Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde deste 31 de dezembro, último dia de 2015, o Papa Francisco presidiu na Basílica de São Pedro às Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, com o canto do Te Deum e a Bênção do Santíssimo Sacramento. Na homilia, Francisco recordou que “em muitas ocasiões a Igreja sente a alegria e o dever de elevar seu canto a Deus com estas palavras de louvor, que desde o quarto século acompanham a oração nos momentos importantes de sua peregrinação terrena”. O Papa recordou que sentimos em nosso coração um desejo quase que espontâneo de agradecer a Deus, em reconhecimento à sua presença amorosa “nos eventos de nossa história”. No entanto – observou - “sentimos que a nossa voz não é suficiente na oração. Ela precisa se reforçar com a companhia de todo o povo de Deus, que uníssono, faz ouvir o seu canto de agradecimento”:
“Por isso, no Teu Deum pedimos a ajuda aos Anjos, aos Profetas e à toda a criação para louvar ao Senhor. Com este hino, revemos a história da salvação onde, por um misterioso desígnio de Deus, encontram lugar e síntese muitos episódios de nossa vida deste ano que passou”.
Ao referir-se ao Ano jubilar, Francisco recordou que “a companhia da misericórdia é luz para compreender melhor o que vivemos; e esperança que nos acompanha no início de um ano novo”:
“Repassar os dias do ano que passou pode ser feito ou como uma recordação dos fatos e acontecimentos que levam a momentos de alegria e de dor, ou procurando compreender se percebemos a presença de Deus que tudo renova e ampara com sua ajuda. Somos interpelados a verificar se os acontecimentos do mundo se realizaram segundo a vontade de Deus ou se demos ouvidos prevalentemente aos projetos dos homens, quase sempre repletos de interesses privados, de uma insaciável sede de poder e da violência gratuita”.
O Papa reiterou que hoje, no entanto, “os nossos olhos têm necessidade de focalizar de modo particular os sinais que Deus nos concedeu, para tocar com nossas mãos a força de seu amor misericordioso”, recordando a “violência, morte e sofrimentos inenarráveis de inocentes, refugiados obrigados a deixar seus países, homens, mulheres e crianças sem residência estável, alimento e sustento”, que mancharam muitos dias. Mas também recordou os sinais de amor: “Quantos gestos de bondade, de amor e de solidariedade preencheram os dias deste ano, mesmo se não foram manchete nos noticiários! As coisas boas não são notícia. Quantos sinais de amor não podem e não devem ser obscurecidos pela prepotência do mal. O bem vence sempre, embora em alguns momentos possa parecer frágil e velado”.
Aos habitantes da Cidade Eterna, o Bispo de Roma lançou um apelo a superarem “as dificuldades do momento presente. Que o compromisso para recuperar os valores fundamentais de serviço, honestidade e solidariedade permita resolver as graves incertezas que dominaram o cenário deste ano e que são sintomas da escassa dedicação ao bem comum”, pedindo “que nunca falte a contribuição positiva do testemunho cristão para consentir a Roma, segundo a sua história, e com a materna intercessão de Maria Salus Populi Romani, de ser intérprete privilegiada de fé, de acolhimento, fraternidade e paz”.
Ao final da cerimônia, após um momento de adoração, o Santo Padre abençoou a assembleia com o Santíssimo Sacramento.
Minutos após, o Papa Francisco deixou a Basílica e dirigiu-se à Praça São Pedro. Ao som da banda da Guarda Suiça que entoava, entre outros, o Noite Feliz, o Pontífice visitou o Presépio, onde se deteve em oração silenciosa por alguns minutos. Após, subiu as escadas para conhecer mais de perto alguns personagens. Chamou-lhe a atenção, em particular, a cena que representa o Bom Samaritano que acolhe uma pessoa em dificuldade. Desde sua chegada na Praça ao final de tarde, com uma temperatura por volta dos 8º C, Francisco foi efusivamente saudado pelas centenas de fieis e turistas presentes. (CM/JE)(from Vatican Radio)
Evento terá entrada gratuita e está marcado para início às 21h, na barraca Solarium na Praia do Futuro
Nesta virada de ano, o tradicional Réveillon da Paz chega a 18ª edição com a expectativa de alcançar um público entre 10 e 12 mil pessoas. A festa contará com cerca de oito horas de programação, dentre apresentações musicais e momentos de louvor e adoração. A programação começa às 21h desta quinta-feira, 31, e segue até às 5h do primeiro dia do ano de 2016 na Barraca Solarium (Av Zeze Diogo,5851- Praia do Futuro). O evento é organizado pela Comunidade Católica Shalom. A entrada é gratuita.
A orla marítima foi novamente escolhida para abrigar a comemoração do Ano Novo. Quem desejar adquirir uma mesa para quatro pessoas com direito a buffet com entrada, jantar e sobremesa poderá adquirir o serviço na hora. Quem adquire o serviço tem entrada diferenciada no evento.
As atrações são de estilos musicais variados. O forró de Naldo José, o pop rock de Missionário Shalom e Ana Gabriela, as canções inesquecíveis de Suely Façanha e os sucessos de Diego Fernandes prometem fazer a animação dos participantes do Réveillon da Paz. Próximo à meia-noite, o Padre Antônio Furtado conduzirá um momento de oração diante do Santíssimo Sacramento.
O grande diferencial do Réveillon da Paz é iniciar o novo ano em Adoração ao Santíssimo Sacramento seguida de bênção do sacerdote da Comunidade Shalom, padre Antonio Furtado. “O Réveillon da Paz é um convite para iniciar o ano novo aos pés do Senhor, cercado de amigos e família. Uma festa com muita música, animação e oração em um ambiente praiano, onde todos se unem para pedir Paz ao mundo e as bênçãos de Deus para o ano que começa”, destacou o coordenador de marketing do setor de eventos Shalom, Daniel Garcia. Como chegar
Os ônibus que passam na Avenida Dioguinho são:
54 – Corujão/Praia do Futuro/Caça e Pesca
752 – Caça e Pesca/Centro
906 – Caça e Pesca/Serviluz/Centro
909 – Praia do Futuro/Caça Pesca/Beira Mar
920 – Papicu/Caça e Pesca
Cidade do Vaticano (RV) - A redação do Programa Brasileiro preparou uma grande reportagem na qual recordamos os principais momentos vividos pelo Papa Francisco durante as quatro Viagens Apostólicas que realizou em 2015. Em ordem cronológica, iniciaremos com a Ásia, passando pela Europa, cruzando a América Latina e encerrando com a África.
É possível ouvir o áudio na íntegra, abaixo, assim como os trechos específicos, ao longo do texto. O Papa Francisco retornou à Ásia
A primeira viagem apostólica internacional do Papa Francisco neste ano de 2015, a então sétima de seu Pontificado, e terceira à Ásia após a visita à Terra Santa e à Coreia do Sul foi ao Sri Lanka e depois às Filipinas, de 12 a 19 de janeiro. Foi mais um exemplo da atenção do Pontífice à Ásia.
A viagem do Papa Francisco à República do Sri Lanka e às Filipinas foi nas pegadas dos predecessores Paulo VI e João Paulo II, que também visitaram os dois países: o Papa Montini ambos os países em 1970, e o Papa Wojtyla em 1981 visitou as Filipinas e em 1995 Sri Lanka e novamente as Filipinas.
Falando desta viagem, Francisco afirmou que voltou à Ásia “com prazer”. “Guardarei sempre no coração a lembrança do acolhimento jubiloso por parte das multidões, em alguns casos até mesmo oceânicas”, disse. Sri Lanka
No Sri Lanka, “país de maravilhosa beleza natural”, o momento culminante foi a canonização do missionário São José Vaz. Numa época de perseguição religiosa, ele ministrava com frequência os sacramentos em segredo aos fiéis católicos, e ajudava sem distinção todos os necessitados. Durante a missa de canonização, disse o Papa Francisco: “indiquei S. José Vaz como modelo para todos os cristãos, chamados hoje em sai a propor a verdade salvífica do Evangelho num contexto multirreligioso, com respeito aos outros, com perseverança e humildade”.
O Pontífice na sua viagem salientou ainda o processo de reconciliação do povo cingalês, que está tentando reconstruir a unidade depois de um longo e dramático conflito civil. No encontro com as autoridades governamentais, ele destacou a importância do diálogo e do respeito pela dignidade humana na busca paciente da reconciliação. Já o encontro com os vários líderes religiosos confirmou as boas relações que existem entre as diferentes tradições religiosas, o Papa então pediu a cooperação de todos para curar, “com o bálsamo do perdão”, as feridas da guerra.
O tema da reconciliação caracterizou também a visita do Papa ao Santuário de Nossa Senhora de Madhu – ocasião em que pediu a Maria que obtenha o dom da paz e da unidade a todo o povo cingalês. Filipinas
Do Sri Lanka Francisco foi às Filipinas, cuja finalidade particular da visita era levar conforto e encorajamento às populações que foram atingidas pelo tufão Yolanda. Ali uma multidão calculada em 7 milhões de pessoas recebeu o Papa.
Na região mais devastada, Tacloban, o Papa enalteceu a fé e a capacidade de recuperação da população local, assim como a generosidade das ajudas. “A potência do amor de Deus se manifestou no espírito de solidariedade demonstrada em inúmeros gestos sacrificados e iniciativas de caridade que marcaram aqueles dias trágicos”.
Os encontros com as famílias e os jovens foram outros momentos salientes da viagem às Filipinas. “Ouvir dizer que as famílias com muitos filhos e o nascimento de tantas crianças são uma das causas da pobreza. Parece-me uma opinião simplória. Posso dizer que a causa principal da pobreza è um sistema econômico que tirou a pessoa do centro e colocou no seu lugar o deus-dinheiro; um sistema econômico que exclui e cria a cultura do descarte que vivemos. Esta é a causa da pobreza, e não as famílias numerosas.
À juventude, Francisco ofereceu uma palavra de encorajamento em seus esforços para a renovação da sociedade, de modo particular através da proteção do meio ambiente e de uma atenção especial aos pobres. “O cuidado em relação aos pobres é um elemento essencial do nosso testemunho cristão; comporta a rejeição de toda forma de corrupção e pede a construção de uma cultura da integridade”, afirmou.
O Papa agradeceu a Deus pela sua visita ao Sri Lanka e às Filipinas, e pediu que Ele abençoe esses dois países. (SP) Sarajevo
No dia 6 de junho o Papa Francisco visitou Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, naquela que foi a 8ª viagem apostólica internacional de seu Pontificado, a segunda à região dos Bálcãs, após a viagem à Albânia em setembro de 2014. Com o lema "A paz esteja convosco", o Pontífice visitou uma cidade que se tornou o símbolo do sangrento conflito dos anos 90, encorajando a população à uma convivência pacífica e à construir um futuro comum e reforçando o diálogo ecumênico e inter-religioso entre as comunidades formadas por croatas, sérvios e bósnios muçulmanos.
"Nesta terra - disse o Papa ao ser recebido no Aeroporto - as relações cordiais e fraternas entre muçulmanos, judeus e cristãos têm uma importância que vai além de seus confins. Elas testemunham ao mundo inteiro que a colaboração entre várias etnias e religiões em vista do bem comum é possível, que o pluralismo de culturas e tradições pode existir e contribuir para soluções originais e eficazes dos problemas; que mesmo as feridas mais profundas podem ser curadas com um percurso que purifique a memória e dê esperança ao futuro. Neste sentido as crianças, todas juntas, são a 'aposta' para o futuro".
