As palavras de Francisco aos fiéis: "Sim, temos a certeza: verdadeiramente Cristo ressuscitou. Acreditamos em Vós, Senhor Jesus, acreditamos que convosco renasce a esperança, o caminho continua. Vós, Senhor da vida, encorajai os nossos caminhos e repeti, também a nós, como aos discípulos na noite de Páscoa: ‘A paz esteja convosco’.”
Bianca
Fraccalvieri – Vatican News
O dia mais
importante e belo da história: o dia em que Cristo ressuscitou!
O Papa
formulou seus votos de Feliz Páscoa a todos os fiéis em sua mensagem Urbi et
Orbi (a Roma e a todo o mundo) ao final da missa celebrada numa Praça São Pedro
tapeçada de flores. A cerimônia teve início com a abertura do ícone do
Santíssimo Salvador, sob o canto do Aleluia e prosseguiu com a Liturgia da
Palavra, sem a homilia, e a Liturgia Eucarística.
Diante de
cerca de 100 mil romanos e peregrinos, Francisco recordou o significado da
Páscoa, isto é, passagem; passagem da morte à vida, do pecado à graça.
“Nele, Senhor do tempo e da
história, quero, com o coração repleto de alegria, dizer a todos: feliz
Páscoa!”
Que seja
para cada um, sobretudo para os sofredores, uma passagem da tribulação à
consolação. Afinal, não estamos sós: Jesus, o Vivente, está conosco para
sempre. Alegrem-se a Igreja e o mundo, porque podemos “celebrar, por pura
graça, o dia mais importante e belo da história”.
Cristo
ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente, e a humanidade acelera o passo porque
vê a meta do seu percurso, o sentido do seu destino: Jesus Cristo. E é chamada
a apressar-se ao encontro Dele, esperança do mundo.
Por isso,
convidou o Papa, apressemo-nos também nós a superar os conflitos e as divisões,
e a abrir os nossos corações aos mais necessitados. Apressemo-nos a percorrer
sendas de paz e fraternidade. O caminho é longo e devemos suplicar ao
Ressuscitado: “Ajudai-nos a correr ao vosso encontro!”.
Francisco
então nomeou os povos e países que mais precisam, neste momento, desta ajuda:
são o “amado povo ucraniano”, os russos, sírios e turcos vítimas do terremoto.
São ainda israelenses e palestinos e libaneses. No continente africano, anseiam
pela paz de Cristo os tunisinos, etíopes, sul-sudaneses, congoleses, eritreus,
nigerianos, malauianos, moçambicanos e burquineses. Na Ásia, o Papa reza pelos
birmaneses e pelo martirizado povo rohingya. No continente americano, as preces
de Francisco vão para o Haiti, “que há vários anos está sofrendo uma grave
crise sociopolítica e humanitária”, e para a Nicarágua, que hoje celebra a
Páscoa “em circunstâncias particulares”.
O Pontífice
suplicou conforto para os refugiados, os deportados, os prisioneiros políticos
e os migrantes, especialmente os mais vulneráveis, bem como todos aqueles que
sofrem com a fome, a pobreza e os efeitos nocivos do narcotráfico, do tráfico
de pessoas e de toda a forma de escravidão.
Francisco
pede ao Senhor que inspire os responsáveis das nações, para que nenhum homem ou
mulher seja discriminado e espezinhado na sua dignidade; para que, no pleno
respeito dos direitos humanos e da democracia, se curem estas chagas sociais.
“Irmãos, irmãs, voltemos também
nós a encontrar o gosto do caminho, aceleremos o pulsar da esperança,
saboreemos a beleza do Céu! (...) Sim, temos a certeza: verdadeiramente Cristo
ressuscitou. Acreditamos em Vós, Senhor Jesus, acreditamos que convosco renasce
a esperança, o caminho continua. Vós, Senhor da vida, encorajai os nossos
caminhos e repeti, também a nós, como aos discípulos na noite de Páscoa: ‘A paz
esteja convosco’.”
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