sábado, 31 de março de 2018

REFLEXÃO PARA O SÁBADO SANTO




"Como Maria, com o coração em luto, a Igreja aguarda esperançosa, que a promessa do Cristo se cumpra, que ele surja, que ele ressuscite. A ausência não é experiência do vazio, mas aprofunda a presença desejada!"
Padre César Augusto dos Santos SJ - Cidade do Vaticano
Hoje fazemos experiência do vazio. O Senhor cumpriu sua missão nos redimindo, através de sua paixão e cruz, através de sua entrega até a morte. Na noite passada contemplamos o sepultamento de seu corpo.
Agora, nesta manhã de sábado, a saudade está presente, mas uma saudade cheia de paz e de esperança.
Como Maria, com o coração em luto, a Igreja aguarda esperançosa, que a promessa do Cristo se cumpra, que ele surja, que ele ressuscite. A ausência não é experiência do vazio, mas aprofunda a presença desejada!
Podemos recordar e refletir sobre os sábados santos de nossa vida, nossas experiências de vazio após sofrimentos e perdas.    
Como vivenciamos esses mistérios dolorosos quando irromperam em nossa existência? Permitimos que luz da fé na certeza da vitória da Vida, iluminasse nossa mente e aquecesse nosso coração? Preenchemos esse vazio abrindo as portas de nosso coração a Jesus, Palavra de Vida, de Eternidade? Ou nos fragilizamos mais ainda, permitindo que a escuridão da morte nos envolvesse?
Jesus é Vida! Nossa Senhora, a verdadeira discípula, na manhã de sábado permaneceu, apesar da dor, do luto, esperançosa. Ela acreditou nas palavras de seu Filho e não permitiu que o sofrimento pela perda dissesse a última palavra, mas que a palavra definitiva seria a promessa de seu Filho, a própria Palavra, que disse que iria ressuscitar que ele era o Caminho, a Verdade, a Vida!
Hoje à noite iremos celebrar a Vitória da Vida, a ressurreição de Jesus, o encontro do Filho ressuscitado com a Mãe que deixará de ser a Senhora das Dores, para ser a Senhora da Glória.
Contudo, para nós que perdemos entes queridos, esse encontro ainda não aconteceu e sabemos que nesta vida, não acontecerá. Como viver, então, a Páscoa da Ressurreição?
Nossa vida deverá ser um permanente Sábado Santo, não com vazio, mas pleno de fé, de esperança na certeza da vitória da Vida e que também teremos o reencontro que Maria teve, e será para sempre! Quanto mais nos deixarmos envolver pela Palavra de Vida, que é Jesus, mais nos aproximaremos da tarde da ressurreição; de modo mais intenso essa palavra irá nos iluminar e aquecer.
Fonte: Rádio Vaticano

PARÓQUIA SÃO JOÃO EUDES CELEBRA PAIXÃO DO SENHOR






A Paróquia São João Eudes celebrou, ontem, dia 30 de março, às 16 horas, nas capelas  e Menino Deus (Igreja Matriz), a Paixão do Senhor e, em seguida, às 18h30, só na Igreja Matriz, a Via Sacra, por  ruas da Paróquia, como a Thompson Bulcão,  Bolivar Pinto Madeira, Doralice Costa e aas ruas D e B,  tendo à frente os padres Luís Gabriel (pároco), padre Johnja Lopez  e participação do padre Juan Carlos, com orações e cânticos em todas as estações. Em todas as celebrações houve a presença significativa de jovens, pertencentes ao grupo de Jovens Eudistas.

VIA SACRA


A Via Sacra foi iniciada, com a 1º Estação, na Capela do Menino Deus, em que “Jesus é condenado à morte”. Em seguida, as demais estações nas ruas Thompson Bulcão, com três estações; Bolivar Pinto Madeira, com uma estação; Doralice Costa, as estações 6ª, 7ª e 8; Rua D, da 9ª a 11ª; a Rua B, as 12ª e 13ª e a última estação, de número 14ª, na Igreja Matriz.





No encerramento da celebração, o padre Luís Gabriel fez uma oração, rezou o Pai Nosso e entoou, com a assembleia de fiéis, vários cânticos, como o Hino de São Francisco, “Pelas estradas da vida” e “Deus enviou, seu filho amado”.



