O nome Inês vem de uma palavra grega que significa “casta”. É um nome
muito próprio para uma moça de treze anos que deu sua vida por Cristo em Roma
por volta do ano 350 e é conhecido como um símbolo do pudor e da pureza em
defesa do qual enfrentou o martírio. O testemunho mais antigo de sua morte é
encontrado no Deposito Martyrumde 354. Naquela época na Igreja a virgindade
foi enormemente valorizada. Entre as virgens que foram martirizadas
talvez a mais famosa foi Inês. Vários santos como Santo Ambrósio, Santo
Agostinho, São Jerônimo e o Papa Dâmaso escreveram sobre ela e ela ficou
conhecida como uma das mártires mais célebres no século quarto. Sendo uma moça
muito atraente, recebeu vários pedidos de casamento de jovens pagãos, entre
eles um pedido do filho do prefeito de Roma. Diante da recusa ele denunciou
Inês de ser cristã e ela foi presa. O magistrado tentou inutilmente obriga-la a
oferecer incenso a um dos ídolos popular naquele tempo. Depois ela foi
enviada para uma casa de prostituição. Porém, os rapazes aí não ousaram
aproximar-se dela. Ela preferiu a morte a qualquer tipo de violação de sua
integridade e virgindade. Então a decapitaram.
Seu martírio aconteceu no dia 21 de janeiro no século IV. O Papa Dâmaso
escreveu sua história sobre sua sepultura. Ele também colocou seu nome no cânon
da missa ao lado de outros célebres mártires. Acontece até hoje em Roma um rito
muito antigo que perpetua a memória de Inês e recorda seu exemplo de pureza. No
dia 21 de janeiro de cada ano são bentos dois cordeiros e, depois, esses são
oferecidos ao Papa, as lãs deles para servir de pálio aos arcebispos. Esta
antiga cerimônia se desenvolvia na Basílica de Santa Inês, que é construída na
Via Nomentana por Constantina, filha do Imperador Constantino entre os anos 345
e 350. Santa Inês é padroeira das meninas adolescentes.
No livro da missa de Santa Inês no dia 21 de janeiro, do Ano Litúrgico
C, encontramos a seguinte introdução: “A fé nos faz criatura novas e cheias de
vida. O testemunho dos mártires exalta a santidade de Deus e a fé vivida com
radicalidade. Assim aconteceu com Santa Inês, que na sua adolescência foi
posta diante da escolha: a vida com Deus ou os prazeres do mundo. Ela não
hesitou em escolher a Cristo, mesmo sabendo dos terríveis flagelos e do martírio
que sofreu.” Hoje numa época em que a virgindade é pouca valorizada, temos o
exemplo da jovem Santa Inês para refletir sobre essa grande virtude.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista
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