“Na
Vila Olímpica, podemos ver com os próprios olhos o que o Papa Francisco escreve
na encíclica Fratelli tutti, reafirmando como o mundo existe para todos”,
afirma o capelão da equipe olímpica italiana, Pe. Gionatan De Marco. “As
periferias desaparecem e há apenas um centro de gravidade: a alegria de ter
realizado o sonho comum de estar aqui!”, acrescenta o atual diretor da Pastoral
do Tempo Livre, Turismo e Esporte da Conferência Episcopal Italiana (CEI) que
acompanha os atletas em Tóquio.
Andressa Collet - Vatican News
A paz
em todas as cores do mundo
A maior
competição esportiva do planeta, realizada um ano após o previsto e ainda em
condições adversas, porém, pretende celebrar a união dos povos protagonizada a
partir do acendimento da pira olímpica e da liberação simbólica das pombas da
paz. Um clima de fraternidade compartilhado também na vila que hospeda os
atletas, numa descrição fiel do que o Papa Francisco fala na encíclica Fratelli
tutti, segundo o capelão da equipe olímpica italiana, Pe. Gionatan De Marco. O
sacerdote de Tricase, da região da Puglia, é o atual diretor do Departamento
Nacional da Conferência Episcopal Italiana (CEI) para a Pastoral do Tempo
Livre, Turismo e Esporte e está acompanhando os atletas nas Olimpíadas de
Tóquio, de 23 de julho a 8 de agosto.
Em
testemunho à agência de notícias Ansa, ele comenta sobre o espírito olímpico
presenciado na própria Vila dos Atletas, imediatamente identificado pela
avenida alinhada com bandeiras. Um sentimento mais evidente quando se entra no
refeitório “e você percebe que faz um banho em todas as cores do mundo”. Cada
delegação com o próprio uniforme e as próprias cores, diz o capelão, mas
misturados em harmonia em um mar de cores que realçam as diferenças de cada um
sem se opor a eles, tornando visível e concreto “o que costumamos comumente chamar
de fraternidade”. E Pe. Gionantan acrescenta:
“Aqui, na Vila
Olímpica, podemos
ver com os nossos próprios olhos o que o Papa Francisco escreve na encíclica
Fratelli tutti, reafirmando como o mundo existe para todos, porque todos
nós, seres humanos, nascem nesta terra com a mesma dignidade. As diferenças de
cor, religião, capacidade, lugar de origem, local de residência e muitas outras
não podem ser usadas para justificar os privilégios de alguns às custas dos
direitos de todos. Aqui você pode experimentar a beleza de ser único, mas
dentro de uma comunidade extraordinária, na qual cada atleta vive a sua
experiência olímpica com o direito a sonhar com uma vitória, sentindo de ter
todas as possibilidades de subir ao pódio, independentemente de estar vestido com
a camisa de um país rico ou de um país pobre. Porque aqui, as periferias
desaparecem e há apenas um centro de gravidade: a alegria de ter realizado o
sonho comum de estar aqui!”
Fonte: Vatican News
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