Padre e fundador dos Orionitas [1872 –
1940]
Nascimento e educação
Orione nasceu em Pontecurone, lugarejo
entre o Piemonte e a Lombardia, na Itália, em 23 de junho de 1872. Em um
ambiente pobre e profundamente religioso de sua família, recebeu de sua mãe,
Carolina, fundamentos ternos e vigorosos de um apaixonado amor a Deus e aos
necessitados, esse forma toda a luz de sua existência. “Uma
grande mãe em todos os aspectos”,
disse ele, “especialmente porque ela lhe ensinou a
esmola e a misericórdia para com os pobres, um compromisso firme com a religião
e perseverança em seu trabalho”.
Descoberta vocacional
Luis Orione sente seu chamado à sua
missão muito precoce, acompanhando sempre o padre Cattaneo no hospital de
Pontecurone. Ali o jovem Orione aprendeu a prestar atenção aos doentes e
sofredores. Por três anos, ele trabalhou com o pai e, em 1885, finalmente
realizou seu sonho: passou uma temporada de seis meses com os religiosos
franciscanos em Voghera, que, infelizmente, foi interrompida por causa de uma
pneumonia.
A Providência pôs uma segunda etapa no
caminho vocacional do jovem Orione. Em 4 de outubro de 1886, ele entra no
Oratório de Dom Bosco de Turim. Conheceu o santo pessoalmente, confessou-se com
ele, recebeu de Dom Bosco orientação espiritual e conselhos, com a grande
promessa: “Seremos sempre amigos”. Durante o retiro para o ingresso
do noviciado, diante o túmulo de Dom Bosco, em uma noite de orações e lágrimas,
Luis Orione sente que deve encontrar seu próprio caminho na sua diocese natal;
e dia 16 de outubro de 1889 é acolhido pelo seminário de Tortona.
Sacerdócio
De 1889 a 1893, Luís Orione esteve no
seminário diocesano de Tortona, nesse período de profunda vivência religiosa,
social e política, enquanto se preparava para o sacerdócio, Luís sentiu
formar-se em seu coração o desejo de dedicar-se inteiramente aos meninos órfãos
e abandonados, conduzindo-os a Deus e educando-os para o bem. Ainda clérigo,
iniciou uma série de ações juvenis. Mais tarde, abriu instituições para os mais
pobres e abandonados, vítimas da fome e da miséria, desvalorizados pela
sociedade. Foi ordenado sacerdote em 13 de abril de 1895, em Tortona. No dia de
sua primeira missa, tomou a decisão de não ser um padre somente para os que iam
à Igreja, mas ser padre para todos, especialmente para os mais afastados da
Igreja e para os pobres.
Fundador e propósito sobre o Brasil
Sua atividade foi crescendo num ritmo
apaixonado e foram surgindo obras, escolas, colônias agrícolas, oficinas para
aprendizes, escolas profissionalizantes, casas de caridade e os Pequenos
Cotolengos. Para atender a tantas obras, fundou as Congregações Religiosas:
Pequena Obra da Divina Providência, eremitas da Divina Providência, Pequenas
Irmãs Missionárias da Caridade e Irmãs Sacramentinas Cegas. Para visitar e
incentivar os seus filhos missionários, esteve diversas vezes na América do Sul:
Argentina, Uruguai, Chile e no Brasil (1921, 1922, 1934 e 1937) disse que o que
não pudesse fazer pelo Brasil quando vivo, o faria depois de morto.
Últimos dias e canonização
Morreu em 12 de março de 1940, em San
Remo, na Itália, onde foi cuidar de sua saúde por ordem de seus médicos e
superiores. Antes de ir a San Remo, protestou que não era entre palmas que
queria morrer, mas entre os pobres. João Paulo II o beatificou em 26 de outubro
de 1980. Depois de reconhecidas suas virtudes heroicas e sua bondade em vários
milagres comprovados e aprovados, o mesmo Papa João Paulo II o proclamou Santo
da Igreja numa missa de Canonização na Praça de São Pedro, em Roma, no dia 16
de maio de 2004. Papa João Paulo II reconhece:
“É impossível resumir a riqueza do espírito de Dom
Orione, porque tinha um coração como o de São Paulo: terno e sensível até as
lágrimas; incansável e tenaz até a audácia; dinâmico até o heroísmo; viveu em
contato com os grandes homens da política e da cultura, iluminou os sem fé,
converteu pecadores, viveu recolhido em contínua oração, praticava incríveis
penitências.”
Atividades missionárias de grande importância
Recebeu grandes demonstrações de estima
de papas e de autoridades que lhe confiaram missões importantes e delicadas.
Tais missões foram para sanar feridas profundas no seio da Igreja e da
sociedade. Foi Dom Orione, pregador popular, confessor e organizador de
peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de
Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu
santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa
Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a
iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado
dos mais operários civis.
Ideais de vida
Viveu para amar e servir. Não conheceu
outro motivo para viver. Fez da sua vida e da sua fé uma única missão. Sofreu
muito, mas não fez ninguém sofrer. Tinha como ideal “fazer
o bem sempre, fazer o bem a todos. O mal nunca e a ninguém”. Esse propósito continua vivo em
seus filhos e filhas (religiosos, religiosas, leigos e leigas), que continuam
difundindo seu carisma, por meio de obras de caridade nos 4 continentes, em
mais de 30 países.
Frases
“Só a caridade salvará o mundo: dos
riscos, dos medos, de todo mal.”
“Minha pobre vida seja toda inteira um
cântico de divina caridade na terra.”
“A oração é a graça das graças:
peçamo-la e Deus nos tornará santos!”
“Arda nossa vida de divino amor e seja
toda consagrada a Deus!”
“Vamos esvaziar o coração de tudo que
não é Deus, que não é amor!”
“Competir, rivalizar, sim, para sermos
melhores servidores de Deus e do amor.”
Oração oficial de São Luis Orione
Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e
Espírito Santo, nós vos adoramos e vos damos graças pela imensa caridade que
infundistes no coração de São Luiz Orione e por ternos dado nele o Apóstolo da
Caridade, o Pai dos Pobres e o Benfeitor da humanidade, sofredora e abandonada.
Concedei-nos que possamos imitar o amor ardente e generoso que São Luiz Orione
tinha para convosco, com a Santíssima Virgem, com a Igreja, com o Papa e com
todos os aflitos. Pelos seus méritos e sua intercessão, concedei-nos a graça
que vos pedimos (pedir a graça) para experimentar a vossa Divina Providência.
Amém.
A minha oração
“São Luis Orione, amigo dos jovens
excluídos e necessitados, ensinai-me a ter um coração aberto e acolhedor para
as realidades da juventude atual. Que eu seja fonte de acolhida e compreensão,
mas também de testemunho cristão. Dai-me a paternidade para educar esses
pequeninos como tu educaste, e o amor para ensiná-los o caminho do céu.”
São Luís Orione, rogai por nós!
Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em
12 de março:
São Maximiliano, mártir em Tebessa, na Numídia, na
atual Argélia. († 295)
Os santos mártires Migdónio, presbítero, Eugénio, Máximo, Dona, Mardónio, Pedro, Esmaragdo e Hilário, em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit,
na Turquia. († 303)
São Pedro, mártir, em Nicomédia da
Bitínia. († 303)
Santo Inocêncio
I, papa em Roma. († 417)
São Paulo Aureliano, primeiro bispo da cidade de
Saint-Pol-de-Léon, na Bretanha Armórica, hoje na França,. († s. VI)
São Gregório Magno, papa em Roma. († 604)
São Teófanes, o Cronógrafo, em Sigriana, localidade da Bitínia,
na atual Turquia, no mosteiro de Campo Grande. († 817)
Santo Elfego, bispo em Wincester, na Inglaterra. (†
951)
Beata Fina ou Serafina, virgem, em San Geminiano, na Etrúria,
hoje na Toscana, região da Itália. († 1253)
Beata Justina
Francúcci Bézzoli,
virgem da Ordem de São Bento e reclusa, em Arezzo, também na Etrúria,
atualmente na Toscana, região da Itália. († 1319)
Beato Jerónimo
Gherardúcci, presbítero da Ordem dos Eremitas de
Santo Agostinho, em
Recanati, no Piceno, atualmente nas Marcas, também região da Itália. († c.
1369)
São José Zhang Dapeng, mártir na Guiyang, cidade da
província de Guangxi, na China.(† 1815)
Beata Ângela
Salawa, virgem da Ordem Terceira de São
Francisco, em Cracóvia, na Polónia. (†
1922)
Fontes:
Antônio.S. Bogaz – Rodinei C.
Thomazella. O Encantador da Juventude – Aspectos
Teológicos da Pedagogia de Dom Orione. Edição
Pequena Obra da Divina Providência, São Paulo, 2001, p. 17 a 19
orionitas.com.br – site
Orionitas
vaticannews.va
Giovanni Venturelli – Flavio
Peloso, San Luigi Orione – l’apostolo dela carità, Editrice Velar, Gorle, 2004
Martirológio Romano
Livro “Relação dos Santos e
Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade
Canção Nova
– Produção e edição: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova
– Conteúdo certificado, em 2022, por padre Marcio Calais, Orionita
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