nos santifica dia a dia!

Pedro continua falando ainda hoje para todos nós que tomamos consciência do nosso pecado e estamos conscientes de que somos responsáveis pelo sofrimento, paixão e morte de Jesus, na Cruz, Para o povo de ontem e para nós, hoje, o recado será sempre o mesmo: “convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para o perdão dos vossos pecados”. Mesmo sabendo que já fomos batizados em Nome de Jesus, muitos de nós nos esquecemos da herança que recebemos, por isso vivemos na penúria e na escuridão.  No nosso Batismo nós ganhamos de presente o dom do Espírito Santo que é o nosso Auxiliador e nos ajuda a assumir uma nova vida, convertida e transformada. A conversão implica em que nos entreguemos totalmente nas asas do Espírito de Deus que é quem nos santifica dia a dia, conforme vamos caminhando, caindo, errando, porém na certeza de que a promessa de Deus é para nós e para nossos filhos. Por isso, precisamos nos apossar Dele!  A promessa do Espírito Santo é a promessa do Pai que nos chama a uma mudança radical de mentalidade e nos leva a perseverar na amizade com o Senhor e dar testemunho ao mundo de que realmente a nossa vida foi transformada.  Jesus assumiu a nossa vida de pecado e nos livrou da morte eterna, por essa razão, não pereceremos, somos povo santo, escolhido de Deus.  – Você tem consciência do poder que recebeu no Batismo? – Qual tem sido a ação do Espírito Santo em você? – Você se sente responsável pela morte de Jesus na Cruz? – Como você tem vivido o seu Batismo, com alegria ou desconfiança?

 

Salmo 22,1-3a.3b-4.5.6 (R.1)

 

R. O Senhor é o pastor que me conduz; para as águas repousantes me encaminha.
Ou Aleluia, Aleluia, Aleluia

1O Senhor é o pastor que me conduz;*
não me falta coisa alguma.
2
Pelos prados e campinas verdejantes*
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,*
3a
e restaura as minhas forças.R.

3bEle me guia no caminho mais seguro,*
pela honra do seu nome.
4
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,*
nenhum mal eu temerei;
estais comigo com bastão e com cajado;*
eles me dão a segurança!R.

5Preparais à minha frente uma mesa,*
bem à vista do inimigo,
e com óleo vós ungis minha cabeça;*
o meu cálice transborda.R.

6Felicidade e todo bem hão de seguir-me*
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei*
pelos tempos infinitos.R.

 

Reflexão - A nossa salvação implica em que tenhamos certeza de que Jesus nos conduz por onde andamos e, desde já, nós podemos usufruir de tudo quanto este salmo nos assegura: águas repousantes, prados e campinas verdejantes, forças restauradas. Mesmo que andemos por vales tenebrosos, isto é, no meio dos perigos do mundo, sabemos que estamos seguros nas mãos do Senhor, porque Ele é o nosso pastor. Felicidade por toda a vida e, no final, a morada eterna perto de Deus. Esta é a promessa para você.

 

2ª. Leitura – I Pd 2,20b-25

 

Leitura da Primeira Carta de São Pedro 2,20b-25

Caríssimos: 20bSe suportais com paciência aquilo que sofreis
por ter feito o bem, isto vos torna agradáveis diante de Deus.
21
De fato, para isto fostes chamados. Também Cristo sofreu por vós deixando-vos um exemplo, a fim de que sigais os seus passos.
22
Ele não cometeu pecado algum, mentira nenhuma foi encontrada em sua boca. 23Quando injuriado, não retribuía as injúrias; atormentado, não ameaçava; antes, colocava a sua causa nas mãos daquele que julga com justiça. 24Sobre a cruz, carregou nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Por suas feridas fostes curados. 25Andáveis como ovelhas desgarradas, mas agora
voltastes ao pastor e guarda de vossas vidas. Palavra do Senhor

 

Reflexão – Jesus sofreu por amor e o Seu sacrifício foi agradável a Deus.

