4 DE
NOVEMBRO DE 2022
SEXTA-FEIRA DA XXXI SEMANA DO
TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Fp 3,
17-4,1
Leitura da Carta de São Paulo aos
Filipenses 3,17-4,1
Sede meus
imitadores, irmãos, e observai os que vivem de acordo com o exemplo que nós
damos. 18 Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos
por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. 19 O fim deles é a
perdição,
o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso
e só pensam nas coisas terrenas. 20 Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá
aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo.
21 Ele transformará o nosso corpo
humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que
tem de sujeitar a si todas as coisas. 4,1 Assim, meus irmãos, a quem quero
bem e dos quais sinto saudade, minha alegria, minha coroa, meus amigos,
continuai firmes no Senhor. Palavra do Senhor.
Reflexão
– Voltar para a casa do Pai é o anseio da nossa alma.
As palavras de São Paulo nos levam, desde já,
a avaliar a nossa familiaridade com o céu que desejamos alcançar. Dependendo da
nossa maneira de ver e de viver as coisas aqui na terra nós vamos
experimentando ou não o clima do céu. Ele nos revela que quando só pensamos nas
coisas terrenas e temos como deus o estômago, isto é, os prazeres e nos
gloriamos de coisas vergonhosas, acabamos sendo inimigos da Cruz na qual Cristo
nos garantiu o céu. Assim, ele condicionava a sua própria alegria à conversão
de todos aqueles a quem pregava o Evangelho de Jesus. E chorava pelos que não
acolhiam os ensinamentos evangélicos prevendo para eles, a perdição. Nós que
conhecemos o Evangelho, que meditamos a Palavra de Deus, precisamos estar
atentos! Quando não vivenciamos o que
aprendemos, e desejamos ter uma vida isenta de dificuldades, nos apegando ao
que o mundo nos recomenda como prazeroso e cômodo, também estamos sendo “inimigos da Cruz de Cristo”. Aí então,
com certeza, o nosso fim será a perdição. Se fizermos uma reflexão da nossa
vida, dos nossos atos, dos nossos apegos e desejos nós poderemos aquilatar se
somos ou não cidadãos do céu ou se estamos vivendo para as coisas terrenas
tendo como deus o estômago e colocando a nossa glória no que é vergonhoso. Não podemos jamais desistir, precisamos estar
firmes no que de fato é bom para que vivamos bem. O céu é o nosso destino, é a
nossa pátria. Voltar para a casa do Pai é o anseio da nossa alma. Portanto,
cada um de nós, em particular, precisa examinar sua consciência para poder
responder: - Será que eu faço parte do povo cujo deus é o estômago, que só pensa
nas coisas terrenas? Será que eu sou de
fato cidadão, cidadã do céu? - Será que realmente eu vivo aguardando o meu
Salvador e Senhor Jesus Cristo? – Será que realmente Jesus Cristo é o Senhor da
minha vida?
Sl 121(122),1-2.3-4a.4b-5 (R. 1)
R. Que alegria, quando me
disseram:
Vamos à casa
Senhor!
Ou: Aleluia, Aleluia,
Aleluia
1Que alegria, quando ouvi que me
disseram:*
"Vamos à casa do Senhor!" 2 E agora nossos pés já se detêm,*
Jerusalém, em tuas portas. R.
3 Jerusalém, cidade bem edificada
* num conjunto harmonioso;
4ª para lá sobem as tribos de
Israel,* as tribos do Senhor. R.
B Para louvar, segundo a lei de
Israel,* o nome do Senhor.
5 A sede da justiça lá está * e o
trono de Davi. R.
Reflexão - A
nossa alma espera pelo dia que retornará à casa do Pai e o salmista expressa
isso quando fala da alegria que sentimos quando pensamos nas coisas de Deus,
nas coisas do céu. Todos nós caminhamos para a Jerusalém Celeste, cidade
edificada com harmonia. Enquanto aqui estamos não experimentamos esta beleza
interior, por isso é que almejamos alcançar a sede da justiça de Deus que nos
dará o que é justo para nós.
Evangelho
– Luc 16, 1-8
Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas 16,1-8
Naquele tempo, 1 Jesus disse aos
discípulos: "Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de
esbanjar os seus bens.
2 Ele o chamou e lhe disse: 'Que
é isto que ouço a teu respeito?
Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens'.
3 O administrador então começou a refletir: 'O senhor vai me tirar a
administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar,
tenho vergonha. 4 Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa
quando eu for afastado da administração'. 5 Então ele chamou cada um dos que
estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu
patrão?' 6 Ele respondeu: 'Cem barris de óleo!' O administrador disse: 'Pega a
tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!' 7 Depois ele
perguntou a outro: 'E tu, quanto deves?' Ele respondeu: 'Cem medidas de
trigo'. O administrador disse: 'Pega tua conta e escreve oitenta'. 8 E o senhor
elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito,
os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da
luz". Palavra da Salvação.
Reflexão
– sabedoria para as coisas de Deus
Neste Evangelho Jesus nos exorta a que usemos a nossa sabedoria e inteligência quando tratamos das coisas de Deus com a mesma presteza que usamos nas coisas do mundo. Jesus não elogiou a atitude desonesta do administrador, mas a motivação que o levou a angariar a amizade das pessoas. Essas pessoas são aquelas a quem ajudamos e com os quais nos solidarizamos nas horas de necessidade, não importando o tamanho do bem que fazemos ou a quantia que ofertamos. Será a maneira como vivemos e o nosso modo de ser, de tratar o semelhante, de acolher, de compreender, de dispensar o que fará com que sejamos recebidos um dia nos tabernáculos eternos. A compaixão que exercitarmos com os nossos semelhantes, o perdão e a misericórdia que vivenciarmos são ações de sabedoria, as quais devemos colocar em prática enquanto estivermos aqui na terra, porque elas nos servirão de passaporte para o reino dos céus. Normalmente nós colocamos mais empenho nos negócios do mundo do que nos interesses de Deus e damos prioridade ao que rende mais aqui na terra do que o tesouro que ajuntamos no céu. Os que tratam com as riquezas deste mundo, sabem fazer isso, de modo desonesto. Os filhos da luz, porém, muitas vezes não sabem fazer assim para conquistar a amizade das pessoas e, assim, agradarem a Deus. - Você também tem usado a sua inteligência e sagacidade para fazer amizade com as pessoas como Deus quer?
– Como você tem tratado as pessoas que precisam de você, que trabalham para você, que lhe servem?
– Você é uma pessoa acolhedora ou está sempre prevenida com medo de se envolver?
- Você sabe dispensar os erros do próximo?
- Você tem vivido as coisas do
mundo, do trabalho, do mesmo modo que você tem vivenciado as coisas ligadas a
Deus?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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