segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ TEM NOVO DIRETOR INTERINO




Como diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé foi nomeado Alessandro Gisotti, até então coordenador das redes sociais do Dicastério para a Comunicação.
Cidade do Vaticano
O Ano Novo começa com mudanças na Sala de Imprensa da Santa Sé.
O Papa Francisco aceitou a renúncia do diretor, Greg Burke, e da vice-diretora, Paloma García Ovejero.
Como diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé foi nomeado Alessandro Gisotti, até então coordenador das redes sociais do Dicastério para a Comunicação.
O estadunidense Greg Burke e a espanhola Paloma García Ovejero assumiram a diretoria da Sala de Imprensa em 1º de agosto de 2016.
Em sua conta no Twitter, Burke lembra que chegou ao Vaticano como jornalista em 2012. "A experiência foi fascinante. Obrigado, Papa Francisco. Un abrazo fuerte." O jornalista escreve ainda que neste período de transição da mídia vaticana, ele e Paloma acreditam que "é melhor que o Santo Padre esteja completamente livre para formar uma nova equipe". "Novo Ano, Novas Aventuras."
Alessandro Gisotti
Alessandro Gisotti nasceu em Roma e tem 44 anos, casado e dois filhos. Trabalha na Rádio Vaticano desde o ano 2000. Desde 2017, é coordenador das redes sociais do Dicastério para a Comunicação.
“Agradeço ao Santo Padre pela confiança depositada em mim num momento tão delicado para a comunicação da Santa Sé. Coloquei-me plenamente à disposição do prefeito Paolo Ruffini. Com Greg Burke e Paloma G. Ovejero tenho uma relação de estima e amizade”, afirma Gisotti em sua primeira declaração, acrescentando que assume o cargo com o espírito de serviço à Igreja e ao Papa que teve o “privilégio” de aprender ao lado do padre Federico Lombardi.
“Sei bem que meu cargo, mesmo interino, é particularmente difícil, mas me conforta o fato de conhecer o grande valor dos meus colegas da Sala de Imprensa, dos quais em muitas ocasiões pude apreciar o profissionalismo e a dedicação.”
Plena confiança
Por sua vez, o prefeito Paolo Ruffini também ressaltou o “profissionalismo, a humanidade e a fé” de Burke e Paloma. “Hoje, diante de uma escolha livre e autônoma, só posso respeitar a decisão que tomaram.”
O prefeito afirma ainda que o ano que se inicia será denso de eventos importantes, que requerem o máximo esforço de comunicação. “Tenho plena confiança que Alessandro Gisotti saberá guiar interinamente a Sala de Imprensa, à espera que seja definido uma nova direção.”
 