O grande mistério da dor que se transforma em amor acontece quando nós a colocamos na Cruz de Jesus.  Por isso, São Pedro nos exorta a sofrer com Jesus, em solidariedade ao que Ele viveu na Sua Paixão e Morte. Assim fazendo as nossas dores alcançam um refrigério que só conhece as almas que assim se comprometem.  Com efeito, São Pedro nos aponta Jesus como exemplo de paciência na provação e de justiça. Jesus sofreu por amor e o Seu sacrifício foi agradável a Deus. Isto é um grande mistério de amor. Este mistério de amor também acontece conosco quando pacientemente suportamos o peso dos encargos da nossa vida, as nossas dores e sofrimentos em conformidade com a Paixão de Jesus. Assim, também nos tornamos ofertas agradáveis ao Pai que vê em nós a imagem do Seu Filho amado. Tornamo-nos discípulos da Cruz e ovelhas feridas que são resgatadas pelo pastor. O sofrimento vivido em conjunto com Jesus Cristo nos torna pessoas mais  atraentes. Afinal o que pode dizer aquele (a) que nunca experimentou? – Como você tem enfrentado o sofrimento: com paciência ou com desespero? – Você se lembra de Jesus quando sofre?  - Você tem oferecido a Ele as suas angústias e tribulações? – Experimente fazê-lo.

 

Evangelho – Jo 10, 1-10

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 10,1-10

Naquele tempo, disse Jesus: 1'Em verdade, em verdade vos digo,
quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora.
4
E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.
5
Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.' 6Jesus contou-lhes esta parábola,
mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: 'Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Palavra da Salvação.

 

Reflexão – Somente Jesus pode nos conduzir rumo ao Pai.

Jesus é o Verdadeiro Pastor, por isso, quem ouve a voz de Jesus, ouve a voz do Pastor e não duvida da Sua condução, pois sabe que Ele veio ao mundo para nos dar a vida em abundância. Jesus é também para nós a Porta da Felicidade que se abre a fim de que tenhamos uma vida de acordo com o que o Pai sonhou para nós. Somente Jesus pode nos conduzir rumo ao Pai. A Igreja é na terra o nosso Redil e nela estamos seguros porque aí se encontra Jesus, o nosso Pastor.  Jesus escolheu os Seus Apóstolos que são os pastores que nos conduzem e nos alimentam com a Sua Palavra e com o Seu Corpo e o Seu Sangue. Por isso, precisamos escutar a voz do Papa que é o representante de Jesus na Igreja. Todos os que buscam outros caminhos e seguem outras vozes terminam sendo enganados e fogem.   Quando a ovelha foge é porque o pastor não a fez entrar pela porta que é Jesus. Ela escapa daqueles que não anunciam Jesus, que não operam em nome de Jesus e por amor a Jesus. Quando nós fazemos as coisas em Nome de Jesus, as portas se abrem e o verdadeiro Pastor toma conta do rebanho. As ovelhas conhecem a voz do Pastor porque têm intimidade profunda com Ele!  Precisamos estar atentos para reconhecer a voz do Pastor e não nos deixar enveredar por caminhos tortuosos. 

-  Você reconhece a autoridade de Jesus que fala através do Papa?

 - Você tem conseguido ouvir a voz de Jesus através dos ensinamentos da Igreja?  

  – O que significa para você: Jesus é a porta? – Porta para que? 

– Você tem se desviado do Caminho? – Você já caiu em alguma emboscada?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

 

 

SANTO DO DIA - SÃO PIO V

 

 

Papa até 1572

Origens
Miguel Ghisleri, eleito Papa, em 1566, com o nome de Pio V, nasceu em Bosco Marengo, na província de Alexandria em 1504. Aos 14 anos, ingressara nos dominicanos. Após a ordenação sacerdotal, subiu rapidamente todos os degraus de excepcional carreira: professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e em Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi, Papa.

Má fama de Inquisidor
O título de inquisidor pode torná-lo antipático ao homem de hoje, que da inquisição tem conceito frequentemente deformado pelas narrações superficiais. Na verdade, Pio V foi Papa um tanto sacrificado, como sacrificados são todos os reformadores dos costumes. Mas é título de merecimento para ele ter debelado a simonia da Cúria romana e o nepotismo. Aos numerosos parentes que foram a Roma com a esperança de algum privilégio, Pio V disse que um parente do Papa pode considerar-se bastante rico se não estiver na miséria.

Contexto de Guerra
Em um período de guerras e instabilidades, houve a batalha de Lepanto. A frota turco-muçulmana estava pronta para o ataque decisivo no Golfo de Lepanto com trezentos navios que aguardavam a ordem para abater, definitivamente, a Europa Cristã. Às 12 horas, do dia 7 de outubro de 1571, teve início uma das batalhas navais mais determinantes da história cristã. Depois de três horas de ferozes combates, as forças aliadas da Liga Santa derrotaram as otomanas.

