O
diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, declarou
aos jornalistas que o Papa abre, nesta sexta-feira (15/02), com uma celebração
eucarística, o encontro das associações de acolhimento e solidariedade aos
migrantes.
Cidade do Vaticano
O
Papa Francisco preside, nesta sexta-feira (15/02), às 16h locais, na Fraterna
Domus de Sacrofano, próximo a Roma, a missa de abertura do encontro dos grupos
de acolhimento de migrantes intitulado “Livres do medo”, promovido pela
Fundação Migrantes, pela Caritas Italiana e pelo Centro Astalli, a partir de
hoje até o próximo domingo (17/02). Esta celebração mostra a atenção
constante do Papa ao acolhimento dos migrantes.
Encontro de famílias e associações de acolhimento
Dar voz para aquela Itália que, “fiel às suas tradições, mantém
vivo aquele espírito de solidariedade fraterna que há muito tempo a distingue”,
afirmam a Caritas Italiana, a Fundação Migrantes e o Centro Astalli, recordando
as palavras do Papa Francisco ao Corpo Diplomático credenciado junto à Santa
Sé, em 7 de janeiro passado.
Famílias, paróquias, associações e realidades diferentes que
escolheram hospedar e/ou integrar os migrantes presentes no país, se reúnem, a
partir desta sexta-feira, para partilhar experiências e testemunhos.
Mensagem de confiança à Itália
“Com este momento, queremos sobretudo agradecer, apoiar e
incentivar as muitas pessoas que continuam, muitas vezes gratuitamente e do
próprio bolso, mantendo vivo este espírito de acolhimento e de solidariedade”,
explicou pe. Giovanni De Robertis, diretor-geral da Fundação Migrantes.
“Hoje, na Itália, o que seria tarefa do Estado, muitas vezes é
desempenhado gratuitamente pelo voluntariado e com o risco de ser olhado com
desconfiança, de cobrir interesses obscuros ou mesmo insultados. É incrível,
mas hoje quem está comprometido em ajudar e acolher um estrangeiro, portanto,
um ser humano, é olhado em certas circunstâncias com suspeita, quase como se
estivessem cometendo um crime”, disse ainda pe. De Robertis.
Com o encontro, em Sacrofano, “queremos mais uma vez enviar uma
mensagem de confiança para a Itália. Encontrar os migrantes de perto,
conhecê-los, dar-lhes uma mão, não é uma realidade trágica e perdedora como
muitas vezes é pintada. Pelo contrário, na grande maioria dos casos, é uma
experiência enriquecedora, capaz de despertar novas energias de vida”,
concluiu.
Mensagem ao país
O encontro é aberto a todas as associações que estão
comprometidas em acolher ou integrar os migrantes. Constam no programa,
momentos de oração, reflexão, celebração, testemunhos, suportes artísticos e
culturais, e trabalhos de grupo.
No final do encontro será dada uma mensagem ao país e o mandato
aos participantes, conferido pelo pe. Camillo Ripamonti, presidente do Centro
Astalli.
Fonte; Vatican News
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