 Fonte: Vatican News

PAPA: JESUS É "CONCENTRADO" DE TODO O AMOR DE DEUS NUM SER HUMANO




O próprio Jesus nasceu em condição de privação, “não por acaso nem por um incidente”, observou, mas “quis nascer assim, para manifestar o amor de Deus pelos humildes e os pobres e, deste modo, lançar no mundo a semente do Reino de Deus, Reino de justiça, amor e paz”, disse o Papa no Te Deum de ação de graças pelo ano transcorrido.
Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano
“Também durante este ano que chega ao fim, muitos homens e mulheres viveram, e vivem, em condições de escravidão, condições indignas de pessoas humanas”: disse o Papa Francisco no final da tarde desta segunda-feira, 31 de dezembro, no Te Deum – celebração de Ação de Graças – na Basílica de São Pedro, durante as Primeiras Vésperas da Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, que a Igreja celebra em 1º de janeiro.
No final do ano, a Palavra de Deus acompanha-nos com estes dois versículos do apóstolo Paulo (cf. Gal 4, 4-5). São expressões breves e densas: uma síntese do Novo Testamento que dá sentido a um momento “crítico” como é sempre uma passagem de ano, ressaltou o Pontífice no início da homilia, atendo-se à liturgia das Primeiras Vésperas.
Plenitude do tempo
A primeira expressão que nos sensibiliza, disse Francisco, é “plenitude do tempo”. Assume uma ressonância particular nestas horas finais dum ano solar, em que sentimos ainda mais a necessidade de algo que encha de significado o transcorrer do tempo. Algo, ou melhor, alguém. E este “alguém” veio. Deus enviou-o: é “o seu Filho”, Jesus.
“Celebramos há pouco o seu nascimento: nasceu duma mulher, a Virgem Maria; nasceu sob a Lei, um menino judeu, sujeito à Lei do Senhor.” Mas, como é possível? Como pode ser isto o sinal da “plenitude do tempo”?, questionou o Santo Padre, acrescentando:
“Claro, por enquanto é quase invisível e insignificante, mas, dentro de pouco mais de trinta anos, aquele Jesus desencadeará uma força inaudita, que dura ainda e durará ao longo da história inteira. Esta força chama-se Amor. É o amor que dá plenitude a tudo, mesmo ao tempo; e Jesus é o ‘concentrado’ de todo o amor de Deus num ser humano.”
Para resgatar: fazer sair da escravidão e restituir a liberdade
São Paulo diz, claramente, o motivo porque o Filho de Deus nasceu no tempo, qual é a missão que o Pai Lhe confiou para realizar: nasceu “para resgatar”, frisou o Papa.
“Esta é a segunda palavra que nos sensibiliza: resgatar, isto é – prosseguiu –, fazer sair duma condição de escravidão e restituir à liberdade – à dignidade e à liberdade próprias de filhos.”
A escravidão que o apóstolo tem em mente é a da “Lei”, explicou Francisco, “entendida como um conjunto de preceitos que devem ser observados, uma Lei que certamente educa o homem, é pedagógica, mas não o liberta da sua condição de pecador”; antes, de certo modo “crava-o” a esta condição, impedindo-o de atingir a liberdade do filho, observou.
Convite à reflexão e ao arrependimento
“Deus Pai enviou ao mundo o seu Filho Unigênito para desenraizar do coração do homem a escravidão antiga do pecado e, assim, restituir-lhe a sua dignidade”, disse Francisco convidando à reflexão e ao arrependimento: “devemos deter-nos; deter-nos a refletir com amargura e arrependimento porque também durante este ano que chega ao fim, muitos homens e mulheres viveram, e vivem, em condições de escravidão, condições indignas de pessoas humanas”.
“Também na nossa cidade de Roma, há irmãos e irmãs que, por vários motivos, estão neste estado. Penso, de modo particular, naqueles que vivem sem um lar. São mais de dez mil. De inverno, a sua situação é particularmente dura. Todos eles são filhos e filhas de Deus, mas diferentes formas de escravidão, por vezes muito complexas, levaram-nos a viver no limite extremo da dignidade humana.”
Manifestação do amor de Deus pelos humildes e os pobres
Francisco disse ainda que o próprio Jesus nasceu em condição semelhante, “não por acaso nem por um incidente”, observou, mas “quis nascer assim, para manifestar o amor de Deus pelos humildes e os pobres e, deste modo, lançar no mundo a semente do Reino de Deus, Reino de justiça, amor e paz”.
“A Igreja que está em Roma não quer ficar indiferente às escravidões do nosso tempo, nem limitar-se a observá-las e prestar-lhes assistência, mas quer estar dentro desta realidade, próxima a estas pessoas e situações.”
A santa mãe Igreja eleva seu hino de louvor a Deus
“Apraz-me encorajar esta forma da maternidade da Igreja, ao celebrarmos a maternidade divina da Virgem Maria”, disse por fim o Papa, acrescentando:
“Contemplando este mistério, reconhecemos que Deus ‘nasceu de uma mulher’ para que nós pudéssemos receber a plenitude da nossa humanidade, ‘a adoção de filhos’. Pelo seu abaixamento, fomos solevados. Da sua pequenez, veio a nossa grandeza. Da sua fragilidade, a nossa força. De Ele Se fazer servo, a nossa liberdade.”
“Que nome dar a tudo isso, senão Amor? Amor do Pai e do Filho e do Espírito Santo, a Quem a santa mãe Igreja eleva em todo o mundo, nesta tarde, o seu hino de louvor e agradecimento”, concluiu Francisco.
Fonte: Vatican News

O TEMPO DE DEUS...


