domingo, 31 de maio de 2020

AS IGREJAS CATÓLICAS SÓ ABRIRÃO SUAS PORTAS NO FINAL DE JULHO, SE TIVER SEGURANÇA PARA OS FIÉIS





O governador Camilo Santana divulgou na última semana o Plano de Retomada da Economia do Estado, que acontecerá a partir de amanhã, segunda-feira, dia 1° de junho, com algumas atividades, como comércios, construção civil  e indústria de transformação e serviços, mas o plano poderá ser interrompido, caso ocorra algum problema, se não sair como foi planejado.  

Numa reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral, realizada ontem, dia 30, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques informou que as portas das igrejas da Arquidiocese de Fortaleza só serão abertas depois da quarta etapa do plano, no final de julho e se tiver segurança para a vida dos fiéis.

As atividades religiosas, em especial as celebrações eucarísticas (missas), fazem parte da segunda fase, programadas para o período entre 22 de junho e 5 de julho, com apenas 20 por cento da capacidade dos locais. No período dentre 6 e 19 de julho, as celebrações serão realizadas com limitação de 50%. A ocupação total das igrejas (100%) só poderá acontecer na última fase da retomada, no mês de julho, do dia 20 até 02 de agosto, respeitando o protocolo baseado nos critérios para liberação, é o que pretende o Arcebispo de Fortaleza, que as Igrejas sejam reabertas somente na última fase do plano de retomada da economia cearense.


PAPA NO REGINA COELI: QUE TENHAMOS A CORAGEM DE SAIR MELHORES DESTA CRISE



"Precisamos tanto da luz e da força do Espírito Santo! A Igreja precisa disso, para caminhar em harmonia e corajosamente, testemunhando o Evangelho. E toda a família humana precisa disso, para sair dessa crise mais unida e não mais dividida. Vocês sabem que de uma crise como esta não sai iguais, como antes; se sai ou melhores ou piores. Que tenhamos a coragem de mudar, de ser melhores, de ser melhores do que antes e de poder construir positivamente o pós-crise da pandemia."
Cidade do Vaticano
Não podia ser mais simbólico e significativo o Regina Coeli que marcou o reencontro do Papa Francisco com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o que não acontecia desde início de março: a Solenidade de Pentecostes.
E ao se despedir dos presentes em um domingo primaveril e de temperatura amena - e antes ainda de pronunciar o tradicional “por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo” - o Santo Padre disse que temos “tanta necessidade da luz e da força do Espírito Santo. A Igreja tem necessidade disso, para caminhar concorde e corajosa, testemunhando o Evangelho; e disso tem necessidade toda a família humana, para sair desta crise mais unida e não mais dividida”.
Aos tradicionais protocolos de segurança para ingressar na Praça São Pedro, somaram-se agora as medidas sanitárias preventivas ao contágio do coronavírus, ou seja, desinfetar as mãos com álcool gel, manter a distância de segurança, o uso de máscaras. Para atender a demanda de peregrinos que tende a crescer gradativamente e dar mais fluidez às filas em tempos de distanciamento social, foram instalados novos detectores de metal sob as colunatas de São Pedro.

"Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Agora que a praça está aberta, podemos voltar. É um prazer!"
O Evangelho de São João proposto pela liturgia do dia inspirou a alocução do Santo Padre. De fato, a leitura “nos remete à noite da Páscoa e mostra-nos Jesus ressuscitado que aparece no Cenáculo, onde os discípulos haviam se refugiado. "Pôs-se no meio deles e disse-lhes: "A paz esteja convosco!""

Comunidade não reconciliada, não está pronta para a missão

 

Estas primeiras palavras pronunciadas pelo Ressuscitado: "A paz esteja convosco" – explicou o Papa - devem ser consideradas mais do que uma saudação:
Expressam o perdão, o perdão concedido aos discípulos que, para dizer a verdade, o haviam abandonado. São palavras de reconciliação e de perdão. E também nós, quando desejamos paz aos outros, estamos dando o perdão e também pedindo perdão. Jesus oferece sua paz precisamente a esses discípulos que têm medo, que custam a acreditar no que viram, ou seja, o sepulcro vazio, e subestimam o testemunho de Maria Madalena e das outras mulheres. Jesus perdoa, perdoa sempre, e oferece sua paz aos sesus amigos. Não se esqueçam: Jesus nunca se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir perdão.”
Assim, ao perdoar e reunir os discípulos ao seu redor, “Jesus faz deles uma Igreja, a sua Igreja, que é uma comunidade reconciliada e pronta para a missão. Quando uma comunidade não é reconciliada, não está pronta para missão".
“O encontro com o Senhor ressuscitado dá uma reviravolta na existência dos apóstolos e os transforma em testemunhas corajosas.”

