"Tem
coisas que só acontecem em uma Jornada, não tem como ter a experiência em outro
lugar. Dentro dela tu sente que não está sozinho e tem milhões de jovens que
não têm vergonha de mostrar que estão felizes e que estão ali para lutar por um
mundo com mais paz, amor e fraternidade”, afirma um jovem brasileiro que
participou da Jornada no Rio e Cracóvia e prepara-se agora para o Panamá.
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
“Depois
de participar de duas Jornadas, o que mais eu encontrei nelas foi a união entre
os jovens de diversos países e culturas. O clima de uma Jornada é uma coisa de
outro mundo. Todos os jovens unidos em um mesmo lugar, com um mesmo objetivo,
que é dizer para o mundo: “Eu sou um jovem católico”. Tem coisas que só
acontecem em uma Jornada, não tem como ter a experiência em outro lugar. Dentro
dela tu sente que não está sozinho e tem milhões de jovens que não têm vergonha
de mostrar que estão felizes e que estão ali para lutar por um mundo com mais
paz, amor e fraternidade”.
Se
para muitos jovens a Jornada Mundial da Juventude no Panamá será a primeira,
para milhares de outros será a continuação de uma experiência que deixou marcas
profundas e os colocou em uma dimensão bem mais ampla da vivência da fé, como
acabou de nos contar o Diego Chemello Müller, de 26 anos, natural de Porto
Alegre (RS), engenheiro químico, engenheiro de alimentos e atuante no
Ministério de Música na Paróquia São Martinho. As noites quem sabe mal
dormidas, por vezes a falta de orientação e tantas outras situações inerentes a
um evento deste porte não o assustaram, antes pelo contrário, foram uma oportunidade
de crescimento:
“Muitas
vezes eu e meus amigos encontramos algumas dificuldades nas Jornadas, como se
localizar numa cidade nova e saber para onde ir, mas a partir destas
dificuldades que nós crescemos juntos como amigos e comunidade. Agora é impossível
não ter vontade de ir numa próxima edição de uma Jornada depois de todas as
coisas que a gente passou.
O fato de a Jornada de 2013 ser realizada no Brasil, havia
motivado o Diego para participar pela primeira vez, junto com um grupo de
jovens da comunidade. A Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora visitaram a
Paróquia e em seguida chegaram os argentinos. Oportunidade para novas amizades
e atividades sociais e caritativas em conjunto:
“...
E com todo este aquecimento, não tinha como não estar motivado para ir ao Rio
de Janeiro e conhecer o Papa Francisco pela primeira vez, já que ele tinha
apenas quatro meses de Pontificado na época, e provavelmente estava tão ansioso
quanto a gente para ir numa Jornada pela primeira vez como Papa”.
Mas, o que mais o marcou nesta Jornada no Rio de Janeiro e na de
Cracóvia, em 2016?
“São
muitas recordações que eu tenho das Jornadas anteriores. No Rio de Janeiro, por
exemplo, o que mais me marcou foi ver a Praia de Copacabana completamente
lotada de jovens de uma ponta a outra. Foram aproximadamente 3 milhões de
jovens em uma praia fazendo Adoração junto com o Papa, em silêncio, e
participando da Missa de Envio. Nem no carnaval e no reveillon tu encontra
tanta gente na Praia de Copacabana. Foi o maior público que o Rio de Janeiro já
tinha recebido na história.
Bom,
e na Jornada de Cracóvia, um dos momentos que mais me marcou foi quando a gente
estava chegando na cidade de ônibus e teve um bloqueio na estrada. Daí a gente
teve que ficar um tempo num posto de gasolina. Lá nosso grupo desceu e a gente
encontrou dez italianos que estavam parados ali também esperando para continuar
a viagem e nós fomos conversar com eles e eu fui pedi emprestado o violão que
eles tinham. Aí a gente fez uma roda e eu fiquei no meio junto com outros
amigos brasileiros, daí eu comecei a tocar várias músicas católicas bem
conhecidas aqui no Brasil, mas que os italianos nunca tinham ouvido. E a gente
começou com este grupo pequeno, mas não demorou muito e outros ônibus foram
parando, e quando a gente viu, a gente estava no meio de uma roda com mais de
200 jovens ao redor pulando e dançando. Para mim foi um momento inesquecível
como ministro de música e eu vou levar isto sempre comigo”.
Depois do Rio de Janeiro e Cracóvia, o Diego prepara-se agora
para o Panamá:
"A
minha expectativa para a próxima Jornada está muito grande. Eu vou poder rever
vários amigos que eu fiz nas Jornadas anteriores e estar junto com o Papa de
novo. Minha impressão do Panamá é de um lugar muito acolhedor, com um povo bem
fervoroso, animado, com o espírito pegando fogo. Nós da América Latina...a
gente tem esta característica bem forte, e já é assim no Brasil, como foi
em 2013 acho que um país de língua espanhola, a união de outros países latinos
vai ser ainda maior, porque o Papa vai poder falar na língua nativa dele e vai
estar muito mais à vontade para passar os ensinamentos e se comunicar
conosco".
Fonte: Vatican News
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