Recinto de Oração do Santuário de
Fátima com lotação máxima / Foto: Santuário de Fátima
FATIMA, 15 set. 20 / 11:55 am (ACI).-
No último dia 13 de setembro, por ocasião da Peregrinação Internacional
Aniversária, o Santuário de Fátima (Portugal) atingiu a sua lotação máxima,
dentro dos limites de segurança adotados devido à pandemia de coronavírus.
Segundo informou o Santuário, pela primeira vez,
foi preciso fechar as entradas, pondo em prática o plano criado no âmbito da
pandemia de Covid-19, que prevê uma ocupação segura para o Recinto de Oração.
Em declarações à Rádio Renascença, a porta-voz do
Santuário, Carmo Rodeia, explicou que contaram com a colaboração da GNR (Guarda
Nacional Republicana) para o controle da entrada dos peregrinos.
Durante a celebração, foram feitos apelos
constantes para o cumprimento das regras de distanciamento social, chamadas de
atenção que foram bem recebidas pela multidão de peregrinos, que se dispersou
pelo extenso Recinto de Oração.
Carmo Rodeia reiterou que “há um uso generalizado
da máscara” e que “o próprio santuário vai fazendo avisos ao longo da
celebração para que as pessoas possam manter o distanciamento social”.
De acordo com dados do Santuário, foram acolhidos
na Cova da Iria no último fim de semana nove grupos nacionais, um da França,
quatro da Espanha, dois da Itália e um da Polônia. Além disso, estiveram
presentes participantes da 6ª Peregrinação da Comunidade Surda.
Pandemia expôs nossa fragilidade
A Peregrinação Internacional Aniversária de
setembro foi presidida pelo Bispo Emérito de Santarém, Dom Manuel Pelino. Na
noite de sábado, 12, durante a vigília de oração, o Prelado afirmou que “a
pandemia veio pôr a nu a nossa fragilidade e as falsas seguranças em que
assentamos as nossas vidas”.
“Precisamos de mudar, de nos converter da
indiferença à solidariedade, da autossuficiência à humildade e ao serviço
fraterno”, salientou.
Dom Pelino falou sobre os “muitos momentos de
escuridão, de sofrimento, de desânimo, de medo”, e lembrou que é nestas
ocasiões que Nossa Senhora nunca nos abandona.
“Nessas ocasiões, recorremos ao amparo da nossa Mãe
do Céu para que ela nos envolva com o seu manto de luz. Ela é para nós a aurora
que anuncia a luz do Sol Nascente, que vem iluminar os que vivem nas trevas”,
expressou.
O perdão é atitude essencial do cristão
Já na manhã de domingo, 13 de setembro, Dom Pelino
presidiu a Santa Missa na Cova da Iria e, ao refletir
sobre as leituras do dia, ressaltou a importância do perdão constante como
atitude essencial do cristão.
“O perdão tem de estar sempre presente porque as
ofensas, as palavras e atitudes que magoam, as vaidades e invejas que dividem,
o azedume das más disposições, estão enraizados no coração humano e residem
permanentemente na comunidade, como residem na família, nos grupos e na
sociedade em geral”, declarou o prelado, segundo quem, “para formar comunidade”
é necessário “perdoar mutuamente e constantemente”.
“Somos, verdadeiramente, um povo de pecadores, mas
não esquecemos a nossa vocação à santidade. (…) O perdão alicerça a convivência
fraterna na comunidade e aproxima-nos de Deus, levando-nos a amar como Ele nos
ama. Orienta-nos, assim, para uma existência reconciliada e faz resplandecer
mais claramente, na nossa vida e
na da Igreja, a misericórdia e a graça de Deus”,
concluiu.
FDonte: ACI Digital
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