Pe. Johnja Lopez

HOJE É CELEBRADO SÃO SILVESTRE, QUE DÁ NOME À TRADICIONAL CORRIDA NO BRASIL





REDAÇÃO CENTRAL, 31 Dez. 18 / 04:00 am (ACI).- Neste 31 de dezembro, um grande evento para as ruas de São Paulo (SP) e já se tornou tradição no encerramento do ano no Brasil. É a Corrida Internacional de São Silvestre. Desde 1925, a corrida leva esse nome por conta do santo cuja festa é celebrada no mesmo dia, São Silvestre I.
Embora muitos ouçam todos os anos o seu nome associado ao evento esportivo, trata-se de um santo ainda pouco conhecido entre os brasileiros.
Natural de Roma, Silvestre foi eleito Papa em 314, a um ano do edito de Milão, por meio do qual o imperador Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos.
No período do seu pontificado, viu-se aflorar uma perigosa agitação doutrinária, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Diante disso, Constantino convocou Bispos para abordar a questão. O Papa enviou seus representantes Ósio, Bispo de Córdova, e dois presbíteros.
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra.
Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou outorgada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por São Silvestre.
Constantino também doou ao Papa Silvestre o palácio imperial de Latrão, que foi a residência papal até Leão XI. Junto a esse palácio, mais tarde, foi construída a Basílica de São João de Latrão.
Foi também em seu pontificado que se ergueu a antiga Basílica de São Pedro.
São Silvestre I morreu em 31 de dezembro de 335 e foi sepultado no cemitério de Priscila. Os seus restos mortais foram transladados por Paulo I (757-767) para a Igreja erguida em sua memória.
Neste último dia do ano, agradeça a Deus pelo ano que passou e peça pelo que se inicia, por intercessão de São Silvestre, com esta oração.
Deus, nosso Pai, hoje é o último dia do ano. Nós vos agradecemos todas as graças que nos concedestes através dos vossos santos. E hoje pedimos a São Silvestre que interceda a vós por nós! Perdoai as nossas faltas, o nosso pecado e dai-nos a graça da contínua conversão.
Renovai as nossas esperanças, fortalecei a nossa fé, abri a nossa mente e os nossos corações, não nos deixeis acomodar em nossas posições conquistadas, mas, como povo peregrino, caminhemos sem cessar rumo aos Novos Céus e à Nova Terra a nós prometidos. Senhor, Deus nosso Pai, que o Vosso Espírito Santo, o Dom de Jesus Ressuscitado, nos mova e nos faça clamar hoje e sempre “Abba! Pai!”
Venha a nós o vosso Reino de paz e de justiça. Renovai a face da Terra, criai no homem um coração novo! Amém.
Fonte: ACI Digital