Tudo é orientado para a missão

 

O Papa então, recorda que as palavras de Jesus que se seguem - "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós” - fazem entender que os apóstolos são enviados para dar continuidade à mesma missão que o Pai confiou a Jesus: "Eu vos envio a vós": “não é tempo de estarem trancados nem de recordar com saudades dos "bons tempos" passados ​​com o Mestre”. E explica:

 

 
A alegria da ressurreição é grande, mas é uma alegria expansiva, que não deve ser retida para si. No domingo do Tempo Pascal, ouvimos pela primeira vez esse mesmo episódio, após o encontro com os discípulos de Emaús, portanto o bom Pastor, os discursos de despedida e a promessa do Espírito Santo: tudo é orientado para fortalecer a fé dos discípulos - e também nossa - em vista da missão.
E precisamente para animar a missão – disse o Papa -  que Jesus dá aos Apóstolos seu Espírito: "Soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo"":
“O Espírito Santo é fogo que queima os pecados e cria homens e mulheres novos; é fogo de amor com o qual os discípulos poderão "incendiar" o mundo, aquele amor de ternura que privilegia os pequenos, os pobres, os excluídos ... Nos sacramentos do Batismo e da Confirmação recebemos o Espírito Santo com seus dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade, temor de Deus.”

Sair fora dos muros de proteção

 

Este último dom em particular, enfatizou o Santo Padre -  “é precisamente o oposto do medo que antes paralisava os discípulos: é o amor pelo Senhor, é a certeza da sua misericórdia e da sua bondade, é a confiança de poder seguir na direção por Ele indicada, sem que nunca nos falte sua presença e seu apoio”:
A festa de Pentecostes renova a consciência de que em nós habita a presença vivificante do Espírito Santo; Ele também nos dá a coragem de sair fora dos muros protetores de nossos "cenáculos",  dos grupinhos, sem recostar-nos na vida tranquila ou fechar-nos em hábitos estéreis.
Elevemos então nosso pensamento a Maria, ela estava ali, com os apóstolos, quando veio o Espírito Santo,  protagonista com a primeira comunidade da admirável experiência de Pentecostes, e peçamos a ela para que obtenha para a Igreja o ardente espírito missionário.

Humanidade deve sair da crise mais unida e não mais dividida

 

Depois de rezar o Regina Coeli, o Papa recordou que nunca se sai igual de uma crise como esta:
Precisamos tanto da luz e da força do Espírito Santo! A Igreja precisa disso, para caminhar em harmonia e corajosamente, testemunhando o Evangelho. E toda a família humana precisa disso, para sair dessa crise mais unida e não mais dividida. Vocês sabem que de uma crise como esta não sai iguais, como antes; se sai ou melhores ou piores. Que tenhamos a coragem de mudar, de ser melhores, de ser melhores do que antes e de poder construir positivamente o pós-crise da pandemia.
Fonte: Vatican News


PAPA: O SEGREDO DA UNIDADE NA IGREJA, O SEGREDO DO ESPÍRITO É O DOM




“Peçamos o Espírito Santo, memória de Deus, reavivai em nós a lembrança do dom recebido. Libertai-nos das paralisias do egoísmo e acendei em nós o desejo de servir, de fazer bem. Porque pior do que esta crise, só o drama de a desperdiçar fechando-nos em nós mesmos. Vinde, Espírito Santo! Vós que sois harmonia, tornai-nos construtores de unidade; Vós que sempre Vos doais, dai-nos a coragem de sair de nós mesmos, de nos amar e ajudar, para nos tornarmos uma única família. Amem”.
Cidade do Vaticano
“O que é que nos une, em que se baseia a nossa unidade?”. Na homilia da Missa na Solenidade de Pentecostes, celebrada no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, com a presença de 50 fiéis, o Papa Francisco falou sobre a unidade como dom do Espírito Santo.
E começou, partindo da Igreja nascente: «Há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo – escreve Paulo aos Coríntios –; há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; e há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos».