O padre Luís Gabriel aproveitou a ocasião para convidar a todos a se fazerem presentes as celebrações de hoje da Vigília Pascal, com as bênçãos da água e do fogo. E pediu para que todos levassem velas. Vale ressaltar que a celebração da Vigília inicia-se fora da Capela  onde o Círio Pascal é aceso no fogo novo.



PERPÉTUO SOCORRO



Na Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma das cinco capelas da Paróquia São João Eudes, foi celebrada a Paixão de Nosso Senhor, presidida pelo padre Juan Carlos, que no inicio prostrou-se diante do altar, fez uma oração silenciosa, como silenciosa foi a sua entrada para iniciar a celebração. Todos ficaram de joelhos.

Depois da Liturgia da Palavra com a Oração Universal,  todos beijaram a Santa Cruz, comungaram e  no final foram convidados a participar da Via Sacra na Igreja Matriz, realizada nas ruas em torno da Paróquia, no bairro Luciano Cavalcante.


  









VIA SACRA NO COLISEU: CARREGAREI DORES DO IRAQUE, DIZ RELIGIOSA IRAQUIANA




Irmã Genevieve Al Haday, religiosa iraquiana da Congregação das Dominicanas de Santa Catarina, carregará a Cruz em uma das XIV Estações da Via Sacra no Coliseu, onde depositará "as esperanças de paz do meu país e de todo o Oriente Médio, a recordação de seus mártires cristãos e também as lágrimas de solidão de uma senhora idosa de Roma".
Cidade do Vaticano
Entre os fiéis que carregarão a cruz na Via Sacra no Coliseu, encontra-se a religiosa iraquiana da Congregação das Dominicanas de Santa Catarina, Irmã Genevieve Al Haday.
Junto a outras religiosas, ela conseguiu escapar da fúria da facção Estado Islâmico na noite entre 6 e 7 de agosto de 2014, e que obrigou cerca de 120 mil cristãos a abandonarem às pressas suas casas na Planície de Nínive e buscar refúgio em Irbil, no Curdistão iraquiano.
Em entrevista à Daniele Rocchi, da Agência Sir dos bispos italianos, a religiosa afirmou que “na Cruz que levarei, estarão depositadas as esperanças de paz do meu país e de todo o Oriente Médio, a recordação de seus mártires cristãos e também as lágrimas de solidão de uma senhora idosa de Roma...”.
“Não sei ainda em qual Estação levarei a Cruz”, diz a sorridente religiosa, originária da povoado cristão de Qaraqosh, na Planície de Nínive, um dos tantos invadidos pelo Daesh.
Recordação ainda viva

A recordação da noite de 6 de agosto ainda é viva na sua memória.  “Eu estava no povoado de Telluskof. Com outras quatro irmãs conseguimos entrar em um ônibus para Duhok, levando conosco pessoas idosas e com necessidades especiais. Eram dez da noite. Uma distância que normalmente era percorrida em 20 minutos, exigiu três horas”, tempo suficiente para fazer entender de que estava testemunhando um verdadeiro “êxodo” dos cristãos de Nínive.
“Vi pessoas que caminhavam à pé, carregando o pouco que conseguiram retirar de suas casas em direção ao deserto, sem saber o que encontrariam pela frente.
“Deslocadas entre os deslocados”, permanecemos com nossa população cristã, dia e noite, pensando sobretudo nas crianças. Hoje, graças a Deus, em Qaraqosh, retornaram 10 mil pessoas e reabrimos uma escolas, dois asilos e um orfanatrófio. Isto para nós é um sinal de ressurreição e de esperança. A Cruz salva a todos”.
Renascer dos escombros da guerra

