Marcha pela Vida em São Paulo / Foto:
Facebook Bernardo Pires Küster
SÃO PAULO, 03 Dez. 18 / 10:37 am (ACI).- A cidade de São
Paulo voltou a ser o palco de uma Marcha pela Vida no último
domingo, 2 de dezembro, quando cerca de 15 mil pessoas saíram às ruas para unir
suas vozes e proclamar “salvemos as 2 vidas”, em uma manifestação que os
organizadores classificaram como uma “grande festa”.
“Foi, na verdade, uma grande festa
pela vida, com músicas, gritos de guerra, frases, todos cantando o hino”,
contou um dos coordenadores do evento, Guilherme Montoro Mellim.
“Antes de começar a Marcha – recordou
–, abriu o sol e, minutos depois que terminou, começou a chover. Isso nos
alegrou bastante”.
Segundo Mellim, que esteve à frente
da marcha juntamente com Fábio Gonçalves, um dos destaques deste evento foi a
capacidade de “reunir tantas pessoas em torno de uma causa comum, isto é a
defesa da vida”.
“Muitos foram para a Marcha
preocupados com os abusos do STF (Supremo Tribunal Federal), com seu ativismo
que vem se sobrepondo às competências do Congresso; outros se uniram porque
acreditam e defendem a sacralidade da vida humana”, sublinhou o coordenador,
ressaltado que em todos a “defesa da vida” era o que os unia.
Além disso, o coordenador da Marcha
indicou que o evento teve ainda “impacto nas outras pessoas que passavam pelo
local”, algumas das quais “paravam por cinco, dez minutos para ouvir o que
estava sendo dito”.
Para Guilherme Mellim, outro destaque
desta marcha foi ter unido diferentes pessoas, como “autoridades religiosas,
políticos, jornalistas, professores universitários, médicos, advogados”.
Entre os diferentes nomes que fizeram
parte deste evento estiveram, por exemplo, Padre Paulo Ricardo; o intelectual
católico Bernardo Pires Küster; o especialista em Bioética e coordenador do
Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery; o presidente do
Observatório Interamericano de Biopolítica, Prof. Felipe Nery; entre outros.
“Várias pessoas foram para a Marcha
para ouvir o que eles tinham a dizer, a explicar”, indicou Guilherme Mellim,
citando, por exemplo, a questão do ativismo judicial, os “problemas jurídicos,
como o STF tem passado por cima do Congresso para tentar legislar sobre o aborto”.
Uma das pessoas que falaram aos
participantes da Marcha foi Pe. Paulo Ricardo, o qual alertou que “existem onze
pessoas, os ministros do Supremo Tribunal Federal, que estão usurpando, em
muitas decisões o poder que não lhes compete”.
“Eles não foram eleitos por nós, eles
não foram escolhidos por nós, eles não nos representam. Eles foram colocados lá
para interpretar a Constituição e reescrevem ao seu bel prazer a Constituição
brasileira, reescrevem sem nenhuma vergonha”, afirmou.
Além disso, o sacerdote advertiu que
as pessoas que buscam impor o aborto no Brasil usam “dois recursos”. “Número 1
é fazer com que a nossa religiosidade, católicos, todos os cristãos, todas as
pessoas de boa vontade que têm religião e que são a favor da vida, eles querem
que nossas convicções sejam colocadas para dentro de casa”. Enquanto isso, “os
nossos filhos e nossas filhas estão sendo doutrinados miseravelmente em nossas
escolas”.
“O segundo argumento: eles estão
dizendo que a defesas da vida, que é contra a descriminalização do aborto, é
uma convicção religiosa que não tem fundamento racional. Não, nós somos
racionais e a ciência e a verdade estão do nosso lado”, assinalou.
Nesse sentido, recordou que, desde a
fecundação, “cientificamente falando, já tem tudo o que é necessário para o
desenvolvimento daquela vida”.
“Desde o ovo no tubo uterino, é vida
humana plenamente. A mãe não acrescenta mais nada, além de alimentação, oxigênio
e ambiente propício. A ciência está do lado da vida. Isso não é uma questão de
argumentos religiosos”, reforçou.
“Se vamos dar ao brasileiro o
direitos de tirar a vida de um inocente – isso começa no útero da mãe –, quem
vai deter a escalada de violência, quem vai deter a escalada da morte, da
cultura da morte no nosso país?”, questionou o sacerdote.
Fonte:
ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário