segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

SALVEMOS AS 2 VIDAS: MILHARES SE REÚNEM EM SÃO PAULO CONTRA O ABORTO E O ATIVISMO


Marcha pela Vida em São Paulo / Foto: Facebook Bernardo Pires Küster


SÃO PAULO, 03 Dez. 18 / 10:37 am (ACI).- A cidade de São Paulo voltou a ser o palco de uma Marcha pela Vida no último domingo, 2 de dezembro, quando cerca de 15 mil pessoas saíram às ruas para unir suas vozes e proclamar “salvemos as 2 vidas”, em uma manifestação que os organizadores classificaram como uma “grande festa”.
“Foi, na verdade, uma grande festa pela vida, com músicas, gritos de guerra, frases, todos cantando o hino”, contou um dos coordenadores do evento, Guilherme Montoro Mellim.
“Antes de começar a Marcha – recordou –, abriu o sol e, minutos depois que terminou, começou a chover. Isso nos alegrou bastante”.
Segundo Mellim, que esteve à frente da marcha juntamente com Fábio Gonçalves, um dos destaques deste evento foi a capacidade de “reunir tantas pessoas em torno de uma causa comum, isto é a defesa da vida”.
“Muitos foram para a Marcha preocupados com os abusos do STF (Supremo Tribunal Federal), com seu ativismo que vem se sobrepondo às competências do Congresso; outros se uniram porque acreditam e defendem a sacralidade da vida humana”, sublinhou o coordenador, ressaltado que em todos a “defesa da vida” era o que os unia.
Além disso, o coordenador da Marcha indicou que o evento teve ainda “impacto nas outras pessoas que passavam pelo local”, algumas das quais “paravam por cinco, dez minutos para ouvir o que estava sendo dito”.
Para Guilherme Mellim, outro destaque desta marcha foi ter unido diferentes pessoas, como “autoridades religiosas, políticos, jornalistas, professores universitários, médicos, advogados”.
Entre os diferentes nomes que fizeram parte deste evento estiveram, por exemplo, Padre Paulo Ricardo; o intelectual católico Bernardo Pires Küster; o especialista em Bioética e coordenador do Movimento Legislação e Vida, Prof. Hermes Rodrigues Nery; o presidente do Observatório Interamericano de Biopolítica, Prof. Felipe Nery; entre outros.
“Várias pessoas foram para a Marcha para ouvir o que eles tinham a dizer, a explicar”, indicou Guilherme Mellim, citando, por exemplo, a questão do ativismo judicial, os “problemas jurídicos, como o STF tem passado por cima do Congresso para tentar legislar sobre o aborto”.
Uma das pessoas que falaram aos participantes da Marcha foi Pe. Paulo Ricardo, o qual alertou que “existem onze pessoas, os ministros do Supremo Tribunal Federal, que estão usurpando, em muitas decisões o poder que não lhes compete”.
“Eles não foram eleitos por nós, eles não foram escolhidos por nós, eles não nos representam. Eles foram colocados lá para interpretar a Constituição e reescrevem ao seu bel prazer a Constituição brasileira, reescrevem sem nenhuma vergonha”, afirmou.
Além disso, o sacerdote advertiu que as pessoas que buscam impor o aborto no Brasil usam “dois recursos”. “Número 1 é fazer com que a nossa religiosidade, católicos, todos os cristãos, todas as pessoas de boa vontade que têm religião e que são a favor da vida, eles querem que nossas convicções sejam colocadas para dentro de casa”. Enquanto isso, “os nossos filhos e nossas filhas estão sendo doutrinados miseravelmente em nossas escolas”.
“O segundo argumento: eles estão dizendo que a defesas da vida, que é contra a descriminalização do aborto, é uma convicção religiosa que não tem fundamento racional. Não, nós somos racionais e a ciência e a verdade estão do nosso lado”, assinalou.
Nesse sentido, recordou que, desde a fecundação, “cientificamente falando, já tem tudo o que é necessário para o desenvolvimento daquela vida”.
“Desde o ovo no tubo uterino, é vida humana plenamente. A mãe não acrescenta mais nada, além de alimentação, oxigênio e ambiente propício. A ciência está do lado da vida. Isso não é uma questão de argumentos religiosos”, reforçou.
“Se vamos dar ao brasileiro o direitos de tirar a vida de um inocente – isso começa no útero da mãe –, quem vai deter a escalada de violência, quem vai deter a escalada da morte, da cultura da morte no nosso país?”, questionou o sacerdote.

Fonte: ACI Digital

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