Esta esperança, é a mesma esperança de salvação que a religiosa nutre pelo Iraque e pelos países em guerra do Oriente Médio.
“Nesta Cruz que fui chamada a carregar – acrescenta Irmã Genevieve – gostaria de depositar as esperanças de minha terra, o Iraque, que quer renascer das ruínas da guerra. A Páscoa nos faz olhar para o alto e para o futuro com esperança. Queremos fazer renascer a nossa terra, trabalhando com os irmãos muçulmanos com os quais não temos problema. A presença dos cristãos no Iraque revela a fidelidade que eles têm pela sua terra. O que queremos é viver em paz em um país livre e estável ao lado de todos os outros iraquianos. Somos iraquianos e todos filhos de Deus. Se tiver a possibilidade de encontrar o Papa Francisco pedirei a ele para rezar pelo nosso Iraque, para que permaneça fiel a Jesus”.
 “Que o mundo encontre paz e serenidade, que as populações cristãs e não-cristãs, crentes e não crentes, vivam juntos no respeito recíproco, na caridade, na justiça, no direito. Estes são os valores mais importantes que não devem ser desconsiderados. O mundo tem necessidade de caridade, de fraternidade e de partilha. Nós experimentamos a beleza da fraternidade graças à solidariedade que nos chegou de todas as partes do mundo após a invasão do Isis”.
Lágrimas de solidão

E a fraternidade não conhece limites. “Há três dias uma senhora idosa que vive aqui em Roma, próximo a nossa casa, veio bater em nossa porta. Logo ao entrar, desatou no choro. Eram lágrimas de solidão que me fizeram refletir na solidão de Jesus no Horto das Oliveiras. E então pensei que na Sexta-feira Santa, no Coliseu, naquela pequena Cruz, deveriam estar também as lágrimas desta senhora e daqueles tantos que se sentem sozinhos e abandonados”.
Fonte: Rádio Vaticano

EVANGELHO DO DIA


Marcos 16,1-7)
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.— Glória a vós, Senhor.1Quando passou o sábado, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus. 2E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo.3E diziam entre si: “Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?”4Era uma pedra muito grande. Mas, quando olharam, viram que a pedra já tinha sido retirada. 5Entraram, então, no túmulo e viram um jovem, sentado ao lado direito, vestido de branco.6Mas o jovem lhes disse: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui. 7Vede o lugar onde o puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”.— Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



31 DE MARÇO DE 2018 SÁBADO SANTO DA PÁSCOA

- 1ª Leitura - Rm 6,3-11 -“fomos batizados na morte de Jesus”

Se morrermos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele, pois fomos batizados na Sua morte e, com Ele fomos sepultados para ressuscitarmos também com Ele. A nossa vida é uma eterna vigília. Portanto, aquele que morreu está livre do pecado. Vivemos para Deus e somos felizes, porque pertencemos a Cristo. Enquanto esperamos a vida eterna estamos firmes e confiantes em Jesus que se entregou por nós. O nosso homem velho foi crucificado com Ele para que seja destruído em nós o corpo do pecado e não mais servirmos ao pecado. Fazem parte do nosso ser “homem velho” os nossos pensamentos, sentimentos e ações que destoam do que Jesus veio nos ensinar. A falta de perdão, o ressentimento, os desejos de vingança, as nossas atitudes de indiferença e desprezo para com o próximo, assim como também as práticas que nos desvirtuam do que é espiritual e nos fazem viver segundo a carne. Se somos identificados a Jesus Cristo, não devemos desanimar diante das dificuldades e dos sofrimentos da nossa vida. Cristo ressuscitou dos mortos; a morte não tem mais poder sobre ele. A morte é a escravidão ao pecado. Precisamos nós também, vigilantes, morrermos para o pecado para ressuscitarmos com Cristo. - Como você tem encarado as dificuldades da sua vida: com esperança ou com desânimo? - Olhando para a história de Jesus o que você percebe na sua história? Alguma semelhança?

Salmo - Sl 117,1-2.16ab-17.22-23
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia

Eterna é a misericórdia do Senhor. Passado o tempo da aflição, o tempo da penúria, nós conseguimos enxergar de novo a Luz que vem do céu e que ilumina os nossos passos. Quem espera sempre alcança. Cada momento deve ser vivido e curtido dentro da sua realidade, porém nunca devemos nos esquecer de que a mão direita do Senhor faz maravilhas e que por isso damos graças ao Senhor porque Ele é bom.

Evangelho - Mc 16,1-7 – “o sepulcro continua vazio”

O trecho relata a atitude de algumas mulheres que, depois de uma noite de tristeza e desolação, resolveram fazer alguma coisa em favor de Jesus. Dirigiram-se ao túmulo à Sua procura. Elas queriam de alguma forma agradá-lo, levando perfume para ungir o Seu corpo. Mas,... “O sepulcro estava vazio”. A princípio decepcionadas por não encontrarem o corpo de Jesus, elas foram depois recompensadas com a grande notícia que o anjo lhes deu: “Ele não está aqui. Ressuscitou!” Hoje também não podemos mais procurar Jesus morto, acabrunhado, pois Ele está vivo muito perto de nós. Muitas vezes, no entanto, é necessário nos apossarmos do sentimento de desapego das coisas velhas, para podermos ter esta experiência com a vida nova de Jesus. Se ficarmos olhando para trás, mirando somente o que passou ou com os olhos postos no chão, no sofrimento, na decepção, nós nunca conseguiremos enxergar o Jesus, vivo, e ressuscitado, o Jesus da esperança, Jesus do amanhecer que está no alto, porém muito perto de nós. Esta é a grande notícia que temos de espalhar até os confins do mundo. - E você tem procurado Jesus entre os mortos ou entre os vivos? – Você tem olhado mais para frente, ou tem se voltado muito para o seu passado? – Você desanima e se entristece quando você não encontra quem ou o que você procura.

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho



SANTO DO DIA - SÃO BENJAMIM


Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.
Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.
Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado.
Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.
Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus.
Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.
E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.
São Benjamim, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

sexta-feira, 30 de março de 2018

VIA-SACRA: VERGONHA: ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA DIANTE DO SENHOR



Depois das 14 estações da Via-Sacra no Coliseu de Roma, o Papa concluiu a cerimônia com uma tocante oração.
Cidade do Vaticano – 
O Papa Francisco presidiu à Via-Sacra no Coliseu de Roma nesta Sexta-feira Santa. Ao final das meditações preparadas este ano por um grupo de jovens, o Pontífice fez uma oração, em que usou três palavras com as quais devemos olhar para Jesus: vergonha, arrependimento e esperança. 
Vergonha por termos perdido a vergonha, arrependimento que brota da certeza de que somente o Senhor pode nos salvar do mal, e esperança porque da cruz de Cristo desabrochou a Ressurreição.
Oração ao término da Via-Sacra no Coliseu
Papa Francisco

Senhor Jesus, a vós dirigimos o nosso olhar cheio de vergonha, de arrependimento e de esperança.
Diante do vosso amor supremo, que a vergonha nos invada por vos ter deixado só, sofrendo pelos nossos pecados:
- vergonha por ter fugido diante da provação, apesar de vos ter dito milhares de vezes: “Mesmo se todos vos deixarem, eu jamais vos deixarei”;
- vergonha por termos escolhido Barrabás e não a vós, o poder e não a vós, as aparências e não a vós, o deus dinheiro e não a vós, o mundanismo e não a eternidade;
- vergonha por ter-vos tentado com a boca e com o coração, todas as vezes que nos encontramos diante de uma provação, dizendo: “Se fordes o Messias, salvai-nos e nós acreditaremos”!;
- vergonha porque tantas pessoas, até alguns dos vossos ministros, deixaram-se enganar pela ambição e pela vanglória, perdendo a sua dignidade e seu primeiro amor;
- vergonha porque as nossas gerações estão deixando aos jovens um mundo fraturado pelas divisões e pelas guerras; um mundo devorado pelo egoísmo, onde jovens, pequenos, enfermos e  idosos são marginalizados;
-  Jesus, vergonha por termos perdido a vergonha.
Senhor Jesus, dai-nos sempre a graça da santa vergonha!
- esperança, porque a vossa mensagem continua a inspirar, ainda hoje, tantas pessoas e povos; que somente o bem pode derrotar o mal e a maldade e que somente o perdão pode abater o rancor e a vingança; somente o abraço fraterno pode dissipar a hostilidade e o medo do outro;
- esperança, porque o vosso sacrifício continua, ainda hoje, a exalar o perfume do amor divino, que acaricia os corações de tantos jovens, que ainda vos consagram as suas vidas, tornando-se exemplos vivos de caridade e gratuidade neste nosso mundo devorado pela lógica da exploração e do ganho fácil;
- esperança, porque tantos missionários e missionárias continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade, arriscando suas vidas para servir-vos nos pobres, nos descartados, nos imigrados, nos invisíveis, nos explorados, nos famintos e nos encarcerados;
- esperança, porque a vossa Igreja, santa e constituída por pecadores, continua, ainda hoje, apesar de todas as tentativas de desacreditá-la, a ser luz que ilumina, encoraja, alivia e testemunha o vosso amor incomensurável à humanidade, um modelo de altruísmo, uma arca de salvação e uma fonte de certeza e de verdade;
- esperança, porque da vossa cruz, - fruto da avidez e da covardia de tantos doutores hipócritas da Lei, - desabrochou a Ressurreição, que transformou as trevas da sepultura em fulgor da aurora do Domingo, sem poente, ensinando-nos que o vosso amor é a nossa esperança.
Senhor Jesus, dai-nos sempre a graça da santa esperança!
Ajudai-nos, Filho do Homem, a despojar-nos da arrogância do ladrão, que estava à vossa esquerda, e dos míopes e corruptos, que viram em vós uma oportunidade para explorar, um condenado para criticar, um derrotado para zombar, outra ocasião para inculpar os outros e até Deus, pelas suas culpas.

