Em 2021, as Nações Unidas
celebrarão o primeiro Dia Internacional da Fraternidade Humana. Será realizado
todos os anos no dia 4 de fevereiro, no mesmo dia em que, em 2019, o Papa
Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyib assinaram em Abu Dhabi o
documento histórico para a paz mundial e a convivência comum. A decisão –
informa o site do Conselho Mundial das Igrejas (CMI) – foi aprovada por
unanimidade pela Assembleia Geral da ONU em 21 de dezembro de 2020.
Alto
Comitê da Fraternidade Humana
A iniciativa
foi promovida pelo Alto Comitê da Fraternidade Humana, que foi formado em
agosto de 2019 tendo como meta alcançar os objetivos do Documento de Abu Dhabi
e de desenvolver uma estrutura operacional para as indicações do documento. Os
membros do Comitê, entre os quais o Reverendo Ioan Sauca, Secretário Geral
Interino do CMI, apresentaram a proposta em dezembro de 2019 durante um
encontro com o Secretário Geral da ONU, António Guterrez.
Aprovação
da ONU
O pedido foi
então apresentado à Assembleia Geral em nome de 34 países e a resolução final
teve o apoio dos Estados Unidos e dos 27 estados membros da União Europeia. Em
uma declaração, a ONU explicou que o dia pretende ser uma resposta concreta da
Assembleia “ao crescente ódio religioso que surgiu nestes meses tão afetados
pela pandemia da Covid-19”. Além do Reverendo Sauca, que é ortodoxo, o Alto
Comitê para a Fraternidade Humana é formado por cinco muçulmanos, dois
católicos, um rabino judeu e um ex-Secretário Geral da UNESCO.
Tarefas
do Comitê
As tarefas do
Comitê incluem supervisionar a implementação do Documento de Abu Dhabi em nível
regional e internacional e organizar encontros internacionais com
personalidades religiosas, vários líderes, chefes de organizações
internacionais e outras partes interessadas. Além disso desempenha um papel
central na supervisão da Abrahamic
Family House em Abu Dhabi, uma de suas primeiras iniciativas, que
encarna a relação entre as três fés Abraâmicas e fornece uma plataforma para o
diálogo, compreensão e coexistência entre suas religiões. Deve-se lembrar que
em 14 de maio, o Comitê havia promovido um Dia especial de Oração, Jejum e
Súplica pela humanidade contra o Coronavírus, que teve também a
participação do Papa Francisco.
Com informações de Vatican News
Service – LZ
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