O
Papa Francisco recebeu na Sala Paulo VI milhares de membros da Proteção e
Defesa Civil Italiana, com um pensamento especial às pessoas que foram vítimas
de calamidades.
Manoel Tavares - Cidade do Vaticano
O
Santo Padre concluiu sua série de audiências na manhã deste sábado (22/12)
recebendo, na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 7 mil membros do Serviço
Nacional italiano de Proteção e Defesa Civil, por ocasião do Santo Natal.
Em
seu discurso aos numerosos presentes, o Papa expressou sua satisfação por encontrar
os componentes e as estruturas operacionais, que compõem o Serviço Nacional
italiano de Proteção e Defesa Civil: representantes das organizações de
voluntários, comunidade científica, Corpo de Bombeiros, Polícia e Forças
Armadas, instituições locais, regionais, estaduais e empresas que prestam
serviços essenciais, aos quais disse:
“
Nesta bela ocasião em vista do Santo Natal, nossos pensamentos e orações não
podem esquecer as pessoas que, este ano, foram vítimas de fenômenos de
calamidade, como também aqueles socorristas que, até recentemente, deram suas
vidas para salvar a dos outros. ”
Hoje, nesta assembleia multicolorida, disse Francisco,
socorristas e socorridos participam, juntos com muitos cidadãos e municípios,
da complexa e articulada forma de solidariedade pública para a proteção e a
segurança individual e coletiva. E acrescentou:
“O território italiano é caracterizado pela beleza da paisagem e
pela riqueza do patrimônio histórico-artístico. Infelizmente, estes elementos
maravilhosos convivem com situações de perigo e vulnerabilidade, que, muitas
vezes, criam situações de alto risco”.
Prevenção
Hoje, continuou o Pontífice, as ciências e as tecnologias são
capazes de nos ajudar a prever muitos fenômenos naturais, mas nem sempre são
capazes de se traduzir em intervenções preventivas para reduzir drasticamente
os danos às pessoas e às coisas:
“Assim, a Proteção e Defesa Civil italiana sempre nos lembra que
a defesa da vida humana e a proteção do território e das infraestruturas não
ocorrem apenas em situações de emergência, mas também e, sobretudo, em
atividades de previsão e prevenção consequentes, que, apesar do esforço de
todos, às vezes, são longas e complexas”.
Educação
Aqui, o Santo Padre recordou a sua encíclica “Laudato si”, onde
escreveu: "A cultura ecológica não pode ser reduzida a uma série de
respostas urgentes e parciais dos problemas, que surgem em relação à degradação
ambiental, às reservas naturais e à poluição, mas são necessários programas
educativos, políticas, estilo de vida e espiritualidade". E Francisco
afirmou:
“Por estes e outros motivos, a missão mais importante da
Proteção Civil passa a ser a da educação, para que, em tempo, todo cidadão seja
treinado para conhecer os lugares e adote meios para reduzir os riscos, mediante
iniciativas para crianças e jovens, que serão cidadãos e voluntários de amanhã.
Sempre peço aos jovens que se esforcem para amar e proteger a natureza, por um
mundo mais solidário e seguro”.
A Proteção e Defesa Civil, concluiu o Papa, que é chamada até a
atuar além das fronteiras, é um sistema organizado com base no princípio da
subsidiariedade. Neste sentido, sua missão é vista como serviço qualificado e
qualificador para toda a comunidade.
Por fim, Francisco desejou a todos um “Feliz e Santo Natal”.
Fonte: Vatican News
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