domingo, 28 de fevereiro de 2021

LIBERTADAS AS 317 ESTUDANTES NIGERIANAS. NO ANGELUS, A ORAÇÃO DO PAPA



Francisco expressou proximidade às famílias das meninas sequestradas na última sexta-feira, na Nigéria, no Estado de Zamfara, e as confiou aos cuidados de Nossa Senhora.

Marco Guerra/Mariangela Jaguraba – Vatican News

Foram libertadas as 317 estudantes sequestradas em Jangebe, no Estado de Zamfara, na Nigéria. Após a oração mariana do Angelus, Francisco expressou a sua proximidade às famílias das meninas, confiando-as aos cuidados de Nossa Senhora.

O governo do Estado de Zamfara, Nigéria, confirmou a libertação das 317 estudantes sequestrada na escola secundária governamental de Jangebe. A notícia foi confirmada por um funcionário do governo numa televisão do país. Elas estariam agora no palácio do Emir de Anka, à espera de serem levadas para Gusau, capital do estado. Segundo algumas fontes, as estudantes foram mantidas reféns numa floresta entre Dangulbi e Sabon Birnin Banaga. Não é claro se foi pago algum resgate pela sua libertação.

 

Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco rezou pelas 317 meninas sequestradas, na última sexta-feira (26/02).

“Uno a minha voz à dos Bispos da Nigéria para condenar o sequestro covarde de 317 meninas, retiradas de sua escola, em Jangebe, no noroeste do país. Rezo por essas meninas, para que logo possam voltar para casa. Estou próximo de suas famílias e delas. Peçamos a Nossa Senhora para que as proteja”, disse o Papa, rezando em seguida uma Ave Maria.

Nenhuma notícia ou reivindicação    

Atualmente não há notícias das 317 meninas sequestradas. Elas foram feitas reféns por homens armados não identificados. Os militares e a polícia lançaram uma operação conjunta de busca e resgate, enviando “uma equipe de reforço fortemente armada” para Jangebe.

Grupos armados desenfreados

Um residente relatou que homens armados também atacaram um acampamento militar próximo e um posto de controle. Vários grandes grupos armados agem no estado de Zamfara, descritos pelo governo como bandidos, e são conhecidos por sequestros realizados em troca de dinheiro ou pela libertação de seus membros na prisão.

Condenação da Comunidade internacional

O presidente nigeriano Muhammadu Buhari falou sobre o caso, explicando que o principal objetivo do governo é trazer de volta todos os reféns sãos e salvos. “Não vamos sucumbir à chantagem de bandidos e criminosos que tomam de mira estudantes inocentes à espera de enormes pagamentos de resgate”, disse ele, “que bandidos, sequestradores e terroristas se iludam de serem mais fortes do que o governo”. A União Europeia, as Nações Unidas e o Unicef pediram a libertação imediata das meninas. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que “as escolas devem permanecer um espaço seguro de aprendizagem sem medo de violência”.

A chaga dos sequestros

Os sequestros de estudantes são uma chaga muito difundida e antiga na Nigéria. Causou indignação no mundo inteiro, o caso das 276 estudantes de Chibok, no Estado de Borno, sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram em 2014. Apenas algumas dezenas delas conseguiram voltar às suas famílias apesar da mobilização internacional. Entretanto, também na Nigéria, quarenta e duas pessoas, incluindo vinte e sete alunos, foram libertadas após terem sido sequestradas dez dias atrás numa escola no centro-oeste do país. O anúncio foi feito pelas autoridades locais. “Os estudantes, professores e seus entes queridos reencontraram a liberdade e foram recebidos pelo governo local”, escreveu num tuíte o governador da região, Abubakar Sani Bello. Muitos setores da sociedade civil nigeriana há muito pedem mais segurança e mais proteção do governo central em Abuja

 

Fonnte: Vatican News

CONVERSANDO COM O PAPA SOBRE SUA SAÚDE

 


A entrevista concedida por Francisco em 2019 para um ensaio de Nelson Castro foi antecipada, neste sábado, pelo La Nación. A operação no pulmão, as angústias no período da ditadura quando escondia os perseguidos contadas ao psiquiatra que o ajudava com os testes para noviços. E sobre a morte: não me assusta, imagino em Roma, em função ou como emérito.

VATICAN NEWS

Não tenho medo da morte e a imagino em Roma: é o que afirma o Papa Francisco numa entrevista ao jornal argentino La Nación. Trata-se de uma entrevista que aconteceu dois anos atrás, em 16 de fevereiro de 2019, com o jornalista e médico Nelson Castro para um livro seu sobre a saúde dos Papas.

Francisco diz que se sente bem e cheio de energia, graças a Deus. Recorda o “momento difícil”, em 1957, aos 21 anos, quando sofreu a retirada do lobo superior do pulmão direito por causa de três cistos. “Quando me recuperei da anestesia, a dor que senti foi muito intensa. Não é que eu não estivesse preocupado, mas sempre tive a convicção de que seria curado”, disse o pontífice.

Ele ressalta que a recuperação foi completa. “Nunca senti limitação em minhas atividades. Mesmo em várias viagens internacionais nunca tive que limitar ou cancelar” nenhuma das atividades programadas.  “Nunca senti cansaço ou falta de ar (dispneia). Conforme os médicos me explicaram, o pulmão direito se expandiu e cobriu todo o hemitórax ipsilateral”, frisou

O jornalista pergunta ao Papa se ele já foi psicanalisado: “Vou lhe contar como aconteceram as coisas. Eu nunca fui psicanalisado. Quando eu era provincial dos Jesuítas, durante os dias terríveis da ditadura, quando tive que levar as pessoas para a clandestinidade para tirá-las do país e salvar suas vidas, tive que lidar com situações que não sabia como enfrentar. Fui ver uma senhora - uma grande mulher - que me ajudou a ler alguns testes psicológicos para os noviços. Então, durante seis meses, eu a consultei uma vez por semana”.

Era psiquiatra. “Nesses seis meses, ela me ajudou a me orientar sobre como enfrentar os medos da época. Imagine como era transportar uma pessoa escondida no carro - apenas por um cobertor - e passar por três postos de controle militar na área do Campo de Mayo. A tensão que isso gerou em mim foi enorme.”

Ele lembra que a entrevista com o psiquiatra também o ajudou a aprender a controlar a ansiedade e a evitar decisões precipitadas. Ele fala sobre a importância do estudo da psicologia para um sacerdote: “Estou convencido de que todo sacerdote deve conhecer a psicologia humana”.

A seguir fala das neuroses: “Para as neuroses é preciso preparar um mate. Não só isso, é preciso acariciá-las. São companheiras da pessoa ao longo de sua vida”. Francisco, como já tinha dito uma vez, recorda ter lido um livro que o interessou muito e o fez rir muito: “Rejoice in Being Neurotic” (Alegre-se por ser neurótico) do psiquiatra americano Louis E. Bisch: “É muito importante ser capaz de saber onde os ossos rangem. Onde eles estão e quais são os nossos males espirituais. Com o tempo, aprende-se a conhecer as próprias neuroses”.

Francisco fala sobre a ansiedade de querer fazer tudo imediatamente. Ele cita o famoso provérbio atribuído a Napoleão Bonaparte: “Veste-me devagar, estou com pressa.” Fale sobre a necessidade de saber desacelerar. Um de seus métodos é ouvir Bach: “Isso me acalma e me ajuda a analisar melhor os problemas”.

No final da entrevista, o jornalista pergunta se ele pensa na morte: “Sim”, responde o Papa. Se tem medo: “Não, de jeito nenhum”. E como imagina a sua morte: “Como Papa, em exercício ou emérito. Em Roma. Não voltarei para a Argentina”.

Fonte: Vatican News

EVANGELHO DO DIA

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,2-10

Naquele tempo: 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João,
e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha.
E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: 'Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.' 6Pedro não sabia o que dizer,
pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: 'Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!' 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer 'ressuscitar dos mortos'. Palavra da Salvação.

  

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

28 DE FEVEREIRO DE 2021

 

DOMINGO – 2ª SEMANA DA

 

QUARESMA

 

Cor roxo

1ª. Leitura

 

Leitura do Livro do Gênesis 22,1-2.9a.10-13.15-18

Naqueles dias: 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: 'Abraão!' E ele respondeu: 'Aqui estou'. 2E Deus disse:
'Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar'. 9aChegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão,
empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: 'Abraão! Abraão!' Ele respondeu: 'Aqui estou!'. 12E o anjo lhe disse: 'Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus,
pois não me recusaste teu filho único'. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.
15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu,
16e lhe disse: 'Juro por mim mesmo - oráculo do Senhor -,
uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos.
18Por tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste'. Palavra do Senhor.

 

Reflexão - “Abraão posto à prova”

Foi confiando na providência de Deus que Abraão, obedientemente, tomou o seu filho único, Isaac e o levou para que fosse sacrificado, no monte Moriá.  Deus pôs Abraão à prova para que ele mesmo tivesse consciência da sua fidelidade e também da sua confiança na Sua providência e nos Seus planos para a sua vida. Diante da história de Abraão nós também podemos refletir que cada um de nós tem recebido de Deus muitas dádivas, porém, não somos donos de nada. Um filho é um pedaço de nós, é algo precioso que recebemos das mãos do Pai e, por isso, nunca podemos imaginar que a qualquer momento ele possa ser pedido de volta. Ampliando a nossa mente podemos também imaginar que tudo o que temos e possuímos de bom é devido a Deus, por conseguinte, “o filho” poderá ser para nós alguma coisa muito especial que Deus já nos presenteou e que nos pede de volta como oferta, a fim de medir a nossa confiança e a nossa fidelidade nos planos que Ele tem para a nossa vida. Assim sendo, podemos imaginar que o Senhor também olha para nós com amor e nos pede que tenhamos confiança Nele, ao ponto de colocar em Suas mãos os bens mais preciosos que possuímos. Abraão não relutou em atender ao pedido de Deus, pois sabia que Ele era justo e bom e, por isso, não iria lhe pedir nada que não fosse para a sua felicidade. Tudo quanto o Senhor nos pede é em conta de um bem maior. Assim também nós podemos pensar, na certeza de que a nossa obediência e aceitação aos pedidos do Senhor nos trarão bênção e recompensa como aconteceu com Abraão, que por não ter recusado o seu único filho foi aquinhoado com uma descendência numerosa como as estrelas do céu e a areia das praias. O próprio Pai ofereceu o Seu Filho Jesus para morrer pelos nossos pecados, portanto, pense nisto e responda: - O que você acha do gesto de Abraão? - Você seria capaz de colocar nas mãos de Deus “aquilo” que é mais precioso para você, mesmo que fosse o seu único filho?  - Se você tiver coragem, faça essa oferta ao Senhor, baseado (a) no exemplo de Abraão e dê prova a si mesmo (a) do tamanho da sua fé.

 

Salmo 115,10 15.16-17.18-19 (R. Sl 114,9)

 

R. Andarei na presença de Deus,
junto a ele na terra dos vivos.

10Guardei a minha fé, mesmo dizendo:*
'É demais o sofrimento em minha vida!'
15É sentida por demais pelo Senhor*
a morte de seus santos, seus amigos.R.

16Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
vosso servo que nasceu de vossa serva;*
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
17Por isso oferto um sacrifício de louvor,*
invocando o nome santo do Senhor.R.

18Vou cumprir minhas promessas ao Senhor*
na presença de seu povo reunido;
19nos átrios da casa do Senhor,*
em teu meio, ó cidade de Sião!R.

 

Reflexão - Mesmo sofrendo e passando pelas dificuldades próprias da nossa caminhada nós devemos ter consciência de que o Senhor também sofre conosco e nos prepara uma vida promissora. Por isso, nós precisamos continuar cumprindo as nossas promessas diante do Senhor e, diante dos homens, ofertar a Deus um sacrifício de louvor. O sacrifício de louvor consiste em dar testemunho do grande amor que Deus tem por nós irradiando este amor a todas as pessoas como prova de que fomos libertos da escravidão do pecado.

 

2ª. Leitura – Rom 8, 31b-34

 

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 8,31b-34

Irmãos: 31bSe Deus é por nós, quem será contra nós? 32Deus que não poupou seu próprio filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele? 33Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? 34Quem condenará?
Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que ressuscitou,
e está, à direita de Deus, intercedendo por nós? Palavra do Senhor.

 

Reflexão - “A ressurreição de Jesus é a prova da nossa vitória”

Veja como o Amor de Deus supera muito o nosso amor humano! Deus poupou o filho de Abraão, mas não poupou o Seu próprio Filho que se entregou por Amor a nós. A maior prova de que Deus nos ama é que Ele nos deu o Seu Filho único para nos libertar do pecado e da morte eterna.   O Seu amor por cada um de nós extrapola todas as nossas dificuldades e tem poder para nos fazer ressuscitar nos momentos em que pensamos que tudo está acabado.  E como Ele não nos dará tudo o de que precisamos?   A certeza de que Deus nos ama faz toda a diferença na conquista dos nossos bens aqui na terra. Quando nos conscientizamos desta verdade podemos afirmar que somos privilegiados e como São Paulo podemos também dizer: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Ninguém poderá nos fazer mal nem nos acusar, pois, temos a garantia da Palavra de Deus que nos motiva a prosseguir e  enfrentar os desafios que surgem. A ressurreição de Jesus é, pois, a prova da nossa vitória. Quem nos convence disto é o Espírito Santo que mora dentro do nosso coração.  - Você se considera um (a) escolhido (a) de Deus? Quem poderá acusá-lo, (a)?  Quem poderá condenar você?  Você confia que Deus é o Senhor de todas as dificuldades da sua vida? - Proclame isto com muita firmeza e convicção. Far-lhe-á bem!

 

Evangelho – Mc 9, 2-10

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 9,2-10

Naquele tempo: 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João,
e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha.
E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: 'Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.' 6Pedro não sabia o que dizer,
pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: 'Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!' 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer 'ressuscitar dos mortos'. Palavra da Salvação.

 

Reflexão - “Descemos do Tabor para enfrentar a vida”

A transfiguração de Jesus diante dos três apóstolos nos leva a refletir sobre o propósito de Deus quando nos chama a ficar sós com Ele.  Quando temos uma experiência com Jesus, na oração, nós também nos extasiamos diante da Sua beleza e a Sua glória preenche todo o nosso ser. Nesses momentos de silêncio e reflexão nós também podemos sentir a presença viva de Deus e a nossa alma é capaz de se transfigurar e de se tornar resplandecente. Quem já fez esta experiência sabe que é muito bom estar com Jesus, é muito bom subir a montanha com Ele e sentir a Sua glória se manifestar. Porém, na oração o objetivo de Deus é também nos formar e nos exercitar para que possamos, descendo do Tabor, enfrentar a vida na planície e pôr em ação tudo o que Ele nos mandar fazer.  Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”. A Voz do Pai se fez ouvir e a presença de Elias e Moisés representando a Lei e os Profetas é para nós uma manifestação de que a Palavra de Deus é quem deve direcionar a nossa caminhada aqui na terra. O Pai nos recomenda “ouvir” o Seu Filho amado, porque Ele sabe que só Jesus tem para nós as palavras que trazem vida eterna.  Às vezes nós, como Pedro, queríamos nunca ter que descer e desejaríamos armar uma tenda e ficar na glória, vendo Jesus transfigurado, contemplando a Sua Beleza. Precisamos, porém, descer para enfrentar as dificuldades que nos esperam cá embaixo, onde há insegurança e incerteza. Antes de ressuscitar Jesus passou pela paixão, morte e sepultamento. Nós, também, para ressuscitarmos precisamos descer do Tabor a fim de enfrentar a realidade da nossa vida. Jesus se transfigurou para antecipar aos Seus discípulos a mensagem da Sua Ressurreição, porém, eles não O compreenderam. Nós, no entanto, pela Palavra já temos consciência de que o Cristo Ressuscitado é a garantia que temos para com Ele subir ao monte e depois descer na certeza de que sairemos vitoriosos.

 - Qual é a mensagem que você tira desta passagem para a sua vida agora? 

– Você tem aproveitado os seus momentos de Tabor para escutar a voz do Senhor? 

- Atualmente, você está no Tabor ou embaixo, na planície?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

 

 

 

SANTO DO DIA - SANTOS ROMÃO E LUPICINO

 São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.

Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.

Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.

Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.

O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.

Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

sábado, 27 de fevereiro de 2021

"RUMO A UM "NÓS" É O TEMA DO PRÓXIMO DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO



A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o tema escolhido pelo Papa Francisco para sua mensagem para o 107º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. O comunicado ressalta que o tema foi inspirado na Encíclica sobre a fraternidade universal “Fratelli tutti”.

