A
Igreja conta com a colaboração das várias associações católicas internacionais.
Por isso, o Papa propõe três meios para a sua ação concreta: “formação dos
membros, meios materiais necessários e trabalho em equipe”.
Manoel Tavares - Cidade do Vaticano
O Santo Padre recebeu, na manhã deste
sábado (07/12), na Sala do Consistório, no Vaticano, cerca 100 participantes no
Fórum Mundial das ONGs – Organizações não Governamentais – de inspiração
católica.
Em seu discurso aos presentes, o Papa
cumprimentou os Representantes da Santa Sé, junto aos Organismos
Internacionais, e os líderes e dirigentes das diversas ONGs, aos quais
expressou sua satisfação por encontrá-los na Sé de Pedro, símbolo da comunhão
com a Igreja Católica. A todos, manifestou sua gratidão, dizendo:
“Obrigado
por virem, de vários países do mundo, para compartilhar experiências e
reflexões sobre o tema da inclusão. Desta forma, vocês desejam dar um
testemunho concreto em favor dos mais vulneráveis, para que sejam acolhidos e
incluídos no mundo, nossa "Casa comum".
Muitos de vocês,
disse Francisco, trabalham pelos direitos humanos e as condições de vida das
pessoas: habitat, educação, desenvolvimento e outros problemas sociais. A
Igreja, que "vive e atua neste mundo”, também conta com a colaboração das
várias associações católicas internacionais, às quais propôs três meios para a
sua ação concreta: “formação
dos membros, meios materiais necessários e trabalho em equipe”. Falando
sobre o primeiro, ou seja, “a
formação”, disse:
“A
complexidade do mundo e a crise antropológica, na qual estamos imersos, exigem
um testemunho coerente de vida, através de um diálogo e uma reflexão positiva
sobre a dignidade humana. Tal testemunho supõe uma grande fé e confiança e uma
preparação profissional adequada em assuntos científicos e humanos na
perspectiva cristã”.
Nesse
sentido, afirmou Francisco, a Doutrina Social da Igreja oferece princípios
eclesiais adequados para servir melhor a humanidade. A formação e a educação
estão entre suas metas prioritárias. Por isso, o Papa fez seu apelo por um
“Pacto Global sobre Educação”, para a construção da paz, justiça, acolhida dos
povos e solidariedade universal, além do cuidado da nossa “Casa comum”. Para
que isto seja possível, o Pontífice explicou o segundo ponto da sua reflexão:
os “meios
materiais necessários”:
“Os
meios são importantes e necessários, mas, às vezes, não são suficientes para
alcançar os objetivos propostos. No entanto, não devemos desanimar, sabendo que
a Igreja sempre realizou grandes obras com poucos recursos”.
A Igreja,
acrescentou Francisco, espera que coloquemos em prática nossos talentos, com a
ajuda e o poder de Deus, para a realização das nossas boas obras. Aqui,
apresentou sua terceira e última proposta: “compartilhar iniciativas e
trabalhar em equipe”:
“Colaborar
com os projetos comuns enaltece ainda mais o valor das obras, pois destaca as
metas inatas da Igreja: a comunhão e caminhar juntos, na mesma missão, a
serviço do bem comum, através da corresponsabilidade e contribuição de todos”.
Por fim,
referindo-se ao tema central do Fórum Mundial das ONGs, o Papa afirmou: para a
realização dos diversos projetos, é preciso unir as próprias forças às de
outras Organizações católicas, em comunhão com seus Pastores e com os
representantes da Santa Sé junto aos Organismos Internacionais. E concluiu:
“O
mundo de hoje clama por uma nova audácia e uma nova imaginação para criar
outras formas de diálogo e cooperação, a fim de favorecer uma maior cultura de
encontro, onde a dignidade do ser humano, segundo o plano criador de Deus, seja
colocada ao centro”.
Fonte: Vatican News
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