Segundo o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, existe um desafio latente em nosso Natal: o que fazer para que Belém seja mais Belém, Casa do Pão, lugar onde o Senhor se agrade de habitar? O religioso chama a atenção para o fato de que se assiste a vida sendo vilipendiada absurdamente na grande Belém em profunda miséria. “Vivemos em Belém, não de Judá, mas do Pará, cidade nascida em torno do presépio, cidade que deve sempre reportar-se às suas mais legítimas origens cristãs, para ser digna do nome que recebeu e a ele ser fiel”, disse em artigo escrito por ocasião do Natal.
Dom Alberto convoca a todos a aproveitarem os poucos dias que nos separam do Natal. “Nas casas, não falte o presépio. Às crianças se ensine que nascemos do Presépio e a ele devemos sempre retornar. Os presentes trocados sejam expressões de agradecimento pelo presente maior que é Jesus, recebido do Pai do Céu pelas mãos de Nossa Senhora”, disse.
Em referência à Maria, o religioso lembra das mulheres grávidas, que em seu estado de expectativa carregam ensinamentos. “Elas carregam dentro de si a promessa e a participação no crescimento da humanidade. Ensinam-nos o respeito pela vida em flor, a capacidade de amar o que ainda não vemos e a ternura a ser cultivada por meses a fio”, escreveu.
O exemplo de Maria, segundo dom Alberto, traz um ensinamento para o Natal: que é arrumar a casa. “Uma visita que chega – e que visita! – há de ser bem acolhida. Podemos imaginar a harmonia com a qual Nossa Senhora cuidava de suas coisas”, disse. Para ele Natal também é tempo de nos arrumar por dentro. “Organizar os pensamentos, acertar os ideais com os quais viveremos o ano que vai chegar, além de uma limpeza “em regra”, feita com uma boa confissão”, aponta.
Como Maria, na casa de Isabel, que preparou-se para receber Jesus, organizando o enxoval da criança, limpando a casa, cozinhando, dom Taveira nos convida a organizar-nos para receber o Natal. “Se prepare fazendo bem e com espírito de serviço e disponibilidade o que nos cabe a cada dia, em casa ou no trabalho. E de Maria aprendemos que tudo há de ser feito com presteza e dedicação”, disse.
O íntegra do artigo: http://www.cnbb.org.br
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