 Diversos, unidos pelo Espírito Santo

 

Diversidade – o mesmo, diversos – um só”. O Apóstolo – observa o Papa - insiste em juntar duas palavras que parecem opostas. Quer-nos dizer que este um só que junta os diversos é o Espírito Santo. E a Igreja nasceu assim: diversos, unidos pelo Espírito Santo”.
O Papa recordou que entre os apóstolos havia “pessoas simples, habituadas a viver do trabalho das suas mãos, como os pescadores”, mas também Mateus, “certamente dotado de instrução pois fora cobrador de impostos”.  Ou seja, há “origens e contextos sociais diversos, nomes hebraicos e nomes gregos, temperamentos pacatos e outros ardorosos, ideias e sensibilidades diferentes. Todos eram diferentes”.

A união vem com a unção

 

“Jesus  - enfatizou Francisco - não os mudara, nem os uniformizara, tornando-os modelos em série. Não! Deixara as suas diversidades; e agora une-os, ungindo-os com o Espírito Santo. A união vem com a unção.”
Em Pentecostes, “os Apóstolos compreendem a força unificadora do Espírito”, pois constatam, que apesar de todos falarem línguas diversas, “formam um só povo: o povo de Deus, plasmado pelo Espírito, que tece a unidade com as nossas diferenças, que dá harmonia porque é harmonia”.
Voltando para a Igreja hoje, o Papa pergunta: «O que é que nos une, em que se baseia a nossa unidade?»,  pois também entre nós “existem diversidades, por exemplo de opinião, preferência, sensibilidade”. Mas a tentação, “é defender sempre de espada desembainhada as nossas ideias, considerando-as boas para todos e pactuando apenas com quem pensa como nós. E esta é uma má tentação que divide”.

Nosso princípio de unidade é o Espírito Santo

 

Mas esta – ressalta o Papa – “é uma fé à nossa imagem”, em que aquilo que nos une “são as próprias coisas em que acreditamos e os próprios comportamentos que adotamos”. Mas “o nosso princípio de unidade é o Espírito Santo. E a primeira coisa que Ele nos lembra é que somos filhos amados de Deus. Todos iguais nisso, e todos diferentes”:
“O Espírito vem a nós, com todas as nossas diversidades e misérias, para nos dizer que temos um só e mesmo Senhor, Jesus, e um só e mesmo Pai; por isso, somos irmãos e irmãs. Partamos daqui! Olhemos a Igreja como faz o Espírito, não como faz o mundo. O mundo vê-nos de direita e de esquerda, com esta ideologia, com aquela outra; o Espírito vê-nos do Pai e de Jesus. O mundo vê conservadores e progressistas; o Espírito vê filhos de Deus. O olhar do mundo vê estruturas, que se devem tornar mais eficientes; o olhar espiritual vê irmãos e irmãs implorando misericórdia. O Espírito ama-nos e conhece o lugar de cada um no todo: para Ele não somos papelinhos coloridos levados pelo vento, mas ladrilhos insubstituíveis do seu mosaico”

O perigo da "Igreja ninho"

 

Voltando ao dia de Pentecostes, o Papa observa que a primeira obra da Igreja é “o anúncio”:
Vemos, porém, que os Apóstolos não preparam uma estratégia; quando estavam fechado ali, no Cenáculo, não faziam uma estratégia, não preparavam um plano pastoral. Teriam podido dividir as pessoas por grupos segundo os vários povos, falar primeiro aos de perto e depois aos que eram de longe, tudo organizado. Teriam podido também temporizar um pouco no anúncio e, entretanto, aprofundar os ensinamentos de Jesus, para evitar riscos... Mas não! O Espírito não quer que a recordação do Mestre seja cultivada em grupos fechados, em cenáculos onde tendemos a «fazer o ninho». E esta é uma séria doença que pode ocorrer na Igreja: a Igreja não comunidade, não família, não mãe, mas ninho. O Espírito abre, relança, impele para além do que já foi dito e feito, Ele impele para mais além dos recintos duma fé tímida e cautelosa”.

