sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

VEREADOR QUE INVADIU IGREJA DE CURITIBA PEDE AFASTAMENTO

 


 


 

Vereador Renato Freitas (PT) / Crédito: Rodrigo Fonseca / CMC

Curiritiba, 18 fev. 22 / 03:56 pm (ACI).- O vereador Renato Freitas (PT), que liderou uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba (PR), pediu afastamento do mandato alegando problemas de saúde. A solicitação foi feita na quarta-feira 16 e um atestado médico que não registra a causa do pedido foi apresentado. A assessoria do vereador diz que ele está sofrendo ameaças de morte.

Procurada pela ACI Digital para esclarecer que tipo de ameaça de morte está sendo feita, se essas ameaças foram relatadas à polícia, e qual é o problema de saúde do vereador, a assessoria não respondeu até a publicação desta matéria.

“O vereador tem sido alvo de ameaças constantes e cada vez mais violentas, como ameaças de morte e injúrias raciais. Por isso precisou de repouso para se recuperar de tamanha violência”, diz uma nota publicada pela assessoria.

No pedido protocolado junto à Câmara de Curitiba, Freitas pede que as faltas às sessões sejam justificadas por conta do atestado médico. Ele deve seguir afastado das funções até a próxima semana. Por se tratar de um período menor que 120 dias, o regimento interno da casa não prevê a convocação de um suplente.

Antes do pedido de afastamento, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Curitiba acatou quatro pedidos de cassação do mandato de Freitas por quebra de decoro. Comissão de Ética da casa está apurando o caso.

A invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário aconteceu no sábado, 5 de fevereiro, em protesto ao assassinato do congolês Moïse Kabagambe. A missa que acontecia no templo foi interrompida pelo ato. Quatro dias depois, Renato Freitas falou sobre o assunto durante sessão ordinária na câmara e pediu desculpas pela atitude.

“Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas e, para essas pessoas, eu sinceramente e profundamente peço perdão. Desculpa. Não foi, de fato, a intenção de magoar ou de algum modo ofender o credo de ninguém. Até porque eu mesmo, como todos sabem, sou cristão”, disse ele no dia 9 de fevereiro.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores disse não ter tido qualquer tipo envolvimento com a invasão.

Fonte: ACI Digital

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