Hoje, lembramos dois dos santos mais
citados na Igreja: Cosme e Damião. Os irmãos gêmeos nasceram na cidade de Egéia
(Arábia), por volta do ano 260. Filhos de uma nobre família, a mãe os criou
segundo a fé cristã.
Os irmãos dedicaram-se aos estudos da
ciência e da medicina, diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médicos
com competência e dignidade. O cuidado com os doentes e enfermos foi a alavanca
principal da vida dos santos que, inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé
aliada aos conhecimentos científicos para tratar muitos doentes. Por isso, seus
tratamentos, muitas vezes, em situações graves eram vistos como milagres.
Cosme e Damião tratavam dos enfermos
sem aceitar remuneração alguma, por isso, receberam o apelido de “anárgiros”,
que em grego significa “sem prata”. A atividade dos irmãos não parou apenas no
cuidado dos doentes, visaram também o bem das almas com o exemplo e a palavra.
Vivendo num mundo pagão, decidiram atrair as pessoas para o caminho de Cristo
por meio da medicina. De fato, converteram muitos pagãos ao cristianismo.
O trabalho de evangelização dos irmãos
atraiu a fúria de Diocleciano, governador e um implacável perseguidor do povo
cristão. No ano 300 foram presos, pois eram considerados inimigos dos deuses e
acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas que
realizavam. Tendo em vista essa acusação, a resposta deles era sempre: “Nós
curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder! Ele é o
Filho de Deus que veio a este mundo para salvar e para curar”.
No tribunal, exigiram que Cosme e
Damião renunciassem à fé em Cristo e falassem a seus pacientes sobre os deuses
romanos. Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses,
responderam: “Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do
céu e da terra!”. Recusando a ordem e não renunciando ao Evangelho de
Cristo, foram severamente torturados.
O suplício dos dois irmãos, narrado
pela Lenda Áurea, conta que primeiro foram jogados no fogo, de onde saíram
ilesos. Depois, foram condenados à lapidação, mas as pedras voltaram contra os
atiradores. E, ainda, as flechas lançadas pelos arqueiros feriram seus algozes.
Por fim, foram decapitados. O ano do acontecimento era 303.
São Cosme e São Damião foram sepultados
por pacientes que eles mesmos haviam curado. Anos depois, seus restos mortais
foram transladados para uma igreja dedicada a eles, construída a pedido do Papa
Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum.
Os mártires são venerados em toda a
Igreja por testemunharem e não renegarem a fé em Jesus Cristo. São Cosme e São
Damião são os padroeiros dos médicos, das faculdades de medicina e dos
farmacêuticos.
São Cosme e São Damião, rogai por nós
Fonte: Canção Nova Notícias
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