Francisco expressou
proximidade às famílias das meninas sequestradas na última sexta-feira, na
Nigéria, no Estado de Zamfara, e as confiou aos cuidados de Nossa Senhora.
Marco
Guerra/Mariangela Jaguraba – Vatican News
Foram libertadas as
317 estudantes sequestradas em Jangebe, no Estado de Zamfara, na Nigéria. Após
a oração mariana do Angelus, Francisco expressou a sua proximidade às famílias
das meninas, confiando-as aos cuidados de Nossa Senhora.
O governo do Estado de
Zamfara, Nigéria, confirmou a libertação das 317 estudantes sequestrada na
escola secundária governamental de Jangebe. A notícia foi confirmada por um
funcionário do governo numa televisão do país. Elas estariam agora no palácio
do Emir de Anka, à espera de serem levadas para Gusau, capital do estado.
Segundo algumas fontes, as estudantes foram mantidas reféns numa floresta entre
Dangulbi e Sabon Birnin Banaga. Não é claro se foi pago algum resgate pela sua
libertação.
Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco rezou pelas
317 meninas sequestradas, na última sexta-feira (26/02).
“Uno a minha voz à
dos Bispos da Nigéria para condenar o sequestro covarde de 317 meninas,
retiradas de sua escola, em Jangebe, no noroeste do país. Rezo por essas
meninas, para que logo possam voltar para casa. Estou próximo de suas famílias
e delas. Peçamos a Nossa Senhora para que as proteja”, disse o Papa,
rezando em seguida uma Ave Maria.
Nenhuma
notícia ou reivindicação
Atualmente
não há notícias das 317 meninas sequestradas. Elas foram feitas reféns por
homens armados não identificados. Os militares e a polícia lançaram uma
operação conjunta de busca e resgate, enviando “uma equipe de reforço
fortemente armada” para Jangebe.
Grupos
armados desenfreados
Um
residente relatou que homens armados também atacaram um acampamento militar
próximo e um posto de controle. Vários grandes grupos armados agem no estado de
Zamfara, descritos pelo governo como bandidos, e são conhecidos por sequestros
realizados em troca de dinheiro ou pela libertação de seus membros na prisão.
Condenação
da Comunidade internacional
O
presidente nigeriano Muhammadu Buhari falou sobre o caso, explicando que o
principal objetivo do governo é trazer de volta todos os reféns sãos e salvos.
“Não vamos sucumbir à chantagem de bandidos e criminosos que tomam de mira
estudantes inocentes à espera de enormes pagamentos de resgate”, disse ele,
“que bandidos, sequestradores e terroristas se iludam de serem mais fortes do
que o governo”. A União Europeia, as Nações Unidas e o Unicef pediram a
libertação imediata das meninas. O secretário-geral da ONU, António Guterres,
enfatizou que “as escolas devem permanecer um espaço seguro de aprendizagem sem
medo de violência”.
A chaga
dos sequestros
Os
sequestros de estudantes são uma chaga muito difundida e antiga na Nigéria.
Causou indignação no mundo inteiro, o caso das 276 estudantes de Chibok, no
Estado de Borno, sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram em 2014. Apenas
algumas dezenas delas conseguiram voltar às suas famílias apesar da mobilização
internacional. Entretanto, também na Nigéria, quarenta e duas pessoas,
incluindo vinte e sete alunos, foram libertadas após terem sido sequestradas
dez dias atrás numa escola no centro-oeste do país. O anúncio foi feito pelas
autoridades locais. “Os estudantes, professores e seus entes queridos reencontraram
a liberdade e foram recebidos pelo governo local”, escreveu num tuíte o
governador da região, Abubakar Sani Bello. Muitos setores da sociedade civil
nigeriana há muito pedem mais segurança e mais proteção do governo central em
Abuja
Fonnte: Vatican News
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