Fonte: Rádio Vaticano

PAIXÃO DO SENHOR: COM JESUS, IR CONTRA A CORRENTE




Na pregação da Sexta-feira Santa, Frei Cantalamessa exorta os jovens à ousadia. "A direção oposta não é um lugar, mas uma pessoa: Jesus."

Cidade do Vaticano
O Papa Francisco presidiu na tarde da Sexta-feira Santa, na Basílica Vaticana, a celebração da Paixão de Cristo, com a adoração da Cruz e a pregação do Frei Raniero Cantalamessa sobre o tema: “Quem vê, dá testemunho. 
"Ao verem que Jesus já estava morto, os soldados não lhe quebraram as pernas, mas um deles abriu-lhe o peito com uma lança do qual saiu, imediatamente, sangue e água. Quem viu este fato deu testemunho, - que é digno de fé, pois ele sabe que diz a verdade - a fim de que vós creiais".
Partindo desta citação do evangelista João, Frei Cantalamessa afirmou que “ninguém jamais será capaz de nos convencer de que este testemunho solene não corresponde à verdade histórica”. O autor, São João, - o discípulo a quem Jesus amava, - estava no Calvário, aos pés da cruz, junto com a Mãe Maria. Eles foram testemunhas oculares do fato!
 
Ele "viu" e “descreveu, não apenas o que acontecia sob o olhar de todos, mas, sob a luz do Espírito Santo e dos eventos pascais, dando sentido ao que havia visto. Naquele momento, estava sendo imolado o verdadeiro Cordeiro de Deus e cumprido o sentido da Páscoa antiga: Cristo na cruz era o novo Templo de Deus, de cujo peito jorra a água da vida. Ele é o início da nova criação! Assim, João entendeu o profundo significado das últimas palavras de Jesus: "Tudo está consumado".

Crucifixos

Sobre os inúmeros significados, que brotam da cruz de Cristo, o pregador perguntou: Por que a grande presença do Crucifixo em nossas igrejas, nos altares e em todos os lugares frequentados pelos cristãos? E respondeu com uma chave de leitura deste mistério cristão: “Deus revela seu poder na fraqueza, sua sabedoria na loucura, sua riqueza na pobreza”.
Esta chave de leitura não se aplica à Cruz, na qual Deus se revela em sua realidade mais íntima e verdadeira, pois Deus é “ágape”, amor oblativo; somente na cruz se entende a magnanimidade da autodoação de Deus.

Juventude

Neste sentido, o Frei Capuchinho recordou o próximo Sínodo dos Bispos sobre os Jovens. A Igreja quer colocá-los ao centro da sua preocupação pastoral. A presença no Calvário do discípulo que Jesus amava representa uma mensagem especial. João seguiu Jesus quando era muito jovem. Este encontro pessoal e existencial foi sua verdadeira paixão! O mistério pascal da morte e ressurreição de Jesus, a sua Pessoa, representam o núcleo do pensamento do evangelista.
João era, quase certamente, um dos dois discípulos de Batista que, apareceu no início da vida pública de Jesus; o outro era André, irmão de Pedro, e lhe perguntaram: "Mestre, onde moras?". E Jesus respondeu: "Venham e vejam! Então, desde aquela tarde, foram e ficaram com ele”.

O que Cristo espera dos jovens

Neste Sínodo sobre a Juventude, disse Frei Cantalamessa, deveremos descobrir “o que Cristo espera dos jovens” e “o que eles podem dar à Igreja e à sociedade”. Mas, o mais importante, é levar os jovens a saber o que Jesus tem para lhes dar. João descobriu, ao ficar com Ele: Jesus é “vida em abundância”! Jesus é “alegria plena”!
Logo, encontrar-se pessoalmente com Cristo é possível também hoje, porque ele ressuscitou; ele é uma pessoa viva, não um personagem.
O evangelista João também deixou sua mensagem aos jovens, em sua primeira Carta: "Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes e a Palavra de Deus permanece em vocês... não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele".
Devemos estar no mundo, - disse o Pregador da Casa Pontifícia -principalmente entre os pobres, os últimos, no mundo do sofrimento, da marginalização o do egoísmo, sem, porém, a ele pertencer.

Ir contra a corrente

Na conclusão da sua pregação, nesta Sexta-feira da Paixão, o capuchinho deixou um convite aos jovens cristãos: “Sejam como aqueles que vão à direção oposta! Atrevam-se a ir contra a corrente! A direção oposta não é um lugar, mas uma pessoa: é Jesus, nosso amigo e redentor!”. Mas, foi-lhes confiada também uma tarefa especial: “Salvar o amor humano”.
Na cruz, Deus se revelou como Ágape, o Amor que se doa. Por isso, não devemos renunciar às alegrias do amor, mas ter a capacidade de se doar ao próximo: "Há mais alegria em dar do que em receber", diz São Paulo.
Porém, é preciso preparar-se para a doação total de si, seja através do matrimônio seja da vida consagrada, começando com a doação do próprio tempo, do sorriso, da própria juventude em família, na paróquia, no voluntariado.
Jesus na cruz não nos deu apenas o exemplo de extrema doação por amor: a água e o sangue, jorrados do seu peito, chegam até nós pelos sacramentos da Igreja e pela Palavra. Contemplemos, com fé, o Crucifixo.

(Tradução Thácio Siqueira, Associação Marie de Nazareth)
Fonte; Rádio Vaticano

A CELEBRAÇÃO DO LAVA-PÉS NA CATEDRAL DE FORTALEZA






Essa  celebração é marcada pelo o Lava-Pés ( símbolo de humildade e serviço ) e pela Transladação do Santíssimo Sacramento ( terminado o Rito de Comunhão, o sacerdote retira o Cibório do Sacrário e o conduz “ até o local da reposição, preparado numa capela devidamente ornamentada.” Aqui se faz um momento de adoração silenciosa ao Santíssimo Sacramento. Após este momento são retiradas também as toalhas do altar e as cruzes da igreja. A Catedral estava lotada com a maioria dos fiéis composta por jovens.


O arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, presidiu a celebração, concelebrada por alguns padres e animada pelo Coral Shalom.  Aproximadamente setenta seminaristas do Propedêutico, 1º ano da Filosofia, 1º ano da Teologia e do Instituto Shalom serviram na celebração.


Fiéis católicos  participaram, na noite desta quinta-feira (29), da Missa da Ceia do Senhor, também conhecida como Missa do Lava-Pés. A celebração, considerada uma das mais tradicionais da Igreja, foi realizada na Catedral Metropolitana, no Centro de Fortaleza, que estava lotada, e presidida pelo arcebispo, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques.


A celebração  do Lava-pés  abriu oficialmente a liturgia do Tríduo Pascal, no qual se celebra a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.



O ponto alto da missa aconteceu após a proclamação do Evangelho, quando os pés de doze pessoas foram  lavados pelo celebrante,dom José Antonio, que  repete o gesto de Jesus e lava os pés de doze irmãos. Entre eles representantes missionários leigos de vários países, como Hungria, Chile, Peru, Colômbia, Itália e do Continente Africano, e  outros escolhidos  da assembleia que participaram desta celebração.


Com informações do Site da Arquidiocese de Fortaleza
Fotos by Silvio Martins – Pascom da Arquidiocese de Fortaleza