"Estou
falando seriamente: intensificar a oração e praticar o jejum, pedindo ao Senhor
misericórdia e perdão." De modo particular, o Papa se dirigiu aos cristãos
para que não fiquem indiferentes aos acontecimentos no Afeganistão
Vatican News
“Não podemos ficar indiferentes!”
O Papa Francisco foi contundente ao falar do
Afeganistão, neste domingo, ao final da oração do Angelus.
O Pontífice afirmou que acompanha com grande
preocupação a situação no país e é partícipe do sofrimento das pessoas que
perderam familiares e amigos nos ataques suicidas da quinta-feira passada, e
também das pessoas que buscam ajuda e proteção.
Francisco confiou à misericórdia de Deus os mortos
e agradeceu a quem trabalha para ajudar a “população tão provada”, em especial
as mulheres e as crianças.
O apelo do Papa é para que se continue a assistir
os necessitados e a rezar para que o diálogo e a solidariedade levem a
estabelecer uma convivência pacífica e fraterna, oferecendo esperança para o
futuro do país.
“Em
momentos históricos como este, não podemos permanecer indiferentes: a história
da Igreja nos ensina isto. Como cristãos, esta situação nos compromete. Por
isso, dirijo um apelo a todos para intensificar a oração e a praticar o jejum:
oração e jejum, oração e penitência. Este é o momento para fazê-lo. Estou
falando seriamente: intensificar a oração e praticar o jejum, pedindo ao Senhor
misericórdia e perdão."
O risco de
ataques
A ameaça de ataques no Afeganistão permanece elevada, enquanto
os Estados Unidos continuam a correr contra o tempo para retirar todo o seu
pessoal do país até 31 de agosto. A ameaça é crível, segundo Washington, o que
não exclui atos terroristas mesmo em solo estadunidense.
Os milicianos, que agrediram os civis que faziam fila nos caixas
eletrônicos para sacar dinheiro, dizem estar prontos para assumir o controlo
total do aeroporto em breve, logo que os militares e civis dos EUA partirem.
Entretanto, eles isolaram todo o aeroporto, impedindo o acesso aos afegãos que
ainda esperam ser evacuados do país, dos quais 100.000 ficaram retidos. Itália
e Reino Unido já enceraram a ponte área. Na próxima semana, os talibãs afirmam
que será anunciado o novo governo, enquanto já foram cortaram quase todas as
redes de Internet e telecomunicações na província nordeste de Panshir, uma das
duas áreas, juntamente com a de Baghlan, não controlada por eles, mas pelos
homens da resistência.
A situação da infância
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) adverte que
há 300.000 crianças necessitadas de ajuda. Muitos foram obrigados a abandonar
as suas casas após a chegada dos talibãs e um milhão de crianças com menos de
cinco anos sofrem de desnutrição grave. Além disso, mais de 4 milhões de
crianças, incluindo mais de 2 milhões de meninas, estão fora da escola.
Fonte:
Vatican News
Nenhum comentário:
Postar um comentário