Catarina nasceu no ano 287, em
Alexandria, onde recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres
mártires dos primeiros séculos, venerada pela Igreja Ortodoxa como uma grande
mártir, e na Igreja Católica é reverenciada como um dos catorze Santos
Auxiliadores.
Diz a lenda, que o pai era Costes,
rei de Alexandria. Aos 17 anos, Catarina era a mais bonita e a mais sábia das
jovens de todo o império; essa sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada
pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um
príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se
apresentasse qualquer pretendente.
“Será a Virgem Maria que te procurará
o noivo sonhado”, disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria
aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela
mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou Maria. -“Oh, sim”. -“E tu, Jesus, gostas
dela?” -“Não gosto, é muito feia”. Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha
que sou feia”, disse chorando. -“Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que
Lhe desagrada”, respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé,
batizou-a e tornou-a humilde; depois disso, tendo-a Jesus encontrado bela, a
Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isso que se ficou
chamando, desde então, o “casamento místico de Santa Catarina”.
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo
celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela
apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maximino, a fim
de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e
inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e
com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua
Igreja. Incapaz de lhe responder, Maximino reuniu para a confundir os 50
melhores filósofos da província, que, além de se contradizerem, curvaram-se
para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isso tudo para a infelicidade
do terrível imperador.
Maximino mandou os filósofos serem
queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, o ajudante de campo Porfírio
e os duzentos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado
cristãos. Após a morte desses, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por
Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas
de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305.
Historiadores contam que o corpo de
Santa Catarina foi levado pelos anjos ao Monte Sinai, onde, anos mais tarde, em
honra à mártir, foi construído o Mosteiro de Santa Catarina por ordem do
imperador bizantino Justiniano I.
Considerada padroeira dos estudantes,
filósofos e professores, o culto a Santa estendeu-se por todo o mundo. A
Universidade de Paris escolheu a santa como padroeira, e no Brasil é considerada
padroeira do Estado de Santa Catarina.
A festa em honra a Santa Catarina foi
incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).
Santa Catarina de Alexandria, rogai por
nós!
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