domingo, 31 de julho de 2022

"PARAR E NEGOCIAR": NOVO APELO DO PAPA EM FAVOR DA UCRÂNIA


Após a oração do Angelus este domingo, 31 de julho, o Papa voltou seu pensamento para a Ucrânia, pela qual, disse Francisco, jamais deixou de rezar, nem mesmo durante sua viagem ao Canadá. Diante do "flagelo da guerra", Francisco ressaltou: "A única coisa razoável a fazer é parar e negociar". Sobre a peregrinação penitencial ao Canadá, anunciou que falará na audiência geral da próxima quarta-feira, 3 de agosto. Ainda, o agradecimento pela acolhida no país da América do Norte

Fausa Speranza/Raimundo de Lima – Vatican News

"Mesmo durante a viagem jamais deixei de rezar pelo povo ucraniano, agredido e atormentado, pedindo a Deus que o liberte do flagelo da guerra": disse o Papa Francisco que, após a recitação da oração de mariana Angelus, este domingo, 31 de julho, voltou a pedir "que a sabedoria inspire passos concretos de paz" no país onde os bombardeios continuam. 

Se olharmos a realidade objetivamente, considerando os danos que cada dia de guerra traz para essa população, mas também para o mundo inteiro, a única coisa razoável a fazer seria parar e negociar. Que a sabedoria possa inspirar passos concretos para a paz.

Obrigado pela acolhida no Canadá

Em seguida, o pensamento do Santo Padre voltou-se para a peregrinação penitencial no Canadá, que começou no domingo passado, 24 de julho, e terminou este sábado, dia 30. O Pontífice renovou seu agradecimento:

Ontem de manhã voltei para Roma após a viagem apostólica de seis dias ao Canadá. Pretendo falar sobre isso na audiência geral na próxima quarta-feira, mas agora gostaria de agradecer a todos aqueles que tornaram possível esta peregrinação penitencial, começando pelas autoridades civis, os chefes dos povos indígenas e os bispos canadenses. Agradeço sinceramente a todos aqueles que me acompanharam com suas orações. Obrigado a todos


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-07/papa-francisco-apelo-ucrania-flagelo-guerra-pais-canada-viagem.html

Fonte

O PAPA NO ANGELUS: É BOM SE TORNAR RICO, MAS RICO SEGUNDO DEUS

 

“Não se pode desejar ser rico? É claro que se pode, de fato, é justo desejá-lo, é bom se tornar rico, mas rico segundo Deus! Deus é o mais rico de todos: é rico em compaixão, em misericórdia. Sua riqueza não empobrece ninguém, não cria brigas e divisões. É uma riqueza que ama dar, distribuir, compartilhar”: disse o Papa no Angelus deste domingo, 31 de julho

Raimundo de Lima – Vatican News

“Que Nossa Senhora nos ajude a compreender quais são os verdadeiros bens da vida, aqueles que permanecem para sempre”: foi o pedido do Papa à Virgem Maria no Angelus ao meio-dia deste XVIII Domingo do Tempo Comum.

Refletindo sobre a página do Evangelho do dia, Francisco destacou a passagem em Lc 12,13 em que um homem dirige um pedido a Jesus: "Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança". É uma situação muito comum, problemas semelhantes ainda são atuais: quantos irmãos e irmãs, quantos membros da mesma família infelizmente brigam, e talvez não falem mais um com o outro, por causa da herança! - frisou o Papa.

A ganância, uma doença que destrói as pessoas

O Pontífice observou que Jesus, respondendo a este homem, não entra em detalhes, mas vai à raiz das divisões causadas pela posse das coisas, e diz: "Precavei-vos cuidadosamente de qualquer cupidez".

O que é a cobiça? É a ganância desenfreada pelos bens, o querer sempre enriquecer-se. É uma doença que destrói as pessoas, porque a fome de posses gera dependência. Sobretudo aquele que tem tanto nunca se dá por satisfeito: sempre quer mais, e somente para si mesmo. Mas desta forma não é mais livre: é apegado, escravo daquilo que paradoxalmente deveria servir-lhe para viver livre e sereno. Em vez de servir-se do dinheiro, se torna servo do dinheiro. Mas a ganância é uma doença perigosa também para a sociedade: por causa dela chegamos hoje a outros paradoxos, a uma injustiça como nunca antes na história, onde poucos têm muito e muitos têm pouco ou nada. Pensemos também nas guerras e conflitos: o anseio por recursos e riqueza está quase sempre envolvido. Quantos interesses estão por trás de uma guerra! Certamente, um deles é o comércio de armas. Este comércio é um escândalo ao qual não devemos e não podemos nos resignar.