O segredo da unidade é o dom

 

Diferentemente do mundo que precisa de uma “estrutura compacta e uma estratégia calculada”, na Igreja – disse o Santo Padre - é o Espírito que assegura ao arauto a unidade”. Assim, os Apóstolos partem “sem preparação, lançam-se, saem. Anima-os um único desejo: dar o que receberam.”
E isso, leva-nos a compreender que “o segredo da unidade, o segredo do Espírito. O segredo da unidade na Igreja, o segredo do Espírito, é o dom. Porque Ele é dom, vive doando-Se e, assim, nos mantém unidos, fazendo-nos participantes do mesmo dom”:
É importante acreditar que Deus é dom, que não se comporta tomando, mas dando. E por que é importante? Porque o nosso modo de ser crentes depende de como entendermos Deus. Se tivermos em mente um Deus que toma e que Se impõe, desejaremos também nós tomar e impor-nos: ocupar espaços, reivindicar importância, procurar poder."
“Mas, se tivermos no coração que Deus é dom, muda tudo. Se nos dermos conta de que aquilo que somos é dom d’Ele, dom gratuito e imerecido, então também nós quereremos fazer da vida um dom. E amando humildemente, servindo gratuitamente e com alegria, ofereceremos ao mundo a verdadeira imagem de Deus.”

Os três inimigos do dom

 

O Espírito, memória viva da Igreja, lembra-nos que nascemos de um dom e crescemos doando-nos; não poupando-nos, mas dando-nos.
O Papa então nos convida a olhar no íntimo de nós mesmos e nos perguntar o que é que impede de nos darmos, indicando três inimigos do dom, “sempre deitados à porta do coração: o narcisismo, a vitimização e o pessimismo”.

O narcisimo

 

“O narcisismo leva a idolatrar-me a mim mesmo, a comprazer-me apenas com o lucro próprio. O narcisista pensa: «A vida é boa, se eu ganho com ela». E assim chega a dizer: «Por que deveria eu doar-me aos outros?» Nesta pandemia, faz um mal imenso o narcisismo, o debruçar-se apenas sobre as próprias carências, insensível às dos outros, o não admitir as próprias fragilidades e erros.

A vitimização

 

Mas o segundo inimigo, a vitimização, também é perigoso. A vítima lamenta-se todos os dias do seu próximo: «Ninguém me compreende, ninguém me ajuda, ninguém me quer bem, estão todos contra mim!» E o seu coração fecha-se, enquanto se interroga: «Por que não se doam a mim os outros?» Quantas vezes ouvimos estas lamentações! No drama que vivemos, como é má a vitimização! Como é mau pensar que ninguém nos compreende e sente aquilo que sentimos nós. Isso é a vitimização!

O pessimismo

 

Por fim, temos o pessimismo. Neste caso, a ladainha diária é: «Nada vai bem, a sociedade, a política, a Igreja...» O pessimista insurge-se contra o mundo, mas fica inerte e pensa: «Assim para que serve doar-se? É inútil». Agora, no grande esforço de recomeçar, como é prejudicial o pessimismo, ver tudo negro, repetir que nada voltará a ser como antes!”
Com este tipo de pensamento – observou Francisco - o que seguramente não volta é a esperança: "Nestes três - o ídolo narcisista do espelho, o deus-espelho; o deus-lamentação: "eu me sinto pessoa nas lamentações"; e o deus-negatividade: "tudo é escuro" - , “encontramo-nos na carestia da esperança e precisamos apreciar o dom da vida, o dom que é cada um de nós. Por isso, necessitamos do Espírito Santo, dom de Deus que nos cura do narcisismo, da vitimização e do pessimismo, nos cura do espelho, das lamentações e do escuro.”

Construtores de unidade

 

O Pontífice concluiu sua homilia com a oração:
“Irmãos e irmãs, rezemos: Espírito Santo, memória de Deus, reavivai em nós a lembrança do dom recebido. Libertai-nos das paralisias do egoísmo e acendei em nós o desejo de servir, de fazer bem. Porque pior do que esta crise, só o drama de a desperdiçar fechando-nos em nós mesmos. Vinde, Espírito Santo! Vós que sois harmonia, tornai-nos construtores de unidade; Vós que sempre Vos doais, dai-nos a coragem de sair de nós mesmos, de nos amar e ajudar, para nos tornarmos uma única família. Amem”.

