Antes de rezar o Angelus e antes de anunciar o Jubileu dos Jovens e a sede da próxima JMJ, o Papa Francisco expressou toda sua gratidão por tudo o que recebeu em Portugal durante sua visita e convidou todos a colocarem o futuro da humanidade nas mãos da Rainha da Paz.
Vatocan
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Antes de
rezar o Angelus no final da Eucaristia da JMJ, celebrada no
Parque Tejo, em Lisboa, o Papa pronunciou as seguintes palavras:
"Queridos
irmãos e irmãs,
Uma palavra
ressoou muitas vezes nestes dias: “grazie” ou melhor «obrigado». É belo
aquilo que o Patriarca de Lisboa acaba de nos dizer: que «obrigado» não
expressa só gratidão pelo que se recebeu, mas também o desejo de retribuir o
bem. Quanto bem recebemos todos nós neste evento de graça, e agora o Senhor
faz-nos sentir a necessidade de por nossa vez, quando regressarmos a casa,
partilhar e doar testemunhando, com alegria e gratidão, o bem que Deus nos
colocou no coração.
Mas, antes
de vos enviar, quero também eu dizer «obrigado». Digo-o, em primeiro lugar, ao
Cardeal Clemente e, nele, à Igreja e a todo o povo português. Obrigado ao
Senhor Presidente, que nos acompanhou nos eventos destes dias; às instituições
nacionais e locais pelo apoio e assistência prestados; aos Bispos, sacerdotes,
pessoas consagradas e leigos. E obrigado a ti, Lisboa, que ficarás na memória
destes jovens como «casa de fraternidade» e «cidade de sonhos». Exprimo depois
o vivo reconhecimento ao Cardeal Farrell e àqueles que prepararam estas
Jornadas, bem como a quantos as acompanharam com a oração. Obrigado aos
voluntários, para quem peço o aplauso de todos pelo grande serviço prestado! Um
agradecimento especial a quem velou pela JMJ a partir do Alto, ou seja, os
Santos patronos do evento: um por todos, João Paulo II, que deu vida às
Jornadas Mundiais da Juventude.
E obrigado
a todos vós, queridos jovens! Deus vê inteiramente o bem que sois; só Ele
conhece o que semeou nos vossos corações. Por favor, guardai-o com cuidado.
Quero dizer-vos: recordai, fixai na mente os momentos mais belos. Depois,
quando vier algum inevitável momento de cansaço e desânimo e, quem sabe, a
tentação de parar no caminho ou de vos fechar em vós mesmos, reavivai as
experiências e a graça destes dias, porque – nunca o esqueçais – esta é a
realidade, isto é o que vós sois: o Povo santo de Deus que caminha na alegria
do Evangelho. Desejo também enviar uma saudação aos jovens que não puderam
estar aqui, mas participaram em iniciativas organizadas nos seus países pelas
respetivas Conferências Episcopais e pelas Dioceses; penso, por exemplo, nos
irmãos e irmãs subsarianos, reunidos em Tânger.
Em
particular, acompanhemos com o pensamento e a oração aqueles que não puderam
vir por causa de conflitos e de guerras. E são tantos por esse mundo fora.
Pensando neste continente, sinto grande tristeza pela querida Ucrânia, que
continua a sofrer muito. Amigos, permiti a mim, idoso, partilhar convosco,
jovens, um sonho que trago cá dentro: é o sonho da paz, o sonho de jovens que
rezam pela paz, vivem em paz e constroem um futuro de paz. Através da oração
do Angelus, coloquemos nas mãos de Maria, Rainha da Paz, o futuro
da humanidade. E ao voltardes para casa continuai, por favor, a rezar pela paz.
Vós sois um sinal de paz para o mundo, um testemunho de como as nacionalidades,
as línguas e as histórias podem unir em vez de dividir. Sois a esperança dum
mundo diferente. Obrigado por isso. Avante!
E agora um
momento esperado: o anúncio da próxima etapa do caminho. Mas antes de vos
referir a sede da quadragésima primeira JMJ, dirijo-vos um convite: marco
encontro com os jovens de todo o mundo no ano 2025, em Roma, para celebrarmos
juntos o Jubileu dos jovens! Dois anos depois, em 2027, a Jornada
Mundial da Juventude terá lugar na Ásia: será em Seul na Coreia do Sul! Assim,
da fronteira ocidental da Europa, passará ao extremo Oriente: é um belo sinal
da universalidade da Igreja e do sonho de unidade do qual vós sois testemunhas!
Um último obrigado,
o maior! Dirigimo-lo a duas pessoas especiais, aos protagonistas principais
deste encontro. Estiveram aqui connosco, e estão sempre connosco, não perdem de
vista as nossas vidas e amam-nas como mais ninguém: obrigado a Ti, Senhor
Jesus; obrigado a Ti, Maria nossa Mãe: nós Te rezamos com alegria.".
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-08/papa-francisco-jmj-lisboa-angelus-paz.html
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