Servir a riqueza é idolatria, é ofender a Deus

Francisco acrescentou que Jesus nos ensina hoje que, no cerne de tudo isso, não há apenas alguns poderosos ou certos sistemas econômicos: há a ganância que está no coração de cada um.

Dito isso, o Santo Padre convidou-nos a refletir sobre algumas perguntas:

Como está meu desapego dos bens, das riquezas? Eu me queixo do que me falta ou sei dar-me por satisfeito com o que tenho? Sou tentado, em nome do dinheiro e das oportunidades, a sacrificar as relações e o tempo para os outros? E mais ainda, me ocorre sacrificar a legalidade e a honestidade no altar da ganância? Eu digo "altar" porque bens materiais, dinheiro, riquezas podem se tornar um culto, uma verdadeira idolatria. Portanto, Jesus nos adverte com palavras fortes. Ele diz que não se pode servir a dois senhores, e - tenhamos cuidado - não diz Deus e o diabo, ou o bem e o mal, mas Deus e as riquezas. Servir-se da riqueza sim; servir a riqueza não: é idolatria, é ofender a Deus.

A vida não depende do que se possui

Então – podemos pensar - não se pode desejar ser rico? O Pontífice respondeu: é claro que se pode, de fato, é justo desejá-lo, é bom se tornar rico, mas rico segundo Deus! Deus é o mais rico de todos: é rico em compaixão, em misericórdia. Sua riqueza não empobrece ninguém, não cria brigas e divisões. É uma riqueza que ama dar, distribuir, compartilhar.

Antes de concluir, o Papa lembrou, por fim, o que realmente conta na vida:

Irmãos, irmãs, acumular bens materiais não é suficiente para viver bem, porque - diz Jesus novamente - a vida não depende do que se possui (cf. Lc 12,15). Em vez disso, depende de bons relacionamentos: com Deus, com os outros, e também com aqueles que têm menos. Então, nós nos perguntemos: como eu quero me enriquecer? De acordo com Deus ou de acordo com a minha ganância? E voltando ao tema da herança, que herança eu quero deixar? Dinheiro no banco, coisas materiais, ou pessoas contentes ao meu redor, boas obras que não são esquecidas, pessoas que eu ajudei a crescer e amadurecer?

 Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-07/papa-francisco-angelus-31-julho-rico-segundo-deus.html

EVANGELHO DO DIA

 

Evangelho – Lc 12, 13-21

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21

Naquele tempo: 13Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: 'Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.' 14Jesus respondeu: 'Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?' 15E disse-lhes: 'Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.' 16E contou-lhes uma parábola: 'A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: 'O que vou fazer?  Não tenho onde guardar minha colheita'.  18Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: - Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!' 20Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus.' Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

31 DE JULHO DE 2022

 

DOMINGO DA DÉCIMA OITAVA SEMANA DO

 

TEMPO COMUM

 

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Ecl 1,2;2,21-23

 

Leitura do Livro do Eclesiastes 1,2;2,21-23

2'Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades!
Tudo é vaidade.' 2,21Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça. 22De fato, que resta ao homem
de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? 23Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento.
Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – de alguma forma estamos contribuindo com a construção do mundo

O autor do Eclesiastes discorre sobre a vida do homem que trabalha para adquirir coisas e não tem como referencial os projetos de Deus para sua vida. O seu pensamento pessimista, reflete o nosso estado de ânimo quando, muitas vezes, nos encontramos desanimados (as) sem encontrar objetivo para a nossa luta aqui na terra. Quando vivemos trabalhando e nos esforçando para conquistar os bens perecíveis que a vida terrena nos oferece e nos fixamos apenas na parte material que eles nos permitem usufruir, também lamentamos o tempo perdido despendido com empenho. E isto é, com certeza, “vaidade das vaidades” e “vento que passa”.   Podemos concluir, portanto, que o valor do trabalho não está precisamente, naquilo que obtemos e que o dinheiro compra, mas em uma realização pessoal quando percebemos que estamos contribuindo de alguma forma com a construção do mundo. Aí, então, encontramos sentido para a luta do dia a dia e, mesmo que morramos sem desfrutar do fruto da nossa ação, sentiremos o prazer de ter combatido o bom combate.  Quando nos colocou aqui na terra Deus tinha em mente algo a realizar por meio de nós e, por isso, nos deu dons e talentos e continua nos modelando a fim de que sejamos fiéis aos Seus desígnios. No entanto, a maior parte da humanidade trabalha com o intuito de satisfazer a sua própria ambição que nunca tem a conta de chegar. Se vivermos somente para esta vida, realmente nada terá muito sentido e terminaremos também dizendo que tudo é vaidade e grande desgraça. Porém, se tivermos como meta fazer a vontade de Deus, lutaremos com as armas que Ele põe à nossa disposição e esperaremos a recompensa, não para esta vida, mas para o tempo vindouro que nos está reservado. – Com que intuito você trabalha e se afadiga aqui na terra? – Você visa o bem pecuniário ou o bem-estar? – Para você qual é a importância do dinheiro? – Você se sente realizado (a) quando faz algum trabalho voluntário? – O que Deus espera de você enquanto está aqui na terra? – Qual a recompensa que você espera de Deus?

 

Salmo 89,3-4.5-6.12-13.14.17 (R.1)

 

R.Vós fostes ó Senhor, um refúgio para nós.

3Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,*
quando dizeis: 'Voltai ao pó, filhos de Adão!'
4Pois mil anos para vós são como ontem,*
qual vigília de uma noite que passou. R.

5Eles passam como o sono da manhã,*
6são iguais à erva verde pelos campos:
De manhã ela floresce vicejante,*
mas à tarde é cortada e logo seca. R.

12Ensinai-nos a contar os nossos dias,*
e dai ao nosso coração sabedoria!
13Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?
Tende piedade e compaixão de vossos servos! R.

14Saciai-nos de manhã com vosso amor,*
e exultaremos de alegria todo o dia!
17Que a bondade do Senhor e nosso Deus
repouse sobre nós e nos conduza!*
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho. R.

 

Reflexão - Precisamos pedir a Deus a graça de saber bem contar os nossos dias e a sabedoria para vivê-los. Somos filhos e filhas de Adão, isto é, da humanidade, por isso, a nossa vida na carne, é como a erva do campo e tem um tempo determinado para secar. No entanto, fará toda a diferença o fato de enquanto vivermos aqui na terra, nos saciarmos com o amor de Deus entregando a Ele o nosso trabalho e o nosso repouso a fim de exultarmos de alegria todos os dias.

 

2ª. Leitura – Col 3, 1-5.9-11

 

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses 3,1-5.9-11

Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus;
2aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória. 5Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria.
9Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho
e da sua maneira de agir 10e vos revestistes do homem novo,
que se renova segundo a imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento. 11Aí não se faz distinção entre grego e judeu,
circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre,
mas Cristo é tudo em todos. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – O homem novo é todo aquele que busca se afeiçoar à imagem de Deus

São Paulo nos explica como age o homem novo revestido de Cristo, que busca as coisas celestes, e como vive o homem velho, isto é, aquele que ainda é apegado ao jeito de ser terreno. O que faz a diferença entre um e outro é justamente a fé na força da ressurreição de Jesus. Por isso, ele nos diz: “se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus;” Com efeito, todos nós que cremos em Jesus Cristo ressuscitado para nos dar uma nova vida, podemos aspirar as coisas celestes e, assim, nos distanciar do homem velho. Homem velho é, portanto, todo aquele (a) que é conivente com as obras da carne: “impureza, paixão, maus desejos, cobiça, mentira”, etc. O homem novo, porém, é todo homem e toda mulher que busca se afeiçoar à imagem de Deus e tenta viver em ordem ao conhecimento da Sua Palavra. Quando declaramos Jesus Cristo como nosso Salvador, também admitimos que morremos e a nossa vida está escondida com Ele, em Deus. Por isso, não mais pertencemos a este mundo carnal, mas estamos inseridos numa dimensão espiritual, embora ainda permaneçamos aqui na terra. Desse modo, aguardamos no nosso corpo o dia em que Cristo aparecer em seu triunfo, quando, vivos ou mortos, nós também apareceremos com Ele revestidos de glória. As coisas do alto significam os pensamentos, as palavras e as obras que praticamos e nos elevam para Deus, porque são regidas pelo Seu Amor e, consequentemente, nos levam a viver em harmonia uns com os outros aqui embaixo. Cristo, então, se torna tudo em todos e por onde andarmos estaremos a serviço do Seu reino. – Você já é um homem novo? – Você tem buscado mais as coisas do alto ou as coisas da terra? – Você percebe quais são as coisas do alto na sua vida? – Quais são as obras do homem velho que você ainda vivencia?

 

Evangelho – Lc 12, 13-21

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21

Naquele tempo: 13Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: 'Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.' 14Jesus respondeu: 'Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?' 15E disse-lhes: 'Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.' 16E contou-lhes uma parábola: 'A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: 'O que vou fazer?  Não tenho onde guardar minha colheita'.  18Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: - Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!' 20Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus.' Palavra da Salvação.

 

Reflexão – somos ricos diante de Deus quando colocamos tudo o que possuímos à Sua disposição

Jesus conta a parábola do “homem rico” e nos ensina a mensurar a nossa real motivação diante dos bens materiais que almejamos e a perceber qual o fascínio que a riqueza exerce sobre nós. Assim sendo, mais uma vez nós aprendemos com Ele a nos manter vigilantes em torno dos nossos pensamentos e das nossas reais intenções. Ele deixou bem claro que os nossos bens materiais não se constituem um alicerce para assegurar a nossa vida longa aqui na terra nem tampouco são tijolos para a construção do nosso lar celestial. Mesmo que aqui a nossa terra dê uma grande colheita material, o fato de possuirmos em abundância não nos dá o direito de permanecer na passividade confiando na boa reserva que temos para muitos anos. Às vezes, nós poupamos dinheiro e fixamos o nosso olhar somente no que iremos embolsar em função dos juros e, quanto mais auferimos, mais os nossos “olhos crescem”. Porém, na verdade, nem temos a exata noção da utilidade desse dinheiro e a que se destina. Parece, que só pelo fato de possuirmos aquele “algo a mais” depositado no banco nós também, como o rico da parábola, podemos ficar tranquilos para dizer a nós mesmos: “meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!”  O que Jesus recriminou no rico não foi tanto pelo fato de ter muitos bens ou mesmo de poupá-los, mas foi a sua intenção de guardar a fortuna somente para si, achando-se, por isso, protegido e dono da sua existência. A nossa vida está entregue nas mãos de Deus e somente Ele tem controle sobre ela, sejamos nós, pobres ou ricos neste mundo.  No entanto, podemos ser ricos diante de Deus quando colocamos tudo o que possuímos à Sua disposição e esperamos a recompensa na forma que Ele quiser nos oferecer.

– Para quem você é rico? Para si mesmo ou para Deus?

 – O que você espera comprar com o dinheiro que amealha? 

– Se possuísse muito dinheiro, você viveria “mais despreocupado”? 

– Como você analisa a atitude do homem da parábola? – Você se acha diferente dele?

Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho


 

SANTO DO DIA - SANTO INACIO DE LOYOLA

 Neste dia, celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.

Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e, assim como jovem valente, entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que, depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos, concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos fez isso, pois eu tenho também de o fazer”.

Realmente ele fez como os santos o fizeram e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” exercícios espirituais e, logo depois de estudar Filosofia e Teologia, lançou os fundamentos da Companhia de Jesus.

A instituição de Inácio, iniciada em 1534, era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contrarreforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.

Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura de salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos; e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

sábado, 30 de julho de 2022

O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja López Pedrozo 

EVANGELHO DO DIA

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 14,1-12

1Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus servidores: 'É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele.' 3De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4Pois João tinha dito a Herodes: 'Não te é permitido tê-la como esposa.' 5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 
6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes  7que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 
8Instigada pela mãe, ela disse: 'Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.'  9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 
10E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou para a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.
Palavra da Salvação.

