"Cristo é a estrela,
mas também nós podemos e devemos ser a estrela, para os nossos irmãos e irmãs,
como testemunhas dos tesouros de bondade e infinita misericórdia que o Redentor
oferece gratuitamente a todos."
Jackson
Erpen – Vatican News
“Cristo
é a estrela, mas também nós podemos e devemos ser a estrela, para os nossos
irmãos e irmãs, como testemunhas dos tesouros de bondade e infinita
misericórdia que o Redentor oferece gratuitamente a todos.”
No
Angelus na Solenidade da Epifania, rezado na Biblioteca do Palácio Apostólico,
o Papa invocou a proteção de Maria sobre a Igreja universal, “para que possa
difundir no mundo inteiro o Evangelho de Cristo, luz de todos os povos.”
“A
salvação operada por Cristo – começou explicando Francisco - não conhece
fronteiras, é para todos. A Epifania não é outro mistério, é sempre o mesmo
mistério da Natividade, mas visto na sua dimensão de luz: luz que ilumina cada
pessoa, luz para ser acolhida na
fé e luz para ser levada aos outros na caridade, no testemunho, no anúncio do
Evangelho.”
Luz
de Deus é mais poderosa que as trevas deste mundo
Falando
da atualidade da visão do Profeta Isaías narrada na primeira leitura, o Santo
Padre recorda que a luz dada por Deus a Jerusalém é destinada a iluminar o
caminho de todos os povos. “Esta luz tem o poder de atrair todos, próximos e
distantes, e todos se põem a caminho para a alcançar”:
É
uma visão que abre o coração, que alarga o respiro, que convida à esperança.
Certamente, as trevas estão presente e ameaçadoras na vida de cada pessoa e na
história da humanidade, mas a luz de Deus é mais poderosa. Trata-se de a
acolher acolher a fim de que possa resplandecer para todos. Onde está esta luz?
O profeta vislumbrou-a de longe, mas já era suficiente para encher o coração de
Jerusalém de uma alegria incontrolável.
Já a
narrativa de Mateus, no Evangelho do dia, mostra que a luz “é o Menino de Belém,
é Jesus, mesmo que sua realeza não seja aceita por todos. Alguns a rejeitam,
como Herodes”. Por meio dele, “Deus realiza o seu reino de amor, seu reino de
justiça e paz. Ele nasceu não só para alguns mas para todos os homens, para
todos os povos,” sua luz "é para todos os povos, a salvação é para todos
os povos.
A
encarnação, "método" de Deus a ser seguido
O
Papa então pergunta “como se difunde a luz de Cristo em todos os lugares e
tempos”, explicando que "ela tem o seu método":
Não
o faz por meio dos poderosos meios dos impérios deste mundo, que procuram
sempre apoderar-se do domínio sobre ele. Não, a luz de Cristo se difunde pelo
anúncio do Evangelho. O anúncio, a palavra, o testemunho. E com o mesmo
“método” escolhido por Deus para vir no meio de nós: a encarnação, isto é,
aproximar-se do outro, conhecendo-o, assumir a sua realidade e levar o
testemunho de nossa fé, cada um. Somente assim a luz de Cristo, que é Amor,
pode brilhar naqueles que a acolherem e atrair os outros. A luz de Cristo não
se expande somente com as palavras, com falsos métodos empreendedores. Não,
não. A fé, a palavra, o testemunho.
“Cristo
é a estrela, mas também nós podemos e devemos ser a estrela, para os nossos
irmãos e irmãs, como testemunhas dos tesouros de bondade e infinita
misericórdia que o Redentor oferece gratuitamente a todos. A luz de Cristo não
se expande por proselitismo, mas pelo testemunho, pela confissão da fé. Também
pelo martírio.”
Deixar-se
fascinar e converter por Cristo
E a
condição para isso, observou – “é acolher em nós esta luz, acolhê-la cada vez
mais”. E advertiu:
Ai
de nós se pensarmos que a possuímos, ai de nós se pemsamos que devemos somente
“geri-la”! Também nós, como os Magos, somos chamados a deixar-nos sempre
fascinar, atrair, guiar, iluminar e converter por Cristo: é o caminho da fé,
através da oração e da contemplação das obras de Deus, que nos enche
continuamente de alegria e de admiração sempre nova. O fascínio é sempre o
primeiro passo para seguir em frente.
Fonte:
Vatican News
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