terça-feira, 1 de novembro de 2022

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

1 DE NOVEMBRO DE 2022

 

TERÇA-FEIRA DA XXXI SEMANA

 

DO TEMPO COMUM 

 

 

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Fp 2, 5-11 

 

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 2,5-11

Irmãos: 5Tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: 'Jesus Cristo é o Senhor' - para a glória de Deus Pai. Palavra do Senhor.

 

 

 

Reflexão – Jesus não se entregou por covardia

Segundo São Paulo Jesus Cristo é para nós modelo de obediência e de fidelidade a ser seguido cultivando como Ele os mesmos sentimentos. Jesus não se arvorou do Seu direito de ser Deus e se deixou diminuir igualando-se aos homens, esvaziando-se a si mesmo, tornando-se escravo para restaurar a nossa dignidade humana e elevar-nos à condição de filhos e filhas de Deus. Assim, sendo obediente até a morte de cruz e humilhando-se diante dos homens foi exaltado por Deus. Isto nos mostra que a metodologia de Deus exalta a quem se humilha e recompensa àquele (a) que O obedece por uma causa justa. Jesus não se entregou por covardia ou fraqueza, mas o motivo da Sua entrega foi a nossa salvação, missão que veio cumprir aqui na terra.  Pela Sua obediência e humildade foi exaltado e é hoje proclamado o Senhor de todos para a glória de Deus Pai.  Na nossa inconsequência somos rebeldes e não gostamos de nos submeter a ninguém nem tampouco de obedecer a quem quer que seja. Queremos ter o galardão da vitória, mas não admitimos a luta com sofrimento nem a humilhação de sermos submissos (as) à vontade de alguém. Nós precisamos ter em mente que o sofrimento sempre há de ter uma finalidade. Nós não viemos à terra para aqui penar, porém, como Jesus, nós podemos nos submeter à vontade de alguém a fim de satisfazer a vontade soberana de Deus.   – Você já experimentou ser obediente a alguém? – Qual foi a consequência da sua ação? – Normalmente você se acha uma pessoa especial, diferente das outras?  O que isto tem acarretado aos seus relacionamentos? – Você é obediente à Lei de Deus? – Você se submete ao conselho dos sacerdotes?

 

Salmo 21 (22),26b-27 .28-30a. 31-32 (R. Cf.26a)

 

R. Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!

26bCumpro meus votos ante aqueles que vos temem!
27Vossos pobres vão comer e saciar-se,+
e os que procuram o Senhor o louvarão;*
'Seus corações tenham a vida para sempre!'R.

28Lembrem-se disso os confins de toda a terra,*
para que voltem ao Senhor e se convertam,
e se prostrem, adorando, diante dele*
todos os povos e as famílias das nações.
29Pois ao Senhor é que pertence a realeza;*
ele domina sobre todas as nações.
30aSomente a ele adorarão os poderosos.R.

31toda a minha descendência há de servi-lo;+
às futuras gerações anunciará,*
32o poder e a justiça do Senhor;
ao povo novo que há de vir, ela dirá:*
'Eis a obra que o Senhor realizou!'R.

 

Reflexão - O salmo fala que é ao Senhor que pertence a realeza, que só Ele é quem tem domínio sobre todas as nações e somente a Ele se deve adoração. Apenas o Senhor é digno de louvor e exaltação e até os poderosos Lhe prestam reverência. Somos nós os pobres que comemos, nos saciamos e nos deleitamos nos átrios do Senhor, por isso, temos a esperança de que toda a nossa descendência também há de servi-Lo e adorá-Lo.

Evangelho – Lc 14, 15-24

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 14,15-24

Naquele tempo: 15Um homem que estava à mesa, disse a Jesus:
'Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!' 16Jesus respondeu: 'Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado
dizer aos convidados: 'Vinde, pois tudo está pronto'. 18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: 'Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas'. 19Um outro disse: 'Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas'. 20Um terceiro disse: 'Acabo de me casar e, por isso, não posso ir'.
21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: 'Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos'. 22O empregado disse: 'Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar'. 23O patrão disse ao empregado: 'Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.' Palavra da Salvação.

 

Reflexão – as nossas desculpas e justificativas para não aceitar o convite de Jesus.

O convite para o Banquete no Reino de Deus nos é feito a cada momento da nossa vida em qualquer tempo e situação que estejamos, no entanto, nem sempre estamos dispostos a aceitar esse chamado. Jesus continua nos chamando, mas há coisas “lícitas” que nos impedem de aceitar o Seu convite para participarmos do Seu Reino, desde já. A parábola do banquete é, portanto, uma mensagem que abre os nossos olhos para as realidades de Deus que deixamos de usufruir em vista das nossas “ocupações” sem percebermos que, mais tarde, talvez não tenhamos o tempo hábil para desfrutar. Para cada um de nós há um lugar reservado a fim de que nos fartemos com o alimento adequado para a nossa alma. No entanto, da mesma forma como na Parábola, nós vivemos dando desculpas e justificativas para não aceitar o convite de Jesus.  Muitas vezes nós nos escusamos de entrar no reino dos céus por causa das nossas ocupações. Só aceitamos o convite que Jesus nos faz quando nos convém, por isso, damos preferência aos nossos negócios e interesses pessoais e desprezamos o pão de Deus preferindo nos deliciar com o pão do mundo. Esta é uma verdade factual na nossa vida.  No entanto, Jesus continua a nos atrair quando acena para os coxos, os cegos, os aleijados, os pobres e miseráveis. Muitas vezes precisamos mesmo sentirmo-nos assim, para que o convite de Jesus seja aceito por nós. “Feliz é aquele que come o pão no reino de Deus”! Felizes nós seremos quando, reconhecendo as nossas deformidades, buscarmos o alimento de Deus que nos é dado na Sua Palavra, na Eucaristia, na Oração, na Adoração ao Santíssimo, no estar em comunidade no serviço e no amor.

- Você já aceitou o convite para participar do banquete do reino de Deus?

 – Você tem certeza de que tem atendido ao convite de Jesus?

 – A que alimento você tem dado prioridade para saciar a sua fome: ao pão do céu ou ao pão do mundo? 

- O que tem sido mais importante para você: o banquete de Deus ou as suas ocupações e preocupações?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo cCaminho

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