  

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

30 DE JULHO DE 2022

 

SÁBADO DA DÉCIMA SÉTIMA SEMANA DO

 

TEMPO COMUM

 

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Jer 26, 11-16.24

 

Leitura do Livro do Pofeta Jeremias 26,11-16.24

Naqueles dias: 11Os sacerdotes e profetas dirigiram-se aos chefes e a todo o povo, dizendo: 'Este homem foi julgado réu de morte,
porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com vossos ouvidos'. 12Disse Jeremias aos dignitários e a todo o povo:
'O Senhor incumbiu-me de profetizar para esta casa e para esta cidade através de todas as palavras que ouvistes. 13Agora, portanto, tratai de emendar a vossa vida e as obras, ouvi a voz do Senhor, vosso Deus, que ele voltará atrás da decisão que tomou contra vós. 14Eu estou aqui, em vossas mãos, fazei de mim o que vos parecer conveniente e justo, 15mas ficai sabendo que, se me derdes a morte, tereis derramado sangue inocente contra vós mesmos e contra esta cidade e seus habitantes, pois em verdade o Senhor enviou-me a vós para falar tudo isso a vossos ouvidos.' 16Os chefes e o povo em geral disseram aos sacerdotes e profetas:
'Este homem não merece ser condenado à morte; ele falou-nos em nome do Senhor, nosso Deus.' 24Jeremias passou a ter proteção
de Aicam, filho de Safã, para não cair nas mãos do povo e evitar ser morto. Palavra do Senhor

 

 

Reflexão Emendar a vida e as obras!

 Agora, portanto, tratai de emendar a vossa vida e as obras, ouvi a voz do Senhor, vosso Deus, que ele voltará atrás da decisão que tomou contra vós.”  Emendar a vida e as obras! As nossas obras constituem a essência da nossa vida. O nosso viver é resultado do que nós realizamos, das nossas ações e resoluções. Não podemos dizer que vivemos bem se agimos mal e consequentemente aumentamos o poder do mal no mundo. Mesmo tendo sido julgado réu de morte pelos sacerdotes daquele tempo, Jeremias continuava apelando para a consciência do povo. Deus nos fala através das pessoas e quando o Senhor manda alguém para nos exortar e mostrar o nosso erro Ele tem o propósito de nos libertar do mal que insiste em nos atrair para si. Deus deseja a vida e não a morte para os Seus filhos e nunca voltará atrás na decisão de nos salvar. Na Sua grande misericórdia, Ele está sempre disposto a se render e a voltar atrás na pretensão de nos castigar em vista do nosso arrependimento e das nossas boas ações. Desse modo, não podemos rejeitar a correção do Senhor por meio dos Seus profetas, antes pelo contrário, devemos acolhê-los enxergando neles o próprio Deus que deseja ser escutado por nós.   O que o Senhor Deus fala para você através desta leitura? – Você tem recebido algum recado de Deus? – Em que você precisa emendar-se? –  Você teria a coragem que Jeremias teve para enfrentar as “autoridades” obedecendo a Deus?

 

 Salmo 68,15-16. 30-31. 33-34 (R. Cf. 14)

 

R. No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

15Retirai-me deste lodo, pois me afundo!
Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam, *
e salvai-me destas águas tão profundas!
16Que as águas turbulentas não me arrastem,
não me devorem violentos turbilhões, *
nem a cova feche a boca sobre mim!R.

30Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! *
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
31Cantando eu louvarei o vosso nome *
e agradecido exultarei de alegria!R.

33Humildes, vede isto e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá, *
se procurardes o Senhor continuamente!
34Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, *
e não despreza o clamor de seus cativos.R.

 

Reflexão - O nosso Deus é libertador e o que mais Ele deseja é, justamente, livrar-nos do mal que nos arrasta em águas turbulentas. Por isso, está sempre pronto a nos atender na medida em que o nosso coração se voltar para Ele com humildade. “Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente!  Deus quer atender às suas súplicas, coloque-se diante Dele e apresente as suas necessidades confiando que Deus atende à prece dos seus pobres e não despreza o clamor de quem está preso.

 

Evangelho – Mt 14, 1-12

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 14,1-12

1Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus servidores: 'É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele.' 3De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4Pois João tinha dito a Herodes: 'Não te é permitido tê-la como esposa.' 5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 
6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes  7que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 
8Instigada pela mãe, ela disse: 'Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.'  9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 
10E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou para a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.
Palavra da Salvação.