Vatican News

Foi divulgado neste sábado (27/02), pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o tema da mensagem do Papa Francisco para o 107ª Dia Mundial do Migrante e do Refugiado que será celebrado em 26 de setembro de 2021.

O Santo Padre escolheu como tema da mensagem “Rumo a um ‘nós’ cada vez maior”, inspirado no seu apelo a fim de que não existam «os outros», mas apenas um «nós». Este nós universal deve se tornar realidade sobretudo dentro da Igreja que é chamada a formar comunhão na diversidade.

A mensagem é dividida em 6 subtemas e reserva uma atenção particular ao cuidado da família comum, que junto com o cuidado da Casa comum, tem como objetivo aquele “nós” que pode e deve se tornar cada vez mais amplo e acolhedor.

Para favorecer uma preparação adequada à celebração deste dia, também este ano a Seção Migrante e Refugiado do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral organizou uma campanha de comunicação através da qual serão elaborados os seis subtemas propostos pela mensagem.

Mensalmente serão propostos subsídios multimídia, material informativo e reflexões de teólogos e especialistas que ajudarão a aprofundar temas e subtemas escolhidos pelo Santo Padre.

Fonte: Vatican News

PÁROCO DE SÃO JOÃO EUDES SE REUNIU COM COORDENADORES DE COMUNIDADES PARA DISCUTIR PROGRAMAÇAO DE MISSAS DURANTE O DECRETO DO GOVERNO DO ESTADO CONTRA O COVID-19

 O padre Santino Sacramento, pároco de São João Eudes, se reuniu, na manhã de hoje, com os coordenadores das comunidades Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora da Libertação, Divina Misericórdia, Santa Luzia e Menino Deus (Igreja Matriz), com os quais discutiu a programação de missas, durante o período do Decreto do Governo do Estado, no qual diz que as atividades religiosas na semana acontecerão até às 19 horas. Já nos finais de semana, começando hoje, sábado, dia 27 de fevereiro, e domingo, amanhã, dia 28 de fevereiro, até às 17 horas.

                Nessa reunião ficaram acertados os seguintes horários:



CANTALAMESSA: CONVERSÃO SIGNIFICA DAR UM SALTO ADIANTE E ENTRAR NO REINO



“Convertei-vos e crede no Evangelho” foi o tema da primeira pregação da Quaresma do frei Raniero Cantalamessa. “Há uma conversão para cada estação da vida. O importante é que cada um de nós descubra a que serve para si neste momento”, disse o frei capuchinho.

Vatican News

“Convertei-vos e crede no Evangelho!” Este apelo sempre presente de Cristo foi o tema da primeira pregação da Quaresma do pregador da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, na Sala Paulo VI, no Vaticano, aos membros da Cúria Romana.

De conversão, fala-se em três momentos ou contextos diversos do Novo Testamento. Cada vez, vem à luz uma sua componente nova. Juntas, as três passagens nos dão uma ideia completa sobre o que é a metanóia evangélica. Há uma conversão para cada estação da vida. O importante é que cada um de nós descubra a que serve para si neste momento”, disse o frei capuchinho.

Agarrar a salvação que veio aos homens gratuitamente

“A primeira conversão é aquela que ressoa no início da pregação de Jesus e que está resumida nas palavras: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Antes de Jesus, converter-se significava sempre um “voltar atrás”. Indicava o ato de quem, a um certo ponto da vida, percebe estar “fora do rumo”. Então se detém, reconsidera; decide voltar à observância da lei e de retornar à aliança com Deus. A conversão, neste caso, tem um significado fundamentalmente moral e sugere a ideia de algo penoso a se cumprir: mudar costumes, deixar de fazer isso ou aquilo.”

Segundo o cardeal, “nos lábios de Jesus, este significado muda. Não porque ele se divirta em mudar os significados das palavras, mas porque, com sua vinda, mudaram as coisas. “Cumpriu-se o tempo, e está próximo o Reino de Deus!”. Converter-se não significa mais voltar atrás, à antiga aliança e à observância da lei, mas significa dar um salto adiante e entrar no Reino, agarrar a salvação que veio aos homens gratuitamente, por livre e soberana iniciativa de Deus”.

