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DE FEVEREIRO DE 2021
DOMINGO
– 2ª SEMANA DA
QUARESMA
Cor
roxo
1ª.
Leitura
Leitura do Livro do Gênesis
22,1-2.9a.10-13.15-18
Naqueles dias: 1Deus
pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: 'Abraão!' E ele respondeu: 'Aqui estou'.
2E Deus disse:
'Toma teu filho único, Isaac, a quem
tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um
monte que eu te indicar'. 9aChegados
ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima,
amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão,
empunhando a faca para sacrificar o
filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu,
dizendo: 'Abraão! Abraão!' Ele respondeu: 'Aqui estou!'. 12E o anjo lhe disse: 'Não estendas a mão contra teu filho e não lhe
faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus,
pois não me recusaste teu filho único'. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro
pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.
15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu,
16e lhe disse: 'Juro por mim mesmo - oráculo do Senhor -,
uma vez que agiste deste modo e não me
recusaste teu filho único, 17eu
te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu
e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos
inimigos.
18Por tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra,
porque me obedeceste'. Palavra do
Senhor.
Reflexão -
“Abraão posto à prova”
Foi confiando na providência de Deus que
Abraão, obedientemente, tomou o seu filho único, Isaac e o levou para que fosse
sacrificado, no monte Moriá. Deus pôs
Abraão à prova para que ele mesmo tivesse consciência da sua fidelidade e
também da sua confiança na Sua providência e nos Seus planos para a sua vida.
Diante da história de Abraão nós também podemos refletir que cada um de nós tem
recebido de Deus muitas dádivas, porém, não somos donos de nada. Um filho é um
pedaço de nós, é algo precioso que recebemos das mãos do Pai e, por isso, nunca
podemos imaginar que a qualquer momento ele possa ser pedido de volta.
Ampliando a nossa mente podemos também imaginar que tudo o que temos e
possuímos de bom é devido a Deus, por conseguinte, “o filho” poderá ser para
nós alguma coisa muito especial que Deus já nos presenteou e que nos pede de
volta como oferta, a fim de medir a nossa confiança e a nossa fidelidade nos
planos que Ele tem para a nossa vida. Assim sendo, podemos imaginar que o
Senhor também olha para nós com amor e nos pede que tenhamos confiança Nele, ao
ponto de colocar em Suas mãos os bens mais preciosos que possuímos. Abraão não
relutou em atender ao pedido de Deus, pois sabia que Ele era justo e bom e, por
isso, não iria lhe pedir nada que não fosse para a sua felicidade. Tudo quanto
o Senhor nos pede é em conta de um bem maior. Assim também nós podemos pensar,
na certeza de que a nossa obediência e aceitação aos pedidos do Senhor nos
trarão bênção e recompensa como aconteceu com Abraão, que por não ter recusado
o seu único filho foi aquinhoado com uma descendência numerosa como as estrelas
do céu e a areia das praias. O próprio Pai ofereceu o Seu Filho Jesus para
morrer pelos nossos pecados, portanto, pense nisto e responda: - O que você acha do gesto de Abraão? - Você
seria capaz de colocar nas mãos de Deus “aquilo” que é mais precioso para você,
mesmo que fosse o seu único filho? - Se você tiver coragem, faça essa oferta
ao Senhor, baseado (a) no exemplo de Abraão e dê prova a si mesmo (a) do
tamanho da sua fé.
Salmo 115,10 15.16-17.18-19 (R. Sl 114,9)
R. Andarei na presença de
Deus,
junto a ele na terra dos vivos.
10Guardei
a minha fé, mesmo dizendo:*
'É demais o sofrimento em minha vida!'
15É sentida por demais pelo Senhor*
a morte de seus santos, seus amigos.R.
16Eis
que sou o vosso servo, ó Senhor,
vosso servo que nasceu de vossa serva;*
mas me quebrastes os grilhões da
escravidão!
17Por isso oferto um sacrifício de louvor,*
invocando o nome santo do Senhor.R.
18Vou
cumprir minhas promessas ao Senhor*
na presença de seu povo reunido;
19nos átrios da casa do Senhor,*
em teu meio, ó cidade de Sião!R.
Reflexão - Mesmo sofrendo e passando pelas dificuldades
próprias da nossa caminhada nós devemos ter consciência de que o Senhor também
sofre conosco e nos prepara uma vida promissora. Por isso, nós precisamos
continuar cumprindo as nossas promessas diante do Senhor e, diante dos homens,
ofertar a Deus um sacrifício de louvor. O sacrifício de louvor consiste em dar
testemunho do grande amor que Deus tem por nós irradiando este amor a todas as
pessoas como prova de que fomos libertos da escravidão do pecado.