Fonte: Vatican News


EVANGELHO DO DIA


João 20, 19-23

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: 'A paz esteja convosco'. 20Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio'. 22E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'. Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



31 DE MAIO DE 2020

 DOMINGO DE PENTECOSTES

Cor Vermelho

1ª. Leitura – At 2, 1-11

Leitura dos Atos dos Apóstolos 2,1-11

1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho
como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. 3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito os inspirava. 5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7Cheios de espanto e de admiração, diziam: 'Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós que somos partos, medos e elamitas,
habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia, próxima de Cirene, também romanos que aqui residem;
11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus na nossa própria língua!'
Palavra do Senhor

Reflexão - “O Espírito Santo quer fazer uma revolução na nossa vida

No dia de Pentecostes, de acordo com a orientação de Jesus, quando os apóstolos estavam reunidos no mesmo lugar o Espírito Santo, prometido do Pai e anunciado por Jesus, veio para fazer uma revolução nas suas vidas. De tímidos e covardes, eles se tornaram corajosos, destemidos, e com sabedoria “falavam em outras línguas”, atraindo a admiração do povo que compreendia no seu próprio idioma. A ação do Espírito Santo se fazia perceber literalmente e com muito poder.  Quando nos deixamos invadir pela força que vem do alto, nós também conseguimos falar em outras línguas sob a ação do Espírito Santo deixando que Ele, na Sua linguagem, exponha através dos nossos lábios as moções que Deus deseja nos fazer conhecer. A ação do Espírito Santo é justamente a de nos dar o entendimento para as coisas que antes nós não compreendíamos. A experiência com o Espírito Santo nos faz encarar os fatos e os acontecimentos com coragem e ardor. O barulho e o vento do Espírito Santo são sentidos por todo batizado que se deixa apossar pelo Seu poder. Todos nós podemos experimentar as maravilhas de Deus na nossa própria língua, isto é, no nosso entendimento, na nossa situação pessoal, nas nossas necessidades reais, na realidade da nossa vida.  Por isso, é que nas nossas reuniões de oração, quando estamos unidos (as) no mesmo Espírito, nós recebemos os “recados” de Deus por meio uns dos outros. – Você entendeu por que precisamos permanecer reunidos (as), em oração? – Você já teve uma experiência com o Espírito na “sua própria língua”?  - Qual a obra que o Espírito Santo já fez em sua vida?

Salmo 103, 1ab.24ac.29bc-30 31.34 (R.30)

R. Enviai o vosso Espírito Senhor*e da terra toda a face renovai. Ou:R. Aleluia, Aleluia, Aleluia, 

1aBendize, ó minha alma, ao Senhor!* Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! 24aQuão numerosas, ó Senhor, são vossas obras* 24cEncheu-se a terra com as vossas criaturas! R. 

29bSe tirais o seu respiro, elas perecem*
29ce voltam para o pó de onde vieram.
30Enviais o vosso espírito e renascem* e da terra toda a face renovais. R. 

31Que a glória do Senhor perdure sempre,* e alegre-se o Senhor em suas obras!
34Hoje seja-lhe agradável o meu canto,* pois o Senhor é a minha grande alegria! R.

Reflexão - O Espírito Santo é quem renova a face da terra do nosso coração. Sem o Espírito Santo a nossa alma perece e se torna pó. “Enviais o vosso espírito e renascem e da terra toda a face renovais”, diz o salmista. Por isso, que de coração renovado pelo poder do Espírito Santo, nós bendizemos ao Senhor. Ele nos tira do abismo, da ignorância, e nos coloca no lugar que  preparou para que tenhamos vida nova: o Seu Amor.

2ª. Leitura – I Cor 12, 3b-7.12-13

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 12,3b-7.12-13

Irmãos: 3bNinguém pode dizer: Jesus é o Senhor a não ser no Espírito Santo. 4Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. 5Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. 7A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum.
12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros,
e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos,
formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.
13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo,
e todos nós bebemos de um único Espírito. Palavra do Senhor.

Reflexão “Bebendo da mesma fonte! ”

