Não cessemos de sonhar uma nova estação da ação missionária das comunidades cristãs. Por favor, mantenhamos vivo este sonho!”, exortou Francisco ao receber em audiência os diretores das Pontifícias Obras Missionárias.
Bianca
Fraccalvieri - Vatican News
O Papa
recebeu os Diretores Nacionais das Pontifícias Obras Missionárias (POM), por
ocasião de sua Assembleia Geral anual.
Em seu discurso, Francisco citou
este “momento histórico” do Sínodo, que recorda que a Comunidade cristã, por
sua natureza, é missionária. “Quem se deixa atrair pelo amor de Cristo,
tornando-se seu discípulo, sente também o desejo de levar a todos a
misericórdia e a compaixão que brotam do seu Coração.”
Todos, sem excluir ninguém
E foi
precisamente à contemplação do Coração de Jesus, solenidade que tem lugar em
junho, que o Pontífice se inspirou para refletir sobre o carisma e a missão das
Pontifícias Obras Missionárias.
Ao
contemplar o Coração de Cristo, disse, descobrimos a grandeza do projeto do Pai
para a humanidade:
“Fomos
mandados para continuar esta missão: ser sinal do Coração de Cristo e do amor
do Pai, abraçando o mundo inteiro. Aqui encontramos o coração da missão
evangelizadora da Igreja: chegar a todos com o dom do amor infinito de Deus,
procurar a todos, acolher a todos, oferecer a vida por todos sem excluir
ninguém.”
“Todos. Esta palavra é a
chave. Quando o Senhor nos conta aquela festa de núpcias, que acabou mal porque
os convidados não apareceram: um porque tinha comprado uma vaca, outro porque
tinha que viajar, outro que tinha se casado... que diz o Senhor? Vão para as
encruzilhadas das ruas, ali. E convidem todos, todos: saudáveis e doentes,
maus, bons, pecadores. Todos, todos. Este é o coração da missão: o
"todos". Sem excluir ninguém. Todos.”
Já na
Constituição Prædicate
Evangelium,
Francisco reitera que a vocação das POM é serem «instrumentos de promoção da
responsabilidade missionária de cada batizado e de apoio às novas Igrejas
particulares» (art. 67-§ 1).
Assim, as
POM não são uma mera “agência de distribuição de fundos” para quem precisa de
ajuda, mas uma realidade chamada a sustentar a missão evangelizadora na Igreja
universal e nas Igrejas locais e a alimentar o espírito missionário no Povo de
Deus.
Por isso,
o Pontífice os exortou a intensificar ainda mais, com a audácia e a fantasia do
Espírito Santo, as várias atividades de animação, informação e formação do
espírito missionário. Francisco pediu uma atenção especial aos países de antiga
tradição cristã, que vivem uma grave crise da fé, “necessitando de uma renovada
evangelização e de conversão pastoral”.
Por fim, o
Papa expressou seu ideal para as POM:
“O sonho
maior é uma cooperação missionária cada vez mais estreita e coordenada entre
todos os membros da Igreja”, afirmou, recordando que é significativo o fato de
os fundadores das Obras serem um bispo, um sacerdote e duas leigas, ou seja,
representantes das diversas categorias de batizados:
“É um
sinal que nos interpela para envolvermos todos os membros do povo de Deus na
animação missionária! Não cessemos de sonhar 'uma nova estação da ação
missionária das comunidades cristãs'. Por favor, mantenhamos vivo este sonho!”,
exortou.
O Papa
concluiu agradecendo aos diretores e a todos os colaboradores pelo serviço,
“muitas vezes realizado 'nos bastidores' e no meio de muitas dificuldades”.
“Faço
votos para que se sintam sempre inflamados de zelo apostólico e animados pela
paixão de evangelizar. Levem com alegria o Evangelho, para que se espalhe pelo
mundo inteiro, e que Nossa Senhora os acompanhe! De coração os abençoo. E, por
favor, rezem por mim.”.
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