São Pio V e a Intercessão de Nossa Senhora

Importância da vitória para o Cristianismo
Essa vitória teve importância central no cristianismo, já que corria o risco de a Europa tornar-se muçulmana após o ataque e tomada das terras. O Papa Pio V convocou o povo a pedir a intercessão de Nossa Senhora rezando o terço pelo combate. Com a notícia da conquista naval,  o Papa mandou tocar todos os sinos da Cidade Eterna em comemoração dos méritos da guerra. E, como sinal de agradecimento à Virgem Maria, instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro.

Importância doutrinária
A Batalha de Lepanto foi uma das páginas mais famosas ligadas à figura de Pio V, no civil Antônio Michele Ghislieri. Resolvido e inflexível, a sua figura é recordada, de modo particular, pela Contra Reforma, por ter combatido a heresia, e pela Liga Santa, a coalizão militar, que constituiu com os Estados europeus, para deter o avanço dos turcos na Europa. No entanto, foram importantes e numerosas também as suas decisões em matéria teológica e litúrgica.

Mais textos
Publicou novos textos do Breviário (1568), do Missal (1570) e do Catecismo Romano. Como pessoa inflexível, tomou uma série de medidas, entre as quais a bula In Coena Domini, com a qual tomava providências sobre a custódia da fé e a luta contra as heresias. Reduziu os gastos da corte papal, impôs a obrigação de residência aos Bispos e confirmou a importância do cerimonial; opôs-se a todo tipo de nepotismo e procurou melhorar, de todas as formas, os usos e costumes da população.

Pio V e as monarquias europeias

Concílio de Trento
São Pio V deu prova de grandes capacidades, também em relação às monarquias europeias. Conseguiu fazer prevalecer as decisões do Concílio de Trento, na Itália, Alemanha, Polônia e Portugal. Entre os monarcas católicos, somente o rei da França se opôs juntamente com a  excomunhão da rainha Inglesa Isabel I, pois era anglicana e procurou fortalecer a posição católica perante o protestantismo.

Atenção aos pobres
Durante o seu Pontificado, Pio V dedicou-se à assistência dos pobres e necessitados, criando estruturas assistenciais como o “Monte de Piedade” e os hospitais de São Pedro e de Santo Espírito. Durante a escassez de 1566, suprimiu todo e qualquer gasto supérfluo, distribuiu alimentos e promoveu serviços sanitários.

Morte e Canonização
Debilitado por uma longa enfermidade, Pio V faleceu no dia 1° de maio de 1572. Seus restos mortais descansam, ainda hoje, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Cem anos após a sua morte, São Pio V foi beatificado pelo Papa Clemente X, no dia 27 de abril de 1672, e canonizado em 22 de maio de 1712.

Minha oração
“Ao nosso Papa pedimos a fortaleza contra as heresias, a força contra o demônio e a tentação com uma santa devoção à Virgem Maria, a Senhora e Rainha das Batalhas. Com ele, pedimos por nossos governantes que sejam fiéis a Deus e comprometidos com o povo, comprometidos com a verdade.  Amém.”

São Pio V, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

 

sábado, 29 de abril de 2023

NÃO VIRTUALIZEM A VIDA, QUE É CONCRETA, DIZ FRANCISCO AOS JOVENS

 

Nesta tarde do sábado, 29 de abril, o Papa se encontrou com os jovens no estádio Papp László de Budapest, em sua visita à Hungria

Irmã Grazielle Rigotti, ascj - Vatican News

Após o encontro com os pobres e refugiados, e a visita à comunidade greco-católica para um breve momento de oração pela manhã, Francisco encontrou os jovens no estádio de esportes da capital, que leva o nome do famoso pugilista húngaro László Papp. 

O Papa foi recebido com muita alegria manifestada através do discurso de acolhida Dom Ferenc Palánkiresponsável pela Pastoral Juvenil, e ao som cantos e através do testemunhos de alguns jovens.

O Pontífice iniciou seu discurso destacando a importância de haver alguém que provoque e ouça as perguntas da juventude e não dê respostas fáceis e pré-fabricadas, mas ajude a enfrentar sem medo a aventura da vida à procura de respostas grandes. "Era assim que fazia Jesus", disse Francisco. Na sequência o Pontífice fez a pergunta que Jesus fez aos discípulos: "O que procurais?", pedindo que em um breve momento de silêncio cada um respondesse em seu coração.

