Um santo para muitos,
iniciador de obras eclesiais, que em toda a sua vida desejava ser apenas um
pároco. Padre Justino nasceu em Pianura, perto de Nápoles, terceiro de dez
filhos, de origem modesta, e sempre foi alérgico a honras dos que no final de
sua vida o chamavam de “o Santo de Pianura”. O sacerdote nasceu em 1891 e
morreu em 1955 na mesma localidade, foi o fundador da Sociedade Divinas
Vocações (os Vocacionistas) e mais tarde o ramo feminino com as Irmãs das
Divinas Vocações e o Instituto Senhor “Apóstolas da Santificação Universal”. O
procedimento para a sua canonização abre a lista de decretos promulgados pela
Congregação para as Causas dos Santos, após a audiência do Papa com o futuro
cardeal Marcello Semeraro (em 27/10), prefeito do dicastério. Na ocasião o Papa
autorizou a publicar o decreto que reconhece o milagre.
O bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM), dom José Ionilton
Lisboa de Oliveira, em entrevista ao portal da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), falou sobre a importância deste reconhecimento. Ele também é
membro da Sociedade Divinas Vocações (Vocacionistas).
O milagre
O milagre que leva o Beato Justino Russolillo
à sua canonização foi atribuído à sua intercessão na cura de um jovem
vocacionista em 21 de abril de 2016 em Pozzuoli (arredores de Nápoles). O jovem
religioso de origem malgaxe foi encontrado no chão de seu quarto em meio a uma
poça de sangue. Logo foi hospitalizado em graves condições por problemas
respiratórios. Era o dia 16 de outubro de 2016. No dia da hospitalização, o
superior provincial da Congregação convidou todos os confrades a rezar ao
“padre Justino” pedindo a cura e um deles, no dia 18 de abril, levou uma imagem
do beato com uma relíquia e a colocou sobre o corpo do religioso doente.
Naquele dia a situação clínica ainda era muito grave, mas a partir do dia 21 as
condições melhoraram repentinamente e o jovem vocacionista saiu do coma até ter
alta no dia 3 de maio.
Vocacionistas no Brasil
Atualmente, os Vocacionistas encontram-se
presentes em cinco dioceses do Brasil: Salvador, Feira de Santana e Vitória da
Conquista (Bahia); Rio de Janeiro (RJ) e Aracaju (SE). A partir da segunda
metade da década de 1980 foi dado novo impulso ao carisma vocacionista,
procurando-se assumir com mais vigor a vocação de cultivadores de vocações para
a Igreja. Os primeiros religiosos chegaram em 1950 depois de serem abençoados
pelo Fundador, padre Justino Russolillo. Os três primeiros missionários
vocacionistas foram: Irmão Prisco, padre Hugo Fraraccio e o padre Franco Torromacco.
Vinham a convite do então arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil
dom Augusto Álvaro da Silva. O arcebispo tinha ido pessoalmente à Itália pedir
ao padre Justino religiosos vocacionistas para a sua grande arquidiocese.
Com informações e foto do Vatican News
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