São Paulo nos faz compreender a beleza da unidade da Igreja, que é guiada pelo Espírito Santo quando afirma que “Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos”. O Espírito Santo é quem fortalece a nossa caminhada de cristãos, pois nos dá os dons necessários para que caminhemos, cada um dentro da sua realidade e do seu chamado. Cada um de nós é uma parte do todo e formamos um único Corpo, bebendo de um único Espírito. Só o Espírito Santo de Deus pode nos fazer reconhecer o Senhorio de Jesus na nossa vida, por isso São Paulo nos adverte: “ninguém pode dizer Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo”. É Ele quem nos motiva a formar comum unidade, vivendo sob a autoridade de um só Senhor. Por isso, em qualquer área ou atividade da nossa vida podemos proclamar que Jesus é o Senhor. Senhor da nossa casa, do nosso trabalho, do nosso lazer, da nossa Comunidade! Somos UM, porque fomos batizados e possuímos o Espírito Santo como motivador.  A nossa oração deve ser constante e em  todos os momentos podemos suplicar: “”Vinde, Espírito Santo e renovareis a face da terra”.   É Deus quem pelo poder do Espírito Santo realiza todas as coisas em todos, por isso, não  podemos nos calar. O Espírito Santo nos impulsiona, nos ensina, nos revela os mistérios de Deus  e se não o invocamos, perdemos tempo e oportunidades. – Você sabe acolher os dons do Espírito Santo tanto em si como nos outros? – Você percebe que as diferenças entre as pessoas formam uma unidade no Espírito? – Jesus é o Senhor da sua vida? – Você tem consciência de que o Espírito Santo mora no seu coração?

Evangelho – Jo 20, 19-23

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: 'A paz esteja convosco'. 20Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio'. 22E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'. Palavra da Salvação.

Reflexão – “quem tem o Espírito Santo tem paz no coração”

Ao visitar Seus discípulos, depois de ressuscitado, Jesus desejou-lhes a paz e soprou sobre Eles o Seu Espírito. A paz é fruto do Espírito Santo, por isso não podemos separar a paz de Jesus do Seu Espírito. No nosso Batismo, nós também recebemos o Espírito Santo e ficamos com o coração repleto da Sua paz.   Por isso podemos perceber que quem tem o Espírito Santo tem paz no coração e sente o amor do Pai e do Filho. Quando temos convicção do amor de Deus nós também experimentamos a paz no nosso coração, pois provamos da misericórdia do Pai, na certeza de que os nossos pecados são perdoados. Nunca precisaremos trazer a nossa alma atribulada pelos acontecimentos do mundo, pois, se recebemos o Espírito de Jesus no nosso Batismo, com Ele também recebemos a sua paz. A nossa carne é fraca e se ressente, porém, o nosso coração está  firme porque Jesus é quem nos assegura: “A paz esteja convosco”, “Recebei o Espírito Santo”. Somos enviados a levar ao mundo esta paz e o amor de Cristo que experimentamos com o poder do Seu Espírito. O Espírito Santo é quem nos envia, nos acompanha e nos motiva a ir em frente na nossa caminhada e     nos sustenta nas batalhas que travamos no nosso dia a dia. É também Ele quem nos tira da acomodação e nos faz enxergar as coisas do céu, que fogem da nossa visão humana.
 - Você tem tido experiência com o Espírito Santo? 
– Você sente o seu coração em paz mesmo que o mundo ao seu redor esteja desabando?  A que o Espírito tem lhe motivado? 
– O que você entende por “renovar a face da terra”?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho




SANTO DO DIA - VIRGEM MARIA, MÃE DA VISITAÇÃO


Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta – Santa Isabel – já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem – no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, – quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.
Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.
“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)
A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos Bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que ama a Deus, se não ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa, à fé que opera por esse amor de que o outro tanto precisa.
Quem será que precisa de nós?
Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.
Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

