As disposições da
Arquidiocese de Florianópolis foram divulgadas à comunidade através de mensagem
em vídeo e de um decreto oficial. Dom Wilson Tadeu Jönck, arcebispo de
Florianópolis, pede a colaboração e compreensão de todos neste período para
conter a difusão do Covid-19: “vamos multiplicar as orações”.
Andressa Collet – Cidade do
Vaticano
“Vamos multiplicar as
orações nesta situação que, agora, exige de nós posturas diferentes daquelas
que são as nossas do dia a dia.” Dessa forma, o
arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, convida todos a se
resguardar e a orar pelo fim da pandemia do coronavírus. As orientações vêm
através de uma mensagem em vídeo e de um decreto da Arquidiocese divulgado
ainda na terça-feira (17), antes do próprio Estado de Santa Catarina decretar
situação de emergência e dispor medidas restritivas, como a quarentena de uma semana
para todos os serviços não-essenciais, como restaurantes e comércio; e a
suspensão do transporte público. Além disso, fica proibida a realização de
eventos durante um prazo de 30 dias.
As disposições do comunicado
A Arquidiocese de Santa Catarina, então, em colaboração com as
autoridades e para salvaguardar a vida e a saúde de todos, considerando,
sobretudo, “o grave perigo de contaminação em se tratando de aglomeração de
pessoas”, se dirige a presbíteros, diáconos, consagrados e leigos. Em comunicado,
pede que “sejam cumpridas com rigor” todas as disposições.
Na pessoa de Dom Wilson Tadeu Jönck, as determinações do
comunicado dispensam os fiéis “da obrigação de participar das missas dominicais
e demais dias de preceito” e suspendem “todas as celebrações eucarísticas
ordinárias” com a participação dos fiéis. No entanto, que em “todas as
paróquias” sejam celebradas diariamente a missa, “de forma privada”. Com essa
nova realidade, de não poder participar das celebrações na igreja, a
Arquidiocese incentiva a acompanhá-las pelos meios de comunicação, “fazendo da
comunhão espiritual um importante instrumento de união eclesial e santificação
pessoal”.
Também ficam suspensos os encontros da Ação Evangelizadora e da
Pastoral da Arquidiocese, como os encontros da catequese e programações dos
movimentos e organismos, além de retiros, promoções sociais e outras atividades
eclesiais.
Segundo o secretário estadual de Sáude, Helton de Souza
Zeferino, são todas práticas para barrar a transmissão comunitária, quando não
é possível identificar a origem da doença. “Quando nós temos a questão da
transmissão comunitária, esse parâmetro ele se perde, ou seja, nós não
conseguimos mais dentro de um território identificar qual é a origem do
contágio. E aí a ideia é justamente fazer com que as pessoas, ficando em suas
residências e evitando o contato social, nós tenhamos aí uma diminuição dessa
velocidade de contágio e, obviamente, possamos fazer uma frente mais adequada a
esses casos que, certamente, vão ser positivados no Estado.”
Segundo reporta a Rede Aparecida de Rádio, o governador de Santa
Catarina, Carlos Moisés, enfatizou que as restrições servem justamente para
conter o número de contaminações do Covid-19, para evitar uma sobrecarga dos
serviços de saúde: “Se
não houver intervenção restritiva, nós podemos ter, em poucos dias, 2 mil casos
em território catarinense: 10% disso demanda terapia intensiva, com respiração
artificial, enfim, atendimento especializado; inviabilizaria o sistema público
de saúde.”
A Semana Santa em SC
Em relação à Semana Santa, a orientação de Dom Wilson é seguir
todas as prescrições do comunicado da Arquidiocese. Para o Tríduo Pascal, a
sugestão é fazer “a devoção individual: na Quinta-feira Santa, durante o dia, a
exposição do Santíssimo Sacramento; na Sexta-feira Santa, de manhã, a exposição
da Santa Cruz; e, no domingo da Páscoa, o Círio Pascal”.
Quanto às manifestações públicas da piedade popular, ficam
suspensas “as novenas, tríduos, procissões, vias-sacras, encenações da Paixão
de Cristo e outras devoções”, como a própria procissão do Senhor dos Passos. O
documento também traz detalhes sobre a celebração dos Sacramentos, como Batismo
e Matrimônio.
Leitura Orante da Bíblia em família
Em especial, recomenda-se, “vivamente”, a oração pessoal ou em
família, como, por exemplo, a Leitura Orante da Bíblia e o Rosário. E, no
espírito da Quaresma e da Campanha da Fraternidade, viver este período com
“sacrifício e renúncia, na oração e na comunhão fraterna”, colocando-se “na
Cruz de Cristo para com ele viver a Ressureição Pascal”. O comunicado é
finalizado com o pedido de intercessão da padroeira, Santa Catarina de
Alexandria, e de Nossa Senhora do Desterro, “pelos falecidos, por aqueles que
sofrem e seus familiares”.
O decreto você pode conferir clicando no link.
Fonte:
Vatican News
Foto: Google
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