 

Reflexão – os Herodes de hoje também conseguem degolar os emissários de Deus

A história de João Batista se adapta à nossa vida nos dias de hoje! Por falar a verdade ele foi preso e depois mandado degolar a fim de satisfazer aos caprichos da amante de Herodes que ofereceu a ela a sua cabeça como um presente! No nosso mundo de hoje, também os que pregam os ensinamentos da Palavra de Deus, os que em Seu Nome denunciam as práticas abomináveis e as injustiças, também são de alguma forma exterminados. Mudam apenas os estilos e a maneira de se abafar a voz de alguém que tenta falar de Deus nos lugares onde tudo é permitido, nada faz mal e as coisas acontecem na maior naturalidade. E quem mais sofre as consequências dessas atitudes do mundo de hoje que se paganiza a olhos vistos são os jovens que, habitualmente, não possuem alguém que lhes aponte um caminho certo. Os João Batista de hoje, também não são bem-vistos em muitos lugares onde se tem como norma não falar de religião, de Bíblia, de Igreja, de Nossa Senhora, de castidade, de matrimônio santo, de muitos outros assuntos, com o pretexto de se respeitar a diversidade de pensamentos. Por isso, hoje está na moda e é aplaudido por muitos de nós, o divórcio, o casamento entre homossexuais, a liberação da maconha, a maioridade antes do tempo, em nome de uma falsa liberdade cujo nome real é libertinagem. Se alguém, de sã consciência ousar dar algum conselho aos jovens, no meio de muitas pessoas “entendidas”, falando, por exemplo, de castidade, de sexo somente no casamento, de namoro santo, de vestir-se sem expor demais o corpo, com certeza, será logo recriminado e considerado alienado e uma pessoa retrógada, antiquada. É assim que os Herodes de hoje conseguem degolar os emissários de Deus.  Os Herodes estão em diversos lugares e gostam de fazer promessas para agradar a quem eles desejam conquistar. Por isso, precisamos tomar consciência se também não estamos fazendo o papel de Herodes quando prometemos a alguém o que não nos é permitido oferecer e por causa das nossas promessas aos homens esquecemos a promessa que fazemos a Deus de amar-nos uns aos outros e partilhar com eles vida. Como nós podemos prometer tudo o que alguém nos pede, se não possuímos nem mesmo o dom de conservar a nossa vida? Podemos entregar a “cabeça” dos nossos irmãos de muitas maneiras: difamando, fazendo intrigas, levantando falso testemunho. Matamos o corpo, mas nada podemos fazer com a alma, pois, Deus é o Senhor de todos e age com justiça de acordo com as nossas ações.

– Em nome de Deus você consegue falar de assuntos polêmicos no meio dos entendidos do mundo? 

Você se sente à vontade em lugares onde tudo é permitido ou tem coragem de denunciar o que não é de Deus?

 –  Você já entregou a “cabeça” de alguém em troca dos seus interesses?  

- Do que você será capaz de fazer para conseguir os seus intentos?

 – Você teme mais a Deus ou aos homens?

 – A quem mais você tem agradado: a Deus ou aos homens?

Helena Serpa,

 Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho




SANTO DO DIA - SÕ PEDRO CRISÓLOGO

São Pedro Crisólogo, famoso pregador do Evangelho

A+A-

Desenho de uma pessoa

Descrição gerada automaticamente com confiança média

[380-450]

Nome e identidade 

Pedro Crisólogo, Pedro “das palavras de ouro”, pois é exatamente esse o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano de 380. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. 

Conselheiro e pregador

Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. 

Bispado e obras

Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo Papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões. Também defendeu a autoridade do Papa, então, Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.

Morte e veneração

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento. A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

A minha oração

“Ó glorioso santo, pregador e pastor das ovelhas, intercedei por todo o clero dando a todos a graça da comunicação do Evangelho, segundo a vontade divina. E ajuda-nos a imitar-te no pastoreio daqueles que nos foram confiados.”

São Pedro Crisólogo, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias


sexta-feira, 29 de julho de 2022

O PAPA AOS INDIGENAS: PROSEGUIR NA BUSCA DA VERDADE SEMEANDO ESPERANÇA

 

“Já próximo da conclusão desta intensa peregrinação, quero dizer-vos que, se já vinha animado por estes desejos, volto para casa muito mais enriquecido, porque levo no coração o tesouro incomparável feito de pessoas e populações que me marcaram; tesouro de rostos, sorrisos e palavras que permanecem no meu íntimo; de histórias e lugares que não poderei esquecer; de sons, cores e emoções que vibram intensamente dentro de mim”: disse o Papa Francisco a uma Delegação de Indígenas presentes no Québec

Raimundo de Lima – Vatican News

“Vim ao Canadá como amigo para vos encontrar, para ver, ouvir, aprender e calcular como vivem as populações indígenas deste país. Vim como irmão, para descobrir pessoalmente os frutos bons e maus produzidos pelos membros da família católica local, no decurso dos anos. Vim com espírito penitencial, para vos manifestar o pesar que sinto no coração pelo mal que não poucos católicos vos causaram apoiando políticas opressivas e injustas aplicadas a vós.”

Foi o que disse o Papa no encontro esta sexta-feira, 29 de julho, com uma delegação de indígenas presentes no Québec, em seu último dia desta peregrinação penitencial no Canadá, no caminho da cura e reconciliação. De fato, o encontro, no Arcebispado na cidade de Québec, foi ocasião para mais uma vez Francisco ressaltar o espírito penitencial que caracteriza esta sua visita em terras canadenses.

Semear esperanças para as futuras gerações

“Vim como peregrino, com as minhas limitadas possibilidades físicas, para propiciar mais passos em frente convosco e a vosso favor: para que se prossiga na busca da verdade, progrida na promoção de percursos de cura e reconciliação, para que se continue para diante semeando esperança para as futuras gerações de indígenas e não indígenas que desejam viver juntos, fraternalmente, em harmonia”, frisou.

Já no início de sua saudação à delegação de indígenas, o Santo Padre os havia agradecido por terem se deslocado até ali, vindos de vários lugares do Québec e lembrou que os momentos de sua visita são caracterizados pela frase Caminhar Juntos.

Dias intensos convosco, sinto parte da vossa família

“Mas, já próximo da conclusão desta intensa peregrinação, quero dizer-vos que, se já vinha animado por estes desejos, volto para casa muito mais enriquecido, porque levo no coração o tesouro incomparável feito de pessoas e populações que me marcaram; tesouro de rostos, sorrisos e palavras que permanecem no meu íntimo; de histórias e lugares que não poderei esquecer; de sons, cores e emoções que vibram intensamente dentro de mim. Verdadeiramente posso afirmar que, enquanto vos visitava, as vossas realidades, as realidades indígenas desta terra, visitaram o meu íntimo: entraram em mim e sempre me acompanharão. Ouso dizer – se mo permitis – que de certo modo, agora, também eu me sinto parte da vossa família e disso me sinto honrado”, disse.

Antes de concluir, o Pontífice destacou a figura de três mulheres, reiteradas vezes evocadas durante estes dias de sua viagem apostólica ao Canadá.

Santa Ana, a Virgem Maria e Santa Catarina Tekakwitha

“Desejo confiar tudo o que vivemos nestes dias e a prossecução do caminho que nos espera à cuidadosa solicitude de quem sabe guardar o que conta na vida: penso nas mulheres, particularmente em três delas. Primeiro, em Santa Ana, cuja ternura e proteção pude sentir ao venerá-la juntamente com um povo de Deus que reconhece e honra as avós. Segundo, penso na Santa Mãe de Deus: nenhuma criatura merece mais do que Ela ser definida peregrina, porque sempre – também hoje, mesmo agora – está a caminho: a caminho entre Céu e terra, para cuidar de nós por conta de Deus e para nos conduzir pela mão ao seu Filho. Finalmente, com frequência nestes dias, a minha oração e o meu pensamento detiveram-se numa terceira mulher que nos acompanhou com a sua suave presença e cujos restos mortais se conservam não muito longe daqui: refiro-me a Santa Catarina Tekakwitha. Veneramo-la pela sua vida santa, mas não poderemos pensar que a sua santidade de vida, caraterizada por uma dedicação exemplar à oração e ao trabalho, bem como pela capacidade de suportar com paciência e mansidão tantas provações, tenha sido possível também por certos traços nobres e virtuosos herdados da sua comunidade e do ambiente indígena onde cresceu?”

Por fim, o Papa confiou a Elas que “abençoem o nosso caminho comum, intercedam por nós e por esta grande obra de cura e reconciliação tão agradável a Deus”. Francisco abençoou os presentes, agradecendo mais uma vez, e pediu que continuem rezando por ele.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-07/papa-francisco-encontro-delegacao-indigenas-quebec-busca-verdade.html