2ª. Leitura – Rom 8, 31b-34
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
8,31b-34
Irmãos: 31bSe Deus é por nós, quem será contra nós? 32Deus que não poupou seu próprio filho, mas o entregou por todos
nós, como não nos daria tudo junto com ele? 33Quem
acusará os escolhidos de Deus? Deus, que os declara justos? 34Quem condenará?
Jesus Cristo, que morreu, mais ainda, que
ressuscitou,
e está, à direita de Deus, intercedendo
por nós? Palavra do Senhor.
Reflexão - “A
ressurreição de Jesus é a prova da nossa vitória”
Veja como o Amor de Deus supera muito o nosso amor
humano! Deus poupou o filho de Abraão, mas não poupou o Seu próprio Filho que
se entregou por Amor a nós. A maior prova de que Deus nos ama é que Ele nos deu
o Seu Filho único para nos libertar do pecado e da morte eterna. O Seu amor por cada um de nós extrapola
todas as nossas dificuldades e tem poder para nos fazer ressuscitar nos
momentos em que pensamos que tudo está acabado.
E como Ele não nos dará tudo o de que precisamos? A certeza de que Deus nos ama faz toda a
diferença na conquista dos nossos bens aqui na terra. Quando nos
conscientizamos desta verdade podemos afirmar que somos privilegiados e como
São Paulo podemos também dizer: “Se Deus
é por nós, quem será contra nós?” Ninguém poderá nos fazer mal nem nos
acusar, pois, temos a garantia da Palavra de Deus que nos motiva a prosseguir
e enfrentar os desafios que surgem. A
ressurreição de Jesus é, pois, a prova da nossa vitória. Quem nos convence
disto é o Espírito Santo que mora dentro do nosso coração. - Você
se considera um (a) escolhido (a) de Deus? Quem poderá acusá-lo, (a)? Quem poderá condenar você? Você confia que Deus é o Senhor de todas as
dificuldades da sua vida? - Proclame
isto com muita firmeza e convicção. Far-lhe-á bem!
Evangelho – Mc 9, 2-10
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos 9,2-10
Naquele tempo: 2Jesus
tomou consigo Pedro, Tiago e João,
e os levou sozinhos a um lugar à parte
sobre uma alta montanha.
E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira
sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe
Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: 'Mestre, é bom
ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra
para Elias.' 6Pedro não sabia o que dizer,
pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem
saiu uma voz: 'Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!' 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser
somente Jesus com eles. 9Ao
descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham
visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria
dizer 'ressuscitar dos mortos'. Palavra
da Salvação.
Reflexão -
“Descemos do Tabor para enfrentar a vida”
A transfiguração de Jesus diante dos três apóstolos nos leva a refletir sobre o propósito de Deus quando nos chama a ficar sós com Ele. Quando temos uma experiência com Jesus, na oração, nós também nos extasiamos diante da Sua beleza e a Sua glória preenche todo o nosso ser. Nesses momentos de silêncio e reflexão nós também podemos sentir a presença viva de Deus e a nossa alma é capaz de se transfigurar e de se tornar resplandecente. Quem já fez esta experiência sabe que é muito bom estar com Jesus, é muito bom subir a montanha com Ele e sentir a Sua glória se manifestar. Porém, na oração o objetivo de Deus é também nos formar e nos exercitar para que possamos, descendo do Tabor, enfrentar a vida na planície e pôr em ação tudo o que Ele nos mandar fazer. “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”. A Voz do Pai se fez ouvir e a presença de Elias e Moisés representando a Lei e os Profetas é para nós uma manifestação de que a Palavra de Deus é quem deve direcionar a nossa caminhada aqui na terra. O Pai nos recomenda “ouvir” o Seu Filho amado, porque Ele sabe que só Jesus tem para nós as palavras que trazem vida eterna. Às vezes nós, como Pedro, queríamos nunca ter que descer e desejaríamos armar uma tenda e ficar na glória, vendo Jesus transfigurado, contemplando a Sua Beleza. Precisamos, porém, descer para enfrentar as dificuldades que nos esperam cá embaixo, onde há insegurança e incerteza. Antes de ressuscitar Jesus passou pela paixão, morte e sepultamento. Nós, também, para ressuscitarmos precisamos descer do Tabor a fim de enfrentar a realidade da nossa vida. Jesus se transfigurou para antecipar aos Seus discípulos a mensagem da Sua Ressurreição, porém, eles não O compreenderam. Nós, no entanto, pela Palavra já temos consciência de que o Cristo Ressuscitado é a garantia que temos para com Ele subir ao monte e depois descer na certeza de que sairemos vitoriosos.
- Qual é a mensagem que você tira desta passagem para a sua vida agora?
– Você tem aproveitado os seus momentos de Tabor para escutar a voz do Senhor?
- Atualmente, você está no Tabor ou
embaixo, na planície?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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