O ANO DO PAPA FRANCISCO EM IMAGENS




Viagens, audiências, encontros... inúmeros eventos realizados dentro e fora do Vaticano imortalizaram a emoção do Papa Francisco no seu contato com os fiéis.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
Um ano para a Santa Sé e o Papa Francisco rico de viagens, eventos, encontros e acordos. Destes, um dos mais significativos foi com a República Popular Chinesa assinado em 22 de setembro. Trata-se de uma reaproximação entre os dois Estados, com o foco na nomeação de bispos, criando as condições para uma colaboração mais ampla em nível bilateral.
Perdão, justiça e verdade
Outro tema que dominou a agenda vaticana foi a reparação para os crimes de abusos, a ponto de o Papa convocar todos os presidentes das Conferências Episcopais para fevereiro próximo.
Em todas as viagens de 2018, Francisco se reuniu com as vítimas, fez um pedido de perdão público na Irlanda, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, e reiterou a linha “tolerância zero” que deve ser adotada por toda a Igreja no discurso de final de ano aos membros da Cúria Romana.
O Papa foi enfático ao pedir a conversão dos culpados e que os mesmos se entreguem à justiça terrena e se preparem para a justiça celeste. Crime, monstruosidade, ato abominável, vergonha: foram algumas das palavras usadas pelo Pontífice para tratar do assunto.
Abismo
No ano de 2018 Francisco não deixou de colocar no centro de suas preocupações os últimos: os descartados da sociedade, as vítimas das guerras, da violência e da fome, os cristãos perseguidos e os migrantes.
Foram inúmeros os pronunciamentos e, sobretudo, as homilias na Casa Santa Marta para denunciar a opulência de poucos em contraste com a miséria de muitos.
Uma doença séria, a do consumismo, de hoje! O consumismo, o gastar mais do que precisamos, uma falta de austeridade de vida: este é um inimigo da generosidade. A generosidade alarga o coração e o leva à magnanimidade.
Os jovens
A juventude foi protagonista este ano na Igreja com a realização do Sínodo dos Bispos em outubro, ápice de um caminho que teve fundamento um evento inédito: a reunião pré-sinodal em março com jovens de todo o mundo em Roma.
“Trabalhamos em comunhão e com ousadia, com o desejo de servir a Deus e ao seu povo. Que o Senhor abençoe os nossos passos, para podermos escutar os jovens, fazer-nos próximo e testemunhar-lhes a alegria da nossa vida: Jesus.”
Viagens
Em 2018, Francisco “reduziu” suas viagens internacionais para retomar a agenda das visitas ad Limina apostolorum em Roma. Mesmo assim, foram quatro etapas internacionais: Chile e Peru em janeiro, Genebra em junho, Irlanda em agosto e Lituânia, Letônia e Estônia em setembro. Dentro da Itália, foram cinco dioceses visitadas: Palermo, Bari, Florença, Lecce e San Giovanni Rotondo.
Crianças
As audiências no Vaticano e as visitas pastorais pela Diocese de Roma ofereceram inúmeras ocasiões para um contato próximo do Papa com os fiéis. As crianças foram as protagonistas em dois momentos especiais: a visita do Papa à paróquia São Paulo da Cruz, no dia 15 de abril, na periferia de Roma. Um garoto se comoveu ao perguntar ao Pontífice se o seu pai falecido, ateu, está no céu. Uma pergunta sussurrada no ouvido do Papa, que prontamente o consolou com um longo abraço.
Já na audiência geral de 28 de novembro, uma criança “indisciplinadamente livre” atraiu as atenções dos peregrinos, ao subir no palco da Sala Paulo VI e se entreter com o Guarda Suíço. O menino argentino levou o Pontífice à seguinte reflexão:
“Esta criança não consegue falar, é muda. Porém, sabe “comunicar”, sabe se expressar. E tem uma coisa que me fez pensar: é livre, indisciplinadamente livre. Porém livre. E me leva a pensar: também eu sou livre diante de Deus? Quando Jesus diz que devemos nos fazer como crianças, nos diz que devemos ter a liberdade que tem uma criança diante de seu Pai...esta criança...peçamos a graça de que possa falar”.
Fonte: Vatican News

EVANGELHO DO DIA


João 1, 1-18

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus;
e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus.
3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade,
que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu,
e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos que a receberam,
deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue
nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça
e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.
Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



31 DE DEZEMBRO DE 2018

2ª. FEIRA – 7º DIA NA OITAVA

DO NATAL

Cor Branco
1ª. Leitura -

Leitura da Primeira Carta de São João 2,18-21

18Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles saíram do nosso meio,
mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos,
teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro
que nem todos são dos nossos. 20Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. 21Se eu vos escrevi,
não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis,
e porque nenhuma mentira provém da verdade.Palavra do Senhor.

Reflexão - “Estamos sempre vivendo o instante final da nossa vida”

Nesta leitura São João nos exorta a viver cada momento da nossa vida como se fosse a última hora, isto é, o instante final da nossa existência. A última hora é o dia de hoje, o agora da nossa vida, o tempo em que estamos vivendo e no qual podemos tomar decisões, voltar atrás nas nossas más inclinações e tentar caminhar conforme o desígnio que o Senhor nos reserva. Estamos sempre vivendo esta última hora! Precisamos também ter consciência de que muitas pessoas que hoje recebem conosco a mesma mensagem do Evangelho, não alcançaram ainda o entendimento e, amanhã, podem se afastar tornando-se, talvez, até um contratestemunho para o reino de Deus. Por isso, São João nos adverte sobre o anticristo e nos dá o entendimento de que todos os que fazem oposição ao projeto de amor de Deus são também considerados anticristos. Fazemos oposição ao projeto de amor de Deus quando vivemos desassociados (as) da Sua Palavra e seguimos as sugestões do nosso próprio querer. Temos o nosso “Deus particular” e, com as nossas ações, nos tornamos alguém completamente fora dos padrões de Jesus Cristo.  Nem todos são dos nossos”, diz São João.  Uns ficam, outros se afastam, mas os que permanecem recebem a unção de Deus e conhecem a Sua verdade. É fato que nós nos entristecemos com isto, mas a palavra é clara quando nos afirma que se fossem realmente dos nossos teriam permanecido conosco. Quando temos o entendimento da verdade, quando realmente experimentamos a unção do Santo, nós permanecemos firmes e nada nos afastará do nosso posto de espera. Portanto, aproveitemos o momento do agora para nos fortalecer na Palavra de Deus que nos garante a felicidade do céu, hoje. Esta é a última hora. Vivemos da esperança, o Senhor virá e não tardará! 

- Você tem refletido sobre o seu momento presente?
 – Você pretende ficar firme no posto em que está hoje?
 – O que você espera do amanhã?
 – Você é a favor do projeto de amor de Deus ou às vezes lhe faz oposição?

Salmo  95 (96), 1-2. 11-12. 13 (R. 11a)

R. O céu se rejubile e exulte a terra!

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
2Cantai e bendizei seu santo nome!*
Dia após dia anunciai sua salvação.R.

11O céu se rejubile e exulte a terra, *
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
12os campos com seus frutos rejubilem *
e exultem as florestas e as matasR.

13na presença do Senhor, pois ele vem, *
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça, *
e os povos julgará com lealdade.R.

Reflexão - Somos filhos de Deus e herdeiros do céu, portanto, temos em nós a semente da eternidade. Deus nos criou para que sejamos habitantes do céu e, desde já, Ele nos prepara para que possamos nos aclimatar na nossa futura morada. Cantamos o canto novo do amor que deixa o nosso coração expectante com a chegada do Senhor que vem. Ele sempre está vindo embora que às vezes não O reconheçamos. Mesmo assim, pela Fé, nós podemos anunciar já a salvação que Ele nos trouxe e cantar hinos de louvor.


Evangelho – Jo 1, 1-18

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18
1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus;
e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus.
3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade,
que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu,
e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos que a receberam,
deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue
nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça
e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.
Palavra da Salvação.

Reflexão – “Jesus é a Palavra de Deus”

A mesma Palavra que criou o céu e a terra veio ao mundo e se fez carne para nos trazer a salvação. Jesus é a Palavra de Deus, o Verbo que se encarnou no seio de uma virgem para dar vida ao mundo. Foi ele quem nos fez filhos de Deus e nos trouxe a Sua graça. Portanto, a Palavra de Deus já está no meio de nós. A Palavra de Deus é a Luz e Jesus é a Palavra, portanto, Jesus é a Luz!  Ele é o personagem central da Bíblia. Todas as profecias, todas as orações, lamentações e súplicas das Escrituras foram inspiradas pelo Pai no Seu Filho Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. “Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”!  Por isso, neste tempo em que ainda vivenciamos as alegrias do Natal todos nós podemos refletir e meditar se estamos acolhendo a Palavra e se, realmente, nós a temos encarnada em nós de maneira que Ela dirija as nossas ações. Se o mundo foi criado por causa de Jesus Cristo, se a graça e a verdade nos chegaram através Dele e se Ele é a Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, é imprescindível que tenhamos esta Palavra entranhada em nossas mãos e no nosso coração. Pela Palavra nós tomamos conhecimento do Amor de Deus que é eterno e nos dá a garantia das Suas promessas para nós. Ela é a Luz que nos tira das trevas da ignorância e nos dá o entendimento de nós mesmos (as), de Deus e do nosso próximo. Assim como João Batista veio para dar testemunho desta Luz, nós também podemos   irradiar o fulgor que se expressa por meio de nós quando anunciamos Jesus Cristo, a Palavra de Deus que veio nos transformar em novas criaturas

