Foto: Madre Teresa de Calcutá /
Crédito: Wikipedia Noble36 (CC0 1.0)
REDAÇÃO CENTRAL, 26 Ago. 18 / 09:00
am (ACI).-
“De sangue, sou albanesa. De cidadania, indiana. Em relação à fé, sou uma
freira católica. Por vocação, pertenço ao mundo. No que se refere ao meu
coração, pertenço totalmente ao Coração de Jesus”, costumava dizer Santa Teresa
de Calcutá.
Agnes Gonxha Bojaxhia nasceu no dia
26 de agosto de 1910, em Skopje (atual Macedônia). Seus pais foram Nikola e
Drane Bojaxhia. Fez sua Primeira Comunhão quando tinha apenas cinco anos e meio
e recebeu a Crisma em 1916.
Desde pequena recebeu uma profunda
formação religiosa na Paróquia Sagrado Coração, que estava sob responsabilidade
dos jesuítas.
Seu pai morreu quando ela tinha oito
anos. Esta perda causou problemas econômicos em sua família. Aos 18 anos,
ingressou no Instituto da Bem-aventurada Virgem Maria, conhecido
como as Irmãs de Loreto, na Irlanda. Ali tomou o nome de Irmã Maria Teresa em
honra à Santa Teresa de Lisieux.
Chegou à Índia em 6 de janeiro de
1929. Em maio de 1931, fez seus primeiros votos e foi enviada à comunidade de
Loreto Entally, em Calcutá, como professora do colégio para meninas St. Mary.
Em 24 de maio de 1937, tornou-se
“esposa de Jesus para toda a eternidade”, ao fazer seus votos perpétuos. Desde
então, foi chamada Madre Teresa.
Permaneceu durante 20 anos
dedicando-se ao ensino, inclusive ocupou o cargo de diretora do colégio St.
Mary. Nesse tempo, caracterizou-se pela sua profunda piedade, pelo amor com o
qual tratava suas irmãs religiosas e suas alunas. Também foi uma grande
administradora e trabalhadora.
O chamado dentro do chamado
Em 10 de setembro de 1946, durante uma
viagem à Darjeeling para seu retiro anual, Madre Teresa recebeu uma espécie de
“inspiração” ou seu “chamado dentro do chamado”.
Naquele dia, a sede de amor e de
almas se apoderou do seu coração. Durante as semanas seguintes, mediante
locuções interiores e visões, o próprio Jesus lhe revelou seu desejo de
encontrar “vítimas de amor” que “irradiassem seu amor às almas”. “Vêm ser minha
luz. Não posso estar sozinho”, disse-lhe Jesus.
Em resposta a esse chamado, no dia 17
de agosto de 1948, Madre Teresa vestiu pela primeira vez o sari branco com
detalhes em azul e saiu do convento de Loreto para se introduzir no mundo dos
mais pobres.
Percorreu os bairros mais pobres,
visitou famílias, lavou as feridas das crianças e ajudou os esquecidos. Todos
os dias recebia a Eucaristia e
saía de sua casa com o rosário na mão. Alguns meses depois, algumas de suas
antigas alunas se uniram a ela.
Cristo lhe pediu que fundasse uma
congregação religiosa, que mais tarde seria as Missionárias da Caridade,
dedicada ao serviço aos mais pobres entre os pobres.
Em 1950, fundou oficialmente a
Congregação das Missionárias da Caridade. Tempos depois, enviou algumas irmãs a
outras partes da Índia e abriu outras casas na Venezuela, em Roma, na Tanzânia
e inclusive em quase todos os países que nessa época faziam parte da União
Soviética.
Além disso, fundou os Irmãos
Missionários da Caridade, o ramo contemplativo das Irmãs, os Irmãos
Contemplativos, os Padres Missionários da Caridade, os Colaboradores de Madre
Teresa e os Colaboradores enfermos e que sofrem. Posteriormente, surgiu a
congregação de Missionários da Caridade Leigos e o Movimento Sacerdotal Corpus Christi.
Esteve atenta a sua imensa obra.
Descansava pouco, quase não comia, rezava durante horas e atendia os pobres.
Em 1979, outorgaram-lhe o Prêmio
Nobel da Paz. Desde então, a mídia seguiu atentamente suas obras, que davam
testemunho da alegria do amor, da grandeza e da dignidade de cada pessoa
humana.
Apesar dos seus problemas de saúde,
Madre Teresa continuou servindo aos pobres até o fim da sua vida.
Depois de se encontrar pela última
vez com São João Paulo II, retornou a Calcutá e, em 5 de setembro de 1997,
partiu para a Casa do Pai.
Durante a Missa de
Beatificação, no dia 19 de outubro de 2003, São João Paulo II disse: “Veneremos
esta pequena mulher apaixonada por Deus, humilde mensageira do Evangelho e
infatigável benfeitora da humanidade. Honremos nela uma das personalidades mais
relevantes de nossa época. Acolhamos sua mensagem e sigamos seu exemplo”.
Foi canonizada em 4 de setembro de
2016 pelo Papa Francisco.
Fonte:
ACI Digital
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