sábado, 30 de maio de 2020

NOS JARDINS VATICANOS, PA CONFIA HUMANIDADE À PROTEÇÃO DIVINA



A oração do Terço diante da Gruta de Lourdes nos Jardins Vaticanos o Papa Francisco, pediu a proteção da Virgem Maria sobre toda a humanidade.
Cidade do Vaticano
Unidos na oração para invocar a ajuda e o socorro da Virgem Maria e para confiar a humanidade ao Senhor.
No final da tarde deste sábado, 30 de maio, o Papa Francisco rezou o Terço na Gruta de Lourdes nos Jardins Vaticanos, acompanhado por um grupo de leigos, cardeais, bispos, sacerdotes, religiosas, confiando a humanidade a Deus.
A celebração, transmitida em Mundovisão, foi promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização com o tema “Perseverantes e unidos na oração, junto com Maria (At 1,14)”.
Santuários em todo o mundo estiveram unidos neste momento de oração, que também pediu a proteção materna da Virgem Maria para enfrentar a pandemia: Fátima, Lourdes, Guadalupe, Aparecida, Luján, Pompeia, Santa Maria dos Anjos em Assis, Chinquinquira na Colômbia, Imaculada Conceição em Washington, Elele na Nigéria, Czestochowa na Polônia, entre outros.
A cerimônia teve início com o Santo Padre depositando um buquê de flores junto à imagem de Nossa Senhora de Lourdes, junto com todas as dores e esperanças da humanidade. Enquanto era entoada a “Ave Maria”, canção mariana bastante conhecida, o Santo Padre se detinha em oração silenciosa diante da imagem colocada na réplica na Gruta de Lourdes na França.
As Ave-Marias foram recitadas por diferentes categorias profissionais e sociais, representando ao menos em parte o universo das pessoas envolvidas direta ou indiretamente pela pandemia: um médico e uma enfermeira, em nome dos profissionais de saúde empenhados nos hospitais; uma pessoa curada e uma que perdeu um familiar, representando todos aqueles atingidos diretamente pelo sofrimento; um sacerdote, capelão de um hospital e uma religiosa enfermeira, representando os sacerdotes e consagrados que estiveram e estão próximos das pessoas provadas pela dor e pela doença; um farmacêutico e uma jornalista,  categorias profissionais que continuaram a desenvolver seu serviço em favor dos outros; um voluntário da Proteção Civil e sua família, representando todo o serviço de voluntariado, também policiais e bombeiros; uma jovem família, em cujo seio nasceu nestes dias uma criança, sinal da esperança e vitória sobre a morte.
Após a oração do Terço, o Santo Padre recitou a seguinte oração:
O Vergine Maria, volgi a noi i tuoi occhi misericordiosi in questa pandemia del coronavirus, e conforta quanti sono smarriti e piangenti per i loro cari morti, sepolti a volte in un modo che ferisce l’anima. Sostieni quanti sono angosciati per le persone ammalate alle quali, per impedire il contagio, non possono stare vicini. Infondi fiducia in chi è in ansia per il futuro incerto e per le conseguenze sull’economia e sul lavoro. Madre di Dio e Madre nostra, implora per noi da Dio, Padre di misericordia, che questa dura prova finisca e che ritorni un orizzonte di speranza e di pace. Come a Cana, intervieni presso il tuo Figlio Gesù, chiedendogli di confortare le famiglie dei malati e delle vittime e di aprire il loro cuore alla fiducia. Proteggi i medici, gli infermieri, il personale sanitario, i volontari che in questo periodo di emergenza sono in prima linea e mettono la loro vita a rischio per salvare altre vite. Accompagna la loro fatica e dona loro forza, bontà e salute. Sii accanto a coloro che notte e giorno assistono i malati, ai sacerdoti e alle persone consacrate che, con sollecitudine pastorale e impegno evangelico, cercano di aiutare e sostenere tutti. Vergine Santa, illumina le menti degli uomini e delle donne di scienza, perché trovino giuste soluzioni per vincere la malattia. Assisti i Responsabili delle Nazioni, perché operino con saggezza, sollecitudine e generosità, soccorrendo quanti mancano del necessario per vivere, programmando soluzioni sociali ed economiche con lungimiranza e con spirito di solidarietà. Maria Santissima, tocca le coscienze perché le ingenti somme usate per accrescere e perfezionare gli armamenti siano invece destinate a promuovere adeguati studi per prevenire simili catastrofi in futuro. Madre amatissima, fa’ crescere nel mondo il senso di appartenenza ad un’unica grande famiglia, nella consapevolezza del legame che tutti unisce, perché con spirito fraterno e solidale veniamo in aiuto alle tante povertà e situazioni di miseria. Incoraggia la fermezza nella fede, la perseveranza nel servire, la costanza nel pregare. Madre della Misericordia, conduci i passi dei tuoi pellegrini che desiderano raggiungerti nei Santuari a te dedicati in tutto il mondo sotto i titoli più svariati con il tuo sguardo dolce e materno, ascolta la loro preghiera e sii per ciascuno una guida sicura. O Maria, Consolatrice degli afflitti, abbraccia tutti i tuoi figli tribolati e ottieni che il Padre Misericordioso intervenga con la sua mano onnipotente per liberarci da questa terribile pandemia, in modo che la vita possa riprendere in serenità il suo corso quotidiano. Ci affidiamo a Te, che risplendi sul nostro cammino come segno di salvezza e di speranza, o clemente, o pia, o dolce Vergine Maria. Amen.
Ao final, o Santo Padre fez uma saudação especial aos Santuários que se uniram à oração, agradecendo em espanhol, em particular,  os santuários da América Latina conectados.
Fonte: Vatican News