A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniu nesta semana, nos dias 20 e 21 de março, em Brasília (DF), os padres responsáveis e os bispos referenciais pela Pastoral Juvenil nos regionais da CNBB. Estiveram representados 17 dos 18 regionais. Na ocasião, a Comissão apresentou o relatório de ações durante o quadriênio 2015-2019, foram partilhados relatos de articulação da Pastoral Juvenil nos regionais da CNBB e a participação brasileira no Sínodo para Juventude.
“Este encontro traz uma síntese do que está sendo feito no Brasil no trabalho com juventude. Temos 17 dos 18 regionais presentes, o que é uma grande graça de Deus e a gente sente uma caminhada bonita, uma caminhada no projeto IDE. E agora, à luz do Sínodo dos Bispos, a inspiração dos próximos anos de serviço à juventude em nosso país”, comentou o bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, dom Vilsom Basso.
Ele explicou que, durante o encontro, foi possível prestar conta aos bispos do quadriênio, os últimos quatro anos de serviços da comissão. Entre os pontos destacados, a formação de quase 10 mil pessoas nos cursos de acompanhamento de adolescentes e jovens, somando os últimos quatro anos. São formações oferecidas pela comissão para assessores, coordenadores, acompanhantes de adolescentes e jovens. “Acreditamos que a juventude merece o melhor, por isso, damos boa formação às lideranças e aos assessores para que o nosso trabalho com os jovens em nosso país siga, cada vez mais, uma inspiração em Jesus, a orientação do papa e das diretrizes de nossa Igreja”, ressalta dom Vilsom.
Sínodo
Dom Vilsom e o jovem Lucas Galhardo, que representou o Brasil no sínodo de 2018, partilharam sua experiência sinodal, uma síntese do documento e o que deve inspirar no trabalho com a juventude, a partir da temática “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
Dom Vilsom e o jovem Lucas Galhardo, que representou o Brasil no sínodo de 2018, partilharam sua experiência sinodal, uma síntese do documento e o que deve inspirar no trabalho com a juventude, a partir da temática “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
Lucas afirmou que o processo “foi bem interessante” e salientou duas iniciativas inéditas: a participação online, que mais de 200 mil pessoas responderam, e um encontro pré-sinodal só com jovens, do qual mais de 15 mil jovens participaram através do Facebook. “O processo desse sínodo já demonstra um grande exemplo de sinodalidade, desse espírito de caminhar juntos, foi um processo bem inclusivo, bem participativo”, afirmou.
Lucas tem sentido os efeitos da movimentação do sínodo para a juventude acolhidos pela Igreja no Brasil: “a maior riqueza é o espírito de sinodalidade, acho que a grande sacada é essa de encontrar os pontos de dar as mãos, independente das diferenças, para encontrar os caminhos mais eficientes”.
Partilha dos regionais
O bispo de Valença (RJ) e referencial para a juventude no regional Leste 1 da CNBB, que compreende o estado do Rio de Janeiro, dom Nelson Francelino, partilhou o trabalho para a implementação e consolidação do Setor Juventude nas dioceses “sempre com a motivação do pontificado do papa Francisco e com a visão dos documentos da CNBB e da Comissão”. Ele ressalta o trabalho no espectro da sinodalidade, “acolhendo as diferentes modalidades de serviços, a pluralidade juvenil através do Setor Juventude”.
O bispo de Valença (RJ) e referencial para a juventude no regional Leste 1 da CNBB, que compreende o estado do Rio de Janeiro, dom Nelson Francelino, partilhou o trabalho para a implementação e consolidação do Setor Juventude nas dioceses “sempre com a motivação do pontificado do papa Francisco e com a visão dos documentos da CNBB e da Comissão”. Ele ressalta o trabalho no espectro da sinodalidade, “acolhendo as diferentes modalidades de serviços, a pluralidade juvenil através do Setor Juventude”.
“Acolhemos com muita alegria as motivações do projeto [de evangelização] Rota 300, despertamos sobretudo para a estrutura de acompanhamento a questão de formação. O que a gente percebe que pega bastante na juventude de nosso regional é a questão da missão, essa disponibilidade, o voluntariado juvenil”, comenta.
Dom Nelson também apresentou uma realidade que tem angustiado os envolvidos no trabalho da Pastoral Juvenil naquela região: o alto índice de homicídio, o tema do suicídio, da mutilação. “A gente vai a cada dia entrando nessa temática com muita apreensão e muito cuidado e também com muita angústia”, lamenta. Para enfrentar esta realidade, dom Nelson tem indicado somar forças com outros atores eclesiais para transformar esta realidade e também por meio de campanhas e tomada de consciência.
No regional Sul 1, uma experiência exitosa na caminhada da Igreja sinodal: “Nós temos alguns momentos que nos reunimos em discussão de uma proposta de evangelização para a juventude que congregue e reúna todas as expressões juvenis num mesmo objetivo”, afirma padre Reginaldo Martins da Silva.
Uma das experiências foi durante a Assembleia das Igrejas, promovida pelo regional Sul 1 da CNBB. Na ocasião, tiveram a oportunidade de reunir a maior parte dessas expressões e elaborar o projeto para o encontro, “onde nós mostramos um pouco a cara dos jovens e demos a possibilidade do próprio jovem das diversas expressões e pluralidades dizer aquilo que sente e como ele quer ser evangelizado nesse contexto multicultural que nós vivemos”, partilha padre Reginaldo.
Fonte: CNBB
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