Celebramos, neste dia, a santidade de um
grande santo da nossa Igreja, o qual foi digno de ser intitulado de “Grande” (Magnus). Nasceu
na Alemanha, em 1206, numa família militar que desejava para Alberto a carreira
militar ou administrativa.
Partiu muito jovem para a
Itália, em Pádua, dedicando-se ao estudo das chamadas “artes liberais”:
gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música, ou
seja, manifestando interesse pelas ciências naturais.
Frequentou a igreja dos
Dominicanos enquanto esteve em Pádua. Grande administrador do Reino de Deus e
devotíssimo da Virgem Maria, optou pelos desejos do coração de Deus, por isso
entrou para a família Dominicana em 1223, a fim de mergulhar nos estudos, na santidade
e no apostolado.
Após sua ordenação
sacerdotal, seus superiores destinaram-no ao ensino em vários centros de
estudos teológicos, anexos aos conventos dos Padres Dominicanos. Suas
qualidades intelectuais permitiram-lhe aperfeiçoamento nos estudos de teologia
na universidade mais célebre dessa época, a de Paris. A partir de então,
Alberto dedicou-se à atividade de escritor.
Em 1248, foi encarregado
de abrir um estúdio teológico na Colônia (Alemanha), onde viveu por alguns
anos. Levou consigo para a Colônia, Tomás de Aquino, um discípulo
extraordinário. Instaurou-se entre esses dois grandes teólogos um
relacionamento de grande amizade, que contribuiu muito para o desenvolvimento
da ciência.
No ano de 1254, Alberto
foi eleito Superior da Província Teutônia dos padres Dominicanos, que incluía
comunidades distribuídas entre a Europa Central e a do Norte. Alberto
distinguiu-se pelo zelo com que exerceu tal ministério, visitando as
comunidades e exortando os irmãos à fidelidade, aos ensinamentos e aos exemplos
de São Domingos.
Alexandre IV, Papa na
época, percebeu os dotes de Santo Alberto e quis tê-lo ao seu lado em Anagni,
em Roma e em Viterbo. O mesmo Papa, nomeou-o Bispo de Regensburg, numa diocese
que passava por um momento difícil. De 1260 a 1262, Alberto exerceu este
ministério com dedicação, levando a paz e a concórdia à região.
Entre os anos 1263 e
1264, pregou na Alemanha e na Boêmia, sendo encarregado pelo Papa Urbano IV.
Foi ordenado depois para retornar para a Colônia e dedicar-se novamente à
missão de estudioso e escritor.
Em 1274, foi convocado
pelo Papa Gregório X para favorecer a união entre as Igrejas latina e grega,
após o grande cisma do Oriente. Alberto esclareceu o pensamento de Tomás de
Aquino, que havia sido alvo de objeções e até de condenações injustificáveis.
Suas obras escritas
encheram 38 grossos volumes, e com o testemunho impregnou toda a Igreja de
santidade e exemplo de quem soube viver com equilíbrio e graça a fé que não
contradiz a razão. Entrou no Céu, em 1280, após falecer na cela de seu convento
da Santa Cruz, na Colônia.
Foi beatificado em 1622,
e canonizado em 1931, quando Papa Pio XI proclamou-o Doutor da Igreja. Dez anos
depois, Pio XII declarou-o Patrono dos cultores das ciências naturais.
Um dos grandes méritos de
Santo Alberto foi estudar as obras de Aristóteles, convencido de que tudo
aquilo que é racional é compatível com a fé revelada nas Sagradas Escrituras.
Santo Alberto contribuiu para a formação de uma filosofia autônoma, distinta da
teologia e vinculada pela unidade da verdade. Desse modo, denominou-se no
século XIII, uma clara distinção entre estes dois saberes, filosofia e
teologia, que cooperam para a descoberta da autêntica vocação do homem.
Santo Alberto Magno, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias
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