 

Quem ousa, vence

Depois disso, frisou a necessidade de buscar metas altas, aproveitando o ambiente esportivo onde se encontravam, na certeza de que Deus que escuta as necessidades e está sempre atento aos seus sonhos: 

"Vede, amigos! Jesus fica feliz, se alcançarmos metas altas. Não nos quer preguiçosos e inativos, não nos quer calados e tímidos; quer-nos vivos, ativos, protagonistas. E nunca desvaloriza as nossas expetativas; mas, ao contrário, eleva o nível dos nossos anseios. Jesus estaria de acordo com um provérbio vosso (espero pronunciá-lo bem!): Aki mer az nyer [quem ousa, vence]."

O Papa ainda indicou caminhos para vencer na vida, a partir de duas coisas fundamentais, apostar alto e treinar, mas sempre em equipe, nunca sozinhos:

"Mas como se faz para vencer na vida? Há duas coisas fundamentais, como no desporto: primeira, apostar alto; segunda, treinar-se. Apostar alto. Possuis um talento? De certeza que o tens! Não o ponhas de lado, pensando que, para ser feliz, basta o mínimo indispensável: um diploma, um emprego para ganhar dinheiro, divertir-se um pouco... Não basta! Põe em campo aquilo que tens." "Não penses que são desejos irrealizáveis, mas investe sobre os grandes objetivos da vida! E, depois, treinar-se. Como? Em diálogo com Jesus, que é o melhor treinador possível: ouve-te, motiva-te, acredita em ti, sabe como tirar o melhor de ti. E sempre nos convida a fazer equipe: nunca sozinhos, mas com os outros; na Igreja, na comunidade, juntos, vivendo experiências comuns."

Francisco aproveitou o momento para lembrar os jovens da próxima Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em Lisboa em agosto deste ano, como um exemplo de como o Senhor os convida a trabalhar em equipe, e estar juntos uns com os outros.

O Papa: a fé nos faz sair ao encontro dos pobres e a falar a linguagem da caridade

O silêncio é a porta da oração

Um dos pontos fortes do discurso do Santo Padre foi também a valorização do silêncio como momento propício de encontro com Deus. Exortou a não terem "medo de ir contracorrente, encontrando diariamente um tempo de silêncio a fim de parar e rezar." Segundo o Papa, silêncio o é o terreno onde se pode cultivar relações benéficas; dá-nos a possibilidade de ler uma página do Evangelho que fala à nossa vida ou permite-nos pegar num livro que não somos obrigados a ler, mas que nos ajuda a conhecer o espírito humano, e ainda permite-nos observar a natureza "para não viver apenas em contato com coisas feitas pelos homens mas descobrir também a beleza que nos rodeia."

"Contudo o silêncio não é para se ficar preso ao celular e às redes sociais. Isso não, por favor! A vida é real, não virtual; não acontece num visor, mas no mundo! Por favor, não virtualizem a vida! Eu repito, não virtualizem a vida que é concreta."

A oração é diálogo, é vida, destacou Francisco, frisando neste contexto a importância da coragem de serem verdadeiros: "Como vemos narrado em cada página do Evangelho, o Senhor faz coisas grandes, não com pessoas extraordinárias, mas com pessoas verdadeiras. Pelo contrário, quem se apoia nas próprias capacidades e vive de aparências para ser bem visto, mantem Deus longe do coração. Jesus, com as suas perguntas, o seu amor, o seu Espírito, escava dentro de nós para nos tornar pessoas verdadeiras. E hoje há tanta necessidade de pessoas verdadeiras!"

Papa: a exemplo de Jesus, levar a realidade adiante como ela é

Não guardar nada para si

Por fim, o Papa citou uma passagem do evangelho que, segundo ele, resume seu discurso: a multiplicação dos pães, no evangelho de João, sublinhando a figura do rapaz que partilhou do que tinha com a multidão famita confiando, dando tudo, não guardando nada para si.

"O pouco daquele rapaz nas mãos de Jesus torna-se muito. É aqui que conduz a fé: à liberdade de dar, ao entusiasmo do dom, à superação dos medos, a pôr-se em jogo! Amigos, cada um de vós é precioso para Jesus, e também para mim! Lembra-te que ninguém pode ocupar o teu lugar na história da Igreja e do mundo: ninguém pode fazer aquilo que só tu podes fazer. Ajudemo-nos, então, a crer que somos amados e preciosos, que fomos feitos para grandes coisas. Rezemos por isso e encorajemo-nos a isso! E recordai-vos também de fazer bem a mim com a vossa oração. Köszönöm [obrigado]!


Fonte:    https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-04/papa-francisco-hungria-jovens-discurso.html