O escritor italiano Rosario Vitale escreveu um livro que recorda as histórias das renúncias papais, faz um confronto entre o gesto de Celestino V e o do Papa Bento XVI e enfim analisa o status atual do Papa emérito que hoje vive no Mosteiro Mater Ecclesiae nos Jardins do Vaticano.
É um rigoroso trabalho científico com o título “Papa emérito” referindo-se a Bento XVI depois da renúncia ao trono pontifício, mas também uma homenagem e ao guia espiritual que soube acolhê-lo e orientá-lo na sua decisão de entrar para o seminário. Rosario Vitale fez um importante estudo que reflete com profundidade histórica e canônica a escolha do Papa Ratzinger.
A apresentação em Roma
Durante o lançamento do livro na Câmara dos Deputados, o jornalista Luca Caruso recordou os momentos da renúncia de Bento XVI, através dos fatos da época, desde o momento da Declaratio recebida pelos jornalistas das Agências e confirmada pelo Padre Lombardi ao lançamento da notícia em todo o mundo.
O livro
O texto de Rosario Vitale se articula em três capítulos. No primeiro o autor repercorre “A renúncia ao trono de Pedro na história”, no segundo, detêm-se em pontos de contato e sobre as diferenças entre a renúncia de Celestino V e a do Papa Ratzinger, ocorrida em 11 de fevereiro de 2013. No terceiro o estudioso analisa “o status canônico e o título do Papa renunciatário”.
O serviço ao povo de Deus
A obra é enriquecida por um ensaio intrudutivo de Valerio Gigliotti, professor de Direito da Universidade de Turim. Na introdução “A renuntiatio papae: governo e serviço na Igreja”, o jurista introduz algumas temáticas que serão desenvolvidas no texto de Vitale. Do ensaio emerge o quadro de uma renúncia que se inscreve na tradição, mas com uma novidade que abre “a valorização da dimensão mística”, ao lado e complementar à do “governo”, no exercício do ministério petrino, dimensão absolutamente não “personalista”ou “subjetiva”, mas “privada e comunitária ao mesmo tempo, do serviço ao Povo de Deus na oração e na caridade”.
Os rastros de um encontro
O livro dedicado a “Bento XVI, simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor”, é também o tributo de Rosario Vitale a um Papa que soube favorecer a sua vocação, concedendo-lhe uma graça que lhe possibilitou frequentar o seminário. O autor que vive com força exemplar algumas dificuldades físicas, pôde encontrar nos jardins do Vaticano e agradecer pessoalmente o Papa Ratzinger, com o qual falou de fé e vocação.
Fonte: CNBB
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