Durante sua estadia de 11 horas em Sarajevo, Francisco cumpriu uma extensa agenda. A primeira reunião do Santo Padre foi com os três presidentes bósnios, que representam os principais povos e religiões do país. A presidência rotatória é formada por um muçulmano, Bakir Izetbegovic, um croata, Dragan Covic, e um sérvio Mladen Ivanic.
A grande missa celebrada ao ar livre, no Estádio Olímpico Asim Ferhatovic, no Bairro de Kosevo, na presença de cerca de 70 mil fiéis, foi o ponto alto da viagem. O Pontífice também participou de um encontro inter-religioso com mais de 200 representantes das diferentes religiões presentes em Sarajevo: islâmica, ortodoxa, católica e hebraica. Os líderes religiosos consideraram a visita de Francisco como um impulso à paz.
Essa foi a segunda viagem de um Papa a Saravejo. Em 1997, João Paulo II havia visitado a cidade, apenas dois anos depois da sangrenta guerra civil no país (1992-1995). (JE)
Papa na América Latina
Em julho foi a vez de Francisco realizar sua nona viagem internacional – viagem que o levou pela segunda vez a seu continente. Oito dias, três países visitados: Equador, Bolívia e Paraguai. Tratou-se da primeira visita a países que falam a mesma língua do Pontífice, deixando Francisco à vontade para improvisações – que não faltaram. Equador: os idosos
Assim que chegou ao Equador, Francisco disse a que veio: “que não haja diferenças, não haja exclusão, não haja pessoas descartadas. A América Latina tem uma dívida com os pobres”. Mas foi o Santuário da Divina Misericórdia em Guayaquil que registrou a imagem-símbolo da passagem do Papa pelo país. Ali, o Pontífice rezou o Ave Maria com centenas de pacientes com câncer, idosos e pobres. “Não somos testemunhas de uma ideologia, mas do amor misericordioso de Jesus”, disse Francisco num dos últimos eventos em Quito. Bolívia: os detentos Do Equador, o Papa foi à Bolívia, onde cores, danças e músicas marcaram a sua recepção no país, onde não faltaram também momentos polêmicos, como o presente que Evo Morales deu a Francisco, um crucifixo encravado na foice e no martelo. Em Santa Cruz de la Sierra, o Pontífice pronunciou seu discurso mais elaborado, um verdadeiro manifesto aos movimentos populares. Mas o evento mais marcante em solo boliviano foi a visita à prisão de Palmasola, onde estão detidos inclusive brasileiros. Momento intenso para falar de reinserção, dignidade e sobretudo da verdadeira liberdade, aquela que só Jesus Cristo pode nos oferecer. Paraguai: os jovens
E finalmente o Paraguai, terra de mulheres valentes, que souberam reagir com esperança – como disse Francisco – nos momentos difíceis. Terra também de jovens, que acolheram o Papa num verdadeiro clima de JMJ. A eles, o Papa recomendou barulho – barulho para transformar a sociedade. Quem nos dá o tom da visita de Francisco à América Latina é o próprio Papa, que de regresso ao Vaticano disse aos jornalistas: "Digo uma coisa que me surpreendeu muito. Em todos os três países, nunca vi tanta criança! É uma lição para nós, para a Europa. A riqueza desse povo e dessa Igreja é que se trata de uma Igreja viva”.
Apenas dois meses após a memorável visita ao Equador, Bolívia e Paraguai, o Papa Francisco voltava ao Continente americano, desta feita para a 10ª viagem apostólica internacional de seu Pontificado, com duas etapas: Cuba e os EUA. (BF)
Cuba
Nas pegadas de seus predecessores, João Paulo II – janeiro de 1998 – e Bento XVI – março de 2012 –, no dia 19 de setembro, como “Missionário da Misericórdia”, tema da etapa cubana, o Papa Francisco chegava a Havana para a histórica visita à ilha caribenha, na qual, de 19 a 22 de setembro, esteve em Havana, Holguín e Santiago de Cuba. Uma viagem memorável no signo da misericórdia e da construção de pontes. Qual Sucessor de Pedro, ao confirmar os cubanos na fé, Francisco lançou fortes mensagens não somente à Igreja e à sociedade da Ilha, mas ao mundo inteiro.
Em rápidas pinceladas, destaque para alguns dos memoráveis encontros e celebrações: a santa missa na Praça da Revolução, em Havana; encontro com os sacerdotes, religiosos e seminaristas na Catedral de Havana; encontro com os jovens na capital cubana; e ainda, o encontro com o líder da Revolução, Fidel Castro; em Holguín, missa na Praça da Revolução; em Santiago, o encontro com os bispos, e a oração à Virgem da Caridade do Cobre, padroeira da Ilha.
Numa época de crescentes conflitos, o Papa convidou a lançar pontes, “pequenas pontes, mas uma após a outra constrói a grande ponte da paz”. Em suas palavras, atos concretos desse construir pontes foi certamente a reaproximação, após mais de meio século, entre Cuba e EUA – etapa seguinte desta viagem – e o anúncio do acordo de paz na Colômbia, graças, inclusive, em, ambos o casos, ao papel do Papa Francisco.
“Corações abertos, mentes abertas”, Francisco exortou a “acolher e aceitar quem pensa de modo diferente”. O amor é servir aos mais vulneráveis. “O serviço jamais é ideológico, a partir do momento que não serve a ideias, mas a pessoas”.
Em terras caribenhas, Francisco convidou a crer “na força revolucionária da ternura”, da compaixão. “Não é pietismo”, observou o Papa. É levar a misericórdia de Jesus onde há pecado e falimento. Sem medo, sem purismos.
Na Ilha caribenha Francisco pôde partilhar com o povo cubano a esperança de realização da profecia feita por são João Paulo II: “Que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba”. (RL)
Em setembro,Cuba e EUA: a viagem dos extremos Depois de sua primeira viagem à América Latina, Francisco teve outra missão inédita: Cuba e Estados Unidos, em setembro. Na ilha reduto do socialismo, ficou marcado o encontro com Fidel e a sintonia com o povo, em maioria pobre e católico. No país do norte, berço do capitalismo, encontrou uma Igreja de estampo tradicionalista, um rebanho reticente em relação às reformas do Pontífice e uma sociedade em geral consumista. Lá, o impacto gerado pelo Papa que rompe esquemas foi mais extraordinário.
Francisco cumpriu seu papel com relevância. O mediador do diálogo, facilitador da ponte de comunicação dos ex-inimigos Cuba e EUA, desembarcou na tarde do dia 22 em Washington, sendo recebido com honras de Chefe de Estado pelo Presidente Barack Obama, esposa, filhas e sogra.
Falando como “um irmão entre irmãos”, no dia 24 canonizou o franciscano Junípero Serra, evangelizador do México e “pai” da Califórnia, defensor dos indígenas. Foi o primeiro Papa a falar ao Congresso dos EUA, tocando temas como migração, tolerância religiosa e refugiados. Em Nova York, no dia seguinte, pediu aos membros da ONU que deixem de lado o “nominalismo declamatório com efeito tranquilizador sobre as consciências e adotem uma vontade efetiva para resolver os graves problemas que ameaçam a humanidade”.
No bairro marginalizado de Harlem, encontrou-se com crianças imigrantes, celebrou missa no célebre Madison Square Garden e deliciou milhares de nova-iorquinos passando de papamóvel nas ruas adjacentes ao Central Park. Finalmente, Filadélfia, para o VIII Encontro Mundial das Famílias. Pensando na misericórdia
Sempre em busca do encontro, Francisco driblou as polêmicas focado nas afinidades e não nas contrariedades. Confrontou-se com as famílias de todo o mundo que foram àquela cidade exclusivamente para ouvir o seu recado. Salientou que o bem-estar de todos só pode existir na justiça, aonde deveres e direitos são bens de todos, naquela casa comum sem fome nem desigualdades onde a vida nos foi doada para que a preservemos, para nós e nossos filhos.
Em Filadélfia, o Pontífice falou às famílias e aos bispos sobre a grande ferida produzida por uma sociedade que reduz todos a consumidores. Para o Papa “ecológico”, uma das principais raízes da pobreza de tantas situações contemporâneas reside na solidão radical à qual muitos indivíduos são forçados, uma solidão que teme o compromisso, uma busca desenfreada de sentir-se reconhecido. Francisco propôs aos seus fiéis um sentido maior de família e as despertou para as verdadeiras ameaças à sua integridade.
Ali, se despediu dos Estados Unidos, assegurando que reza para que todos os seus habitantes sejam “bons e generosos custódios" dos recursos humanos e materiais que possuem. (CM)
África da Misericórdia
Presidentes e organizações recomendaram que, por questões de segurança, o Papa cancelasse sua ida à República Centro-Africana. Não sabiam, todavia, que Francisco decidira ir à África justamente para abrir a Porta Santa da Misericórdia na capital Bangui onde, da ferida da guerra, ainda escorre sangue inocente. Francisco sujou a batina nas estradas de terra vermelha do coração do continente negro, visitou os últimos em um campo de deslocados e refugiados. Voltou a tirar os sapatos para, mais uma vez, entrar em uma mesquita e pedir diálogo e tolerância entre muçulmanos e cristãos.
O Papa fez visitas fora de programa. Em uma delas, a um hospital pediátrico em Bangui, abraçou, no corpo doente de Aids de uma criança raquítica, todos aqueles que ainda sofrem com a doença.
Em Uganda, recordou os mártires cristãos do passado, exemplos de persistência e fé para os cristãos de hoje, “a carteira de identidade” deles, como disse o Papa.
Era a primeira vez que Bergoglio pisava em terras africanas e, como todos os que chegam por lá, foi marcado indelevelmente pelo jeito de ser e hospitalidade do povo africano.
Margeando a Linha do Equador, o Papa chegou ao continente pelo Quênia. Em Nairóbi, conheceu as realidades das maiores favelas do mundo, ouviu com atenção os cantos de louvor na Missa na capital... e com um gesto emblemático, fez 70 mil pessoas darem-se as mãos em nome da união de um só país contra o tribalismo. (RB)(from Vatican Radio)
Cidade do Vaticano (RV) - A última Audiência do Papa em 2015, nesta quinta-feira (31/12), foi a um grupo de mais de 6 mil integrantes dos grupos de Pueri Cantores do mundo inteiro, reunidos em Roma para o Congresso mundial. Francisco, respondendo às perguntas das crianças de maneira improvisada, recordou que o “canto educa e faz bem à alma”.
Ao lembrar Santo Agostinho, convidou todos os presentes a “cantar e caminhar” na vida cristã - que é uma estrada de alegria. “Só Deus é bom”, acrescentou o Papa pedindo que os jovens repetissem a frase sempre que sentissem raiva. Francisco disse que às vezes fica com raiva sim, mas não morde. “A raiva é venenosa, envenena a alma”, afirmou o Pontífice. Jesus não permitia que a raiva chegasse à sua alma, disse Francisco. Cristo usava a raiva para corrigir algo e, então, a paz voltava reinar. No final, o Papa confessou que se deu de “presente” um retiro espiritual para rezar mais: eu sou um bispo, e os bispos devem orientar o povo de Deus antes de tudo com a oração, que é o primeiro serviço.
O Papa concluiu a audiência alertando para a guerra entre o bem e o mal que se vê na televisão: há muita coisa boa no mundo, arrematou o Papa, mas isso não dá ibope – não se deixem enganar!
O próximo Encontro internacional dos grupos de Pueri Cantores acontecerá no Brasil. Assista em VaticanBR(RB)(from Vatican Radio)
Padre Donizete foi nomeado bispo auxiliar de Porto Alegre
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) saúda o padre Aparecido Donizete de Souza, nomeado nesta quarta-feira, 30 de dezembro, como bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre (RS). A mensagem é assinada pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner. Confira, abaixo, a íntegra do texto: .
Saudação ao Padre Aparecido Donizete de Souza
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB saúda o Revmº. Sr. Pe. Aparecido Donizete de Souza, nomeado nesta quarta-feira, 30 de dezembro, pelo Papa Francisco, como bispo auxiliar na Arquidiocese de Porto Alegre – RS.
Natural de Ibiaci, no Distrito de Primeiro de Maio – PR, Pe. Aparecido, atualmente, é pároco da Paróquia São Francisco de Assis, na diocese de Cornélio Procópio – PR, e assessor da Pastoral Litúrgica.
A CNBB acolhe, com alegria, Padre Aparecido como mais novo membro do episcopado e deseja que sua missão junto ao arcebispo da Igreja Particular de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, seja fecunda e alimentada pelo espírito do Jubileu da Misericórdia que estamos vivendo.
Cidade do Vaticano (RV) – No âmbito do Congresso Internacional dos Pueri Cantores,em andamento em Roma, na tarde de quarta-feira (30/12), um dos 13 corais alemães que participa do Congresso se exibiu diante do Papa emérito Bento XVI. O concerto foi realizado no estúdio musical da Rádio Vaticano situado dentro dos Jardins Vaticanos. O coral “Jugendkantorei su Eichstätt Dom” é composto por cerca de 36 jovens entre 12 e 18 anos. A exibição foi mantida em segredo inclusive para os jovens – que só souberam da apresentação na noite anterior. O programa do concerto foi inspirado no Natal, com arrajamento composto por Mons. Georg Ratzinger, irmão do Papa emérito, também ele presente no estúdio da Rádio Vaticano. Ao final da apresentação, Bento XVI agredeceu aos membros do coral, desejando-lhes Feliz Ano Novo e boa estada em Roma. O Congresso encerra-se no dia 1º de janeiro.
(BF)(from Vatican Radio)
Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de peregrinos participaram da última Audiência Geral do ano, na Praça S. Pedro. Como de costume, antes de pronunciar a sua catequese, o Papa saudou os presentes a bordo do seu papamóvel, fazendo a alegria dos fiéis. E brincou sobre o inverno romano: "Faz frio, heim?". Ao se dirigir aos peregrinos, Francisco refletiu sobre a devoção ao Menino Jesus, o protagonista do presépio nesses dias natalinos. Muitos santos e santas cultivaram essa devoção, como por exemplo Santa Teresa de Lisieux, que como monja carmelita escolheu o nome de Teresa do Menino Jesus. Ela soube viver aquela “infância espiritual” que se assimila justamente meditando a humildade de Deus que se fez pequeno por nós. “E este é um grande mistério, Deus é humilde! Nós que somos orgulhosos, repletos de vaidade e acreditamos ser grandes, e somos nada! Ele é grande, é humilde e se faz criança. Este é um verdadeiro mistério!”, disse o Pontífice, acrescentando que toda a vida terrena de Jesus é revelação e ensinamento, sendo a morte e ressurreição a expressão máxima do seu amor redentor. Para crescer na fé, afirmou Francisco, seria necessário contemplar com mais frequência o Menino Jesus, não obstante se saiba pouco de sua infância: da apresentação ao Templo e a visita dos Reis Magos, há um salto de doze anos até a peregrinação de Jesus com Maria e José para a Páscoa. Todavia, prosseguiu, podemos aprender muito de sua vida se olharmos para o modo de ser das crianças. Antes de tudo, elas querem a nossa atenção e precisam dela para se sentirem protegidas: “É necessário também para nós colocar Jesus no centro da nossa vida e, mesmo que possa parecer paradoxal, saber que temos a responsabilidade de protegê-lo. Ele quer estar entre nossos braços, deseja ser acudido e poder fixar o seu olhar no nosso.” As crianças, por fim, amam brincar e, para isso, é preciso abandonar a nossa lógica para entrar na lógica infantil. Trata-se de um ensinamento. “Diante de Jesus somos chamados a abandonar a nossa pretensão de autonomia - este é o nó da questão -, para acolher ao invés a verdadeira forma de liberdade, que consiste em conhecer quem temos diante de nós e servi-lo: é o Filho de Deus. Ele veio para nos mostrar a face do Pai rico de amor e de misericórdia. Coloquemo-nos a seu serviço”, exortou o Papa. Ao final, Francisco pediu que, ao voltarem para casa, os fiéis se aproximem do presépio e beijem o Menino Jesus, pedindo a seguinte graça: “Jesus, quero ser humilde como você, humilde como Deus”. Assista em VaticanBR (BF)(from Vatican Radio)
Cidade do Vaticano (RV) – Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira (30/12), o Papa Francisco fez um apelo em prol das vítimas das enchentes nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e na América do Sul. “Convido a rezar pelas vítimas das calamidades que, nesses dias, atingiram os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a América do Sul, especialmente o Paraguai, causando infelizmente mortos, muitos desabrigados e grandes prejuízos. Que o Senhor dê conforto a essas populações, e a solidariedade fraterna os socorra em suas necessidades.” Enchentes no Paraguai, Uruguai e Argentina causaram a morte de pelo menos oito pessoas e deixaram mais de 150 mil desabrigados. No Brasil, as chuvas também desalojaram 1,9 mil famílias no Rio Grande do Sul, levando 12 prefeituras a decretarem situação de emergência. Nos Estados Unidos, 40 pessoas morreram no sul e centro do país por desastres naturais. Na Grã-Bretanha, o sul da Inglaterra e partes do País de Gales foram atingidos por fortes enchentes nos últimos dias. Um homem na cidade de Somerset morreu depois de ter ficado preso dentro de seu carro.(BF)(from Vatican Radio)
Cidade do Vaticano (RV) - Em seu tuíte desta quarta-feira (30/12), o Papa Francisco voltou a mencionar um trecho da Bula de convocação do Ano Santo, MisericordiaeVultus (Rosto da Misericórdia). “Ninguém pode pôr limites ao amor de Deus, que está sempre pronto a perdoar”, escreveu.
A mensagem é praticamente um complemento de seu tuíte anterior, publicado na última segunda-feira (29/12), quando Papa frisou que “a misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado” e, consequentemente, um convite aos fiéis para participar desse amor gratuito. Deus, humilde e grande, se faz pequeno
No documento do Ano Jubilar, o Papa pontuou que “a missão que Jesus recebeu do Pai foi a de revelar o mistério do amor divino na sua plenitude”. Sobre esse “grande mistério”, na catequese desta quarta-feira, Francisco enfatizou a humildade de Deus, que se faz criança. “Nós que somos orgulhosos, repletos de vaidade e acreditamos ser grandes, e somos nada”, reforçou.
Na Bula, ao citar São Tomás de Aquino, o Pontífice recordou ainda que “é próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência”. De acordo com ele, as palavras de São Tomás de Aquino mostram como a misericórdia de Deus é um sinal da qualidade de sua onipotência. Amor gratuito
Nessa dimensão, o Papa Francisco disse também que é por meio da misericórdia que podemos ter a prova de como Deus ama: “Ele dá tudo de Si mesmo, para sempre, gratuitamente e sem pedir nada em troca. Vem em nosso auxílio, quando O invocamos. É significativo que a oração diária da Igreja comece com estas palavras: 'Deus, vinde em nosso auxílio! Senhor, socorrei-nos e salvai-nos' (Sal 70/69, 2)”, ressaltou no documento.
Por fim, ainda na Bula, Francisco pontuou que Deus “vem para nos salvar da condição de fraqueza em que vivemos. E a ajuda d’Ele consiste em fazer-nos sentir a sua presença e proximidade. Dia após dia, tocados pela sua compaixão, podemos também nós tornar-nos compassivos para com todos”. (PS)(from Vatican Radio)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.— Glória a vós, Senhor.1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.Palavra da Salvação.
- 1 João 2, 18-21 – “ nenhuma mentira provém da verdade”
O Apóstolo São João nos adverte sobre o anticristo e nos dá o entendimento de que todos os que fazem oposição ao projeto de amor de Deus são também considerados anticristo. Fazemos oposição ao projeto de amor de Deus quando vivemos desassociados (as) da Sua Palavra e seguimos as sugestões do nosso próprio querer. Temos o nosso “Deus particular” e, com as nossas ações, nos tornamos alguém completamente fora dos padrões de Jesus Cristo. “Nem todos são dos nossos”, diz São João. Uns ficam, outros se afastam, mas os que permanecem recebem a unção de Deus e conhecem a Sua verdade. Assim sendo, ele nos exorta a vivermos cada momento, como se fosse a última hora isto é, o instante final da nossa vida. A última hora é o dia de hoje, o agora da nossa vida, o tempo em que estamos vivendo e no qual podemos tomar decisões, voltar atrás nas nossas más inclinações e tentar caminhar conforme o desígnio que o Senhor nos reserva. Estamos sempre vivendo esta última hora. Precisamos também ter consciência de que muitas pessoas que hoje recebem conosco a mesma mensagem do Evangelho não alcançaram ainda o entendimento e, amanhã, podem se afastar tornando-se, muitas vezes, contra testemunho para o reino de Deus. É fato que nos entristecemos com isto, mas a palavra é clara quando nos afirma que se fossem realmente dos nossos teriam permanecido conosco. Quando temos o entendimento da verdade, quando realmente experimentamos a unção do Santo, nós permanecemos firmes e nada nos afastará do nosso posto de espera. Portanto, aproveitemos o momento do agora para nos fortalecer na Palavra de Deus que nos garante a felicidade do céu, hoje. Esta é a última hora. Vivemos da esperança, o Senhor virá e não tardará! - Você tem refletido sobre o seu momento presente? – Você pretende ficar firme no posto em que está hoje? – O que você espera do amanhã? – você é a favor do projeto de amor de Deus ou às vezes lhe faz oposição?
Salmo 95 – “O céu se rejubile e exulte a terra”
Somos filhos de Deus e herdeiros do céu, portanto temos em nós a semente da eternidade. Deus nos criou para que sejamos habitantes do céu e, desde já, Ele nos prepara para que possamos nos aclimatar na nossa futura morada. Cantamos o canto novo do amor que deixa o nosso coração expectante com a chegada do Senhor que vem. Ele sempre está vindo embora que às vezes não O reconheçamos. Mesmo assim, pela Fé, nós podemos anunciar já a salvação que Ele nos trouxe e cantar hinos de louvor.
Evangelho – João 1, 1-18 – “Jesus, a Palavra de Deus foi quem criou o céu e a terra”.
Jesus é a Palavra de Deus, o Verbo que se encarnou no seio de uma virgem para dar vida ao mundo. Ele é a Palavra que criou o céu e a terra e veio ao mundo e se fez carne para nos trazer a salvação. Foi ele quem nos fez filhos de Deus e nos trouxe a Sua graça. Portanto, a Palavra de Deus já está no meio de nós. A Palavra de Deus é a Luz e Jesus é a Palavra, portanto, Jesus é a Luz! Ele é o personagem central da Bíblia. Todas as profecias, todas as orações, lamentações e súplicas das Escrituras foram inspiradas pelo Pai no Seu Filho Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. “Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”! Por isso, neste tempo em que ainda vivenciamos as alegrias do Natal todos nós podemos refletir e meditar em como estamos acolhendo a Palavra e se, realmente, nós a temos encarnada em nós de maneira que Ela dirija as nossas ações. Se o mundo foi criado por causa de Jesus Cristo, se a graça e a verdade nos chegaram através Dele e se Ele é a Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, é imprescindível que tenhamos esta Palavra entranhada em nossas mãos e no nosso coração. Pela Palavra nós tomamos conhecimento do Amor de Deus que é eterno e nos dá a garantia das Suas promessas para nós. Ela é a Luz que nos tira das trevas da ignorância e nos dá o entendimento de nós mesmos (as), de Deus e do nosso próximo. Assim como João Batista veio para dar testemunho desta Luz, nós também podemos irradiar o fulgor que se expressa por meio de nós quando anunciamos Jesus Cristo, a Palavra de Deus que veio nos transformar em novas criaturas. – Você já acolheu o Verbo de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós? – A Palavra de Deus tem influenciado as suas ações? – Você tem sabido ouvi-La e vivê-La? – Você tem dado ao mundo testemunho da Luz de Cristo? - Qual é o testemunho que você pode dar ao mundo da presença de Cristo na sua vida?
Helena Serpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.
E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.
E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.
Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.
Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.
Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.
Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.
São Silvestre, rogai por nós! Fonte: Canção Nova Notícias
Padre Aparecido Donizete de Souza atua na diocese de Cornélio Procópio (PR)
O papa Francisco nomeou, nesta quarta-feira, 30 de dezembro, padre Aparecido Donizete de Souza como bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre (RS). Padre Aparecido atualmente é pároco da paróquia São Francisco de Assis, na diocese de Cornélio Procópio (PR), e assessor da Pastoral Litúrgica.
Padre Aparecido nasceu em Ibiaci, no Distrito de Primeiro de Maio (PR), no dia 13 de janeiro de 1964. Foi ordenado sacerdote em 12 de dezembro de 1992. Cursou Filosofia no Instituto Filosófico de Apucarana (PR) e Teologia no Instituto Teológico Paulo VI de Londrina (PR). É mestre em Teologia Espiritual pela Pontifícia Faculdade Teológica de Teresianum em Roma, de 2001 a 2003.
Foi pároco das paróquias Nossa Senhora Aparecida, em Leópolis (PR), de 1993 a 1997; Imaculada Conceição em Jataizinho (PR), de 1998 a 2001; Sant'Ana em Sapopema (PR), de 2003 a 2007. Foi reitor do Seminário Menor Diocesano Menino Deus em Cornélio Procópio e vigário paroquial na catedral Cristo Rei, de agosto 2003 a junho de 2007, e do Seminário São José de Teologia de Jataizinho (PR), de 2012 a 2014. Também assessorou as pastorais Catequética, Carcerária e Vocacional. Fez parte da Equipe de Diretores Espirituais no Instituto Filosófico de Apucarana e acompanhou como diretor espiritual seminaristas no Instituto Teológico Paulo VI.
O Alpha é uma ferramenta de evangelização utilizada por várias paróquias católicas em mais de 70 países em todo o mundo
A paróquia da Marinha Grande vai acolher, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2016, uma conferência nacional dos percursos Alpha, informou o site oficial da diocese de Leiria, Fátima.
O objetivo é formar novas equipes de leigos, jovens e adultos que se sentem chamados a servir nesta proposta de evangelização.
Neste ano de Jubileu da Misericórdia, o objetivo - informa a diocese - é “dar a conhecer o Alpha como porta de entrada para todos aqueles que andam afastados da fé e da Igreja, para fazerem a experiência da misericórdia de Deus”. Para tal, o Alpha permite, num ambiente convivial, de amizade e descontraído, “um encontro pessoal com este Deus que ama incondicionalmente, que acolhe e perdoa todos aqueles que O aceitam nas suas vidas”.
“O Alpha tem sido um meio que tem produzido muitos frutos e tem permitido a muitas pessoas verem as suas vidas transformadas, adultos, mas também muitos jovens e adolescentes”, refere a organização desta conferência. As inscrições podem efetuar-se em alphaportugal.org.
Alpha
O Alpha é uma ferramenta de evangelização utilizada por várias paróquias católicas em mais de 70 países em todo o mundo. O projeto Alpha também funciona em igrejas de muitas outras denominações para dar a conhecer às pessoas, a mensagem de mudança de vida, trazida por Jesus Cristo.
Na Nigéria, este ano, a festa de Mouloud e a festa do Natal são celebradas a poucas horas de distância uma da outra. Mensagem dos bispos de Niamey e Maradi.
“Este ano, a festa de Mouloud e a festa do Natal são celebradas a poucas horas de distância uma da outra. Este sinal nos convida, cristãos e muçulmanos, ao diálogo, para levar a paz ao mundo em nome de nossa fé comum em Abraão, antepassado de todos os fiéis”: é o que afirmam Dom Laurent Lompo, Arcebispo de Niamey (capital do Níger), e Dom Ambroise Ouedraogo, Bispo de Maradi, em sua mensagem natalina assinada por ambos, informou a agência Fides.
Um conceito reiterado pelos dois Bispos, ordinários das duas circunscrições eclesiásticas do Níger, em sua mensagem à comunidade muçulmana para a festa de Mouloud (conhecida também como Maouloud ou Mawlid em outros países), ou seja, o nascimento do Profeta Maomé, que é celebrada este ano em 24 de dezembro. Isto não acontecia há 457 anos.
“É um sinal de Deus Todo-poderoso e nos convida à unidade na diversidade, como fiéis”, lê-se na mensagem enviada à Agência Fides. Os dois Bispos destacam que “a atualidade de nosso país nos convida, cristãos e muçulmanos, a encarnar o amor, o perdão, o respeito pelo outro no concreto das relações pessoais, para garantir a paz e incrementar a unidade nacional”.
Também o Arcebispo de Dacar (Senegal) Dom Benjamin Ndiaye, em sua mensagem de Natal, fez votos que “a proximidade da festividade muçulmana de Maouloud e do Natal cristão, contribua para uma maior comunhão entre os fiéis, na oração e no amor fraterno”.
Na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro, centenas de pessoas devem passar a virada de ano com fé e descontração
Da redação, com Arquidiocese do Rio de Janeiro
Com momentos de oração, shows e DJ, o “Réveillon da Paz” é uma oportunidade para quem quer aproveitar a companhia de familiares e amigos em um clima de tranquilidade e animação. A programação da festa começa às 22 horas no dia 31 de dezembro, com a Missa, e segue até às 5h do primeiro dia do ano de 2016 na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro. A entrada é gratuita.
Adoração ao Santíssimo Sacramento na virada de ano / Foto: Arquidiocese do Rio
De acordo com os organizadores, o grande diferencial do “Réveillon da Paz” é a Adoração ao Santíssimo Sacramento, que acontece durante a virada de ano. A programação segue pela noite com muita música e descontração. Quem deseja todo o clima de “festa na praia” pode levar cangas, cadeiras para aproveitar a areia.
“O Réveillon da Paz é uma oportunidade de iniciar o ano novo aos pés do Senhor, cercado de amigos e família. Uma festa com muita música, animação e oração em um ambiente praiano, onde todos se unem para pedir paz ao mundo e as bênçãos de Deus para o ano que começa”, destacou o organizador do evento, Julio César.
Lembrei-me neste Natal de uma carta que enviei a Papai Noel, quando eu tinha 7 anos. Pedi-lhe um caminhão de madeira. Não existiam, como hoje, brinquedos sofisticados. As meninas se contentavam com bonecas de pano e os homens com carrinhos de madeira. E no dia de Natal, em vez do carro Papai Noel me trouxe uma baratinha. Decepcionei-me. Mas no dia 24 de dezembro de 2004, Ele me enviou esta carta.
Céu, 24 de dezembro de 2004
Querido José Maria,
Talvez você estranhe ao receber esta minha carta, mas preciso reparar uma falha imperdoável de minha parte, ocorrida há 51 anos.
Conversando com seu pai, o Sr. Josué, no dia em que você bateu um longo papo, no seu carro, e onde suas lágrimas foram o meio mais rápido e infalível de chegar diante de Deus e do seu pai, soube, que naquele ano de 1947, você tinha pedido a mim um caminhão de madeira.
Naquele ano você teve duas grandes decepções. O Sr. Josué saia de casa e eu não lhe levei seu caminhão.
Não tenho como justificar a troca de seu caminhão por uma baratinha. Pode ter acontecido que você não foi insistente comigo o bastante para receber um presente, pois eu já estou ficando velho!...
Você pode ter mandado sua cartinha e ela não chegou às minhas mãos.
Escuto sempre o pedido dos pais para o Natal dos meus filhos: seu pai, na situação em que se encontrava, não tenha se lembrado de me pedir o seu presente ou, talvez não soubesse ou se lembrasse do presente que você queria, ou da sua carta!
Talvez , eu tenha escutado o pedido de sua mãe, sempre boa e humilde, acostumada com pouco e pedindo para você só um baratinha.
Ou ainda, os meus assistentes que escutam também os pedidos das crianças tenham trocado o seu presente.
De qualquer maneira a falta foi imperdoável e, sei que marcou profundamente o seu coração de criança.
Mas hoje, quando tantos não acreditam mais em Papai Noel e no espírito do Natal que traz o Senhor menino, para junto de vocês, com todas as suas bênçãos de paz e alegrias, venho lhe deixar o caminhão que fiquei devendo.
Você me perguntará: Para quê me serve ele agora? Já estou adulto, com 64 anos, o quê faço com ele?
Eu lhe digo, aqui onde vivo, e onde estão todos os filhos de Deus, todos somos crianças. Eu lhe peço, ao receber este caminhão, acorde a criança adormecida em você por tanto sofrimento que você passou na sua infância, na sua adolescência, na fase adulta e agora na fase madura.
Esta criança que dorme em você representa a alegria do coração dos filhos de Deus. Aquela alegria volta, leve, confiante e feliz dada por Deus o que nada nem ninguém poderá tirá-la se você não deixar...
Dentro deste caminhão vai uma carga invisível e especial que só seus olhos de criança conseguirão vê-la: cargas de amor, de perdão, de fé, de saúde, de prosperidade, de fortaleza e de sonhos para realizar.
Mais uma vez, peço encarecidamente que me perdoe porque falhei com você.
Seu pai manda um grande beijo, Maria e José mandam uma bênção de alegria, de paz e de saúde para a sua criança reviver e se unir ao Menino Jesus neste Natal.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.— Glória a vós, Senhor. Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. Palavra da Salvação.