Com as medidas de abertura tomadas de atividades, incluindo abertura das Igrejas, em alguns estados brasileiros, após as estratégias de distanciamento social como medida de contenção do avanço do novo Coronavírus, o cardeal dom Orani Tempesta, arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro, defendeu que é necessário que as paróquias e comunidades se capacitem para organizar o modo de celebrar em tempos de pandemia.
O “novo normal”, na avaliação de dom Orani, se define por celebrações sem muita gente assessorando o padre, a eucaristia com distanciamento, uma nova forma de ocupar os espaços nos templos, uso de álcool e gel, máscaras, ambiente saudável e seguro e implica que as comunidades estejam preparadas. O cardeal defende ser necessário orientar as pessoas para o retorno, o que, contudo, depende do comportamento do vírus e das autoridades em cada estado.
O arcebispo da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro defende ainda que é necessário que as comunidades se organizarem para levar a comunhão eucarística às pessoas que integram os grupos de riscos e não poderão participar das missas presencialmente por conta de sua condição. “É como se estivéssemos pilotando um avião. Teremos erros e acertos e é necessário estar aberto para avaliação e corrigir rumos”, disse.
Orientações Litúrgico-Pastorais da CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou a todo episcopado brasileiro, dia 31 de maio, um documento de oito páginas com as “Orientações Litúrgico-Pastorais para o retorno às atividades presenciais”. A orientações foram elaboradas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB a partir de experiências de dioceses do Brasil e do exterior. Cabe, contudo, ao bispo de casa Igreja Particular, à luz de cada realidade local, orientar os fieis neste retorno às atividades presenciais.
O documento sistematiza uma série de orientações gerais para a organização e realização das missas e os cuidados que devem ser tomados antes, durante e após cada celebração. Também apresenta orientações específicas, como o ritual para os batizados e outras celebrações. Um cuidado necessário é a orientação aos fiéis que apresentarem sintomas e que integram os grupos de risco a ficarem em suas casas, onde as comunidades devem se organizar para ministrar a comunhão.
A paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Águas Claras, no Distrito Federal (DF), já está neste caminho. Um vídeo produzido pelos paroquianos mostra como a comunidade está se preparando para que as celebrações com o retorno da presença dos fiéis sejam feitas com o máximo de segurança possível. Assista.
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