Novo apelo de Francisco, no final da Audiência Geral, para o país "martirizado" e sua população "tribulada". O Pontífice uniu-se ao luto do povo de Chipre pela morte de Chrisostomos II, arcebispo ortodoxo que faleceu aos 81 anos, em 7 de novembro, um pastor clarividente e homem de diálogo.
Salvatore Cernuzio – Vatican
News
"Tanta
crueldade, tanta crueldade" repetiu o Papa Francisco duas vezes, na
Audiência Geral desta quarta-feira (09/11), e a segunda vez num tom mais
incisivo, como se quisesse sublinhar a dor e o horror pelo que a população
ucraniana sofre há nove meses por causa dos "mercenários" que querem
e fazem a guerra. Bombardeios, sequestros, violência, tortura e ataques também
com drones, como os que ocorreram na noite passada na cidade de Dnipro
"Gente atribulada"
"Renovo
meu convite à oração pela Ucrânia martirizada", disse Francisco ao final
da Audiência Geral, reiterando um apelo pela nação atacada desde 24 de fevereiro.
Nessa súplica a Deus, o Bispo de Roma também envolveu todos os fiéis presentes
na Praça São Pedro e aqueles conectados através de streaming dos cinco
continentes.
Pedimos ao Senhor a
paz para este povo tão atribulado e que sofre tanta crueldade, tanta crueldade,
por parte dos mercenários que fazem a guerra.
"Mercenários",
disse ele, repetindo uma palavra já usada na entrevista no avião de retorno do
Bahrein. Uma expressão que recorda a dura acusação do Papa numa Audiência Geral
de agosto passado: "Aqueles que lucram com a guerra e o comércio de armas
são criminosos que matam a humanidade", disse o Pontífice na ocasião.
A morte do arcebispo ortodoxo de Chipre
Com
tristeza, novamente no final da audiência desta quarta-feira, o Papa recordou a
morte de Chrisostomos II, arcebispo ortodoxo de Chipre, que faleceu no
amanhecer do dia 7 de novembro, aos 81 anos, após uma longa doença. Em dezembro
de um ano atrás, ele recebeu o Papa durante sua viagem apostólica à ilha.
Francisco disse se lembrar com afeto dos encontros fraternos compartilhados em
Chipre, durante sua visita no ano passado, e une-se ao luto nacional do povo
cipriota pelo falecimento do homem que ele descreveu como "um pastor
clarividente, um homem de diálogo e um amante da paz, que procurou promover a
reconciliação entre as diferentes comunidades do país".
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