– Você já acolheu o Verbo de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós?
– A Palavra de Deus tem influenciado as suas ações? 
– Você tem sabido ouvi-La e vivê-La? 
– Você tem dado ao mundo testemunho da Luz de Cristo? 
- Qual é o testemunho que você pode dar ao mundo da presença de Cristo na sua vida?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho








SANTO DO DIA - SÃO SILVESTRE


São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.
E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.
E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.
Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.
Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.
Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.
Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.
São Silvestre, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

domingo, 30 de dezembro de 2018

MENSAGEM DE ANO NOVO DE DOM JOSÉ ANTONIO APARECIDO TOSI MARQUES, ARCEBISPO DE FORTALLEZA




REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



30 DE DEZEMBRO DE 2018

DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA DE

JESUS, MARIA E JOSÉ

 Cor Branco
1ª. Leitura – Eclo 3, 3-7.14-17ª (gr 2-6.12-14)

Leitura do Livro do Eclesiástico 3,3-7.14-17a (gr.2-6.12-14)

3Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. 4Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados;
evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. 5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. 14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez,
procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida, a caridade feita a teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação. Palavra do Senhor

Reflexão “uma família feliz e equilibrada”

O autor do Livro do Eclesiástico, nesta leitura, nos motiva a cultivar sentimentos de carinho e proteção para com as pessoas mais idosas e nos revela que Deus nunca esquecerá o bem que fizermos aos nossos pais. Assim sendo, ele exalta a honra e o respeito ao pai e à mãe como atributos que são agradáveis a Deus e imprescindíveis para que sejamos ouvidos nas nossas reivindicações. A leitura ressalta ainda a recompensa que o Senhor concede a todos os que reverenciam o seu pai e a sua mãe, os amparando na velhice. Na realidade, isto pode ser comprovado no nosso dia a dia nos relacionamentos entre pais, filhos, avós. Os filhos e as filhas que têm zelo e amor pelos seus genitores e os amparam nas suas necessidades têm uma vida repleta de graças e conseguem também manter uma família feliz e equilibrada. O aconchego de uma família unida e feliz vale muito mais do que muitos bens materiais acumulados.  Honrar pai e mãe é o quarto mandamento da lei de Deus e pais e filhos constituem assim a primeira preocupação de Deus para salvar a terra, e nós somos estes mensageiros da reconciliação.  A família é o berço da humanidade, é no berço que a criança é alimentada, cuidada e fortalecida. É a partir de cada família da Terra que o projeto de Deus para o futuro da humanidade se realiza. Por isso, São João Paulo II já afirmava que “a família é a esperança da humanidade”. A família é, portanto, uma Escola onde a humanidade é forjada e preparada para enfrentar os desafios da vida e do mundo. Por meio da Família toda existência humana é orientada para o futuro. E se a família for um lugar seguro onde Deus habita aí então ela terá, com certeza, um futuro abençoado.

– Você reconhece o valor da sua família? 
-  Você tem seguido o mandamento de honrar pai e mãe? 
– Como você tem se relacionado com os seus pais, ou com seus filhos?
 – Que valores você tem preservado na sua família? – Você tem orado por ela?

Salmo 127,1-2.3.4-5 (R. Cf 1)

R. Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

1Feliz és tu se temes o Senhor* e trilhas seus caminhos! 2Do trabalho de tuas mãos hás de viver,* serás feliz, tudo irá bem! R.

3A tua esposa é uma videira bem fecunda* no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira* ao redor de tua mesa. R.

4Será assim abençoado todo homem* que teme o Senhor. 5O Senhor te abençoe de Sião,* cada dia de tua vida. R.

Reflexão - O salmista elogia os que têm amor pelo Senhor e seguem os caminhos por Ele traçados. Serão felizes, viverão do trabalho honesto, formarão uma família fecunda e serão abençoados. Todas estas coisas são necessidades básicas do nosso ser humano e se constituem no alicerce para que tenhamos uma vida cheia de paz. Portanto, se refletirmos bem, nós não precisaríamos lutar tanto por tantas conquistas que nunca obteremos, mas tão somente, “temer o Senhor e seguir os seus caminhos!”

