Padroeiro
da Juventude Africana
Atraído pelos Missionários da África, chamados de “Padres brancos”,
fundados pelo Cardeal Lavigerie, Carlos Lwanga, que pertencia ao clã Ngabi, foi
alcançado pela força do Evangelho em 1885. Ele se tornou o chefe dos
jovens pajens que serviam a corte do rei Mwanga em Uganda, na África, que há
pouco haviam se convertido, sendo ele um exemplo e um incentivador desses fiéis
seguidores da fé católica. E recebendo em 1934, pelo Papa Pio IX, o título de
Padroeiro da Juventude Africana.
Evangelização
na África
Devido às diferenças culturais e aos sofrimentos decorrentes da
colonização, a evangelização na África foi um processo doloroso. Os
missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, de caridade, para
que não fossem confundidos com os colonizadores. Pouco tempo depois da entrada
dos padres que foram causa da conversão de Carlos e seus companheiros, o rei se
revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.
“Exemplo
de morte”
Um pajem de dezessete anos,
chamado Dionísio, foi visto ensinando religião. Assim, de próprio punho, o rei
atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda a noite, e só
permitiu sua decapitação na manhã seguinte.
Usou este exemplo para avisar
que mandaria matar todos os que rezavam.
Preparação
para a morte
Diante de toda essa situação,
Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, batizando os
que ainda não haviam sido batizados, apresentou-se diante do rei com o firme
propósito de não negar a fé, seguido de outros quinze, quando, em sua corte, o
rei separou os pajens entre os que rezavam e os que não rezavam:
“Todos aqueles entre vocês que não têm
intenção de rezar podem ficar aqui ao lado do trono; aqueles, porém, que
querem rezar reúnam-se contra aquele muro”.
“Mas vocês rezam de verdade?”, perguntou o rei.
“Sim, meu senhor, nós rezamos realmente”, respondeu em nome de todos, Carlos.
“E querem continuar rezando?”
“Sim, meu senhor, até a morte”.
“Então, matem-nos”,
decidiu bruscamente o rei, dirigindo-se aos algozes.
Pureza
Além do ódio à religião,
acredita-se que o rei também estava movido pelo ódio a Santa Pureza, já que
essa formação de pajens, muitas vezes, eram obrigados a satisfazer os desejos
impuros do rei.
Prisão
e Martírio
Para aumentar o sofrimento dos
condenados, foram transferidos para uma prisão em Namugongo, sofrendo ultrajes
e violência durante todo o caminho pelos soldados do rei.
Em 3 de junho de 1886, na
expectativa de evitar mais conversões, o rei decretou a mortes de Carlos, que
foi queimado vivo diante de todos. Dirigindo suas últimas palavras a um dos
jovens que viriam a morrer com ele: “Pegarei na tua mão. Se
tivermos que morrer por Jesus, morreremos juntos, de mãos dadas”.
Fé
fecunda
A tentativa foi frustrada:
seguindo o irmão na fé, nenhum deles – jovens de até vinte anos – renegou, até
que, em 1887, o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires
de Uganda, na África.
Todos rezaram até o fim. E um
deles dizia ao morrer: “Uma fonte, que tem muitas
fontes, jamais secará. Quando nós não existirmos mais, outros virão depois de
nós”.
Beatificação
e Canonização
São Carlos Lwanga e os 22
mártires de Uganda foram beatificados, em 1920, por Bento XV. E, 30 anos depois
de declarado Padroeiro da Juventude Africana, o Papa Paulo VI, em 1964,
canonizou esse grupo de mártires.
A
minha oração
Meu Jesus, ensina-me a
testemunhar a fé como o fizeram estes servos fiéis Teus. Que, enquanto eu
viver, o Senhor me conceda a graça da oração constante, da perseverança nos
Teus ensinamentos e do amor à Tua Santa Pureza. Que eu possa ser parte dessa
fonte que nunca deixa de jorrar a Tua água que é fonte de libertação e
salvação. Conceda-me, Jesus, pela intercessão de São Carlos e de todos os seus
jovens companheiros, uma fé muito além do meu entendimento e um coração
abandonado à Tua vontade. Assim seja!
São
Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias
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