REDAÇÃO CENTRAL, 01 Jun. 20 / 05:00
am (ACI).- Neste dia 1º de junho, segunda-feira
após o Domingo de Pentecostes, é celebrada a memória da
Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja,
data que foi estabelecida pelo Papa Francisco no início de 2018, por meio de um
Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
“Esta celebração ajudará a recordar
que a vida cristã, para crescer, deve ser
ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na
Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”, afirma o documento.
O texto explica ainda que o Papa
Francisco decidiu estabelecer esta memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja,
“considerando atentamente quanto à promoção desta devoção possa favorecer o
crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos
fiéis, como, também, da genuína piedade mariana”.
O Evangelho de São João narra que,
“junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher
de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo
que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao
discípulo: ‘Eis aí tua mãe’” (Jo 19,25-27).
Com referência a este episódio
evangélico, o decreto assinala que a Virgem Maria “aceitou o testamento do amor
do seu Filho e acolheu todos os homens, personificado no discípulo amado, como
filhos a regenerar à vida divina, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que
Cristo gerou na cruz, dando o Espírito”.
“Por sua vez, no discípulo amado,
Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do seu amor para com a Mãe,
confiando-a a eles para que estes a acolhessem com amor filial”.
Além disso, continua o texto,
“dedicada guia da Igreja nascente, Maria iniciou, portanto, a própria missão
materna já no cenáculo, rezando com os Apóstolos na expectativa da vinda do
Espírito Santo”.
Segundo o decreto, ao longo dos
séculos, “a piedade cristã honrou Maria com os títulos, de certo modo
equivalentes, de Mãe dos discípulos, dos fiéis, dos crentes, de todos aqueles
que renascem em Cristo e, também, ‘Mãe da Igreja’, como aparece nos textos dos
autores espirituais assim como nos do magistério de Bento XIV e Leão XIII”.
Assim, recorda que “o beato papa
Paulo VI, a 21 de novembro de 1964, por ocasião do encerramento da terça sessão
do Concílio Vaticano II, declarou a bem-aventurada Virgem Maria ‘Mãe da Igreja,
isto é, de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores, que lhe
chamam Mãe amorosíssima’ e estabeleceu que ‘com este título suavíssimo seja a
Mãe de Deus doravante honrada e invocada por todo o povo cristão’”.
Além disso, a Sé Apostólica propôs
uma Missa votiva em honra de Santa Maria, Mãe
da Igreja, por ocasião do Ano Santo da Reconciliação em 1975. “A mesma deu a
possibilidade de acrescentar a invocação deste título na Ladainha Lauretana
(1980), e publicou outros formulários na Coletânea de Missas da Virgem Santa
Maria (1986). Para algumas nações e famílias religiosas que pediram, concedeu a
possibilidade de acrescentar esta celebração no seu Calendário particular”.
Assim, o Papa Francisco “estabeleceu
que esta memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita
no Calendário Romano na Segunda-feira depois do Pentecostes, e que seja
celebrada todos os anos”.
Fonte: ACI Digital
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