Papa Francisco. Foto: Alan Holdren
(ACI Prensa) / Bandeira da Venezuela. Pixabay (Domínio público)
PANAMÁ, 24 Jan. 19 / 05:22 pm (ACI).- Informado sobre o
agravamento da tensão no cenário político da Venezuela com o afastamento de
Nicolás Maduro, a Sala de Imprensa da Santa Sé emitiu um comunicado em plena
viagem apostólica ao Panamá revelando que o Papa acompanha os desenvolvimentos
da situação e reza pelos venezuelanos.
Em um breve escrito enviado aos
jornalistas acreditados à Sala de Imprensa do Vaticano, o seu diretor ad
interim, Alessandro Gisotti, informou:
“O Santo Padre, informado no Panamá
das notícias provenientes da Venezuela, segue de maneira próxima o
desenvolvimento da situação e reza pelas vítimas e por todos os Venezuelanos. A
Santa Sé apoia todos os esforços que permitam poupar ulterior sofrimento à
população”.
Os conflitos entre manifestantes
contrários ao governo de Nicolás Maduro e grupos que apoiam o líder, que
sucedeu Hugo Chávez no poder, causou pânico também entre os católicos,
suscitando a preocupação dos bispos da Conferência
Episcopal Venezuelana.
De maneira particular, os prelados se
manifestaram consternados pelo episódio ocorrido na quarta-feira, 23 de
janeiro, quando tropas do Exército Bolivariano cercaram a Catedral de Nossa Senhora do
Carmo, da cidade de Maturín, onde cerca de 700 manifestantes se
refugiaram e entre eles haviam sacerdotes e seminaristas.
A CEV indicou que os padres e demais
pessoas estavam “sitiados” e que os militares que apoiam Maduro “tentaram
entrar de maneira violenta" no templo católico.
O episódio resolveu-se três horas
depois, quando de maneira pacífica os manifestantes puderam deixar a Catedral
de maneira pacífica e sem que os soldados do regime causassem danos à igreja, informou a ‘Radio
Fe y Alegria’.
A situação da Venezuela
A Assembleia Nacional, equivalente ao
Plenário do Congresso no Brasil ou o Parlamento português, cuja maioria de deputados
pertencem à oposição ao regime Chavista, e que nem sequer é reconhecida pelo
presidente Maduro, convocou uma manifestação para quarta-feira, 23, quando se
comemorou 61 anos da derrubada da ditadura do general Marcos Pérez Jiménez, que
depois fugiu para a República Dominicana.
Além disso, em uma cerimônia pública
o deputado que preside a Assembleia Legislativa, constituída por parlamentares
escolhidos pelo povo da Venezuela em eleições legítimas, Juan Guaidó, se
autoproclamou "Presidente interino da Venezuela" para “conseguir o
cessar da usurpação, um governo de transição e ter eleições livres".
Em seguida, o presidente dos EUA,
Donald Trump anunciou que reconhece "oficialmente o presidente da
Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino"
da Venezuela.
O Secretário-Geral da Organização dos
Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também expressou seu apoio ao líder da
oposição. "Ele tem todo o nosso reconhecimento para impulsionar o retorno
do país à democracia", escreveu no Twitter.
A imprensa internacional relatou que
os governos do Brasil, Colômbia, Peru, Equador e Costa Rica anunciaram em Davos
(Suíça) que também reconhecem Juan Guaidó como "presidente da
Venezuela". O anúncio foi feito depois de uma reunião que tiveram seus representantes
por ocasião da Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial que se realiza no país
europeu.
Nestes momentos de tensão e de
violência, os prelados da Venezuela pedem “ao povo católico e aos homens e
mulheres de boa vontade a orar pela Venezuela nesta hora, para que se restaure
o rumo constitucional e obtenhamos um país espiritual e materialmente
próspero”.
Fonte:
ACI Digital
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