Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu sua série de audiências, na manhã deste sábado (30/9), recebendo na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 300 membros da Associação Nacional das Prefeituras Italianas (ANCI).
Em seu denso discurso, o Papa disse que, na Sagrada Escritura, há muitas citações sobre imagens de cidades:
“A imagem da cidade exprime que uma sociedade humana pode ser governada apenas quando estiver baseada em uma solidariedade verdadeira. Caso contrário, é condenada à violência do caos quando aumentam as invejas, as ambições desenfreadas e o espírito de adversidade”.
Mas, a cidade sobre a qual fala Francisco é aquela que é confiada à responsabilidade pessoal. É uma cidade que não admite individualismo exasperado, mas dissocia os interesses privados daqueles públicos; não suporta os becos cegos da corrupção, onde se aninham as chagas da desagregação; não conhece muros da privatização dos espaços públicos. E o Papa explicou:
“Para abraçar e servir esta cidade é preciso um coração bom e grande que custodia a paixão pelo bem comum. Isso ajuda a crescer nas pessoas a dignidade de cidadãos, dando a possibilidade a cada um de realizar a si mesmo e à sua família, e abrir-se à comunhão com todos”.
Para que reine a dignidade dos cidadãos, frisou o Papa, é preciso promover a justiça social, o trabalho, os serviços, as oportunidades, o bem comum. Sem isso, emergem novas formas de pobreza, marginalização, desemprego. Enfim, é preciso educar à corresponsabilidade, igualdade e fraternidade. Por isso, Francisco sugeriu:
“Para caminhar nesta perspectiva, é preciso uma política e uma economia centralizadas na ética: uma ética de responsabilidade, de relações, de comunidade, de ambiente; é preciso de formas de cidadania sólidas e duradouras, de políticas de acolhimento e de integração social”.
Aqui, Papa Francisco recordou a chaga dos migrantes e refugiados, que encontra explicação no natural temor em relação ao estrangeiro, agravado pelas feridas da crise econômica, pela pouca preparação das comunidades locais, por medidas inadequadas. Por isso, são bem vindas - diz ele - as iniciativas que promovem a cultura do encontro e intercâmbios artísticos e culturais. E o Santo Padre concluiu:
“Neste sentido, a política pode cumprir sua tarefa fundamental que consiste em olhar o futuro com esperança. Tal esperança faz emergir as melhores energias de cada um, dos jovens em primeiro lugar. Eles não devem ser apenas destinatários de nobres projetos, mas protagonistas”.
O Papa se despediu dos membros da Associação nacional das Prefeituras Italianas encorajando-os a uma maior disponibilidade nas suas competências, sendo sempre generosos e desapegados no serviço que prestam ao bem comum. (MT)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano
Em seu denso discurso, o Papa disse que, na Sagrada Escritura, há muitas citações sobre imagens de cidades:
“A imagem da cidade exprime que uma sociedade humana pode ser governada apenas quando estiver baseada em uma solidariedade verdadeira. Caso contrário, é condenada à violência do caos quando aumentam as invejas, as ambições desenfreadas e o espírito de adversidade”.
Mas, a cidade sobre a qual fala Francisco é aquela que é confiada à responsabilidade pessoal. É uma cidade que não admite individualismo exasperado, mas dissocia os interesses privados daqueles públicos; não suporta os becos cegos da corrupção, onde se aninham as chagas da desagregação; não conhece muros da privatização dos espaços públicos. E o Papa explicou:
“Para abraçar e servir esta cidade é preciso um coração bom e grande que custodia a paixão pelo bem comum. Isso ajuda a crescer nas pessoas a dignidade de cidadãos, dando a possibilidade a cada um de realizar a si mesmo e à sua família, e abrir-se à comunhão com todos”.
Para que reine a dignidade dos cidadãos, frisou o Papa, é preciso promover a justiça social, o trabalho, os serviços, as oportunidades, o bem comum. Sem isso, emergem novas formas de pobreza, marginalização, desemprego. Enfim, é preciso educar à corresponsabilidade, igualdade e fraternidade. Por isso, Francisco sugeriu:
“Para caminhar nesta perspectiva, é preciso uma política e uma economia centralizadas na ética: uma ética de responsabilidade, de relações, de comunidade, de ambiente; é preciso de formas de cidadania sólidas e duradouras, de políticas de acolhimento e de integração social”.
Aqui, Papa Francisco recordou a chaga dos migrantes e refugiados, que encontra explicação no natural temor em relação ao estrangeiro, agravado pelas feridas da crise econômica, pela pouca preparação das comunidades locais, por medidas inadequadas. Por isso, são bem vindas - diz ele - as iniciativas que promovem a cultura do encontro e intercâmbios artísticos e culturais. E o Santo Padre concluiu:
“Neste sentido, a política pode cumprir sua tarefa fundamental que consiste em olhar o futuro com esperança. Tal esperança faz emergir as melhores energias de cada um, dos jovens em primeiro lugar. Eles não devem ser apenas destinatários de nobres projetos, mas protagonistas”.
O Papa se despediu dos membros da Associação nacional das Prefeituras Italianas encorajando-os a uma maior disponibilidade nas suas competências, sendo sempre generosos e desapegados no serviço que prestam ao bem comum. (MT)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano