24 DE MARÇO DE 2024
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DOMINGO DE RAMOS DA
PAIXÃO DO SENHOR
Cor: Roxo
1ª Leitura - Is 50,4-7
Leitura do Livro do Profeta Isaías 50,4-7
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer
palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me
excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me
os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me
baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de
bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me
deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra,
porque sei que não sairei humilhado. Palavra do Senhor.
Reflexão - O servo que é fiel ao projeto de Deus está sempre atento às
Suas orientações e ensinamentos.
Cada um de nós, homem ou mulher, que nos propomos a seguir Jesus como
discípulo, deveremos ter o entendimento para escutar as palavras desta
profecia: “O Senhor deu-me uma língua adestrada, para que eu saiba dizer
palavras de conforto à pessoa abatida”; “Ele me excita o ouvido para
prestar atenção como um discípulo”. Jesus é o nosso Referencial e Mestre e
nós somos os seus discípulos, portanto, como Ele, precisamos ter os ouvidos
bem abertos e não resistir ao chamado de Deus apesar de todas as
dificuldades, porque Ele é o nosso auxiliador e não nos deixará desanimar. O
servo que é fiel ao projeto de Deus está sempre atento às Suas orientações e
ensinamentos como um aluno atencioso. Deus mesmo é quem nos conduz e
mesmo que enfrentemos a fúria e a rebeldia dos inimigos, permaneceremos
firmes e não desistiremos. Todos nós que dizemos ser servos e servas de
Jesus, precisamos seguir o caminho que Ele mesmo nos abriu e nos pôr à
disposição do Espírito Santo que nos inspirará e nos conduzirá. Servo é quem
se compromete livremente a prestar serviço ao próximo, por amor, não
desviando o rosto nem procurando se esquivar dos encargos e compromissos
confiante de que o Senhor Deus é o Auxiliador e não o deixará humilhado.
Você é servo de alguém? – A quem você está servindo aqui na terra? – Você
tem enfrentado dificuldades no seu seguimento de cristão? – Você tem se
deixado conduzir pelo Espírito Santo no serviço que presta a Deus e aos
homens? – Você é obediente?
Salmo - Sl 21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a)
R. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
8Riem de mim todos aqueles que me vêem,*
torcem os lábios e sacodem a cabeça:
9'Ao Senhor se confiou, ele o liberte*
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e agora o salve, se é verdade que ele o ama!'R.
17Cães numerosos me rodeiam furiosos,*
e por um bando de malvados fui cercado.
Transpassaram minhas mãos e os meus pés
18e eu posso contar todos os meus ossos.*
Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam! R.
19Eles repartem entre si as minhas vestes*
e sorteiam entre si a minha túnica.
20Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,*
ó minha força, vinde logo em meu socorro! R.
23Anunciarei o vosso nome a meus irmãos*
e no meio da assembléia hei de louvar-vos!
24Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,*
e respeitai-o toda a raça de Israel!R.
Reflexão - Na liturgia de hoje nós acompanhamos os passos de Jesus na
caminhada para o calvário. O salmista antecipa tudo o que Jesus iria passar
durante o Seu martírio até o momento em que Ele se sentiu abandonado pelo
próprio Deus. Isso nos leva a pensar nos momentos em que nós também nos
sentimos sem ninguém, vivendo a nossa dor, solitários no meio da multidão ao
nosso redor. São momentos em que precisamos enfrentar o deserto tão
necessário para o nosso crescimento. Mesmo assim, como Jesus, nós ainda
temos força para dizer: “anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da
assembleia hei de louvar-vos!” O Pai que sofre conosco mesmo sem
percebermos, alegrar-se-á conosco com o nosso louvor.
2ª. Leitura - Fl 2,6-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 2,6-11
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma
usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de
escravo e tornando-se igual aos homens.
Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo,
fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou
acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao
nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e
toda língua proclame: 'Jesus Cristo é o Senhor', para a glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.
Reflexão – Tudo para a glória de Deus Pai!
Jesus não fugiu do sofrimento, mas enfrentou a morte por obediência ao Pai,
por isso não se prevaleceu da Sua divindade e se fez escravo como nós. “Ele
esvaziou-se e humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e
morte de cruz.” Comparando a nossa vida com a vida de Jesus chegamos à
conclusão de que Ele fez justamente o contrário do que nós sempre fazemos.
Quantas vezes nós nos prevalecemos da nossa posição social ou então
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apresentamos outra justificativa para sermos privilegiados e não precisarmos
passar por alguma situação de humilhação! O nosso primeiro argumento é
mostrar quem somos nós, o nosso status, poder, situação financeira, desde
que nos livremos da obediência à obrigação que nos é conferida. Jesus, no
entanto, “Mesmo sendo de condição divina, Ele não se prevaleceu de sua
igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de
escravo e assemelhando-se aos homens”. Por isso, Deus o exaltou acima de
tudo, dando-lhe o Nome diante do qual todos nós devemos nos ajoelhar.
Tomando consciência da nossa condição humana imperfeita precisamos seguir
o exemplo de Jesus e, diante de Deus, humildemente reconhecer a nossa
limitação e nos abandonar à Sua Vontade. Assim sendo, com certeza, também
seremos exaltados e acolhidos no reino dos céus. Tudo para a glória de Deus
Pai! – Você tem coragem de enfrentar as dificuldades por obediência à
Palavra de Deus? – Você costuma apresentar-se como uma pessoa que tem
poderes ou se limita apenas a ser uma pessoa comum? – Você faz
discriminação entre as pessoas quando estas o (a) procuram?
Evangelho - Mc 14,1- 72 e 15,1- 47
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos 14,1-15,47
1Faltavam dois dias para a Páscoa e para a festa dos Ázimos.
Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um meio de prender
Jesus à traição, para matá-lo. 2Eles diziam: 'Não durante a festa, para que
não haja um tumulto no meio do povo.
3Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando estava à
mesa, veio uma mulher com um vaso de alabastro cheio de perfume de nardo
puro, muito caro. Ela quebrou o vaso e derramou o perfume na cabeça de
Jesus. 4Alguns que estavam ali ficaram indignados e comentavam: 'Por que
este desperdício de perfume? 5Ele poderia ser vendido por mais de trezentas
moedas de prata, que seriam dadas aos pobres.' E criticavam fortemente a
mulher. 6Mas Jesus lhes disse: 'Deixai-a em paz! Por que aborrecê-la? Ela
praticou uma boa ação para comigo. 7Pobres sempre tereis convosco e quando
quiserdes podeis fazer-lhes o bem. Quanto a mim não me tereis para sempre.
8Ela fez o que podia: derramou perfume em meu corpo, preparando-o para a
sepultura. 9Em verdade vos digo, em qualquer parte que o Evangelho for
pregado, em todo o mundo, será contado o que ela fez, como lembrança do
seu gesto.' 10Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os sumos sacerdotes
para entregar-lhes Jesus. 11Eles ficaram muito contentes quando ouviram
isso, e prometeram dar-lhe dinheiro. Então, Judas começou a procurar uma
boa oportunidade para entregar Jesus. Onde está a sala em que vou comer a
Páscoa com os meus discípulos? 12No primeiro dia dos ázimos, quando se
imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: 'Onde queres que
façamos os preparativos para comeres a Páscoa?' 13Jesus enviou então dois
dos seus discípulos e lhes disse: 'Ide à cidade. Um homem carregando um jarro
de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele
entrar: 'O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa
com os meus discípulos?' 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma
grande sala, arrumada com almofadas.
Ali fareis os preparativos para nós!' 16Os discípulos saíram e foram à cidade.
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Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. Um de vós,
que come comigo, vai me trair.' 17Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze.
18Enquanto estavam à mesa comendo, Jesus disse: 'Em verdade vos digo, um
de vós, que come comigo, vai me trair.' 19Os discípulos começaram a ficar
tristes e perguntaram a Jesus, um após outro: 'Acaso serei eu?' 20Jesus lhes
disse: 'É um dos doze, que se serve comigo do mesmo prato. 21O Filho do
Homem segue seu caminho, conforme está escrito sobre ele. Ai, porém,
daquele que trair o Filho do Homem! Melhor seria que nunca tivesse nascido!'
22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção,
partiu-o e entregou-lhes, dizendo: 'Tomai, isto é o meu corpo.' 23Em seguida,
tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. 24Jesus lhes
disse: 'Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de
muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o
dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus.' Antes que o galo cante
duas vezes, três vezes tu me negarás. 26Depois de terem cantado o hino,
foram para o monte das Oliveiras. 27Então Jesus disse aos discípulos: 'Todos
vós ficareis desorientados, pois está escrito: 'Ferirei o pastor e as ovelhas se
dispersarão.' 28Mas, depois de ressuscitar, eu vos precederei na Galiléia.'
29Pedro, porém, lhe disse: 'Mesmo que todos fiquem desorientados, eu não
ficarei.' 30Respondeu-lhe Jesus: 'Em verdade te digo, ainda hoje, esta noite,
antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.' 31Mas Pedro
repetiu com veemência: 'Ainda que tenha de morrer contigo, eu não te
negarei.' E todos diziam o mesmo. Começou a sentir pavor e angústia.
32Chegados a um lugar chamado Getsêmani, disse Jesus aos discípulos:
'Sentai-vos aqui, enquanto eu vou rezar!' 33Levou consigo Pedro, Tiago e João,
e começou a sentir pavor e angústia. 34Então Jesus lhes disse: 'Minha alma
está triste até a morte. Ficai aqui e vigiai.' 35Jesus foi um pouco mais adiante
e, prostrando-se por terra, rezava que, se fosse possível, aquela hora se
afastasse dele. 36Dizia: 'Abbá! Pai! Tudo te é possível: Afasta de mim este
cálice! Contudo, não seja feito o que eu quero, mas sim o que tu queres!'
37Voltando, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro: 'Simão, tu
estás dormindo? Não pudeste vigiar nem uma hora? 38Vigiai e orai, para não
cairdes em tentação! Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.' 39Jesus
afastou-se de novo e rezou, repetindo as mesmas palavras. 40Voltou outra vez
e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono e eles
não sabiam o que responder. 41Ao voltar pela terceira vez, Jesus lhes disse:
'Agora podeis dormir e descansar. Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do
Homem é entregue nas mãos dos pecadores. 42Levantai-vos! Vamos! Aquele
que vai me trair já está chegando.' Prendei-o e levai-o com segurança!' 43E
logo, enquanto Jesus ainda falava, chegou Judas, um dos doze, com uma
multidão armada de espadas e paus. Vinham da parte dos sumos sacerdotes,
dos mestres da Lei e dos anciãos do povo. 44O traidor tinha combinado com
eles um sinal, dizendo: 'É aquele a quem eu beijar. Prendei-o e levai-o com
segurança!' 45Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo: 'Mestre!', e o
beijou. 46Então lançaram as mãos sobre ele e o prenderam. 47Mas um dos
presentes puxou a espada e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-
lhe a orelha. 48Jesus tomou a palavra e disse: 'Vós saístes com espadas e paus
para me prender, como se eu fosse um assaltante. 49Todos os dias eu estava
convosco, no Templo, ensinando, e não me prendestes. Mas isto acontece
para que se cumpram as Escrituras.' 50Então todos o abandonaram e fugiram.
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51Um jovem, vestido apenas com um lençol, estava seguindo a Jesus, e eles o
prenderam. 52Mas o jovem largou o lençol e fugiu nu. Tu és o Messias, o Filho
de Deus Bendito? 53Então levaram Jesus ao Sumo Sacerdote, e todos os sumos
sacerdotes, os anciãos e os mestres da Lei se reuniram. 54Pedro seguiu Jesus
de longe, até o interior do pátio do Sumo Sacerdote. Sentado com os guardas,
aquecia-se junto ao fogo. 55Ora, os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio
procuravam um testemunho contra Jesus, para condená-lo à morte, mas não
encontravam. 56Muitos testemunhavam falsamente contra ele, mas seus
testemunhos não concordavam. 57Alguns se levantaram e testemunharam
falsamente contra ele, dizendo: 58'Nós o ouvimos dizer: 'Vou destruir este
templo feito pelas mãos dos homens, e em três dias construirei um outro, que
não será feito por mãos humanas!`' 59Mas nem assim o testemunho deles
concordava. 60Então, o Sumo Sacerdote levantou-se no meio deles e
interrogou a Jesus: 'Nada tens a responder ao que estes testemunham contra
ti?' 61Jesus continuou calado, e nada respondeu. O Sumo Sacerdote
interrogou-o de novo: 'Tu és o Messias, o Filho de Deus Bendito?' 62Jesus
respondeu: 'Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-
Poderoso, vindo com as nuvens do céu.' 63O Sumo Sacerdote rasgou suas
vestes e disse: 'Que necessidade temos ainda de testemunhas? 64Vós ouvistes
a blasfêmia! O que vos parece?' Então todos o julgaram réu de morte.
65Alguns começaram a cuspir em Jesus. Cobrindo-lhe o rosto, o esbofeteavam
e diziam: 'Profetiza!' Os guardas também davam-lhe bofetadas. Nem conheço
esse homem de quem estais falando.
66Pedro estava em baixo, no pátio. Veio uma criada do Sumo Sacerdote, 67e,
quando viu Pedro que se aquecia, olhou bem para ele e disse: 'Tu também
estavas com Jesus, o Nazareno!'
68Mas Pedro negou, dizendo: 'Não sei e nem compreendo o que estás dizendo!'
E foi para fora, para a entrada do pátio.
E o galo cantou. 69A criada viu Pedro, e de novo começou a dizer aos que
estavam perto: 'Este é um deles.' 70Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois,
os que estavam junto diziam novamente a Pedro: 'É claro que tu és um deles,
pois és da Galiléia.' 71Aí Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo: 'Nem
conheço esse homem de quem estais falando.' 72E nesse instante um galo
cantou pela segunda vez. Lembrou-se Pedro da palavra que Jesus lhe havia
dito: 'Antes que um galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.' Caindo
em si, ele começou a chorar. Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?
15,1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei
e todo o Sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus
amarrado e o entregaram a Pilatos. 2E Pilatos o interrogou: 'Tu és o rei dos
judeus?' Jesus respondeu: 'Tu o dizes.' 3E os sumos sacerdotes faziam muitas
acusações contra Jesus. 4Pilatos o interrogou novamente: 'Nada tens a
responder? Vê de quanta coisa te acusam!' 5Mas Jesus não respondeu mais
nada, de modo que Pilatos ficou admirado. 6Por ocasião da Páscoa, Pilatos
soltava o prisioneiro que eles pedissem. 7Havia então um preso, chamado
Barrabás,entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um
assassinato. 8A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que ele fizesse
como era costume.
9Pilatos perguntou: 'Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?' 10Ele bem
sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11Porém,
os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse
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Barrabás. 12Pilatos perguntou de novo: 'Que quereis então que eu faça com o
rei dos Judeus?' 13Mas eles tornaram a gritar: 'Crucifica-o!' 14Pilatos
perguntou: 'Mas, que mal ele fez?' Eles, porém, gritaram com mais força:
'Crucifica-o!'
15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar
Jesus e o entregou para ser crucificado.
Teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça.
16Então os soldados o levaram para dentro do palácio,
isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um
manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça.
18E começaram a saudá-lo: 'Salve, rei dos judeus!' 19Batiam-lhe na cabeça
com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante
dele. 20Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho,
vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de
crucificá-lo. Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota. 21Os soldados
obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava
do campo, a carregar a cruz. 22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota,
que quer dizer 'Calvário'. Ele foi contado entre os malfeitores. 23Deram-lhe
vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. 24Então o crucificaram e
repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada
um. 25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. 26E ali estava uma
inscrição com o motivo de sua condenação: 'O Rei dos Judeus'. 27Com Jesus
foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. (28)Porque
eu vos digo: É preciso que se cumpra em mim a Palavra da Escritura: 'Ele foi
contado entre os malfeitores.' A outros salvou, a si mesmo não pode salvar!
29Os que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: 'Ah!
Tu que destróis o Templo e o reconstróis em três dias, 30salva-te a ti mesmo,
descendo da cruz!' 31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres
da Lei, zombavam entre si, dizendo: 'A outros salvou, a si mesmo não pode
salvar! 32O Messias, o rei de Israel...que desça agora da cruz, para que
vejamos e acreditemos!' Os que foram crucificados com ele também o
insultavam. Jesus deu um forte grito e expirou. 33Quando chegou o meio-dia,
houve escuridão sobre toda a terra,
até as três horas da tarde. 34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte:
'Eli, Eli, lamá sabactâni?', que quer dizer: 'Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?' 35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram:
'Vejam, ele está chamando Elias!' 36Alguém correu e embebeu uma esponja
em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo:
'Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz.' 37Então Jesus deu um forte
grito e expirou. (Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa). 38Neste
momento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes.
39Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como
Jesus havia expirado, disse: 'Na verdade, este homem era Filho de Deus!'
40Estavam ali também algumas mulheres, que olhavam de longe; entre elas,
Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé. 41Elas
haviam acompanhado e servido a Jesus quando ele estava na Galiléia.
Também muitas outras que tinham ido com Jesus a Jerusalém, estavam ali.
José rolou uma pedra à entrada do sepulcro. 42Era o dia da preparação, isto
é, a véspera do sábado, e já caíra a tarde.
43Então, José de Arimatéia, membro respeitável do Conselho, que também
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esperava o Reino de Deus, cheio de coragem, veio a Pilatos e pediu o corpo de
Jesus. 44Pilatos ficou admirado, quando soube que Jesus estava morto.
Chamou o oficial do exército e perguntou se Jesus tinha morrido há muito
tempo. 45Informado pelo oficial, Pilatos entregou o corpo a José. 46José
comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o envolveu no lençol.
Depois colocou-o num túmulo, escavado na rocha, e rolou uma pedra à
entrada do sepulcro. 47Maria Madalena, e Maria, mãe de Joset, observavam
onde Jesus foi colocado. Palavra da Salvação.
Reflexão - Jesus sofreu a grande agonia e os discípulos não conseguiram
ser solidários com a Sua dor.
Neste Domingo de Ramos, como preparação para a Semana Santa, nós temos a
oportunidade de rememorar a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo,
desde os acontecimentos que a antecederam até a Sua concretização.
Contemplando este cenário nós podemos claramente perceber que em todos
os relatos nós também, hoje, poderíamos nos inserir como protagonistas da
história e, assim, refletir que continuamos com as mesmas atitudes daqueles
que entregaram e crucificaram Jesus. Desde a sua estada na casa de Simão
quando a mulher pecadora derramou um perfume valioso nos Seus pés e foi
criticada pelos que estavam presentes; na celebração da Páscoa quando Ele
anunciou que seria traído e os discípulos ficaram atemorizados e curiosos pois
queriam saber quem seria o traidor; quando vemos Judas Iscariotes entregar
Jesus por 30 moedas fazendo o que lhe mandavam os Seus inimigos; no
Getsêmani, quando Ele sofreu a grande agonia e os discípulos não
conseguiram ser solidários com a Sua dor. A incoerência de Pedro que, para
defender Jesus cortou a orelha do empregado do sumo sacerdote e logo
depois negou Jesus por três vezes. Também quando a multidão preferiu soltar
Barrabás esquecendo todas as obras que Jesus realizara no meio deles. Em
cada cena, em cada manifestação nós podemos nos reconhecer culpados, mas
também podemos sofrer com Jesus nos colocando diante da Sua Cruz e
oferecendo a Ele as nossas dificuldades, nossas dores, nossas inquietações. O
sofrimento que é colocado na Cruz de Jesus torna-se redentor e nos leva a
experimentar a libertação e o consolo. Apesar da nossa falta de
entendimento, podemos experimentar, simplesmente, a alegria de sofrer por
amor a Ele. A Ele podemos dizer apenas: “Senhor, eu não entendo nada,
mesmo assim confio em Vós!
” – Com os seus atos egoístas, você reconhece
que contribuiu para a Crucificação de Jesus?
– Qual o sentimento que se apossa do seu coração quando você reflete sobre a Paixão e Morte de
Nosso Senhor Jesus Cristo?
- Você consegue enxergar as incoerências na sua vida?
– Anote no seu caderno de oração.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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