2ª. Leitura – Col 3, 12-221

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses 3,12-21

Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos.
Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro.
Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. 14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede  agradecidos. 16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza,
habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a
sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças. 17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai. 18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.
19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.
20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. 21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem. Palavra do Senhor.

Reflexão – “”
A misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão e a paciência que cultivamos nos nossos relacionamentos, é o sinal que podemos dar ao mundo de que realmente vivemos de acordo com os conselhos evangélicos.  Todas essas virtudes têm como fundamento o amor ao próximo que é o mandamento maior da Lei de Deus. Quando perdoamos, nos suportamos uns aos outros, cultivamos a paz nos nossos relacionamentos, e compreendemos uns aos outros, mostramos ao mundo que todas essas virtudes são uma consequência da vivência do amor de Deus agindo em nós. Este amor, segundo São Paulo, deverá ser praticado de uma maneira responsável e isto implica também em ensinar e admoestar ao outro, com toda a sabedoria sem omitir-se nas horas da necessidade de correção. Demonstramos também que vivemos segundo os preceitos cristãos quando sabemos ser agradecidos e cantamos louvores ao Senhor pelos Seus benefícios. Finalmente, São Paulo dá conselhos úteis aos maridos e às mulheres, aos pais e filhos para que dentro da Lei divina do amor recíproco saibam compartilhar a vida dando espaço uns aos outros para a vivência da paz. 

– Você sabe perdoar? 
– Existe alguém na sua família a quem você precisa dar ou pedir perdão?
– Você se sente responsável pelo bem-estar da sua família?
 – O que você tem feito para que isto aconteça?


Evangelho – Lc 2, 22-40

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,22-40

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: 'Todo primogênito do sexo masculino
deve ser consagrado ao Senhor.' 24Foram também oferecer o sacrifício - um par de rolas ou dois pombinhos - como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele
26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29'Agora, Senhor, conforme a tua promessa,
podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos:
32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel.'
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: 'Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma.'
36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações.
38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.Palavra da Salvação.

Reflexão – “no templo com Jesus”

 Conscientes da sua missão de pais, mesmo sabendo que Jesus era o Messias prometido, Maria e José cumpriram com o dever prescrito pela Lei de Moisés e levaram Jesus para ser apresentado no templo. Assim, então, eles ofereceram o Filho ao Pai colocando diante do altar a vida e a missão de Jesus.  Conhecedores da verdade de que Jesus já se apresentou ao Pai e se ofereceu e se entregou para nos salvar e que Ele hoje está com o Pai, nós também podemos entregar a Ele e oferecer a nossa vida como dom para ser abençoado e frutificado. Apresentamos a Ele os nossos filhos, que podem ser também nossos projetos, nossos sonhos, nossos anseios. Assim como Simeão, homem justo e piedoso esperava o dia em que iria ter um encontro com Jesus, nós também podemos viver na expectativa da Sua chegada abraçando, desde já a salvação que Ele nos prometeu. Os olhos de Simeão viram ainda aqui na terra a salvação de Jesus, tomou-O nos braços e bendisse a Deus pelo presente que recebeu. A profetisa Ana, que servia a Deus no templo, dia e noite, também louvou a Deus por ter visto O libertador de Israel e pôs-se a anunciá-lo a toda a gente. Diante da manifestação dos dois, Maria soube silenciar e acolher a profecia de Simeão quando prognosticou o que iria acontecer com ela por causa de Jesus: “quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.  Simeão e Ana foram agraciados porque estavam no templo!   O templo é o lugar em que recebemos as graças de Deus e somos formados para que, como Simeão e Ana, possamos dar testemunho a todos do grande mistério da encarnação de Deus Salvador.   

-  Para você o que significa ir ao templo? 
-  Onde está o templo de Deus em você?
 – Você tem escutado a Palavra de Deus que fala dentro do seu coração? 
– Quando vai a Igreja você percebe os sinais de Deus por meio da Sua Palavra, da Homilia, das orações?
 – O que você tem oferecido ao Senhor, no templo?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho