Em busca do Monte Sinai
Foi para o Monte Sinai, onde havia
vários mosteiros com comunidades monásticas vivas. No Monte Sinai, João se fez
discípulo de um dos mestres mais conhecidos, que habitava o mosteiro mais famoso
da região. O mestre era conhecido como o ancião e venerável Raiuthi. No
mosteiro, João destacou-se pelo amor à oração, aos sacrifícios, ao trabalho
pesado e aos estudos.
Seriedade na vocação
João levou muito a sério seu chamado
para a vida monástica. E sua vocação para uma vida reclusa, dedicada à oração,
à solidão e à ascese. E era isso que João buscava através da vida simples no
mosteiro. Ele só saia das dependências do mosteiro quando precisava colher
frutas, raízes e outros alimentos para si e para os monges. Além disso, ele só
se encontrava com os outros monges nos finais de semana, quando faziam orações
e celebrações coletivas.
Contexto histórico
No século IV, as perseguições dos
romanos contra os cristãos tinham terminado. Ao mesmo tempo, inúmeros mosteiros
muito simples tinham sido construídos na região do Monte Sinai por muitos
monges, que buscavam a vida de oração e de contemplação. Esses mosteiros
ficaram famosos na época por causa da hospitalidade dedicada aos peregrinos e
pelas bibliotecas que guardavam manuscritos valiosos. Nesse ambiente São João
Clímaco viveu e atuou, tornando-se o maior dentre os monges que habitavam o
Monte Sinai, o local onde Deus entregou a Moisés as Tábuas da Lei.
Conhecido no escondimento
Disse Jesus que “Não se acende uma lâmpada para
colocá-la em baixo da mesa”. E isso
aconteceu com São João Clímaco. Mesmo estando “escondido” no mosteiro,
procurando a solidão, os monges e, depois, o povo, o descobriram. Todos
começaram a procurá-lo para pedir conselhos e orientação espiritual quando
souberam que tratava-se de um homem santo e sábio. Assim, sua fama se espalhou.
O povo atravessava o deserto para ouvi-lo, aprender com ele e pedir conselhos,
bênçãos e orações.
Abade geral
Quando completou sessenta anos, São João
Clímaco foi eleito unanimemente como o abade geral de todos os monges e
eremitas que habitavam a serra onde se encontra o Monte Sinai.
Como abade, São João Clímaco escreveu bastante. Porém, apenas um
livro seu se conservou. Trata-se de um livro importantíssimo e famoso, que
alcançou grande divulgação na Idade Média. O livro é intitulado “Escada do
Paraíso”. Foi por causa deste livro que São João recebeu o apelido de Clímaco.
Trata-se de uma expressão grega que significa “aquele da escada”.
Escada do Paraíso
Neste livro, São João Clímaco apresenta
trinta degraus para subir até alcançar o estado de perfeição da alma. É como se
fosse um manual. Nele, é apresentada toda a doutrina monástica, tanto para os
noviços quanto para os monges. São descreve no livro “degrau por degrau”
mostrando as dificuldades que virão, como superá-las e a felicidade do Paraíso
que será alcançada no fim da escada, depois da morte, que é a passagem para a
eternidade junto com Nosso Senhor Jesus.
Entrada no paraíso
São João Clímaco faleceu no dia 30 de março do ano 649.
Faleceu como exemplo de vida, amado, venerado e admirado por todos os cristãos
tanto do Oriente quanto do Ocidente. Logo após sua morte, passou a ser
celebrado pelos cristãos, no mesmo dia de sua morte, ou seja, de sua entrada no
paraíso.
A minha oração
“Senhor Jesus, em meio a tantos barulhos
e sentimentos, que eu e minha família consigamos encontrar o mais importante: a
Sua vontade e Sua presença. Dá-nos essa graça. Amém.”
São João
Clímaco, rogai por nós!
Outros beatos e santos que a
Igreja faz memória em 30 de março:
- São Segundo, mártir, na Itália († data inc.)
- São Senhorinho, mártir, na atual Grécia († s. IV)
- São Régulo, bispo, na atual França († s. IV)
- Muitos santos mártires,
que, em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, no tempo do imperador
Constâncio, por ordem do bispo ariano Macedónio, foram mandados para o
exílio e torturados com inauditos tormentos.(† s. IV)
- São Zósimo, bispo, que foi primeiramente o humilde
guarda do túmulo de Santa Luzia e depois abade no mosteiro desta
localidade, na Sicília, região da Itália († c. 600)
- Santa Osburga, primeira abadessa do mosteiro na
Inglaterra († c. 1018)
- São Clínio, abade, na Itália († d. 1030)
- São Pedro Regalado de Valladolid, presbítero da Ordem dos Menores, na
Espanha († 1456)
- Beato Amadeu IX, duque de Sabóia, que no seu governo
promoveu por todos os meios a paz e favoreceu com seus bens e ardente zelo
a causa dos pobres, das viúvas e dos órfãos, na Itália († 1472)
- Santos mártires António Daveluy, bispo, Pedro Aumaître, Martinho Lucas Huin, presbíteros, José Chang Chu-gi, Tomé Son Cha-son e Lucas Hwang Sok-tu, catequistas, que pela fé em Cristo
morreram decapitados, na Coreia († 1866)
- São Luís de Casória (Arcângelo Palmentiéri), presbítero da
Ordem dos Frades Menores, que fundou duas congregações: os Irmãos da
Caridade e as Irmãs Franciscanas de Santa Isabel, em Nápoles, na Itália (†
1885)
- São Leonardo Murialdo, presbítero, que fundou a piedosa
Sociedade de São José, para que as crianças abandonadas pudessem sentir os
efeitos da fé e caridade cristãs, em Turim, na Itália († 1900)
- São Júlio Álvarez, presbítero e mártir, que, durante a
perseguição religiosa, com o derramamento do seu sangue deu testemunho da
fidelidade a Cristo e à sua Igreja, no México († 1927)
- Beata Maria Restituta (Helena Kafka), virgem da Congregação das
Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã e mártir, na Áustria († 1943)
Fontes:
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- cruzterrasanta.com.br
– Redação: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
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