REDAÇÃO
CENTRAL, 08 set. 20 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra
neste dia 8 de setembro a Natividade da Santíssima Virgem Maria.
“Esta Festividade Mariana é toda ela um convite à alegria, mais precisamente
porque, com o nascimento de Maria Santíssima, Deus dava ao mundo como garantia
concreta de que a salvação era já iminente”, disse São João Paulo II em 1980.
A celebração
da festa da Natividade da Santíssima Virgem Maria é conhecida no Oriente desde
o século VI. Foi fixada em 8 de setembro, dia com o que se abre o ano litúrgico
bizantino, que é encerrado com a Assunção, em agosto. No Ocidente foi
introduzida no século VII e era celebrada com uma procissão-ladainha, que
terminava na Basílica de Santa Maria Maior.
O Evangelho
não apresenta dados do nascimento de Maria, mas há várias tradições. Algumas
consideram Maria descendente de Davi, assinalam seu nascimento em Belém. Outra
corrente grega e armênia assinala Nazaré como berço de Maria.
Entretanto,
já no século V existia em Jerusalém o Santuário Mariano situado junto aos
restos da piscina Probática, ou seja, das ovelhas. Debaixo da formosa Igreja
românica, levantada pelos cruzados, que ainda existe – a Basílica de Santa Ana
– acham-se os restos de uma basílica bizantina e criptas escavadas na rocha que
parecem ter feito parte de uma moradia que se considerou como a casa natal da
Virgem.
Esta
tradição, fundada em apócrifos muito antigos como o chamado Proto evangelho de
São Tiago (século II), vincula-se com a convicção expressa por muitos autores a
respeito de que Joaquim, o pai de Maria, fora proprietário de rebanhos de
ovelhas. Estes animais eram lavados naquela piscina antes de serem oferecidos
no templo.
A festa tem a
alegria de um anúncio pré-messiânico. É famosa a homilia que pronunciou São
João Damasceno (675-749) um 8 de setembro na Basílica da Santa Ana, durante a
qual exclamou:
“Eia!, povos
todos, homens de qualquer raça e lugar, de qualquer época e condição,
celebremos com alegria a festa natalícia do gozo de todo o Universo. Temos
razões muito válidas para honrar o nascimento da Mãe de Deus, por meio da qual
todo o gênero humano foi restaurado e a tristeza da primeira mãe, Eva,
transformou-se em gozo. Esta escutou a sentença divina: parirá com dor. Maria,
pelo contrário, lhe disse: alegra-te, cheia de graça!”.
Fonte: ACI Digital
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