“No
caminho da cultura da fraternidade, o Espírito nos chama a acolher mais uma vez
o sinal de consolação e esperança segura que tem o nome, o rosto e o coração de
Maria”. Palavras do Papa Francisco na sua mensagem aos participantes do 25°
Congresso Mariológico Mariano Internacional (on-line) com o tema Maria entre
teologia e cultura hoje. Modelos, comunicações e perpectiva
Jane Nogara - Vatican News
De
8 a 11 de setembro será realizado o 25° Congresso Mariológico Mariano
Internacional (on-line) com o tema Maria entre teologia e cultura hoje.
Modelos, comunicações e perpectiva. Para a ocasião o Papa enviou uma
mensagem recordando que “nossa alegria não deve esquecer o grito silencioso de
tantos irmãos e irmãs que vivem em condições de grande dificuldade” e que
“Maria, na beleza de seu seguimento evangélico e em seu serviço ao bem comum da
humanidade e do planeta, sempre nos ensina a escutar estas vozes, e ela mesma
se torna a voz dos sem voz para dar à luz um mundo novo, onde todos sejamos
irmãos, onde haja lugar para cada descartado das nossas sociedades”.
Francisco agradeceu à Pontifícia Academia Mariana Internationalis que
há mais de sessenta anos dedica-se ao estudo de Maria reunindo cultores de
mariologia no mundo inteiro: “A celebração dos Congressos Marianos
Internacionais, ofereceu debates, intuições, ideias e aprofundamentos em uma
época que transforma ‘rapidamente o modo de viver, de se relacionar, de
comunicar e elaborar o pensamento, de comunicar entre as gerações humanas e de
compreender e viver a fé. Estes Congressos”, continuou o Papa, “são um claro
testemunho de como a Mariologia seja uma presença necessária de diálogo entre
culturas, capaz de alimentar a fraternidade e a paz”.
Maria, Mãe de todos presença nas
fronteiras
Ao recordar que a teologia e a cultura de
inspiração cristã estiveram à altura da sua missão quando souberam, de forma
arriscada e fiel, viver na fronteira, Francisco explicou que a Mãe do Senhor
tem uma sua específica presença nas fronteiras: “É a Mãe de todos,
independentemente de etnia ou nacionalidade. Assim, a figura de Maria torna-se
um ponto de referência para uma cultura capaz de superar as barreiras que podem
criar divisões. Portanto, no caminho desta cultura da fraternidade, o Espírito
nos chama a acolher mais uma vez o sinal de consolação e esperança segura que
tem o nome, o rosto e o coração de Maria, mulher, discípula, mãe e amiga. É ao
longo deste caminho que o Espírito continua nos dizendo "que os tempos em
que vivemos são os tempos de Maria".
Bento XVI: o mistério de Maria é o mistério
da Palavra de Deus
O Papa recordou as palavras do Papa emérito Bento
XVI ao falar que o mistério contido na pessoa de Maria é o mistério da Palavra
de Deus encarnada: “Ela Se sente verdadeiramente em casa na Palavra de Deus,
dela sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus;
esta torna-se Palavra d’Ela, e a sua palavra nasce da Palavra de Deus. Além
disso, fica assim patente que os seus pensamentos estão em sintonia com os de
Deus, que o d’Ela é um querer juntamente com Deus. Vivendo intimamente permeada
pela Palavra de Deus, Ela pôde tornar-Se mãe da Palavra encarnada”.
Piedade popular
Por fim Francisco sublinhou: “Não esqueçamos que é
precisamente esta mesma Palavra que alimenta a piedade popular, que se inspira
naturalmente em Nossa Senhora, expressando e transmitindo "a vida teologal
presente na piedade dos povos cristãos, especialmente nos pobres; uma vida
teologal animada pela ação do Espirito Santo, fruto do Evangelho inculturado. O
Papa concluiu recordando uma citação de São Boaventura Bagnoregio ao afirmar
que “São Francisco de Assis circundava a Virgem Maria de imenso amor porque
tinha feito Deus nosso irmão”.
Fonte:
Vatican News
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