Converter-se significa voltar atrás

segunda passagem em que, no Evangelho, volta a se falar de conversão é:

“Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Quem é o maior no Reino dos Céus?’ Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Em verdade vos digo, se não vos converterdes e nãos vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus’” (Mt 18,1-3).

 

“Desta vez converter-se significa voltar atrás, até mesmo a quando se era criança! O próprio verbo usado, strefo, indica inversão de marcha. Esta é a conversão de quem já entrou no Reino, acreditou no evangelho, já está há tempos no serviço de Cristo. É a nossa conversão! O que supõe a discussão sobre quem é o maior? Que a preocupação maior não é mais o reino, mas o próprio lugar nele, o próprio eu. Cada um deles tinha algum título para aspirar a ser o maior: Pedro tinha recebido a promessa do primado; Judas, a caixa; Mateus podia dizer que tinha deixado mais do que os outros; André, que tinha sido o primeiro a segui-lo; Tiago e João, que estiveram com ele no Tabor... Os frutos desta situação são evidentes: rivalidades, suspeitas, confrontos, frustração. Jesus, de imediato, tira o véu. Nem como primeiros, deste modo nem se entra no reino! O remédio? Converter-se, mudar completamente perspectiva e direção. A que Jesus propõe é uma verdadeira revolução copernicana. É preciso “descentralizar-se de si mesmo e recentralizar-se em Cristo”.

Segundo o frei capuchinho, “Jesus fala mais simplesmente de um tornar-se criança. Tornar-se criança, para os apóstolos, significava voltar a como eram no momento do chamado às margens do lago ou no posto de arrecadação: sem pretensões, sem títulos, sem confrontos entre si, sem invejas, sem rivalidades. Ricos apenas de uma promessa (“Farei de vós pescadores de homens”) e de uma presença, a de Jesus; a quando eram ainda companheiros de aventura, não concorrentes pelo primeiro lugar. Também para nós, tornar-se criança significa voltar ao momento em que descobrimos sermos chamados, ao momento da ordenação sacerdotal, da profissão religiosa, ou do primeiro verdadeiro encontro pessoal com Jesus. Quando dizíamos: “Só Deus basta!”, e acreditávamos”.

Conversão da mediocridade e da tibieza

“O terceiro contexto em que recorre, martelante, o convite à conversão, é dado pelas sete cartas às Igrejas do Apocalipse. As sete cartas são dirigidas a pessoas e comunidades que, como nós, vivem há tempos a vida cristã e, ainda mais, exercem nelas uma papel-guia. São endereçadas ao anjo das diversas Igrejas: “Ao anjo da igreja que está em Éfeso”. Não se explica este título senão em referência, direta ou indireta, ao pastor da comunidade. Não se pode pensar que o Espírito Santo atribua a anjos a responsabilidade das culpas e desvios que são denunciados nas diversas igrejas, muito menos que o convite à conversão seja dirigido a anjos ao invés de homens. Das sete cartas do Apocalipse, a que deve nos fazer refletir mais do que as outras é a carta à Igreja de Laodiceia. Conhecemos seu tom severo: “Conheço as tuas obras. Não és frio, nem quente... porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca... Sê zeloso, pois, e arrepende-te” (Ap 3,15ss). Aqui, trata-se da conversão da mediocridade e da tibieza”, frisou Cantalamessa.

O Espírito torna universal a redenção de Cristo

“O dom de Cristo não é limitado a uma época particular, mas oferecido a toda época. É justamente papel do Espírito tornar universal a redenção de Cristo, disponível a cada pessoa, em cada ponto do tempo e do espaço. O segredo é dizer uma vez “Vinde, Santo Espírito”, mas dizê-lo com todo o coração, deixando o Espírito livre para vir da maneira que ele quiser, não como gostaríamos que ele viesse, possivelmente sem mudar nada em nossa maneira de viver e orar. Peçamos à Mãe de Deus que nos obtenha a graça que obteve do Filho em Caná da Galileia. Por sua oração, naquela ocasião, a água se converteu em vinho. Peçamos que, por sua intercessão, a água da nossa tibieza se converta no vinho de um renovado fervor. O vinho que em Pentecostes provocou nos apóstolos a embriaguez do Espírito e os tornou “fervorosos no Espírito”, concluiu o pregador da Casa Pontifícia.

 

Fonte: Vatican News